Como Desenvolver suas Habilidades?
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Hoje, os cargos requerem maior flexibilidade e participação contínua das pessoas transformando-as em equipes multidisciplinares mutáveis com o ambiente. O cargo pode-se analisar numa maneira global onde todas as atividades são executadas por um ocupante e que se situa em uma posição no organograma organizacional.
A posição do cargo mo organograma define o nível de hierarquia do ocupante como a quem reportará e sobre quem exercerá autoridade que pode ser localizado num departamento ou divisão.
Descrição de Cargos
Descrever um cargo significa relacionar desde o que o ocupante faz até o motivo porque faz, a descrição de cargo é um retrato simplificado do conteúdo e das principais responsabilidades do cargo. O formato de uma descrição de cargo inclui o título do cargo, o sumário das atividades a serem desempenhadas e as principais responsabilidades do cargo. Relaciona de maneira breve as tarefas, deveres e as responsabilidades do cargo.
Desenho de Cargos
Envolve-se a especificação do conteúdo de cada cargo, dos métodos de trabalho e das relações com os demais cargos. O desenho de cargos constitui na maneira como cada cargo é estruturado e dimensionado, dentre disso precisa-se definir quatro condições básicas:
• Qual é o conteúdo do cargo, ou seja, o conjunto de tarefas ou atribuições que o ocupante desempenhará;
• Quais são os métodos e processos de trabalho, ou seja, como as tarefas deverão ser desempenhadas;
• A quem o ocupante do cargo deve prestar responsabilidade, isto é, quem é o seu superior imediato;
• Quem o ocupante do cargo deverá supervisionar ou dirigir autoridade, ou seja, quem serão os seus subordinados.
Enriquecimento de cargos
Tem como objetivo de aumentar as responsabilidades e desafios das tarefas do cargo para ajustá-los às características progressivas do ocupante.
A adequação do cargo ao ocupante melhora o relacionamento interpessoal dentro do trabalho e visam novas oportunidades de mudanças para uma melhor qualidade de vida no trabalho. O que se espera é um aumento de produtividade e redução das taxas de rotatividade e de absenteísmo do pessoal, para isso precisará introduzir uma nova estratégia que faça uma reeducação dos cargos de gerente e chefia, descentralização das pessoas dando empowerment e maiores oportunidades de participação.
Métodos de colheita de dados sobre cargos
Existem três métodos para obtenção de dados a respeito dos cargos: entrevista, questionário e observação. Na entrevista existem três tipos para tal finalidade como a entrevista individual, a entrevista em grupo e a entrevista com o supervisor tendo como objetivo buscar dados a respeito dos cargos e determinar seus deveres e responsabilidades.
No método do questionário a colheita de dados a respeito de um cargo é feita através de questionários que são distribuídos aos seus ocupantes ou ao seu supervisor. Na prática segue o mesmo roteiro da entrevista, com a diferença de que é preenchido pelo ocupante do cargo, ou pelo supervisor ou também em ambos. Tem como vantagem proporcionar um meio eficiente e rápido de coletar informação de um grande número de funcionários, tendo como custo operacional menor do que a entrevista.
No método da observação é direta daquilo que o ocupante do cargo está fazendo constitui um outro método de colher informação sobre o cargo é aplicável em cargos simples, rotineiros e repetitivos. É comum o método da observação utilizar um questionário para ser preenchido pelo observador para assegurar a cobertura de todas as informações necessárias.
Etapas do Processo de Análise de cargos
O processo de analisar cargos envolve seis etapas que considera a organização em constante e dinâmica mudança. Os cargos devem ser constantemente descritos, analisados e redefinidos para acompanhar as mudanças na organização e no seu conteúdo.
1. Os primeiros passos são examinar a estrutura da organização total e de cada cargo para definir quais as informações requeridas pela análise de cargos, depois selecionar os cargos a serem analisados e ajustar os dados necessários para análise, e por último preparar as descrições e especificações de cargos. Isso tem como função de fazer um planejamento de RH, desenhos de cargos, recrutamento e seleção, treinamento, avaliação de desempenho, remuneração e benefícios e a avaliação dos resultados.
2. Entrevista de Descrição e Análise de Cargos
Identificação
• Tempo de serviço na função:
• Tempo de serviço nesta empresa:
• Função atual:
• Função anterior:
• Data do dia:
3. Descrição Do Cargo
Descreva separadamente cada uma das suas tarefas diárias (que se repetem com freqüência):
• O que você faz?
• Como é feito? (Utiliza-se de equipamentos ou materiais)?
• Quando é feito?
• Para que é feito? (Razões para a execução dessas tarefas)
4. Descreva a ordem de importância das tarefas realizadas:
• Uma importância de qualquer tarefa é manter uma boa postura; cumprimentar os clientes de forma cordial; ter atenção para quaisquer dúvidas e cobrar os valores exatos.
• Descreva a freqüência diária, semanal e mensal das tarefas.
5. Especificações Do Cargo
• Qual o nível de instrução mínima necessária para ocupar este cargo?
• Que outros conhecimentos você considera necessário para realização deste trabalho?
• Qual tempo mínimo de experiência que alguém com nível de instrução indicado anteriormente necessita para desempenhar satisfatoriamente as tarefas do cargo? Seria necessária experiência prévia em outros cargos?
• Na sua opinião quais as tarefas mais complexas que são desempenhadas neste cargo? Por quê?
• Você é supervisionado por alguém? Como o seu superior supervisiona o seu trabalho?
• Quais as decisões que você precisa tomar no desempenho do seu cargo?
• Na sua função você tem acesso a documentos ou dados confidenciais? Quais?
• Quais os prováveis erros que podem ser cometidos na sua função? Esses erros podem ser constatados?
• Quais as máquinas ou equipamentos que você utiliza para realizar suas funções?
• Quais os fatores existentes no seu ambiente de trabalho que interferem na execução das tarefas?
• Sob quais condições você trabalha? Descreva as condições desagradáveis como ruídos, temperatura, odores, iluminação inadequada, etc.
• Qual é o maior e o menor esforço exigido no seu cargo?
• O trabalho é executado como:
• Carrega peso?
• Seu trabalho exige esforço visual?
• Seu trabalho exige esforço mental? Especifique.
• Você supervisiona diretamente o trabalho de outros funcionários? Indique o cargo e número de funcionários supervisionados.
• No seu trabalho você tem contato direto com a clientela?
• Quantas pessoas exercem o mesmo cargo que o seu na empresa?
• Na sua opinião qual a importância do trabalho que exerce?
• Você almeja mais para sua carreira profissional?
• Você acha que há possibilidades de crescimento dentro da empresa?
• O que esta empresa representa para você?
• Você tem sugestões para melhorar a qualidade de trabalho desta empresa?
Exemplo prático e simples de uma descrição de cargo
Nome da Empresa: XYZ Com e Ind. Ltda
Título do cargo: Operador de caixa
Sumário do cargo: Responsável pelas cobranças dos valores das compras. Em caso de cheques altos chamar os fiscais de caixa sem sair do caixa.
Relações: Reporta-se ao fiscal de caixa e o chefe da frente de caixa
Supervisiona: Responsável pelo um ótimo atendimento, divulgando as promoções para os clientes.
Qualificações: Educação: Ensino médio completo
Experiência profissional: Não exige experiência, pois o treinamento é feito com os funcionários mais antigos.
Requisitos básicos: flexibilidade, agilidade, atenção e honestidade.
Iniciativa: Interesse em crescer, boa comunicação e dinâmico.
Responsabilidades:
• Prestar um ótimo atendimento ao cliente, demonstrando interesse para ajudá-lo em quaisquer dúvidas;
• Cobrar os valores expressamente corretos, sendo que em cheques altos, cartões de créditos sem assinatura solicitar a identidade e o fiscal de caixa ou chefe;
• Fechar o caixa certo, tanto na separação dos documentos de cartões para facilitar no setor financeiro.
Ambiente: Limitado, o operador de caixa tem a obrigação de ficar no caixa para trabalhar, quando não tiver cliente pode sentar na cadeira com uma postura adequável.
Com uma boa descrição de cargos o entrevistador tem ferramental para, nas entrevistas, poder checar as informações a respeito da experiência profissional, formação e certificações do currículo do pretendente à vaga.
Na administração dos colaboradores, a descrição de cargos facilita o trabalho dos líderes que passam a melhor compreensão das suas atribuições e de seus liderados. Estes por sua vez, reduzem o tempo gasto em tomadas de decisão, acelerando processos por diminuir as incertezas no que diz respeito a sua autonomia.
Sempre que nos equivocamos na seleção geramos conseqüências indesejadas, como aumento no tempo de treinamento e orientação, baixa produtividade e talvez até problemas no atendimento a clientes.
Gestão por Valores
Trocar os tradicionais estilos de gestão por controle ou por objetivos por um modelo fundado em valores e baseado na confiança foi a proposta apresentada no Conarh por Simon Dolan, diretor científico do Instituto de Estudos Laborais da Esade Business School, de Barcelona.
Na visão de Dolan, existem quatro tipos de empresa:
• As “impotentes”, que não conseguem efetuar mudanças por falta de qualidade;
• As “arrogantes”, que se acham supremas e, por isso, definham;
• As “frustradas”, que buscam mudanças, mas não as efetivam;
• As “aptas”, com qualidade e vontade de mudança.
Em sua pesquisa, Dolan chegou à conclusão de que, na maioria das empresas, os funcionários vêem o expediente como um “tóxico”. Ao estudar casos de infarto entre os trabalhadores, descobriu que, em 90% deles, as vítimas apontam o trabalho como o principal fator do “susto” – devido ao estresse, cansaço, grandes jornadas de trabalho, entre outros fatores. “Não devemos ir até as empresas pensando em trabalhar, mas, sim, pensando em brincar; aí tudo fica mais fácil e melhor.”
Para ele, o gerente de RH tem, basicamente, três funções: simplificar, orientar e assegurar. Uma empresa não pode se basear na dominação; deve se pautar pela confiança, esta é a chave-principal da gestão por valores.
A Gestão por Valores é, então, uma prática comercial reconhecida que pretende estimular o regresso dos clientes, motivarem os colaboradores a dar o seu melhor diariamente, proporcionar lucro e, ao mesmo tempo, ser um motivo de orgulho para os proprietários.
Os valores são palavras. E, às vezes, são somente palavras. Mas nesta filosofia, desenvolvemos uma metodologia onde estas palavras se transformam em ferramentas de gestão. Os valores não têm sentido separados, um por um. Só têm sentido se entendemos a estrutura dos valores e como esta estrutura está alinhada com a missão e a visão da empresa.
Tem dois tipos de problemas. O primeiro é que existem muitos líderes dentro das empresas que têm medo de mudar. Porque a mudança significa incerteza. E, às vezes, incerteza revela medos. O segundo é que existe gente que sabe que precisa mudar, mas não tem a competência gerencial para a mudança. Então, o que precisamos? Precisamos de líderes que sejam transformadores, que sejam valentes e, ao mesmo tempo, que tenham poderes para fazer alianças para ter as competências necessárias para a mudança. Porque todas as empresas que promoveram a mudança, utilizando este conceito, são empresas de muito sucesso.
De uma forma geral, a Gestão por Valores destina-se a identificar falhas entre aquilo que dizemos que acreditamos e aquilo que realmente fazemos.
As três fases da Gestão por Valores são:
1. Definir a filosofia/objetivos e valores:
Definir a filosofia da empresa (se já tiver uma filosofia empresarial, deve decidir se esta reflete os valores identificados), decidir quais os valores fundamentais com os quais tenciona coordenar a estratégia e as táticas da sua empresa, assim como a ordem e a prioridade dos mesmos, são os primeiros pontos a ter em conta durante o processo de Gestão por Valores.
É importante perceber que os valores não são aplicados às pessoas, mas em conjunto com elas. É um processo que implica a colaboração de todos. Devem ser simples, diretos e fáceis de entender e eleitos pelas pessoas.
Depois de identificados, é importante responder a algumas perguntas:
• Será que os colaboradores da empresa vêem a filosofia e os valores como diretrizes com as quais se identificam de modo a levar a cabo um trabalho do qual se possam orgulhar?
• Será que a filosofia e os valores servem como ponto de partida para a comunicação cotidiana e para todo o processo de decisões na empresa?
• Será que a filosofia e os valores estabelecem um novo conjunto de regras para a distribuição de recursos e para a resolução de problemas laborais e pessoais?
Em relação aos clientes, é importante perguntar:
• De que maneira é que esta filosofia e valores afetam as nossas transações comerciais?
• Será que estes valores são realmente importantes quando da decisão de se estabelecerem relações comerciais?
Os valores definidos na prática, um exemplo:
• Diversão – constante e emoções saudáveis todos os dias, para que sinta vontade de repetir a experiência;
• Dedicação – exclusiva a cada sócio, para que atinja os resultados a que se propõe e a todos os pormenores, em todos os momentos;
• Integridade – para o servirmos cada vez melhor, todos os dias e para que possamos crescer juntos, lado a lado.
2. Comunicar a filosofia e valores:
Colocar os valores expostos em cartazes em todas as zonas de trabalho, bem como nas salas de reunião, onde são tomadas decisões importantes, nas salas de lazer e nas salas de espera. Colocá-los de forma visível na entrada do edifício e na sala de formação.
Colocá-los, inclusivamente, na parte de trás dos nossos cartões de visita. Todas estas são formas práticas de estarem sempre presentes para todos os colaboradores e clientes da empresa. No entanto, a filosofia e valores da empresa devam pautar todos os comportamentos e reuniões da empresa. É a única forma de se tornarem parte de toda a empresa, de se tornarem “vivos”.
No centro, encontram-se os valores da empresa. Estes são o fio condutor e verdadeiro patrão ao qual todos devem obedecer independentemente da função individual. Os diretores e coordenadores estão dispostos em círculo imediatamente a seguir. Na última linha de círculos, encontra-se o restante staff, independentemente da função que executem na empresa. Podemos colocar, lado a lado, um colaborador de uma determinada área estratégica e um colaborador da área da manutenção. Para a empresa, ambos devem ser igualmente importantes e valorizados.
Ambos devem pautar os seus comportamentos com base nos mesmos valores. Ambos devem perceber o seu papel específico e o seu posicionamento estratégico geral para a empresa. Ambos são vitais para que a experiência dos associados seja completa.
3. Fazer convergir as nossas práticas diárias com a nossa filosofia e valores (avaliar):
• Depois de definir, com clareza, a filosofia e os valores da empresa, é necessário associar competências aos valores para concretizá-los.
• É necessário escolher um número reduzido de competências e dar-lhes prioridade.
• O passo seguinte é criar um sistema de medida “o mais sensível possível”.
• Para finalizar, é preciso avaliar. Se não se avalia, não se pode pensar em desenvolver quaisquer competências. A avaliação deve ter duas componentes: auto-avaliação e avaliação realizada por terceiros. Depois, as duas devem ser comparadas, para que a pessoa perceba a razão pela qual não são iguais.
Os bons resultados de todo o processo dependem dos funcionários e gestores olharem para o sistema como um tributo para o seu crescimento pessoal. É fundamental associar a expansão e a melhoria da empresa ao crescimento pessoal de cada um. Por isso, a avaliação tem de dar a cada funcionário informação sobre como é o seu trabalho e o que é que dele espera a empresa. Ao mesmo tempo, deve incidir nas competências definidas como prioritárias.
A empresa deve ajudar cada pessoa a melhorar nas competências-chave. A melhor forma de fazê-lo é desenhar um plano de desenvolvimento pessoal, para os executivos e funcionários, e definir um sistema de coaching. Sem ajuda, é muito difícil desenvolver competências.
Como exemplo: temos um sistema de controle de qualidade tripartido:
1. Avaliação de comportamentos mensal (comportamentos específicos de cada cargo);
2. Avaliação de performance trimestral (Paixão pelas Pessoas, Paixão pelos Números e Paixão pelo conhecimento):
• Paixão pelas Pessoas – Desejar, com sinceridade, mudar a qualidade de vida das pessoas. Ser um exemplo em todos os momentos. Despertar nos nossos associados e colaboradores o interesse por um estilo de vida ativo e saudável, através de uma abordagem técnica, comportamental e motivacional. A avaliar pela comparação dos comportamentos transversais a toda a organização previstos e realizados. É estabelecido um plano de ação trimestral para corrigir os aspectos menos positivos.
• Paixão pelos Números – Desejar, diariamente, colocar números no balanced score-card. Trabalhar para cumprir e ultrapassar as metas propostas pela empresa. Conciliar a paixão pelas pessoas com fortes estratégias de rentabilização dos serviços prestados pela empresa. A avaliar mensalmente através da análise do balanced score-card e cumprimento ou não dos objetivos.
