Não há mais o que falar sobre a necessidade de se gerenciar projetos, isso já é uma realidade, e certamente empresas que não o fazem estão fadadas ao fracasso. O que faz a diferença é a maturidade que a empresa tem em gerenciamento de projetos.

Segundo Harold Kerzner, um dos maiores (ou o maior) especialista em gerenciamento de projetos, maturidade em G.P. “É o desenvolvimento de sistemas e processos que são por natureza repetitivos e garantem uma alta probabilidade de que cada um deles seja um sucesso. Entretanto, processos e sistemas repetitivos não são, garantia de sucesso. Apenas aumentam a sua probabilidade”. Não preciso afirmar minha concordância sobre isso, já que venho sempre dizendo que gerenciar projetos não é adivinhar o futuro.

Existe uma infinidade de modelos de maturidade, OPM3, CMM, PMMM e etc, cada entidade especializada em gerenciamento de projetos possui seu modelo.

A maioria dos modelos divide maturidade em 5 níveis. Cada um usa seus nomes específicos. Tomei a liberdade, para facilitar a compreensão de todos e não dar preferência a um ou outro modelo de utilizar nomes genéricos para cada um dos níveis.

Nível 1) Ausência de gerenciamento formal, significa que não existe nenhum método ou procedimento formal para gerenciar projetos. Se sua empresa se encontra nesse nível, é melhor correr e mudar isso antes que o “barco afunde”.

Nível 2) A empresa possui algum tipo de gerenciamento, alguns métodos ou ferramentas, porém não integrados entre eles.

Nível 3) O gerenciamento já possui algum tipo de integração entre os processos, utiliza em alguns casos processos mais complexos e elaborados. Em geral, dão um foco maior em planejamento e controle.

Nível 4) O gerenciamento está completamente integrado, existe participação e suporte da alta administração, todos os objetivos, papéis e competências estão bem definidos, a fase de resistência a mudanças já se encerrou.

Nível 5) Gargalos já estão sendo identificados e existe além de processos de gerenciamento consistentes, uma política de melhoria contínua.

A adequação não precisa ser degrau por degrau, uma empresa pode ir do primeiro nível ao quinto, porém, em minha opinião, isso é completamente teórico, é muito mais eficaz trabalharmos as mudanças de curto e longo prazo separadamente.

Faça uma análise em sua empresa (e em você), e descubra qual seu nível de maturidade. Reconhecer o defeito é o primeiro passo para a mudança.