• Paixão pelo Conhecimento – Desejar evoluir diariamente. Gostar de mais conhecimento. Apostar na formação pessoal. Empenhar-se diariamente para a manutenção de um conhecimento atualizado, que vá de encontro às necessidades dos nossos sócios, colegas e empresa. A avaliar através de documento que indica as formações oficiais e oficiosas que o colaborador realizou nos últimos três meses e quais as que pretende realizar nos próximos três.
3. Um questionário semestral de satisfação para os clientes, que realmente é tabulado, e as mudanças são executadas.
A lógica da gestão por valores parte da idéia de que é possível medir quais são os valores compartilhados pela maioria das pessoas da empresa. A partir desse ponto, seria possível trabalhá-los para criar uma cultura corporativa na qual os profissionais realmente gostem de trabalhar e sejam produtivas.
O Que Constitui o Poder Pessoal de Um Verdadeiro Líder?
1. Um verdadeiro líder não tem qualquer dificuldade em atrair bons aderentes.
Uma pessoa que mostra qualidades de um verdadeiro líder não tem dificuldade alguma em obter apoio eficiente. Os outros têm todo o prazer em segui-lo, sem sequer pensarem nisso. Esta é uma das características do verdadeiro poder pessoal.
2. Um verdadeiro líder influencia os outros.
À medida que o seu poder pessoal se desenvolve, influencia os outros com mais facilidade. Mesmo quando não faz um esforço especial para convencê-los, eles ouvem e seguem os seus conselhos, tentando imitá-lo.
3. Um verdadeiro líder sabe gerir o seu tempo.
Um verdadeiro líder é alguém que sabe gerir o tempo, que é perfeitamente organizado e sempre pontual. Respeitando o seu horário, também respeita o dos outros.
4. Um verdadeiro líder sabe como vender.
Fazer uso do seu poder pessoal é saber convencer os outros.
Portanto, um bom líder é também um bom vendedor, capaz de fazer com que qualquer iniciativa pareça atraente e de mobilizar as pessoas para seguir a sua causa. Um líder sabe vender-se a si e as suas idéias.
Se seguir esta o metodologia dominará estas quatro habilidades. Mas antes de desenvolver o seu poder pessoal, é preciso que adote uma atitude que o separe automaticamente das massas dos seus aderentes anônimos.
1.° Passo: Comece por recusar ser anônimo.
Se quiser tirar proveito das suas qualidades de líder, a primeira coisa a fazer é emergir da massa anônima dos seus colegas. Tem de tornar-se notado e estimado; os seus conselhos, competência e talentos especiais devem ser procurados.
A sua emergência deve ser gradual. Imponha-se através das suas qualidades e não pisando os outros. Deixe que os outros o elevem acima das massas, por sua própria iniciativa.
Como?
Existem várias maneiras de como fazer, de acordo com o seu estilo de vida e o tipo de trabalho que faz. Pode também usá-las todas.
Os resultados serão ainda mais espetaculares!
Adquira capacidades especiais
Se está no mercado de trabalho há alguns anos, deve saber que hoje em dia os empresários, tanto no sector público como no privado, procuram cada vez mais candidatos que são tanto polivalentes como especializados. Por outras palavras, isto significa que querem o bolo coberto de açúcar!
Cabe-lhe a si dar-lhes o que eles procuram!
Acima das suas habilitações normais, que provavelmente são iguais às de um grande número de pessoas, deve adquirir uma capacidade altamente especializada num campo relacionado com elas. Torne-a o seu orgulho. Leia, estude, faça cursos e mantenha-se atualizado. Nunca na história da humanidade foi tão fácil como hoje adquirir conhecimentos e capacidades em qualquer área. Tire proveito desta oportunidade.
O simples fato de continuar a sua instrução mostra que é uma pessoa dinâmica, sempre pronta a desenvolver os seus talentos. Se conseguir especializar-se numa área rara e útil, terá uma enorme vantagem!
Não passará muito tempo sem que reparem em si, pode estar certo disso.
Portanto, comece a procurar essa área em que pode especializar-se. Não só será mais útil aos seus patrões, como também estará em vantagem para procurar outro emprego, se, por um motivo ou outro, perder o emprego presente.
Tem tudo a ganhar!
Qual a área em que posso especializar-me?
O que devo fazer para isso?
Seja sempre impecavelmente delicado.
É um curioso sinal dos tempos que o simples fato de ser delicado é o suficiente para as pessoas repararem em si! E é verdade. Hoje em dia, as pessoas que praticam a velha cortesia são as mais estimadas.
Ser delicado não significa ser hipócrita ou fiado. Pelo contrário, a cortesia é uma manifestação do respeito que tem pelos outros.
Agradecer a alguém o serviço que lhe prestou (por menor que seja), segurar a porta para a outra pessoa passar, sorrir ao empregado da caixa, ao mecânico ou ao porteiro, não interromper os outros, todas estas pequenas ações servem para tornar a vida em sociedade mais fácil. Não seja descuidado com elas. Não custa nada, e as pessoas apreciam-nas ainda mais hoje em dia, por se terem tornado tão raras.
Seja deferente com o outro Ser deferente (reconhecer a autoridade dos outros) é outra virtude esquecida. Se conhecemos alguém que parece respeitar os outros a nível pessoal ou profissional, pensamos imediatamente que essa pessoa é servil ou fraca, ou que está a fingir para conseguir alguma coisa de nós.
Mostre respeito a quem quer que ache que o merece, seja pelas suas opiniões, conhecimentos, habilitações ou autoridade.
Por exemplo, se tem de chamar um canalizador, deixe-o trabalhar sozinho, em paz, em vez de se pôr a andar à volta dele.
Respeite a sua competência profissional.
Se alguém exprime uma opinião que é contrária à sua durante uma conversa, não lhe salte para cima a gritar: “Isso é ridículo!”
Se acha que tem de dizer alguma coisa, então diga calmamente algo como: “Não posso dizer que estou de acordo por que…”
Aprenda a cativar os outros.
Para emergir do anonimato, tem de saber despertar o interesse das pessoas que o rodeiam. Aliás, fazer com que as pessoas se interessem não basta. Se quer realmente ser um líder, tem de cativar as pessoas. Faça com que elas sejam imediatamente receptivas ao seu poder pessoal.
A melhor forma de fazer isto é com os olhos. Desenvolva um olhar admirável.
Como reage quando alguém olha para si fixamente?
• Nem dá por isso.
• Retribui o olhar em desafio.
• Fica atrapalhado.
• Sente-se lisonjeado.
Para cativar os outros, concentre-se nos olhos. Não se sinta lisonjeado nem atrapalhado pelo olhar de alguém. Não retribua o olhar. Mas mostre que reparou nessa pessoa deitando-lhe um rápido olhar, diretamente para os olhos. A luz nos seus olhos deve ser semelhante à que tem quando reencontra um velho amigo no meio de uma multidão.
Não faça uma careta, nem sorria – olhe somente. O seu olhar rápido e direto ficará registrado e comunicará que tomou conhecimento da existência dessa pessoa, mesmo que não a conheça.
Reconhecer a existência de uma pessoa com o olhar é cativá-la.
Num mundo onde reina a indiferença e o individualismo, este gênero de olhar chama a atenção dos outros imediatamente.
As pessoas sentem que podem aproximar-se e ultrapassar as barreiras que normalmente as separam de si. Por outras palavras, tornam-se sensíveis ao seu poder pessoal.
2.° Passo: Aprenda a liderar Procure apoio efetivo
Um líder não é ninguém sem a colaboração dos seus apoiantes.
A equipa que consegue juntar à sua volta é o que o faz um verdadeiro líder. Precisa de apoio eficiente e efetivo.
Existem três maneiras principais de obter apoio: à força, enganando ou incitando deliberadamente os outros a trabalharem consigo. É claro, o valor do seu apoio depende, sobretudo, dos seus motivos! É evidente que o melhor apoio é aquele que se ganha aberta e deliberadamente, sem forçar nem enganar.
No entanto, todos os tipos de apoio têm, pelo menos, algum valor, desde que o reconheça e o use tal como é. Não aceite qualquer oferta de apoio. Tente detectar os motivos que estão por detrás da oferta e, se achar que vale a pena, então aproveite-a.
Como se pode fazer isto no dia-a-dia? Aqui tem uns conselhos práticos.
Seis conselhos práticos para ser um líder melhor:
1. Não dê ordens num tom autoritário: Sabe bem como costuma reagir a ditadores? Pois bem, lembre-se de que, tal como você, ninguém gosta de receber ordens assim.
Desenvolva o hábito de dar as suas ordens sob a forma de pedidos, ou como decisões conjuntas. Vejamos alguns exemplos.
Quando falar com um subordinado, substitua:
“Quero isto feito até amanhã”
por
“Seria uma grande ajuda se pudesse fazer isto até amanhã.”
ou…
“Você facilitava a minha vida se pudesse…(e explique por que).”
Quando falar com os seus filhos, substitua:
“Ou limpas o quarto ou não sais no sábado!”
por
“Importas-te de limpar o teu quarto antes de sair? Ficaria muito contente.”
Mas não se esqueça de que uma ordem é sempre uma ordem, não importando como seja dada. E nunca dê uma ordem a não ser que seja absolutamente necessário. Assim, levarão a ordem mais a sério.
Da mesma forma, evite ultimatos o mais possível. Não há nada mais degradante que sentirmos que estamos sujeitos a um ultimato. Qualquer apoio que obtenha desta maneira será forçado e não voluntário e evocará ressentimentos, uma vez que está, de certa maneira a humilhar a pessoa. Os ultimatos só devem ser usados em último recurso. São mais típicos de ditadores do que de verdadeiros líderes.
2. Use a técnica do “nós”: Tente substituir “você” por “nós”, quando der uma ordem. Por outras palavras, em vez de dizer à sua secretária:
“Ponha-me esta carta no correio, se faz favor.”
poderia dizer “Temos de enviar esta carta hoje, pode encarregar-se disso?”
Substituindo o imperativo “você” pelo “nós”, solicita a colaboração voluntária da outra pessoa, baseada em interesses comuns. E, claro, esta é uma maneira muito mais eficaz de fazer as coisas.
Mas, ouço-o dizer, não é sempre possível dar instruções assim.
Pois é verdade, mas faça-o o mais possível e verá como esta simples técnica tem bons resultados.
Pratique sozinho. Escreva as ordens que normalmente tem de dar à sua família ou no trabalho.
Agora escreva-as de novo, usando “nós” o mais possível.
Pratique dizê-las em voz alta. Quando surgir o momento em que tiver de dar uma ordem, tente. Soará perfeitamente normal.
3. Uma variação desta técnica: Dê ordens, fazendo perguntas:
“Não acha que devemos fazer alguma coisa para ratificar a situação?”
“E se fizéssemos alguma coisa àquela porta?”
Este tipo de perguntas exige uma decisão. As outras pessoas sentir-se-ão lisonjeadas pelo fato de as respeitar ao ponto de lhes pedir a opinião e estarão prontas para fazer muito mais por si.
Pratique dar as suas ordens sob a forma de perguntas, tal como fizemos com a técnica do “nós”. Pratique-as em voz alta e faça com que soem naturalmente.
4. Aprender a delegar: Uma das perguntas do teste que acabou de fazer era sobre como delegar. Um verdadeiro líder sabe delegar poderes. Se sabe que tem aderentes eficientes, então não deve ter dificuldade nenhuma em delegar neles.
Um número incrível de gerentes queixam-se de não serem capazes de delegar seja o que for, nem mesmo a tarefa mais simples. Acham que são indispensáveis para os trabalhos menores, então passam o tempo todo a trabalhar. Por quê? Porque estão a fazer não só o seu próprio trabalho como também o dos seus subordinados.
Como foi que se meteram nesta situação?
Ora, em vez de estarem sempre a fazer comentários sobre as deficiências dos seus empregados, deviam passar um pouco mais de tempo a pensar nos seus próprios defeitos como líderes. Um mau líder nunca tem bons seguidores. Aprenda a confiar nos seus aderentes.
Faça o seguinte exercício:
1. Faça uma lista dos trabalhos que tem de fazer todos os dias.
• Sublinhe os trabalhos que lhe dão mais prazer.
• Usando outra cor, sublinhe os trabalhos que são mais importantes ou aqueles que tem de ser você mesmo a fazer.
• Sublinhe, com outra cor, os trabalhos normais de rotina.
2. Agora, faça uma lista das pessoas com quem trabalha. Para além dos seus nomes, escreva o que considera os seus pontos fortes, as suas especialidades e as suas principais qualidades como profissionais.
3. Agora, faça a delegação dos trabalhos de rotina da melhor forma possível, de maneira completamente teórica. Divida a carga de trabalho de acordo com as características respectivas dos seus colaboradores.
4. Calcule a percentagem de tempo que esta delegação teórica lhe pode poupar. Tempo esse que poderia usar para fazer trabalhos importantes e que lhe dão satisfação. Ficará surpreendido com o resultado.
5. Ponha a teoria em prática! Se quase nunca delegou tarefas no passado, pode a princípio observar alguma resistência.
Mas, em pouco tempo, deverá ver os seus empregados a transbordar de entusiasmo e boa vontade – ficarão felizes por finalmente serem levados a sério e tratados como os
adultos produtivos que são.
5. Aprenda a elogiar os outros. Lembre-se dos seus anos escolares. Não era mais motivado pelo elogio e as boas notas do que pela crítica e a censura?
Todos gostamos de ser apreciados. Não hesite em elogiar os seus aderentes se eles trabalham bem. Não exagere com elogios compridos – deixe só ficar claro que aprecia um trabalho bem feito: “O relatório que elaborou a semana passada estava muito bem feito”, ou: “Aprecio muito o esforço que está a fazer”, ou:
“Aprecio o trabalho que está a fazer”. Seja o mais breve e direto possível.
Apesar de já terem sido remunerados pelas horas extraordinárias, os seus empregados gostarão que lhes diga pessoal e delicadamente que apreciou o trabalho extra que estão a fazer.
E, no futuro, não terá problemas para encontrar voluntários para trabalhar horas extras quando tal for necessário.
6. Resolva os problemas rapidamente: Não deixe que situações problemáticas se transformem em crises. Você será a primeira vítima. Trate o abscesso logo que souber que existe!
Se algum dos seus empregados parece estar descontente ou triste, seja direto e pergunte qual é o problema. Não dramatize as coisas demasiadamente, não há necessidade de desenvolver um confronto público. Diga apenas que está disponível e que, se querem falar sobre alguma coisa, o podem fazer.
Se um empregado passa o tempo a fazer má cara, pergunte discretamente se ainda gosta do trabalho, se está tudo bem em casa, se está bem de saúde, etc. Deixe-o saber que se preocupa com ele. Se o empregado está a ter problemas pessoais, pode ser que se abra, que fale sobre eles e se sinta melhor por isso.
Não faça perguntas por detrás das costas dessa pessoa, que certamente não gostará se o souber.
Seja diplomático. Se a pessoa não quer falar, não insista.
Mostre-lhe que espera que os seus problemas se resolvam e que, se precisar de si, estará à disposição dela.
3.° Passo: Influenciar os outros:
Para que possa pôr em prática o seu poder pessoal, tem de aprender a influenciar os outros, não só para que não façam coisas ofensivas ou desagradáveis, mas simplesmente para o aceitarem como seu líder natural.
Umas poucas e simples técnicas ajudá-lo-ão a conseguir o que quer dos outros. O objetivo é pôr a outra pessoa num estado de espírito flexível e de fazer com que ela lhe queira agradar.
1. Não hesite em elogiar a aparência de alguém. O simples fato de dizer “Está com ótimo aspecto hoje!” tem um efeito de poção mágica na outra pessoa.
Todos temos consciência da nossa aparência. Se alguém nos faz um elogio sobre a nossa aparência, tal faz o nosso dia resplandecer.
E se elogiar os seus colegas ou alguém que quer influenciar, isso afeta mesmo o seu aspecto! Se disser a alguém: “Este casaco fica-te mesmo bem!”, a pessoa começará a achar que realmente lhe fica bem. E o que é a beleza senão uma avaliação subjetiva?
É assim que funciona a psicologia da persuasão.
2. Um instrumento poderoso: a arte de ouvir. Já falamos sobre isto: para que os outros gostem de si, para conseguir o que quer, para conseguir que as pessoas tímidas saiam da casca, tem de saber ouvi-las. A maioria das pessoas gostam de falar sobre si mesmas, sobre os seus êxitos ou problemas.
O leitor terá a reputação de um mestre em conversação se deixar que os outros falem dos livros que estão a ler, das viagens que fizeram, das lembranças de infância dos êxitos profissionais, etc.
Se um colega ou empregado quer contar-lhe o seu problema, ouça-o simpática e atentamente. Se ele pedir ajuda, faça sugestões. Mas nunca, nunca fale dos seus próprios problemas.
A outra pessoa não o quer ouvir. Mas se quer influenciar essa pessoa a fazer alguma coisa por si, então ouça o que ela tem para dizer.
Crie o hábito de ouvir as pessoas que podem fazer muito por si. A informação que lhe dão pode vir a ser-lhe muito útil um dia.
3. Saiba receber críticas: Parece-lhe contraditório?
Pois verá, dentro de pouco, que é perfeitamente lógico.
Temo-nos confrontado com críticas desde crianças. Aliás, existem muitas pessoas que experimentam uma espécie de prazer sádico em ver os outros cometerem erros, a serem culpados ou a serem ridículos em público.
Se sente que as pessoas o criticam muito, console-se. Existe uma relação direta entre o quanto é criticado e o quanto êxito tem! Quanto mais alto chegar, mais criticado será. Ao aprender a aceitar as críticas, usá-las-á em seu benefício.
Até o ajudarão a aumentar a sua influência sobre os outros.
Aqui tem alguns conselhos sobre como receber críticas:
• Olhe para as críticas como sendo prova do seu progresso.
Progredindo, torna-se uma ameaça para os outros que estão convencidos de que nunca poderão alcançar o seu nível. Ter consciência disto deve aumentar a sua autoconfiança.
• Nunca discuta com um crítico. Uma reação espontânea à crítica seria uma resposta agressiva. Controle-se!
Se está a ser criticado sobre o seu trabalho, peça à pessoa, com calma, para lhe explicar por que pensa assim. Num tom de voz respeitável e interessado, pergunte do que é, exatamente, que ela não gosta no seu trabalho, e por que.
Depois, diga-lhe quanto está grato pelas observações e a análise dela. Desta forma, desarma o seu crítico, que se vai embora com a sensação de ter êxito.
A próxima vez que pedir alguma coisa a essa pessoa, pode ter a certeza que fará tudo o que estiver ao seu alcance para o ajudar.
Se alguém decide criticá-lo sobre um aspecto da sua vida pessoal, ou sobre a maneira de se vestir, mantenha-se completamente indiferente. O crítico cansar-se-á de ser ignorado e procurará outra presa.
4. Esqueça a vingança pessoal: Este é um difícil conselho a seguir. No entanto, quanto sofrimento humano é causado pelo desejo da vingança!
Os dramaturgos da Grécia Antiga desprezavam a vingança e representavam-na como o mais terrível de todos os crimes. Ainda não atingimos tal progresso. Pelo contrário, a nossa sociedade parece aplaudir a vingança. Se não acredita, basta ir ao cinema!
Mesmo se alguém lhe fizer mal, não perca o seu tempo e energia a tentar vingar-se. Mais cedo ou mais tarde, os responsáveis irão pagar pelos seus erros. A vingança baixa-nos ao nível daqueles que criaram o problema à partida. Não entre no jogo!
Um ato vingativo é normalmente mais visível do que o ato que o provocou. Se alguém o quiser magoar, fá-lo-á cuidadosa e furtivamente, não em aberto. Talvez você seja a única pessoa que sabe disso.
Se tem a certeza de ter razão e decide vingar-se, só vai criar muitos problemas. As pessoas julgarão a sua ação fora do contexto, e a culpa recairá sobre si. Isto não é maneira de influenciar os outros! Será visto como vingativo, injusto e mesquinho.
5. Evite a familiaridade inoportuna: A familiaridade gera o desdém, como diz o ditado. Apesar de esta afirmação ser um pouco exagerada, deve saber que pode exercer mais influência sobre as pessoas se mantiver certa distância.
Dirija-se aos seus subordinados ou colegas sempre com respeito. Hoje em dia, começa-se logo a tratar as pessoas pelo primeiro nome, desde o momento em que as conhecemos. Isto é especialmente verdade nos EUA, onde as técnicas de vender e a
forma de tratar as pessoas é mais informal do que no resto do mundo.
Deixe passar algum tempo antes de passar ao tratamento pelo primeiro nome, especialmente com subordinados. Quando se dirigir às pessoas com respeito, responder-lhe-ão da mesma maneira.
6. Faça a gestão do seu tempo: Se aprendeu a delegar tarefas eficazmente, então é natural que o tempo já não seja um problema para si. Mas surgem sempre situações de crise, tanto no trabalho como em casa, e quem sabe gerir o seu tempo, sai-se melhor.
Quais são os princípios da gestão eficaz do tempo?
Faça uma lista de tudo o que tem para fazer Não passe os dias a saltar cegamente de uma atividade para outra. Saiba exatamente o que vai fazer e como o vai fazer.
Tenha uma agenda e anote todos os seus compromissos, telefonemas a fazer, tarefas especiais, etc.
Quando acabar de fazer uma tarefa, risque-a da sua lista. Sentirá uma agradável sensação de satisfação.
Todas as noites, veja a página do dia seguinte, para acordar preparado para esse dia.
Se um dia não conseguiu fazer tudo o que desejava ter feito, risque as coisas que fez e transfira para o dia seguinte aquilo que não fez. Mas tente respeitar o plano o mais possível.
Combata qualquer tendência para adiar.
Um líder nunca deixa as coisas para depois. Se o fizesse, nunca conseguiria fazer nada. Se tem uma ligeira tendência para adiar, leia um livro que trata deste hábito nocivo e livre-se dele. Faça uma lista das prioridades.
Não pode resolver todos os problemas ao mesmo tempo. Não se ponha a correr de um lado para o outro tentando fazer muitas coisas, apenas acabará por não fazer quase nada.
Estabeleça quais são as prioridades e comece pelo princípio da lista. Não se preocupe com as outras coisas para já – o tempo para tratar delas chegará. Seja metódico!
Não deixe que o interrompam no meio de um trabalho importante.
Isto pode parecer óbvio, mas quantas vezes por dia são os trabalhadores distraídos por colegas que parecem não ter mais nada que fazer senão falar? Olhe bem à sua volta e logo verá que é um problema grave.
Delicadamente, dê a entender às pessoas que não estará disponível durante umas horas e que, se precisarem de si, estará disponível ao fim do dia.
Algumas pessoas têm receio de fechar a porta, com medo de ofender as outras pessoas. Não seja uma delas, ou não acabará o que tinha planeado fazer.
Evite parecer que trabalha de mais Se quer avançar na sua carreira, ter um contrato lucrativo ou simplesmente ganhar o respeito dos seus superiores, deve sempre
parecer fresco e alerta. Isto não é tão difícil como parece.
Não existe nenhuma fórmula mágica para se manter fresco e alerta quando trabalhou demais, mas aqui estão algumas dicas:
• Exercício: Nunca é de mais repetir que o exercício, longe de o cansar, aumenta a sua reserva de energia. Portanto, se quer ser mais eficaz durante períodos de tempo mais compridos, faça exercício. Terá também o bônus de ter melhor aspecto!
• Durma bem: É provável que saiba que o sono é o barômetro do nosso estado geral de saúde física e mental. Leia um livre sobre o sono e durma o mais que puder.
• Coma energia: Não poder estar fresco e alerta se comer comida rápida, comida de “plástico” ou instantânea, etc. Pelo contrário. Leve o tempo que for preciso para comprar comida saudável e para a preparar devidamente – legumes, fruta, ovos,
lacticínios e hidrocarbonetos (especialmente arroz e espaguete). Boa comida devolve cores ao seu rosto, ajuda-o a dormir melhor e permite perder peso mais facilmente.
• Faça exercícios de visualização e descontração: Deve aprender a fazer estes tipos de exercícios. Passar alguns minutos por dia no seu oásis mental é especialmente eficaz para regenerar a sua energia.
4º. Passo: Seja um bom vendedor:
É importante que um líder saiba vender as suas idéias. Segue se um sumário dos princípios fundamentais das vendas.
Imagine que você é o produto que está à venda. Saberia convencer os outros a comprá-lo?
Aqui você aprendeu alguns truques sobre como embalar e apresentar um produto. Agora, o que tem que fazer é só despertar o interesse nos seus possíveis compradores, tal como faz qualquer bom vendedor.
Não acha que o desejo de comprar é espontâneo, pois não? Se acha que sim, é melhor pensar outra vez. As pessoas não compram aquilo que ainda não foram condicionadas a comprar.
Qualquer pessoa que alguma vez fez um curso de técnicas de venda dirá que o primeiro passo consiste em descrever ao comprador os benefícios (reais ou fictícios) que ter ao comprar o produto.
Cada vez que tem de vender uma idéia, um programa, um projeto ou outra qualquer, procure um argumento que caracterize aquilo que quer vender.
Observe as técnicas da publicidade para compreender como funciona este princípio.
Em vez de vender uma marca de cerveja, os anúncios vendem o prazer de beber um copo com amigos. Em vez de vender um carro, os anúncios vendem o prazer de impressionar os outros ou de ser o maior “craque” na estrada, etc.
Agora, vejamos como ser um bom vendedor:
Retrato de um vendedor:
• Um vendedor é alguém que é estimado pelos outros. É accessível, otimista, feliz e capaz de se rir com os clientes em perspectiva, porque o riso sempre cria uma espécie de laço entre as pessoas. Tem sido provado inúmeras vezes que somos muito mais atraídos por pessoas que nos fazem rir.
• Um vendedor tem o talento de ser com conversador. Tal como um líder, o vendedor sabe que, para influenciar as pessoas, tem de elogiá-las e encorajá-las a falarem sobre si mesmas. Desta forma, inspira-se confiança.
Se quer que as pessoas o ouçam, tem de controlar a intensidade da sua fala. Demasiada paixão põe as pessoas pouco à vontade e faz com que resistam, dá-lhes a impressão de que o que quer é só vender e mais nada. Esta é exatamente a impressão que deve evitar dar.
Paixão a menos faz com que se pareça indiferente, e, se não acredita naquilo que diz, então por que devem os outros acreditar? Procure um equilíbrio saudável que simplesmente reflita a sua sinceridade.
• Um vendedor sabe exprimir-se. Para vender as suas idéias, deve ser capaz de se exprimir com clareza, coerência e calma.
Tente melhorar o seu vocabulário todos os dias. Existem muitas palavras que tememos empregar com medo de parecermos pretensiosos ou superiores. Não pense assim. Tenha prazer em acrescentar palavras e expressões novas ao seu vocabulário.
• Finalmente, um bom vendedor deve ser diplomático.
Alguém que tenta vender um carro não começa por criticar todos os outros carros, porque não faz a mínima idéia de qual é o carro que o eventual cliente tem nesse momento.
• Tente evitar assuntos controversos, mesmo que ache que a outra pessoa não tem uma forte inclinação para um dos lados. Estará a perder tempo e arrisca-se a despertar animosidade na pessoa que está a tentar conquistar. Muitas vezes, tais esforços resultam no oposto daquilo que esperava!
Para concluir, não se esqueça de que, para adquirir poder pessoal, tem de seguir os passes descritos neste livro e que, de cada vez que consegue dar um passo, tem de o ligar com aqueles que realizou anteriormente. Cada passo em frente baseia-se naquele que acabou de dar. Por último, juntam-se todos para formar a chave invisível que conduz ao poder verdadeiro.
Através deste poder, será capaz de compreender a psicologia das pessoas que lidera. Não abuse delas nem se aproveite dos seus pontos fracos. Fazê-lo seria indigno da sua parte. Pelo contrário, baseie a sua autoridade nos pontos fortes. Se os ajudar a tornarem-se mais competentes e orgulhosos dos seus êxitos, conquistará o apoio de primeira classe de que precisa.
Ajudando aqueles que lidera, está a ajudar-se a si mesmo.
Adquirindo uma personalidade magnética, também ganhou aderentes. Agora será muito fácil tornar-se um líder.
Como?
O primeiro passo consiste em fazer com que reparem em si, emergir do anonimato. Mostrando que é diferente, atrairá a atenção daqueles que estão em situação de conferir autoridade.
Comece por adquirir uma capacidade especial, que poucas pessoas possuem. Depois, faça um esforço para ser delicado e respeitoso. Assim, as pessoas gostarão mais de si.
Certifique-se de que tem aderentes eficazes, esta é a chave de todo o poder pessoal. Tente ser mais diplomático no seu relacionamento com colegas e subordinados. Seja subtil na resolução de problemas e não perca tempo. Conseguirá que tomem o seu partido, se tiver uma atitude positiva, ouvindo o que os outros têm para dizer e mostrando interesse nos seus problemas e nos seus êxitos.
Acima de tudo, um líder sabe gerir o seu tempo. Faça uma lista das tarefas, combata a tendência para adiar, defina as prioridades e tente não dar a impressão de que tem trabalho a mais.
Por último, aprenda as principais técnicas de venda, porque terá de se vender a si mesmo e às suas idéias. O retrato de um bom vendedor é semelhante ao de um bom líder.
Fonte: Como se tornar um líder (Christian H. Godefroy).
Dinâmicas de Grupo: Desenvolve o Comportamento Organizacional?
A dinâmica de grupo faz vivenciar situações análogas ao dia-a-dia de trabalho. É um procedimento que poderá ajudar na mudança de comportamento, além de identificar como a pessoa age em grupo.
O aumento da concorrência entre as empresas provoca valorização de características pessoais até recentemente pouco exigidas dos profissionais pelo mercado de trabalho.
Podemos identificar tal situação nos trabalhos de consultoria, tanto nos processos seletivos como no desenvolvimento de pessoal, através de sessões de treinamento.
Hoje não basta somente conhecimento técnico. É também preciso, entre outros, trabalhar em equipe, flexibilidade, participação efetiva na busca de resultados, agindo criativamente e inovando processos e métodos organizacionais.
É evidente que somente a capacidade de resolver questões lógicas não é suficiente para garantir a sua empregabilidade. O profissional deve buscar um equilíbrio emocional que possibilite enfrentar situações adversas e de conflito, de forma estável e consciente.
Tais competências podemos perceber indo ao encontro a um princípio básico do ser humano que é agir socialmente. Como diz o ditado, “nenhum homem é uma ilha”.
Sabemos também que o processo de interação grupal não é tão fácil, pois exige das pessoas transformações comportamentais e que por muitas vezes vão contradizer sua cultura, educação familiar e mesmo sua personalidade.
O ser humano é competitivo e está acostumado a trabalhar individualmente. Muitas empresas premiam estas características, embora podemos perceber que muitas estão valorizando também os resultados obtidos pelos grupos da organização.
O papel da organização
1 – Identificar algumas características pertinentes à sua necessidade, através de processos seletivos adequados, facilitando as atividades de desenvolvimento de pessoal.
2 – É fundamental a criação de incentivos a programas de treinamento que tenham como tema: motivação, liderança, times de trabalho, gestão participativa, tomada de decisões, empowerment, criatividade e inovação, soluções criativas de problemas etc.
Tais programas devem permitir aos funcionários refletir sobre o seu autodesenvolvimento, despertando o desejo por relações pessoais e po9r uma melhor qualidade de vida: o que os levará à formação de suas identidades organizacionais e pessoais.
Enfim, devem permitir aos mesmos aprender a lidar com suas emoções, melhorando assim suas performances, cabendo à organização a promoção do seu capital intelectual.
A dinâmica de grupo faz vivenciar situações análogas ao dia-a-dia de trabalho e é um procedimento que poderá ajudar na mudança de comportamento, através de sessões de treinamento e desenvolvimento, como também poderá identificar como a pessoa age em grupo, principalmente sendo utilizada em processos seletivos.
Portanto, trata-se de uma técnica valiosa que poderá ser utilizada em treinamento de pessoal, seleção de pessoal, avaliação de potencial, pesquisa de clima organizacional, bem como levantamento de necessidades da organização, busca de soluções criativas de problemas e desenvolvimento do potencial criativo.
Especificamente em processos seletivos – Através de jogos cooperativos podemos identificar como a pessoa se identifica e se relaciona com os demais e se é capaz de sair do espírito competitivo inflexível etc.
Sempre devemos considerar a cultura da organização e quais as características necessárias para aquele cargo na referida organização.
Pela nossa prática, podemos perceber que muito tem se cobrado, nos processos seletivos, os seguintes comportamentos das pessoas:
• Espírito de equipe
• Liderança
• Ambição
• Facilidade de comunicação
• Facilidade de lidar com pressões externas
• Criatividade e inovação
• Equilíbrio emocional
• Capacidade de agregar para a organização
• Podemos perceber que estas características são as procuradas pelas organizações nos processos seletivos e que a técnica mais eficaz para identificar os requisitos acima descritos é a dinâmica de grupo.
Através de jogos, que são atividades espontâneas regidas por regras como tempo e estratégias, permite que se trabalhe com o tema de forma que revelem as facetas de seu caráter, comportamento que normalmente não se revela em outras situações.
Algumas das técnicas são situações que fogem do cotidiano, ou seja, de atividades específicas do cargo, mas que por analogia podem os identificar determinados comportamentos.
Muitas das técnicas utilizadas em processos seletivos poderão ser utilizadas em treinamento de desenvolvimento de desenvolvimento de pessoal – o que vai diferenciar é a leitura dos comportamentos.
Em treinamento devemos interpretar os comportamentos observados e em seleção de pessoal, somente assinalando algumas questões, de forma genérica, sutil, servindo como feedback para os candidatos.
Portanto, a formação na área de humanas é fundamental para o êxito da utilização de tal procedimento. Mas somente esta técnica não garante a eficácia de um processo seletivo. É preciso utilizar outros métodos, tais como testes e entrevistas, para identificar o verdadeiro potencial dos candidatos, principalmente quando utilizada em processo seletivo.
A prática de dinâmica de grupo tem sido utilizada por várias empresas, mas cabe um alerta:
• Falta de conhecimentos profundos sobre o comportamento humano – Pelo desconhecimento, passa-se a agir com os candidatos e com os dados obtidos da dinâmica de grupo de maneira amadora e pejorativa, rotulando e discriminando as pessoas.
• Não domínio da técnica – Muitos profissionais não dominam a técnica e principalmente não sabem como interpretar os comportamentos observados, ou avaliam conforme o seu referencial, que poderá ser preconceituoso.
• Não sabem escolher a técnica – Muitos profissionais escolhem a técnica sem saber efetivamente os requisitos exigidos pelo cargo. Escolhendo a que mais agrada, não significa que será a mais eficaz e que possa recolher melhores resultados.
• Modismo – Deve-se evitar em utilizá-lo por estar na moda, do tipo o vizinho usa, meu amigo disse, eu li na revista etc.
• Amadorismo – Alguns profissionais compram um livro de dinâmica de grupo, escolhem algumas, aplicam nos candidatos sem saber dirigi-la de forma correta.
• Questões éticas – Alguns aspectos éticos muitas vezes são desconhecidos pelos aplicadores das técnicas.
Faça um planejamento prévio de todas as etapas, tais como técnica utilizada, duração e data.
Informe o(s) candidato (s) de todas as etapas, para poderem também se organizar. Mesmo estando à procura de uma colocação, ele (s) não está a inteiro dispor da empresa.
As dinâmicas duram em média 3 a 4 horas.
Não atrase, considere que você está lidando com pessoas e ninguém gosta de esperar. Atrasos só servem para deixar o candidato irritado, sem contar que revela a falta de respeito e organização por parte da empresa.
Especificamente em treinamento e desenvolvimento de pessoal
A dinâmica de grupo é fundamental para o desenvolvimento e mudança de comportamento. Sendo assim, todos esses aprendizados somente serão efetivamente transformados em comportamento quando vivenciado.
Como diz o provérbio chinês: “o que escuto eu esqueço, o que vejo posso lembrar, o que faço não esqueço”.
Sendo assim, não podemos também utilizar a técnica pela técnica e sim ela aplicada a uma análise acompanhada de uma compreensão dos processos e fenômenos grupais. Portanto, a formação do profissional na área de humanas em condução de grupos é fundamental.
Ou seja, é fundamental a fundamentação teórica associada à técnica vivenciada e não somente a técnica vivenciada como o jogo de salão, onde todos se diverte, brincam, alegram-se e depois o que poderá colocar em prática o aprendizado?Onde modificou o comportamento? De que forma poderá retribuir á organização o capital investido?
Isso deverá servir de alerta! Pois é um investimento sem retorno, quando não aplicado e desenvolvido de firma séria, profissional , científico e vivencial por parte do coordenador.
Temos percebido quando nos é solicitado treinamento de criatividade, cabe ressaltar que treinamento de criatividade não é somente descontração, festa, etc.
A dinâmica de grupo é fundamental para o desenvolvimento e mudança de comportamento.
Somente integrar pessoas, atualmente, não é o suficiente para o busca de resultados concretos.
Sugestões
• Experiência vivencial de condução de grupo, saber o que observar, como e validar comportamento.
• O domínio da técnica e a fundamentação teórica é fundamental.
• A escolha deverá estar diretamente associada aos objetivos.
• Clareza no convite das vivências, processo ganha-ganha.
• Análise científica das técnicas é o básico para mudança de comportamento.
• Responda a pergunta: Como coloco em prática o que foi vivenciado?
• Não esqueça dos princípios básicos da ética profissional e pessoal, pois você está lidando com pessoas.
Muitas técnicas facilitadoras como brainstorming, brainswrtiting, jogos lingüísticos, empresariais, dinâmica de grupo, psicodrama – somente darão resultado quando associadas ás fundamentações teóricas, científicas e vivencia, fazendo sentido como o dia-a- dia da empresa e com sua realidade.
O Perfil do Líder Através da Teoria 3-D da Eficácia de Liderança
A Teoria de Reddin (1977) foi desenvolvida a partir de uma série de pesquisas realizadas por psicólogos nos Estados Unidos e denominada “Teoria 3-D da Eficácia de Liderança”.
Eles consideravam que os principais elementos do comportamento dos líderes/gerentes baseavam-se nas tarefas a serem executadas e nas relações com as pessoas. As pesquisas concluíram que os líderes/gerentes ora davam ênfase às tarefas a serem realizadas, ora as relações com as pessoas e que esses dois elementos do comportamento eram usados em maior ou menor grau. Assim, o líder/gerente poderia ser orientado intensamente para a tarefa, bem como orientado para as relações (estilo integrado); o comportamento para a tarefa e para as relações, usados em menor grau (estilo separado); o comportamento para as relações a ser usado em maior grau que o para a tarefa (estilo relacionado) ou o comportamento para a tarefa poderia ser usado em maior grau (estilo dedicado).
Reddin adverte: nem todos os tipos de comportamento dos gerentes se ajustarão perfeitamente a esses quatro tipos, porém eles são muito úteis como uma estrutura geral.
Define-se assim cada estilo:
AUTOCRATA: Um gerente que está usando uma alta Orientação para Tarefa e uma baixa Orientação para Relações, numa situação onde tal comportamento é inadequado, sendo, por isso, menos eficaz; é percebido como carente de confiança nos outros, desagradável e interessado unicamente na tarefa imediata.
AUTOCRATA-BENEVOLENTE: Um gerente que está usando uma alta Orientação para Tarefa e uma baixa Orientação para Relações, numa situação onde tal comportamento é adequado, sendo, por isso, mais eficaz; é percebido como quem sabe o que deseja e como conseguir aquilo que deseja sem criar ressentimentos.
DESERTOR: Um gerente que está usando uma baixa Orientação para Relações, numa situação onde tal comportamento é inadequado, sendo, por isso, menos eficaz; é percebido como não comprometido e passivo ou negativo.
BUROCRATA: Um gerente que está usando uma baixa Orientação para Tarefa e uma baixa Orientação para Relações, numa situação onde tal comportamento é adequado, sendo, por isso, mais eficaz; é percebido como escrupuloso, interessado acima de tudo nas regras e procedimentos,
MISSIONÁRIO: Um gerente que está usando uma alta Orientação para Relações e uma baixa Orientação para Tarefa, numa situação onde tal comportamento é inadequado, sendo, por isso, menos eficaz; é percebido como basicamente interessado em harmonia.
PROMOTOR: Um gerente que está usando uma baixa orientação para Tarefa e uma alta
Orientação para Relações, numa situação onde tal comportamento é adequado, sendo, por isso, mais eficaz; é percebido como tendo confiança implícita nas pessoas e interessado, acima de tudo, em desenvolvê-las como indivíduos.
TRANSIGENTE: Um gerente que está usando uma alta Orientação para Tarefa e uma alta Orientação para Relações, numa situação que requer uma alta Orientação somente para Tarefa ou somente para Relações ou não exige alta Relação nem para Tarefa nem para Relações, sendo, por isso, menos eficaz; é percebido como um fraco tomador de decisões e como alguém muito influenciado pelas várias pressões da situação e como pessoa que evita ou minimiza as pressões e problemas imediatos em vez de maximizar a produção a longo prazo.
EXECUTIVO: Um gerente que está usando uma alta Orientação para Tarefa e uma alta
Orientação para Relações, numa situação onde tal comportamento é adequado, sendo, portanto, mais eficaz; é percebido como uma boa força motivadora e um gerente que estabelece altos padrões, trata cada um de forma diferente e prefere dirigir através de equipes.
O estilo gerencial, com suas conotações de eficácia, não pode ser simplesmente definido levando-se em conta unicamente o comportamento. Ele sempre deve ser definido tomando-se como ponto de referência as exigências da situação. A eficácia de qualquer comportamento depende da situação em que é usado.
Desta forma, para aprender a ser eficaz, o líder/gerente precisa aprender a utilizar três habilidades:
FLEXIBILIDADE DE ESTILO: é uma medida do grau segundo o qual um gerente muda seu estilo adequadamente a uma situação em mudança.
SENSIBILIDADE SITUACIONAL: é a habilidade para ler as situações no que elas realmente contêm. Na linguagem 3-D é a habilidade para avaliar os cinco elementos situacionais em termos de suas exigências de tarefa e relações, seu repertório e sua força relativa.
HABILIDADE DE GESTÃO SITUACIONAL: O gerente profissional é um gerente de situações totais. A habilidade de gestão situacional é nada mais que mudar as exigências dos elementos situacionais de forma que aumente a eficácia gerencial. Como isso sempre envolve mudança, uma habilidade básica da gerência é a introdução suave da mudança, ou, em outros termos, superar a resistência à mudança.
Essas três habilidades, quando adquiridas, dão ao líder/gerente a experiência.
A situação pode ser dividida em cinco elementos situacionais que são manejáveis. São eles:
ORGANIZAÇÃO: Forma abreviada para filosofia da organização, como é usada na Teoria 3-D, refere-se a todos aqueles fatores que influenciam o comportamento num sistema social, comuns a posições não essencialmente relacionadas. Diz-se algumas vezes que a organização refere-se a fatores extrínsecos às tarefas, cultura, clima, valores ou simplesmente, à maneira pela qual fazemos as coisas por aqui.
TECNOLOGIA: Como é usada na Teoria 3-D, refere-se à forma pela qual o trabalho pode ser feito para alcançar eficácia gerencial. Preparar orçamentos, tomar decisões e fazer inspeções são tarefas que poderiam ser feitas de diferentes maneiras; sua tecnologia é diferente.
SUPERIOR, COLABORADOR E SUBORDINADO: Os conceitos superior, colaboradores e subordinados são usados no sentido geralmente aceito. Cada um desses cinco elementos faz exigências ao estilo do gerente.
Essas exigências podem ser expressas em termos de um ou mais estilos básicos necessários para satisfazê-las. Podemos dizer que qualquer coisa que afeta a eficácia de um gerente pode ser expressa por um ou mais elementos situacionais.
Liderança pode ser inata. Mas também pode ser aprendida e desenvolvida. Há os especialistas que afirmam ser a liderança desenvolvida mais eficaz do que a liderança inata. Líderes natos, pela desinformação de seus pais ou mesmos professores tendem a ser reprimidos, por mostrarem perfis de independência, quando, pela imaturidade deveriam mostrar-se subservientes e obedientes à autoridade.
A expectativa em relação à atuação de líderes em cenários de competitividade não é a de que assumam a postura de super-homens, mas de indivíduos conscientizados de sua importância estratégica, no tocante à consecução de resultados e a manutenção de padrões de qualidade compatíveis com a realidade contemporânea.
PEPLEOWARE – Como Trabalhar o Fator Humano nas Implementações de Sistemas Integrados de Informação
As empresas são compostas de pessoas, com ansiedades, inseguranças, esperanças, fantasias, ambições, etc. e, se não for tratado adequadamente o fator humano (peopleware), nos seus vários aspectos (modelos mentais, valores e crenças), nenhum projeto de transformações profundas, como a implementação de um sistema ERP (Enterprise Resource Planning), terá a menor possibilidade de sucesso.
A implantação de um sistema integrado de informação ERP requer uma nova filosofia de trabalho, de pensar e de agir, trazendo consigo uma inevitável desestabilização organizacional. Para enfrentar essas mudanças é preciso que as empresas abandonem valores e padrões de comportamentos, reformulando sua dinâmica organizacional.
A tecnologia da informação é uma das grandes responsáveis pela desenfreada transformação do mundo moderno. O hardware transformou-se em commodity, o software está desencadean-do uma revolução de conceitos e de relacionamentos e o peopleware tornou-se o ponto fraco do sistema.
Pagando um preço muitas vezes bastante elevado, as organizações estão descobrindo que somente a tecnologia da informação não basta: seus plenos benefícios só podem ser alcançados por meio das pessoas que dela se utilizam.
A Evolução
Olhando para o passado, nota-se que o software e o peopleware nunca precisaram se preocu-par muito um com o outro. Sempre foram percebidos e tratados separadamente. A tendência do software é cada dia mais integrar todas as atividades da empresa, de operacionais a processos de gestão, através da ação das pessoas.
Existe um ciclo de reforço entre o conhecimento humano acumulado e a tecnologia que faz com que um influencie positivamente o outro, ampliando-o e provocando mudanças inevitáveis no modo de vida.
Quando surge algo diferente, as pessoas tendem a chamá-lo de moda – algo que tende a passar porque não representa qualquer avanço ou inovação e não agrega valor. Quando, no entanto, agrega algum valor é considerado uma inovação (change trigger). Veja-se a título de exemplo, o que ocorreu com a forma de impressão de Gutenberg, o motor à explosão e o computador. Esse tipo de inovação provoca duas situações: uma descontinuidade em relação à tendência de evolução natural e que a decisão de adotar ou não a nova tecnologia torna-se fora de controle. As soluções computacionais via sistemas ERP caminham no sentido de se tornarem uma inovação.
Estes sistemas são, em parte, uma resposta à tendência da evolução de integração das empresas com as suas cadeias de valor (value chain), ligando todos os agentes econômicos, através da tecnologia da informação. Seu uso é inevitável, em face da “comoditização” das empresas e do ciclo de reforço que alavanca os processos de transformação da sociedade. Proporciona resultados incríveis de agilidade, sinergia e redução de ciclos.
As Mudanças
Assim como na física, a primeira lei que o responsável do gerenciamento de mudanças organizacionais deve saber é: “Todo e qualquer esforço de transformação organizacional sofre resistências de magnitude igual às mudanças que se deseja realizar”.
As razões são óbvias. Toda mudança acarreta ganhos e perdas. No mínimo, tira as pessoas da zona de conforto, onde estão à vontade porque já a conhecem. De uma forma geral, como as pessoas não estão preparadas para acompanhar a velocidade com que as coisas estão evo-luindo, muitos projetos de reengenharia nos negócios fracassam. Assim, as organizações que melhor souberem administrar as mudanças, terão significativas vantagens competitivas. Ter competência para realizar transformações, principalmente aquelas associadas à tecnologia, passa a ser um fator crítico de sucesso para o negócio.
O processo de transformação é um conjunto de esforços estruturados, numa sequência lógica, que objetiva levar uma organização do estágio atual para um outro, desejado. Para tanto, deve ser criado um conjunto de alternativas de evolução, uma visão clara da tecnologia e dos conhecimentos, uma estratégia para a transformação, definição de metas claras, exequíveis e quantificáveis e métodos para realizar a reeducação das pessoas.
A Dinâmica Organizacional
O mecanismo que mantém a estabilidade de uma organização é composto por um ciclo de reforço, no qual interagem modelos mentais (a forma com que as pessoas enxergam a organização), estruturas funcionais, padrões de comportamento e os resultados. Para realizar uma transformação, integrando ações de caráter técnico e humano, é fundamental perceber, conhe-cer e atuar nesse mecanismo como um todo.
Qualquer mudança que se queira implantar numa organização tem sua aceitação diretamente relacionada com os modelos existentes. Por mais lógica e razoável que uma proposta possa parecer, enfrentará resistência quanto mais contrária for ao modelo mental existente.
Os valores mais significativos das organizações tradicionais são: forte noção de território, valorização do poder e da hierarquia, independência das áreas e forte relação de lealdade entre chefe e subordinados. Estes valores condicionam todos os elementos estruturais. Feudos, redundância de atividades, falta de cooperação entre as áreas, ciclos longos das atividades, são dilemas (coisas que não podem ser resolvidas e tem que ser aguentadas) e não problemas, que podem ser resolvidos; são decorrências indesejáveis de coisas valorizadas neste tipo de organização. Neste tipo de ambiente as informações são tratadas como cartas em uma mesa de jogo.
A tendência é que este modelo organizacional seja substituído pelo da organização integrada e orientada para processos, caracterizada pelo enfraquecimento dos territórios e fortalecimento de uma rede de relacionamentos. Em grande parte ele é viabilizado por uma simbiose entre organização e o software. A pressão dos superiores hierárquicos tende a ser substituída pela pressão dos pares na busca de objetivos comuns. As atividades são agrupadas levando-se em conta tanto os processos quanto as funções.
A transformação do modelo requer mudanças culturais e dos elementos estruturais. No plano cultural é necessário alterar modelos mentais, crenças e valores; no plano estrutural, além de implantar um software integrador, é necessário alterar os elementos que preservam, ao longo do tempo, a cultura da não-integração. A combinação desses fatores é que leva uma organização orientada para processos conseguir ser significativamente mais eficiente e eficaz que uma organização tradicional.
Os erros mais comuns na implantação de projetos
Uma das melhores formas de ter sucesso em um projeto é iniciá-lo da maneira certa. Para isso aprende-se muito com a falha dos outros.
Algumas empresas acreditam que somente algo do mundo exterior, como um sistema informatizado, uma consultoria ou um gerente resolverá seus problemas. É certo que estes componentes aceleram a transformação, mas não basta apenas contratá-los, sem se envolver, liderar, assumir riscos e trabalhar.
Não adianta também correr para fazer a mudança, pois as pessoas precisam, primeiramente, desaprender as coisas antigas para se acostumarem às novas.
Outra grande fonte de insucesso é permitir que sejam geradas expectativas irreais, o que faz com que as ansiedades e as próprias expectativas surjam muito cedo.
As resistências
As resistências enfrentadas por todo esforço de modernização surgem nas mais diferentes, sofisticadas e disfarçadas formas, variando segundo a criatividade das pessoas. É ilusão acreditar que através do poder ou da autoridade se consegue eliminar os focos de resistência ou os mecanismos de sabotagem. Uma das maneiras de se inibir a sabotagem é tornar explícitos os padrões de resistência.
O conjunto de ganhos e perdas se comporta como se fosse um iceberg, onde as razões lógicas e materiais são perceptíveis, mas a grande maioria das motivações, não lógicas e não materiais ficam submersas. A melhor forma de lidar com as resistências das pessoas é estruturar e conduzir o projeto de maneira que as perdas não materiais sejam conhecidas e minimizadas. E isto só se consegue com o envolvimento das pessoas.
Um erro frequente, com relação ã implantação de um sistema ERP, é focar, em demasia, o esclarecimento do software nos seus aspectos técnicos e funcionais. Devem ser trabalhadas as naturais dúvidas e receios referentes a:
• o que vou ter que mudar em mim mesmo e na minha equipe?
• como vai ser o nosso processo de adaptação?
• considerando tudo o que eu sei sobre gerenciamento, o que muda e o que continua valendo?
• se meu trabalho desaparecer, o que vai ser de mim?
Atuação nos pontos críticos
Para que as mudanças organizacionais possam acontecer é preciso haver o alinhamento das lideranças com os novos objetivos e depois de todos os demais níveis, ou a sua grande maioria. Esse processo passa, obrigatoriamente, por dois caminhos: o caminho do conflito ou o caminho do convencimento. Devem ser delineadas a situação atual da empresa e a situação desejada.
A visão do presente deve contemplar os resultados que a organização está produzindo em termos de pessoas, organização e negócios, as tendências e descontinuidades que afetam o setor econômico em que a empresa opera e as necessidades e expectativas das partes interessadas (acionistas, clientes e colaboradores).
Desenvolvendo competências importantes em ambientes ERP
Quando uma organização quer obter o máximo proveito de seu ERP precisa preocupar-se em instalar um conjunto de competências (conhecimentos e habilidades) tornando as pessoas capazes de realizar algo, classificadas em dois grupos: camada e gerais.
As competências do tipo “camada” partem do princípio que cada pessoa deve dominar a parcela do software correspondente a sua atuação e ter noções das demais. O autor detalha esta camada nos seguintes níveis de competências:
• de negócio – utilização do ERP como instrumento estratégico, utilizando os conceitos de integração e gestão por processos;
• de gerenciamento – como gerenciar uma atividade, conhecendo-a muito bem. Cada gerente deve se portar como um gerente da companhia e não somente como um gerente da área de sua especialidade. Deve desenvolver a atuação do helicóptero (capacidade de subir, olhar o conjunto, identificar pontos de interesse, descer sobre um deles, resolver o que tiver de ser resolvido, subir novamente e repetir a atuação);
• de operação – operar o sistema, entrar e navegar pelas telas, inserir e extrair os dados. É uma característica de usuário freqüente;
• a técnica – capacidade de “tirar” do sistema aquilo que a organização necessita. É a capacidade dominada pelos especialistas em sistemas de informação.
As competências do tipo “gerais” são aquelas que todos devem ter, independentemente da sua posição na empresa. As mais importantes são:
• abertura à mudanças – é a predisposição de viver em um ambiente em contínuo processo de transformação, abdicando crenças, paradígmas e modelos mentais;
• raciocínio sistêmico – é a capacidade de ver o todo e não apenas as partes. É perceber os inter-relacionamentos de fatos distantes no tempo e no espaço;
• negociação – em um ambiente integrado (interna e externamente) e orientado para a gestão de processos, ninguém consegue ter poder sobre tudo;
• autodesenvolvimento – num mundo de contínuo desenvolvimento, este é um dos pré-requisitos básicos. Focando o ERP, as pessoas precisam percebê-lo com um sistema grande, complexo e passível de sofrer melhorias;
• disciplina – um ERP assemelha-se a uma ligação elétrica em série, onde cada ponto é vital para a passagem da energia. O trabalho de cada um afeta diretamente o desempenho dos demais.
A visão do futuro deve analisar e responder porque a companhia quer operar segundo um novo modelo e quais são os motivos estratégicos e não só porque os outros estão fazendo.
A Contribuição da Liderança Situacional para a Reversão do Ciclo Ineficaz
A Liderança Situacional tem como proposta e princípio, o desenvolvimento de um referencial conceitual que procura destacar as variáveis situacionais chaves. Esse enfoque utiliza como dados básicos como percepções e observações feitas pelos administradores no seu próprio ambiente de administração.
A Liderança Situacional baseia-se numa inter-relação entre:
1. A quantidade de orientação e direção (comportamento de tarefa) que o líder oferece;
2. A quantidade de apoio sócio-emocional (comportamento de relacionamento) dado pelo líder;
3. O nível de prontidão (“maturidade” como é chamada pelos autores) dos subordinados no desempenho de uma tarefa, função ou objetivo específico.
Esse conceito foi desenvolvido para ajudar as pessoas que tentam exercer Liderança, a serem mais eficazes em suas interações cotidianas com os outros, oferecendo aos líderes maior compreensão sobre a relação entre um estilo de Liderança eficaz e o nível de maturidade dos seus liderados.
Com isso, embora todas as demais variáveis situacionais (líder, liderados, organização, exigências do cargo, cultura organizacional, etc) sejam importantes, na Liderança Situacional a ênfase recai sobre o comportamento do líder em relação aos subordinados em função das suas respectivas maturidades, ou seja, em suma, em busca da eficácia gerencial.
Esta ênfase tem como fundamento à afirmação que os liderados são de importância vital em qualquer situação, não só porque individualmente aceitam ou rejeitam o líder, mas porque, como grupo, efetivamente determina o poder pessoal que o líder possa ter.
Nível de Maturidade dos Liderados
A Liderança Situacional define maturidade como a capacidade e a disposição das pessoas de assumir a responsabilidade de dirigir seu próprio comportamento.
As variáveis de maturidade devem ser consideradas especificamente em relação a uma tarefa, função ou objetivo específico a ser realizado. Isto significa que um indivíduo ou grupo não é maduro ou imaturo num sentido total. Todas as pessoas tendem a ser mais ou menos maduras em relação ao conjunto de suas tarefas ou função, podendo ser mais ou menos imaturas para outras tarefas, funções ou objetos específicos.
Além de avaliar o nível de maturidade dos indivíduos dentro de um grupo, pode acontecer que o nível de maturidade também tenha que ser avaliado no grupo como um todo, quando este tiver ações ou interações conjuntas e freqüentes na mesma área de trabalho, como acontece com as equipes de desenvolvimento de sistemas de informação. Esta avaliação é importante para orientar as ações do líder de modo a assegurar estilos de
Liderança adequados para cada indivíduo do grupo, e para o grupo como um todo. Desta forma, níveis diferenciados de estilos serão aplicados à natural diferenciação entre os grupos e aos indivíduos, isoladamente.
Componentes de Maturidade
O conceito de maturidade envolve duas dimensões: a maturidade de trabalho (capacidade) e a maturidade psicológica (disposição). Esta classificação decorre das seguintes pesquisas e conclusões:
1) As pessoas dominadas pelo motivo da realização têm certas características em comum, entre as quais:
– A capacidade de estabelecer objetivos elevados, mas atingíveis que é o que interessa mais diretamente para a Liderança Situacional;
– A preocupação com a realização pessoal e não tanto com as recompensas do sucesso;
– O desejo de feedback referente mais à tarefa (sobre o desempenho) que à atitude (sobre a sociabilidade).
2- Não se faz distinção conceitual entre a instrução e a experiência. As pessoas podem conseguir maturidade quanto à tarefa através da instrução ou da experiência ou da combinação de ambas. A única diferença entre as duas é que, ao falarmos de instrução, referimo-nos ao aprendizado formal de sala de aula, enquanto a experiência diz respeito àquilo que se aprende por conta própria ou no trabalho.
3- A instrução e/ou a experiência afetam a capacidade; e a motivação da realização afeta a disposição.
Maturidade de Trabalho
A maturidade de trabalho refere-se ao conhecimento e à capacidade técnica (habilidade) incluindo a experiência necessária para a execução das tarefas com autonomia.
A maturidade no trabalho como competência compreendendo conhecimento e habilidade, que podem ser adquiridos através da educação, treinamento e ou experiência.
A habilidade é entendida em dois sentidos; o “natural” para explicar por que algumas pessoas parecem capazes de aprender certas atividades com maior facilidade, e aquele do aprendizado por treinamento sucessivo, até que a pessoa adquira a condição de executar a atividade.
Maturidade Psicológica
A maturidade psicológica refere-se à disposição para fazer alguma coisa; portanto, diz respeito à competência (confiança em si mesmo) e ao empenho (motivação) para cumprir as tarefas sem necessidade de encorajamento ou correção.
Confiança é a medida da segurança da pessoa em si mesmo – a sensação de ser capaz de desempenhar bem um trabalho sem supervisão, a passo que a motivação é o interesse e o entusiasmo da pessoa em fazê-lo bem.
Embora estas duas dimensões de maturidade (no trabalho e psicológica) sejam as principais referências para o diagnóstico geral do nível de maturidade, diversas outras variáveis situacionais devem ser levadas em consideração, de modo geral, e em situações específicas:
– O estilo do líder se houver contato frequente com ele;
– Uma crise, ou um vínculo temporal de ordem emocional de qualquer ordem, pela qual a pessoa esteja passando;
– A própria natureza do trabalho ou da tarefa;
– Uma nova tarefa, função ou objetivo específico para o qual a pessoa não tenha adquirido, ainda, qualquer daquelas dimensões da maturidade.
A capacidade de uma pessoa (conhecimento e habilidade), concebida como uma questão de grau, não muda de um momento para outro. Em qualquer momento o indivíduo tem a mesma capacidade, embora esta seja variável em relação à tarefa e às outras pessoas.
Porém, o mesmo não ocorre com a disposição (competência ou confiança e motivação) que são coisas diferentes, pois ela pode variar, e geralmente varia, de uma época ou até de um momento para outro.
Às vezes as pessoas perdem a confiança e a motivação quando percebem que a tarefa é mais difícil do que pensavam a princípio. Ou talvez se sintam desmotivadas por acharem que seus esforços não estão sendo reconhecidos.
Para simplificar estas terminologias:
– Maturidade corresponde à amplitude geral de desempenho
– Desempenho corresponde à combinação de desenvolvimento e empenho
– Desenvolvimento corresponde à combinação de conhecimento (adquirido) e habilidade (nata ou adquirida)
– Empenho corresponde à combinação de confiança (em si e na habilidade de executar) e motivação (disposição para executar).
Um aspecto significativo da abordagem da Liderança Situacional em relação à maturidade ou desempenho refere-se à dimensão temporal da avaliação do nível em que o liderado se encontra.
Num primeiro momento este nível tem que ser avaliado para, em função dele, ser estabelecido o estilo de liderança adequado inicialmente.
Num segundo momento o desempenho precisa ser avaliado de modo contínuo, sistemático e dinâmico para eventuais adequações (mudanças) do estilo à situação do nível de desempenho do liderado na época. Este acompanhamento deve considerar tanto o desenvolvimento, quanto o empenho, podem e geralmente são mutáveis tanto pelas mudanças nas tarefas em si quanto pelas demais condições ambientais.
Existem dois ciclos diferentes que os gerentes podem utilizar para mudar ou maximizar a maturidade de tarefa de seus subordinados: o ciclo de desenvolvimento e o ciclo regressivo.
O Ciclo de Desenvolvimento
O papel dos gerentes no desenvolvimento do nível de maturidade dos seus subordinados é extremamente importante. Com muita freqüência os gerentes não assumem a responsabilidade pelo desempenho do seu pessoal, especialmente quando o desempenho não é bom… quando os gerentes têm que demitir alguém, encontrar um lugar para “encostá-lo” ou quando estão aborrecidos com o desempenho de algum subordinado, deveriam olhar-se no espelho. Na maioria dos casos, a causa principal do problema de desempenho reflete o seu próprio comportamento.
Os gerentes têm a responsabilidade de transformar seu pessoal em “vencedores”. É disso que se trata o ciclo de desenvolvimento.
Para o desenvolvimento do seu subordinado a primeira questão que o gerente deve responder a si mesmo é: que área de atividades desejo influenciar? Ou seja, quais são suas tarefas, responsabilidades, metas, objetivos, estratégias, etc.
Estas respostas estão diretamente ligadas ao tipo de função exercida na organização, e como tal, tem contribuintes de todo o processo organizacional mais amplo.
A partir destas respostas, os gerentes deverão especificar claramente o que constitui um bom desempenho em cada área, para que eles quanto seus subordinados saibam quando seu desempenho se aproxima do seu nível desejado, um gerente não pode modificar e desenvolver o comportamento dos seus subordinados em áreas que não estejam claramente definidas.
O segundo aspecto que o gerente precisa verificar é o nível de desempenho (maturidade) atual do grupo e de cada pessoa, em cada um dos aspectos específicos do trabalho. Esta verificação envolve os dois componentes da maturidade: o nível de desenvolvimento (conhecimento e habilidade para execução da tarefa) e o nível de empenho (confiança e motivação).
Como o desempenho (maturidade) não é um conceito global, ou seja, as pessoas não são maduras ou imaturas num sentido total, é necessário conhecer seu grau de maturidade naquela determinada situação.
O terceiro passo na direção do desenvolvimento dos recursos humanos é a avaliação do nível de maturidade dos subordinados, através de julgamentos sobre a sua capacidade e a sua motivação.
Embora não esteja explicitamente destacado parece-nos importante destacar que este passo no processo de desenvolvimento dos recursos humanos é peculiar, por representar o ponto de partida para a adequação do estilo de liderança ao nível de maturidade do subordinado no conjunto ou numa das suas atividades específicas. Desta maneira, esta avaliação é de suma importância para assegurar a eficácia do processo de liderança, já como ponto de partida, e evitar que distorções de julgamento comprometam este processo gerando ineficácia.
A avaliação de maturidade pode ser feita por observação ou através de perguntas diretamente à pessoa. Nos dois casos há dificuldades para obter uma avaliação precisa, porém, a instalação de um clima de confiança entre o líder e o subordinado consegue superar estas dificuldades.
O nível de maturidade do funcionário, que pode encontrar-se em qualquer dos quatro níveis em cada uma de suas várias áreas e tarefas, proporciona ao gerente uma boa indicação sobre onde e como iniciar o seu desenvolvimento.
Em termos práticos e aplicativos significa estabelecer qual o estilo de liderança EN deve ser adotado seu nível de desenvolvimento (conhecimento e habilidade para a tarefa) e de empenho (confiança e motivação para a execução).
Esta relação pode ocorrer desde quando o subordinado não tem capacidade (desenvolvimento) nem disposição (empenho) até quando os subordinados já são maduros; tem capacidade (são desenvolvidos) e tem disposição (empenho), casos em que o gerente poderá delegar-lhe as responsabilidades sabendo que terão bom desempenho.
A evolução do nível de maturidade, como parte de ciclo de desenvolvimento dos recursos humanos significa o aumento de maturidade na tarefa de um indivíduo ou de um grupo além do nível que tal indivíduo ou grupo alcançou. Significa que é um ciclo de desenvolvimento, através da mudança gradual entre estilos, de progressivamente até, à medida que o desempenho evolui.
Para tanto alguns aspectos tem que ser cuidadosamente observados pelo supervisor:
1. Toda evolução é lenta, gradual, e por aproximações sucessivas, pois as pessoas aprendem um pouco de cada vez.
2. Todo aumento de delegação implica em assumir alguns riscos.Esta variável de tempo pode significar dias ou semanas para atividades mais simples e até anos para atividades mais amplas e complexas.
3. Toda delegação deve ser precedida de definições claras de objetivos claros e específicos.
4. O comportamento de relacionamento do gerente deve sempre estar presente oferecendo gratificações positivas e esforços, sempre que os comportamentos dos liderados estiverem na direção desejada. Este conceito está ligado à teoria da modificação e reforço do comportamento e mais recentemente à chamada gerencias de desempenho.
5. Como conseqüência dos aspectos anteriores, o líder deve ter cuidado para não delegar muita responsabilidade com demasiada pressa. Se isso ocorrer antes do tempo certo o líder poderá estar expondo o subordinado ao insucesso e á frustração, o que fará com que no futuro ele não queira ou não tenha confiança para assumir nenhuma outra responsabilidade.
6. Os gerentes não devem aumentar o comportamento de relacionamento (apoio sócio-emocional) sem antes terem conseguido o comportamento desejado, sob pena de serem considerados como “fracos” e benevolentes com baixo desempenho.
7. No caso do funcionário não ter atingido o nível de desempenho esperado o líder deve regredir na escala progressiva, retornando o nível imediatamente anterior, para recomeçar o processo de desenvolvimento.
8. As escalas de comportamento, tarefa e de relacionamento tem comportamentos distintos. Nos dois quadrantes, correspondente ao estilo de direção e de persuasão enquanto o comportamento de tarefa diminui o comportamento de relacionamento aumenta; nos outros dois seguintes, correspondentes aos estilos de apoio e de delegação tanto o comportamento de tarefa quanto o de relacionamento diminuam.
9. A Liderança Situacional é um instrumento útil para promover a mudança de comportamento observado, e controlado pelas suas conseqüências imediatas. Para tanto o líder deve utilizar o reforço positivo (que deve seguir imediatamente à resposta) e individualizado (que atender aos anseios de cada indivíduo naquele momento). Esta atitude do gerente não se confunde com manipulação, pois tem como objetivo principal o aumento da maturidade até o limite em que os indivíduos possam ser deixados livres de qualquer controle sem que apresentem queda da produtividade.
O Ciclo Regressivo – Como Disciplinar Construtivamente
Quando os indivíduos ou grupos começarem a comportar-se de maneira menos madura que no passado, apresentando queda de produtividade, é necessária a intervenção regressiva do gerente. Isto se dá com a adoção de um estilo de liderança adequado ao nível de maturidade daquela época, em lugar do estilo que era eficaz quando o nível de maturidade era mais alto.
A regressão pode ocorrer tanto no comportamento de tarefa como no comportamento de relacionamento. Porém, é mais comum ocorrer neste último, em função de maior instabilidade dos indivíduos nos aspectos relacionados ao empenho (confiança e motivação).
O grau de regressão a ser aplicado varia de acordo com o grau de redução da produtividade e do tipo de dificuldade que o liderado esta apresentando. Pode variar desde um pequeno aumento de apoio sócio-emocional ou de estruturação da tarefa, para os casos mais drásticos de redução de produtividade que exigem a intervenção total do líder.
Muitas vezes no ciclo regressivo, depois de uma intervenção adequada, o líder pode voltar diretamente ao estilo anterior sem percorrer todo o processo de reforço positivo das aproximações sucessivas. Isto ocorre porque o subordinado já demonstrou anteriormente capacidade de desempenhar suas funções naquele nível.
Pode ocorrer, ainda, que a regressão tenha que ser aumentada, pois a mudança de estilo não foi suficiente para que a produtividade retornasse ao estado anterior.
A chave par evitar que sejam necessárias regressões drásticas, consiste em fazer as intervenções no tempo devido. A experiência mostra que quanto mais os gerentes esperam para fazer uma intervenção a fim de corrigir um comportamento inadequado, tanto mais terão que voltar para trás no ciclo de estilo de liderança.
Uma das seqüelas que pode decorrer dessa intervenção drástica é o surgimento de tensão, frustração e ressentimento, difíceis de superar.
Ao fazer intervenções com seus subordinados, é importante que os gerentes ponderem bem o nível emocional que devem adotar. Se estiverem fazendo uma intervenção de desenvolvimento, deverão procurar controlar suas emoções e agir com muita moderação. Um gerente pode muito bem mandar fazer alguma coisa, dizer onde e como deve ser feita, sem perder o controle das suas emoções. Quando, intervêm com uma carga emocional excessiva, não raro atemorizam pessoas inseguras, a tal ponto que tais pessoas se sentem cada vez menos dispostas a tentar um novo comportamento.
Esta recomendação é particularmente importante quando o indivíduo ou grupo a ser disciplinado realmente não possui a motivação ou a competência necessária para executar determinada tarefa; fazer intervenções disciplinares emocionais, quando são necessárias intervenções de desenvolvimento, pode trazer resultados prejudiciais.
Se for necessária uma intervenção disciplinar, as seguintes orientações serão úteis:
1. Não perca a calma. Deve-se manter apenas o nível emocional necessário para chamar a atenção da pessoa. É necessário deixar claro que existe um problema; mas isso deve ser dito sem perder o controle.
2. Não ataque à personalidade. É preciso distinguir entre o indivíduo, como ser humano, e o seu comportamento, que é o que deve ser mudado.
3. Seja específico. É preciso dizer ao indivíduo especificamente o que ele faz de errado ou desacordo com o esperado.
4. Seja oportuno. Se a intervenção não ocorrer no momento mais próximo possível do comportamento errado ou do mau desempenho, terá pouca utilidade para influenciar o comportamento futuro.
5. Seja coerente. Comportamentos e desempenhos iguais devem receber sempre respostas iguais, sejam elas positivas ou disciplinares. O reforço positivo deve ser dado por causa do desempenho, não por causa da pessoa.
6. Não ameaçar. Deve-se dizer apenas aquilo que se pensa, e pensar muito naquilo que se vai dizer.
7. Seja justo. Os elogios e principalmente as punições devem ser estritamente proporcionais aos resultados e às faltas cometidas.
8. Tenha cuidado para que a repressão não reforce um mau comportamento. Comportar-se mal ou apresentar baixo desempenho pode ser uma forma de chamar a atenção, quando não há reconhecimento pelos resultados positivos.
A punição é uma conseqüência negativa que tende a enfraquecer a resposta a que se segue imediatamente, para impedir a repetição de um comportamento. Contudo, é preciso ser cauteloso porque, nem sempre se sabe o que fará a pessoa punida.
A punição, por outro lado, mostra sempre o que não se deve fazer, mas não o que se deve fazer. Por isso, ao fazer uma intervenção disciplinar, é essencial que se siga imediatamente um comportamento de tarefa, que permite ao gerente identificar e especificar o novo comportamento que deve substituir o comportamento indesejado. Quando se retira o reforço após a ocorrência de um comportamento, diz-se que o comportamento está em extinção. A punição só tende a reprimir o comportamento enquanto a extinção tende a fazê-lo desaparecer. Para que seja extinta uma resposta não deve acontecer nada em conseqüência dessa resposta.
Isto ocorre porque dificilmente as pessoas continuam a fazer coisas que não trazem reforços positivos, seja por recompensas externas seja por satisfação interna. Ignoram (extinguir) um comportamento inadequado pode trazer bons resultados e fazer com a pessoa abandone aquele comportamento.
A distinção para o uso da extinção ou da punição esta relacionada com a temporalidade do comportamento inadequado. Se for recente geralmente deve-se adotar a extinção (ignorá-lo); mas se já estiver ocorrendo há um certo tempo poderá ser necessário reprimi-lo através de alguma forma de punição ou do uso do ciclo regressivo de estilo de liderança.
A Gestão da Criatividade
Criatividade tem como referencial os processos de pensamento que se associam com imaginação, invenção, inovação, inspiração, iluminação e originalidade. Envolvendo características de personalidade e habilidades de pensamento, e ao ambiente, como o clima psicológico, os valores e normas da cultura e as oportunidades para expressão de novas idéias.
A necessidade de desafios gerados pelas características desta época, desenvolver a capacidade de pensar de uma maneira criativa e inovadora não tem sido uma preocupação da escola. O ensino ainda permanece nos moldes dos inícios do Século XX.
Cresce no dia-a-dia das organizações o número de problemas novos que estão exigindo soluções imediatas e originais, que não podem aguardar as morosas orientações dos processos tradicionais de administração.
Dentre os fatores que tendem a promover a resistência à inovação, salientam-se o conformismo às normas, a baixa propensão ao correr riscos, a falta de compreensão quanto à inovação, o medo do desconhecido, o comodismo, etc.
Outras barreiras são provenientes da cultura organizacional. Incluem fatores ligados ao grau de centralização de poder decisório, à filosofia de valores, à natureza do fluxo de informações, entre outros.
Fatores que Favorecem a Expressão da Criatividade
Vamos arriscar a dar uma receitas de bolo como exemplo:
– 10 colheres (sopa) de motivação; 10 colheres (sopa) de autoconfiança;
– 02 xícaras de conhecimento; 02 xícaras de sensibilidade;
– 01 xícara de liberdade; 500 ml de mente aberta;
– 5.000 ml de incentivo; 1.000 ml de crise;
– 1.000 g de coragem; Uma pitada de intuição.
– Curiosidade a gosto
Modo de Preparar
Misture gradativamente os ingredientes com muita determinação e emoção. Em caso de pressão, o tempo de preparo poderá ser abreviado. Não deixe nenhum desses ingredientes em banho-maria. O tempo de cozimento depende de sua intuição. Recheie com um pote de mais requintada originalidade, cubra com glacê de marketing e confeite com boa sorte.
Componentes do Pensamento Criativo
1. Fluência: é a quantidade de idéias diferentes sobre um mesmo assunto ou respostas a uma questão.
2. Flexibilidade: é a capacidade de alterar o curso de pensamento ou conceber diferentes categorias de respostas.
3. Originalidade: é a presença de respostas raras, infreqüentes ou incomuns, é o indicador da originalidade do pensamento.
4. Elaboração: é a quantidade de detalhes presentes em uma idéia ou resposta caracteriza essa habilidade.
5. Sensibilidade para problemas: constitui-se na habilidade de questionar o óbvio, de reconhecer deficiências e defeitos, tanto em suas próprias idéias como em aspectos do ambiente observado.
No processo de criação, outras habilidades de pensamento também estão presentes, como análise, síntese, avaliação, além capacidade de visualização, humor, os fatores emocionais, fatores intelectuais e a influência do ambiente.
O Perfil da Personalidade Criativa
1. Intenso envolvimento no trabalho realizado: reflete a busca apaixonada pelo conhecimento, pela produção, pelo aprimoramento, sendo acompanhado de fortes sentimentos de prazer e satisfação na realização do trabalho.
2. Atitude de otimismo aliada a uma coragem para correr riscos: reflete uma confiança na capacidade de se alcançar as metas propostas, contribui também para que a pessoa se concentre por longo tempo na busca de soluções para as questões levantadas.
3. Flexibilidade pessoal, abertura à experiência e tolerância à ambigüidade: está ligado ao interesse de experimentar e tentar novos métodos, novas soluções e respostas para os problemas.
4. Autoconfiança e iniciativa: característica de um indivíduo que está motivado a realizar uma dada tarefa movido pelos seus próprios interesses e que encontra satisfação na atividade em si e não apenas nos benefícios resultantes da mesma.
5. Persistência: a duração do processo criativo varia de problema para problema. O que não se pode é desistir.
É Sugerido vários comportamentos a serem cultivados para que possamos desenvolver o espírito criativo:
a> Cultive a sua curiosidade;
b> Procure por muitas idéias;
c> Mude o seu foco de atenção. Amplie o seu conhecimento. Preste atenção em uma grande variedade de informações;
d> Registre suas idéias; e
e> Use as informações disponíveis e gere novas idéias.
Quando devemos avaliar e julgar múltiplas idéias já produzidas, para então decidirmos melhor, devemos considerar os seguintes aspectos:
a> Probabilidade: quais são as chances de sucesso, caso esta idéia seja colocada em prática?
b> Proveito: se a idéia fracassar, o que pode ser salvo?
c> Prazo: quanto tempo se tem para tomar a decisão?
d> Retorno: a implementação da idéia vai lhe dar o retorno que deseja?
e> Recursos: tem os recursos para implementar a idéia?
Para que uma idéia não morra, é muitas vezes necessário lutar por ela não se deixar vencer pelos inúmeros obstáculos que se refletem com freqüência em todos os âmbitos de nossa vida.
Pressupostos que inibem a criatividade:
a> Tudo tem de ter utilidade.
b> Tudo tem de dar certo.
c> Tudo tem de ser perfeito.
d> Todo mundo tem de gostar de você.
e> Não se pode divergir das normas impostas pela cultura.
f> Deve-se conter a expressão das emoções pessoais.
g> Deve-se evitar a ambigüidade.
h> Não se deve sonhar acordado.
Entre os fatores sociais relevantes, destaca-se a disponibilidade de meios culturais e mesmo físicos, lembrando por exemplo, que Beethoven jamais poderia ter surgido na África do século XVIII, dada a inexistência de condições propícias ao estudo da música naquele local.
Os bloqueios mentais são frutos de uma aprendizagem que começa muito cedo na vida de cada um de nós, a partir de ensinamentos que a sociedade nos transmite, desde os nossos primeiros anos, levando-nos a controlar e mesmo a negar as nossas emoções, a resguardar nossa curiosidade, a evitar situações que poderiam errar, que o erro é sinônimo de fracasso, gerando sentimentos de culpa, vergonha e constrangimento.
Como exemplo:
Eu seria mais criativo(a) se…
“tivesse mais oportunidades”;
“recebesse mais apoio das pessoas, independentemente de estar certo ou errado”;
“se meu chefe não fosse tão crítico”;
“as oportunidades de demonstrar o meu potencial fossem mais freqüentes”.
As barreiras perceptuais, são obstáculos que impedem a pessoa de perceber adequadamente o problema ou a informação que ‘necessária para resolvê-la. Como é impossível registrar todos os detalhes de cada experiência, a mente seleciona na memória aquilo que é mais importante para a pessoa, formando um padrão que passa a influenciar a percepção de experiências similares. Conseqüentemente, passa-se a ter somente aquilo que se espera com base na experiência passada.
Outra dimensão da percepção diz respeito à possibilidade de uma mesma situação ser vista de distintas maneiras, o que sugere a legitimidade de diferentes formas de estar certo.
As barreiras emocionais que dificultam o aproveitamento de nossas potencialidades criativas são:
a> Apatia;
b> Baixa tolerância à mudança;
c> Desejo excessivo de segurança e ordem;
d> Inabilidade de tolerar ambigüidade;
e> Insegurança
f> Medo de parecer ridículo;
g> Medo do fracasso e de cometer erros;
h> Relutância em experimentar e correr riscos; e
i> Sentimentos de inferioridade.
Como os bloqueios mentais têm raízes psicológicas profundas, desenvolver uma atitude criativa requer muito mais do que o simples domínio de algumas técnicas de resolução criativa de problemas. Ela implica o exercício permanente de alguns valores e comportamentos que resultem em uma maior abertura às próprias idéias e às dos demais, e o cultivo de atributos de personalidade que predispõem o indivíduo a pensar de uma maneira flexível, independente e imaginativa.
O Uso das Técnicas de Resolução Criativa de Problemas
1. Brainstorming (tempestade de idéias): apesar que nem sempre as soluções ocorrem de forma instantânea e mesmo sendo proibido criticar as idéias, muitas pessoas manifestam-se contra algumas sugestões apresentadas.
2. Técnica de troca de cartões: cada pessoa recebe uma folha de papel, na qual deve registrar uma possível solução para um problema previamente proposto pelo grupo, a seguir, a folha é passada para o colega da direita, ao mesmo tempo que recebe a do colega que está à sua esquerda. A cada troca, deve acrescentar mais uma possível solução, até que se esgote. No final, cada um lê as soluções escritas no papel que estiver em suas mãos.
O Perfil de uma Organização Criativa
1. Capacidade de adaptação em um mundo em rápida mudança marcado pela incerteza, competição crescente e turbulenta.
2. Respeito, no ambiente de trabalho, à dignidade e valor dos indivíduos.
3. Intensa atividade de treinamento e aperfeiçoamento de seus funcionários.
4. Administração orientada para o futuro.
5. Incorporação criativa de novos procedimentos, políticas e experiências.
6. Valorização das idéias inovadoras.
7. Autonomia e flexibilidade presentes na estrutura organizacional.
Para explorar novos territórios de oportunidades, não basta o conhecimento. Outros componentes críticos dizem respeito aos recursos do pensamento criativo e aos atributos de personalidades, que predispõem o indivíduo a aprender com os próprios erros e a pensar de uma maneira flexível, independente e imaginativa. Nesse processo, deve-se aliar a fantasia e a imaginação com os instrumentos da realidade, e aqui incluímos o pensamento lógico e a avaliação crítica
As Mudanças Organizacionais só Ocorrem Quando as Pessoas Mudam
As receitas, reunidas a partir dos exemplos de sucesso e fracasso de ampla gama de empresas, incluem violar as regras obsoletas para aproveitar mercados potenciais, satisfazer as exigências em setores em crescimento, dominar o mercado por meio de forte ênfase na pesquisa e na padronização, identificar e concentrar-se em nichos com demandas específicas e, por fim, na ausência de outra opção, lançar mão do improviso como vantagem competitiva.
“A mudança só ocorre quando as pessoas mudam. O crescimento só ocorre quando as pessoas crescem.” (Robert Tomasko).
As lições da nova economia são:
a> Destruir um adversário não é necessariamente o melhor caminho para a sobrevivência e o crescimento a longo prazo;
b> O excesso de egoísmo leva à destruição, as grandes recompensas proporcionadas a curto prazo só servirão para atrair novos concorrentes;
c> O segredo do crescimento sustentável é saber como se adaptar a circunstâncias em constantes mudanças;
d> Cooperar com os fornecedores para oferecer o maior valor ao cliente final, compensa muito mais do que coagir os fornecedores apenas para minimizar seu preço.
As novas regras do crescimento são:
a> as únicas verdadeiras oportunidades de crescimento são aquelas que você mesmo encontra.
b> Procure onde os outros não estão procurando.
c> Torne sua empresa melhor, não só maior.
d> Encontre as sementes do crescimento nas suas próprias falhas.
A luta é pelas idéias dominantes. A nova realidade dos mercados atuais, oferecem as maiores promessas de impulsionar sua empresa com segurança.
Os Cinco Caminhos
1. Transgredindo regras: uma empresa transgressora sempre começa com uma idéia de alguém cuja visão é apenas um pouco diferente da visão convencional. Exige também, alguém com pulso para questionar a ordem aceita transformando a idéia em um novo produto ou serviço. Elas competem para sobreviver.
Os seus pontos fortes são:
a> estudam cuidadosamente as histórias de empresas semelhantes que vieram antes da sua;
b> conseguem modificar as regras da concorrência, de uma forma que favoreçam seus pontos fortes;
c> são defensoras inquestionáveis do desenvolvimento de novos produtos.
Os pontos fracos são:
a> ter forte visão é excelente, mas o excesso de visão pode cega. Quando está sendo pulsionada por uma missão penetrante e de foco limitado, é difícil fazer correções no meio do caminho;
b> é fácil criar um produto insensatamente maravilhoso, no qual nenhum cliente está interessado;
c> Compromisso e consenso, não fazem parte do vocabulário das Transgressoras.
Se as idéias derem certo, são suas vantagens:
a> estabelecer a lealdade do cliente;
b> manter a liderança tecnológica;
c> estabelecer os padrões do setor e aproveitar a posição mais favorável no mercado;
d> podem obter uma importante proteção de patente – uma oportunidade de obstruir os canais de distribuição, mantendo os concorrentes à distância e obrigando os clientes a investirem tanto em um novo produto ou serviço, que eles terão extrema cautela antes de decidir trocar de fornecedor.
Desvantagens:
a> manter constantemente a posição de liderança pode ser cansativo e caro.
b> atuam de forma direta, o que pode se tornar obsoleto rapidamente.
c> o número de fracassos são maiores que os sucesso.
d> nos mercados de crescimento acelerado, as transgressoras são rapidamente aniquiladas.
2. Empresas jogadoras: estão mais ligadas ao que podem fazer com novas idéias ou ao que podem obter a partir dela. Elas estão no negócio para vencer.
Os pontos fortes são:
a> são excelentes quando se trata de vencer uma batalha pela participação no mercado, conquistando um pouco de cada vez;
b> adotam um caminho menos arriscado para o crescimento;
c> estabelecem meta de desempenho ambiciosas e, na maioria das vezes, encontram uma forma de alcança-las;
d> são extremamente competentes quando se trata de manter sua organização em sincronia com os desejos dos clientes.
Os pontos fracos:
a> tendem a se deixar seduzir pelo crescimento. Estatísticas de vendas sempre crescentes podem criar expectativas equivocadas;
b> quando as metas de vendas e o volume de produção tornam-se um dos principais impulsionadores, é fácil perder de vista a qualidade e o custo;
c> ensinam lições erradas aos clientes, que compram muito para estocar em períodos de grandes ofertas e, em outros as vendas caem muito. Fragilizando a estrutura de produção, estocagem e compras.
São suas vantagens:
a> da perspectiva financeira, tendem a aumentarem seus lucros ano após ano;
b> quando o custo de fabricação de cada produto diminui à medida em que o número de produtos vendidos aumenta, quando as empresas são bem gerenciadas, o crescimento dos lucros é quase automático e a empresa consegue facilmente fundos para expandir os negócios;
c> prosperam em mercados dinâmicos de crescimento rápido.
Desvantagens:
a> um foco bastante preciso no que é eficaz hoje pode levar a uma visão limitada e manter o
“radar” ajustado apenas aos eventos que afetam o curto e o médio prazos.
b> as empresas jogadoras que ignoram as dinâmicas de longo prazo de seus mercados: mudanças demográficas, descontinuidades tecnológicas, globalização e similares, podem se surpreender com uma participação crescente de um mercado em redução.
c> sentem necessidade de se movimentar tão rapidamente quando um novo produto chega ao mercado que não faz muito sentido desenvolvê-lo apenas para descartá-lo posteriormente.
3. Definidora de regras: têm uma forte orientação estratégica em comum: permanecer no topo. Organizam a maioria de seus recursos e talentos para proteger sua forte posição competitiva.
Os pontos fortes são:
a> são excelentes no controle quase total do mercado;
b> trabalham com afinco para controlar o ambiente de negócios de inúmeras formas diferentes;
c> estabelecem padrões para o seu setor;
d> podem atuar de forma que leve seus clientes e até seus concorrentes a se tornarem dependentes dela;
e> aprimoram agressivamente o setor de pesquisa e desenvolvimento, considerando-o parte essencial de sua estratégia geral de controle do mercado;
f> são especialistas em planejar o futuro.
Seus pontos fracos são:
a> o maior medo desse tipo de empresa é o de ser superada;
b> seus mega orçamentos são orientados para metas defensivas e não ofensivas.
Suas vantagens:
a> as visões que fazem essas empresas crescerem, são fundamentadas na verdade;
b> para progredir neste tipo de empresa é preciso uma disposição de fundar uma parte significativa de sua personalidade com a da personalidade da empresa;
c> a missão da empresa é sua missão, as metas da empresa são suas metas e os caminhos da empresa são seus caminhos;
d> o produto existe como um veículo para a empresa e sua perpetuação, e não o contrário;
e> as definidoras de regras raramente se apaixonam pelos seus produtos; f> para elas o segredo de controlar o mercado é controlar a si próprias.
As desvantagens:
a> ao lado do controle, há sempre o medo (as pessoas têm necessidade constante de mostrar que são sempre inteligentes e capazes);
b> está sempre alerta e pronta para a briga;
c> não gostam do inesperado;
d> não estão familiarizadas com os mercados turbulentos;
e> a atenção excessiva às ameaças do mercado pode levar a reações fragmentadas aos avanços dos concorrentes. Produtos concorrentes podem ser imitados, não porque vale a pena copiá-los, mas para evitar uma lacuna na linha de produtos;
f> à medida que o medo de ameaças externas se internaliza, a desconfiança interna pode limitar a disposição de corres riscos;
g> se o medo de confiar em um produto-chave torna-se forte demais, a definidora de regras pode enfraquecer devido ao excesso de diversificação;
h> a vigilância interna pode ajudar a defender uma posição competitiva forte, mas, tende a inibir e não facilitar o crescimento, afastando a empresa de seus clientes e do mercado;
i> a característica mais perigosa é sua incapacidade de abrandar, de ceder.
4. Empresas especialistas: são empresas inovadoras, prestam serviços impecáveis aos clientes, possuidoras de posições competitivas em seu segmento específico de mercado tão forte como a controlada por muitos.
São seus pontos fortes:
a> sabem como isolar parte de um mercado dos outros concorrentes;
b> possuem preço mais baixo, serviço e qualidade superiores, uma gama mais ampla de produtos e modelos e serviço ou produto mais customizado;
c> apropriam-se da concorrência direta escolhendo segmento de mercado que de certo modo não atraem outras empresas;
d> acreditam na filosofia de “enriquecer lentamente”.
Pontos fracos:
a> o foco e a orientação excessivos, voltados para dentro da empresa.
Vantagens:
a> são excelentes em encontrar segmentos crescentes de mercado mesmo quando o setor de modo geral está encolhendo;
b> terceirizam vários itens subcontratados para mais rápido crescerem;
c> são líderes em lucratividade;
d> a qualidade está altamente relacionada à habilidade em gerar lucros;
e> uma empresa especialista mira sempre antes de atirar.
Desvantagens:
a> dedicam muita energia ao desenvolvimento de paredes de isolamento entre sua operação bem lubrificada e o mundo exterior;
b> são fortes centralizadores no controle gerencial;
c> atuam de forma tão mecânica quanto os itens que produzem;
d> focalizam as operações e os clientes atuais, e não os aspectos necessários para direcionar a evolução futura do setor;
e> as estruturas e os sistemas de pessoal freqüentemente se interpõem no caminho da adoção de práticas gerenciais participativas;
f> geralmente os salários são mais altos que as demais;
g> tendem a confiar demasiadamente no indivíduo que ocupa o topo da hierarquia.
5. Empresas improvisadoras: compensam a falta de esforço concentrado com uma organização construída em torno de velocidade, astúcia e flexibilidade. Têm o grande dom de avançar com os obstáculos, mudar estratégias para enfrentar todos os desafios imediatos que precisam ser enfrentados.
São seus pontos fortes:
a> tende o caminho a ser mais percorrido neste século;
b> é uma das formas mais fáceis de ganhar dinheiro;
c> demonstram habilidade notável de muda o curso da empresa;
d> é um caminho que se abre para os empreendedores;
e> sobrevivência e crescimento são sinônimos e são orientados pela sua capacidade de agir rapidamente e fazerem o que for necessário para continuarem competitivas.
Pontos fracos:
a> podem facilmente tropeçar quando está excessivamente adaptada à sua situação;
b> os erros têm conseqüências inexpressivas;
c> há quedas constantes no desempenho econômico;
d> suas finanças tendem a ter pontos altos e baixos.
Vantagens:
a> a improvisação é ótima quando um mercado está à beira ou em meio a uma mudança maciça e é difícil prever como as coisas vão terminar;
b> a improvisação sustentada exige uma organização em boas condições, ajustada e flexível – uma organização capaz de moldar sua forma com o mínimo de tumulto;
c> o caminho de uma empresa improvisadora é uma rota para o crescimento tanto dos indivíduos quanto das empresas.
Desvantagens:
a> uma empresa improvisadora, não se pode dar o luxo em seguir um programa em dez etapas, seu processo de aprendizado é muito rápido;
b> a tendenciosidade é eliminada; todas as opções possíveis são igualmente ponderadas;
c> a falta de visão clara do setor pode tornar-se bastante debilitante;
d> o crescimento engana os improvisadores quando eles caem em uma das várias armadilhas que se colocam quase inevitavelmente em seu caminho.
Poucas empresas buscam o crescimento apenas em um dos cinco caminhos, pois poucas condições de mercado são tão nitidamente definidas. Os caminhos podem se misturar a fim de:
a> se ajustarem melhor à complexidade;
b> se adaptarem às condições do mercado;
c> empresas que diversificam seus produtos, tendem a durar mais do que as que mantém um foco.
As novas regras para o crescimento:
1. As verdadeiras oportunidades de crescimento são as que a empresa encontra para si mesma;
2. Encontre oportunidades onde os outros não estão procurando;
3. Fazer a empresa crescer, significa fazê-la melhor;
4. Gerência orientada para ausência de erros, acaba levando à estagnação; nem sempre o sucesso gera sucesso.
As empresas só conseguem crescer de maneira sustentada quando as pessoas que nela trabalham conseguem crescer.
O crescimento verdadeiro e sustentável é impulsionado muito mais pelos fracassos do que pelo sucesso.
Você Tem o Perfil que as Empresas Desejam?
A fila do desemprego no Brasil soma 2,3 milhões de pessoas, isso sem contar os insatisfeitos com suas colocações. O que a maioria esquece é que muitos dos empregos estão bem longe dos recrutamentos e das entrevistas convencionais.
De acordo com uma das maiores empresas de recrutamento de executivos dos Estados Unidos, 85% dos empregos estão nos relacionamentos, ou seja, a colocação vem através de indicações de colegas, conhecidos, amigos, parentes; apenas 5% conseguem trabalho em empresas de recrutamentos e 10% por outros meios. Por isso que a palavra de ordem é: relacionar-se, mas à medida que a tecnologia e os meios de comunicação avançam aumenta-se a complexidade das relações humanas. Hoje se buscam no mercado além de pessoas bem indicadas, pessoas habilidosas, competentes e capazes de desenvolver atividades, tanto sozinhas como em grupo.
Embora a indicação seja muito importante, as pessoas ainda não se deram conta de que o paternalismo acabou e a realidade de hoje nos obriga a mudar de postura e trabalharmos os fatores abaixo:
• Integridade e coerência para conseguir que as pessoas se comprometam com ela e que gostem de cooperar.
• Flexibilidade para lidar com imprevistos e conseguir contorná-los.
• Autoconfiança e autoconhecimento são importantes para sua segurança ao tomar decisões e assumir riscos.
• Intuição para ajudar a desenvolver a capacidade criativa e agir quando o tempo é escasso.
• Capacidade crítica para analisar dados, informações, circunstâncias e ações, ajudando na tomada de decisões.
• Iniciativa para tornar reais as boas idéias e agir com velocidade e inovação.
• Compreensão da cultura da companhia e de todos que fazem parte dela.
• Liderança e empatia para trabalhar em equipe, interpretar o comportamento de quem está próximo e encorajá-lo a expressar idéias, sentimentos e opiniões.
• Visão de negócio, para não desperdiçar oportunidades.
• Capacidade de comunicação e negociação, fundamentais para conseguir fazer acordos em qualquer área de atuação.
• Capacidade de aprendizagem e desenvolvimento pessoal para estar disposto a iniciar novas tarefas e buscar novos enfoques para as ações realizadas no trabalho.
• Autocontrole e gestão das emoções para controlar as situações difíceis que surgem diante de pressões, cobranças, estresse e hostilidade.
• Coaching: A palavra coach em português significa treinador, mentor. Quem tem a habilidade de “coaching” é aquela pessoa capaz de observar o trabalho em equipe e identificar quais os indivíduos são mais adequados para executar determinada tarefa; consegue abranger as necessidades pessoais de cada um com as necessidades da empresa como um todo e se preocupa para que toda equipe se desenvolva e cresça profissionalmente. Para aprimorar sua capacidade de coach, é preciso primeiramente se espelhar em um outro coach, que te ajude a identificar suas próprias fortalezas, e fazer com que você desenvolva-se profissionalmente, cada vez mais.
• Trate bem todas as pessoas de qualquer nível hierárquico: utilize: Bom dia, Por favor, Obrigado, Com licença e Desculpe. Colabore sempre que for possível. Evite emitir comentários negativos sobre os outros. Seja pontual, responda e-mails, retorne ligações, anote tudo. Use agenda.
• Auto-gerenciamento de carreira: Refere-se à preparação e qualificação profissional. Envolve auto-avaliação de seu desempenho, a busca de diversificação dos seus conhecimentos e de suas áreas de atuação, o que significa ampliar as possibilidades profissionais. Fique atento a todos os feedbacks que recebe. No mundo globalizado, as informações se transformam com uma velocidade incalculável, portanto atualize-se. Faça cursos, leia jornais, mantenha-se informado e aprenda a falar mais de uma língua.
• Networking: É através da rede de relacionamentos profissionais e sociais que você pode obter conhecimentos e informações. Para tanto, é importante que você valorize cada vez mais os seus contatos com as pessoas, pois é através delas que você poderá obter melhores resultados para a sua empregabilidade e também para a sua vida. Geralmente nos fechamos nos grupinhos conhecidos, no entanto, é enriquecedor ter uma ampla rede de relacionamentos, pois as oportunidades podem surgir destes contatos. Participe de eventos, comunidades, cursos, reuniões, congressos e acrescente em sua agenda periodicamente um novo contato.
• Relacionamentos interpessoais: Desenvolva contatos harmoniosos com as pessoas que possam colaborar para o alcance de metas individuais e conjuntas, respeitando as diferenças de cada um. Aperfeiçoe a sua capacidade de comunicação, aprenda a trabalhar em equipe. Use a palavra “nós”. Almeje a sinergia e a troca de conhecimentos, compartilhe.
• Hábitos saudáveis: Tenha hábitos alimentares saudáveis, faça exercícios físicos e busque o equilíbrio emocional. Invista na sua qualidade de vida. Cuide bem de sua vida pessoal como lazer, família e amigos.
• Persuasão: Influenciar e persuadir os demais para alcançar os objetivos propostos é uma habilidade muito poderosa. Alguns têm um inexplicável magnetismo com os outros membros da equipe, para que eles dêem o melhor de si. Mas, para conseguir ganhar mais capacidade de persuasão, há algumas dicas: melhore sua capacidade de comunicação e a maneira de colocar no papel o planejamento das metas; seja coerente em tudo o que diz ou faz, pois é a segurança de sua credibilidade, e assim poderá fazer com que os outros te sigam. Apenas não confunda essa poderosa habilidade de persuadir com a de manipular as pessoas, pois nesse caso essa capacidade deixa de trazer benefícios profissionais para você.
Um profissional deve analisar quais dessas características estão presentes em suas ações e verificar os momentos em que elas se sobressaem. Deve observar e avaliar seu comportamento para desenvolver as habilidades que não estão muito presentes. Tanto profissional quanto empresa terão uma atuação máxima. A melhor empresa para se trabalhar terá essa classificação, pois possuirá os melhores profissionais para se contratar.
As empresas procuram profissionais que agreguem valor. Em um mercado competitivo, elas escolhem os melhores candidatos para fazer parte de sua equipe, aqueles que apresentam competências e habilidades como: qualificação, criatividade, inovação, flexibilidade e capacidade em trabalhar em equipe. A questão não está apenas em conseguir um emprego, mas garantir a empregabilidade, ou seja, ser empregável.
Mais algumas dicas:
• Seja ético e leal;
• Qualifique-se, cuide de sua carreira, aperfeiçoe-se sempre;
• Faça pela empresa ao invés de esperar que ela faça por você;
• Enfrente os desafios, seja pro-ativo;
• Procure solucionar problemas;
• Foco no cliente interno e externo;
• Transparência e credibilidade;
• Busque a realização profissional e não apenas o salário;
• Aprenda a dar e a receber feedback;
• Assuma as suas responsabilidades e falhas;
• Seja flexível, criativo e inovador;
• Favoreça a empatia nos relacionamentos;
• Trabalhe em equipe: sinergia;
• Compartilhe informações e conhecimentos;
• Coloque-se no lugar da outra pessoa;
• Respeite as diferenças;
• Comunique-se;
• Aprenda a ouvir;
Ao procurarmos uma nova colocação, devemos Focalizar nos seguintes itens:
• Realização profissional: Procure fazer o que você gosta, dentro de seu perfil profissional, de suas preferências, de suas competências, habilidades e talentos, mas conheça a realidade e as necessidades do mercado atual. Supere os obstáculos, descubra, desenvolva o seu potencial e caminhe na direção dos seus objetivos.
• Marketing pessoal: É o que você transmite e revela, através da forma como se apresenta, do modo como fala, da sua aparência, do seu comportamento, e principalmente de sua atitude.
• No item aparência utilize o bom senso: Dependendo de sua área de atuação, procure assimilar o modo como as pessoas bem sucedidas daquele ramo de atividade se vestem. Algumas regras gerais: cuidados com higiene, cabelos, unhas, dentes, uso de desodorantes sem cheiro etc. Atenção homens: a barba, os cabelos e o bigode devem estar aparados. As mulheres devem ter cuidado com a pele, unhas e cabelos (se forem compridos, prenda-os), a maquiagem deve ser suave, evitar perfumes fortes, decotes, roupas transparentes, mini saia, acessórios extravagantes (como brincos grandes) ou cores chamativas. Geralmente o vestuário mais indicado é formal e discreto, de cores neutras. Sapatos e meias merecem uma atenção especial.
• Procure construir uma imagem positiva e otimista: observe no seu dia a dia como as pessoas avaliam o modo como você se veste, a sua postura, a forma como se comunica e faça as modificações pertinentes.
• Currículo: É o seu cartão de visitas. Deve ser muito bem elaborado, organizado, objetivo e abrangente, contendo informações verdadeiras e significativas. Apresente-o de preferência em uma só folha, ou no máximo duas, pois desse modo facilita a visualização dos selecionadores.
• Procure valorizar a sua experiência: Dê visibilidade ao seu currículo, busque meios adequados para divulgá-lo como anúncios, sites de empregos, de recolocação ou consultorias de recrutamento e seleção.
• Entrevista: Quando você é chamado para uma entrevista, isso significa que você passou na primeira etapa: a análise do currículo. Então se anime, mas prepare-se, procure ter uma boa noite de sono e alimentar-se adequadamente. Tenha em mente uma visão geral do seu perfil, de suas qualidades, experiências e realizações que poderão ser um diferencial. Pesquise sobre a empresa, entre no site. Seja pontual, ou melhor, chegue 15 minutos antes, se for atrasar, avise e procure ser cordial com todos.
Mantenha a calma ao ser apresentado ao selecionador, olhe nos olhos e evite aperto de mão muito forte ou muito fraco. Cuide da aparência nos aspectos do marketing pessoal, citados anteriormente. Observe a sua postura ao sentar, nem muito tensa e nem muito relaxada, o corpo fala, portanto demonstre interesse e segurança na entrevista. Jamais use gírias, seja objetivo ao responder as perguntas, fale a verdade sobre a sua vida profissional, enfatizando os aspectos positivos de sua experiência, evitando falar mal do antigo empregador ou de ex-colegas. Não masque chicletes, não use óculos escuros e nem fume. Desligue o celular. Seja formal, sem piadas ou gestos exagerados.
Se não der certo, faça uma auto-avaliação, procure aprender com os erros o máximo possível, aperfeiçoando o que puder, qualifique-se e vá em frente em busca de novas oportunidades.
Liderança de Auto-Impacto
A arte de gerenciar e liderar se reduz a uma questão muito simples, que é determinar e enfrentar a realidade das pessoas, situações, produtos e em seguida atuar com objetividade e rapidez nessa realidade.
Os segredos da liderança são:
1. Mude, antes que seja tarde demais: no passado, a função de gerente era criar um clima propício e comodismo. Hoje, os gerentes levantam questões, debatem e resolvem-nas. Eles trabalham com a visão de como a empresa poderá vir a ser no futuro.
2. Gerenciar menos é gerenciar melhor: a redução dos níveis hierárquicos, descentralizando, amplia o espaço de gerenciamento. Estávamos gerenciando menos, o que era muito melhor.
3. Analise criteriosamente a empresa e defina o que precisa ser ajustado: diversificar sim, mas nunca esquecer-se da qualidade em todos os setores de atuação.
4. Em vez de se fixar em uma idéia central, defina apenas algumas metas claras e gerais como estratégia de negócios: essas metas iam se modificando de acordo com as circunstâncias.
5. Seja o líder do mercado: devemos competir apenas em mercados nos quais tenhamos condições de mantermos no topo.
6. Quando decidir o que deve mudar na empresa, nada deve ser sagrado: essa mudança implica em livrar-se de empreendimentos, gerentes e funcionários que tinham deixado de ser produtivos ou interessantes para a empresa.
7. Crie uma cultura e difunde-a: uma das maiores armas é a sinceridade.
8. Transfira idéias, aloque recursos e em seguida saia do caminho: é colocar as melhores pessoas nas melhores oportunidades e as maiores quantias de dinheiro nos lugares certos.
9. Crie uma atmosfera na qual as pessoas tenham recursos para crescer e se expressar: reconheça a importância do que as pessoas estão fazendo. Escute suas idéias e opiniões.
10. Expresse uma visão e em seguida deixe que os funcionários a coloquem em prática: um bom gerente apresenta uma visão e em seguida tem o bom-senso de deixar as pessoas implementá-la.
11. Aja como uma pequena empresa:
• possua facilidade de comunicação;
• o papel do líder é mais visível;
• as pessoas têm ampla condições de ouvir e falar;
• o seu desempenho e as conseqüências de suas medidas são claros para todo mundo;
• elas se dedicam apenas às atividades fundamentais;
• elas procuram a paixão e não dão valor à burocracia;
• aproveitam as boas idéias, venham de onde vierem;
• se comunicam com simplicidade; e
• todos os funcionários conhecem os clientes.
12. Corte os custos, custe o que custar: quando estiver implementando uma política de contenção de despesas, não pense em ir ao encontro de interesses estabelecidos por terceiros, pense apenas no futuro da empresa.
13. Seja rápido: a velocidade traz junto com ela a sensação de urgência, uma preocupação com as verdadeiras prioridades, é uma vacina contra a burocracia.
14. Elimine as fronteiras: remova as barreiras entre as funções, os níveis e entre os locais. É fazer todos participarem dos problemas, sem dar mais ou menos valor a determinada idéia por causa da posição, sexo, nacionalidade ou sobrenome.
15. Coloque-se à disposição de seus funcionários e responda todas as perguntas que eles fizerem: crie programas onde os funcionários possam ter respostas rápidas as suas dúvidas e questionamentos.
16. Simplicidade e autoconfiança: são fundamentais para as funções de um líder.
Acreditamos que a chave para a vantagem competitiva é a capacidade da liderança para criar um ambiente de constante aprendizado, que seja capaz de criar capital intelectual com idéias e inovação.
“Gerenciar é apenas isso: definir e agir”.
“Jamais associei a palavra gerente à paixão e jamais vi um líder sem ela”. John F. Welch
Práticas de Gestão do Conhecimento
Os Critérios de Excelência não prescrevem recomendações de práticas. Entretanto, vamos exemplificar algumas práticas de Gestão do Conhecimento mais difundidas nas empresas, relacionando-as aos Critérios de Excelência, com o objetivo de facilitar a compreensão de sua associação.
Práticas associadas ao critério Liderança
• Reuniões periódicas entre líderes e equipes de vários níveis hierárquicos;
• Visitas informais dos líderes a todas as áreas da organização;
• Programas para identificar e desenvolver profissionais com potencial para liderar.
Práticas associadas ao critério Planejamento Estratégico
• Repositórios de conhecimento estratégico com relação a concorrentes, clientes, fornecedores e macro-ambiente nacional e internacional;
• Divulgação do Plano Estratégico a todos os níveis hierárquicos da organização.
Práticas associadas ao critério Foco no Cliente e no Mercado
• Programas de gestão do relacionamento com cliente;
• Repositório de conhecimento com relação aos clientes e mercados;
• Reuniões periódicas do pessoal de vendas;
• Uso de ferramentas de análise de tendências e preferências para extrair conhecimento sobre os clientes e mercados;
• Uso da Internet para capturar preferências dos consumidores;
• Participação em eventos correlatos ao segmento de negócio.
Práticas associadas ao critério Informação e Análise
• Gestão dos repositórios de conhecimento;
• Portais de Conhecimento Empresariais na Intranet da organização;
• Valoração dos ativos de conhecimento da empresa;
• Células de Inteligência Competitiva;
• Mapas do conhecimento empresarial;
• Adoção de tecnologia de comunicação tais como correio eletrônico e grupos de discussão;
• Adoção de tecnologia de comunicação em tempo real tais como chats;
• Adoção de tecnologia de colaboração tais como vídeo-conferência e ambientes de workflow;
• Adoção de tecnologia de pesquisa em dados (data mining) e máquinas de busca (search engines);
• Integração de bases de conhecimento já existentes quando de novos projetos;
• Estabelecimento de matrizes de responsabilidade pela captura e validação de informações externas;
• Monitoramento de tecnologia e práticas associadas a novos modelos de gestão.
Práticas associadas ao critério Gestão das Pessoas
• Sistema de Gestão de Desempenho Pessoal que avaliem a participação do profissional no compartilhamento de conhecimento;
• Sistemas para valorizar e premiar os empregados que compartilham conhecimento;
• Redes de especialistas;
• Páginas Amarelas;
• Programas para definição, desenvolvimento e manutenção de competências essenciais;
• Programas para identificação e desenvolvimento de habilidades;
• Promoção de eventos, fóruns e visitas para compartilhamento de experiências e conhecimentos;
• Desenvolvimento de trainees sob a orientação formal de um especialista pré-definido;
• Universidade Corporativa;
• Programas de treinamento à distância;
• Grupos multifuncionais.
Práticas associadas ao critério Gestão de Processos
• Sistema de Padronização;
• Repositórios de conhecimento com lições aprendidas;
• Programa de identificação e divulgação de melhores práticas;
• Comunidades de Práticas para melhoria de produtos e processos;
• Comunidades para solução de problemas;
• Comunidades Virtuais;
• Benchmarking.
Práticas associadas ao critério Resultados da Organização
• Gestão de indicadores associados ao Capital Humano;
• Gestão de indicadores associados ao Capital Relacional;
• Gestão de indicadores associados ao Capital Estrutural;
• Gestão da evolução do valor do Capital Intelectual da empresa;
• Relatório anual com análise de como o Capital Intelectual contribuiu para o desempenho da organização.
A grande maioria das práticas aqui apresentadas já são realidade nas organizações que buscam a excelência empresarial. Poder-se-ia então questionar: o que a Gestão do Conhecimento trouxe de novo? Mais uma vez verifica-se que as práticas relacionadas ao que inicia a configurar-se como novo modelo de gestão surgem como natural melhoria ao que já vinha sendo levado a efeito. Essa evolução diz respeito à observância da importância do conhecimento tácito, à necessidade da sistematização da gestão de todo e qualquer conhecimento útil para a organização, assim como à valoração desse conhecimento. Ou seja, as práticas da Gestão do Conhecimento acompanham a melhoria da própria gestão empresarial.
Requisitos para Projetos de Gestão do Conhecimento
Gestão do Conhecimento
A Gestão do Conhecimento tem foco não apenas em ferramentas, mas nos processos organizacionais de geração, acúmulo e compartilhamento de conhecimento. Porém, sua aplicação só trará resultados práticos quando guiada por requisitos empresariais.
Requisitos Estruturais
A Gestão do Conhecimento deve ter como foco o retorno a ser obtido para os negócios da empresa. A abordagem a ser considerada deve alinhar a estratégia da Gestão do Conhecimento com as estratégias de negócio, focando os processos chaves e de tomada de decisão e avaliando os resultados com os conhecimentos a serem adquiridos.
Descrevem-se, a seguir, os enfoques que devem ser considerados na escolha de um plano de Gestão do Conhecimento:
1) Requisitos de Negócio: dependem do ambiente competitivo, da disponibilidade de recursos de produção, do valor do Capital Intelectual para os seus negócios e do Retorno sobre o Investimento (ROI) obtido com a sua aplicação;
2) Estratégia do Conhecimento: define como o conhecimento é usado para a sua competitividade e no atendimento dos requisitos de negócio. A estratégia dever ser personalizada para a empresa, pois a sua abrangência depende de se o negócio faz uso intensivo do conhecimento ou se o negócio é viabilizado por conhecimento adquirido;
3) Aplicações de Conhecimento: identificação de negócios que devem ser focados nos objetivos da estratégia do conhecimento e no atendimento aos requisitos de negócio;
4) Medição dos Resultados: quantificação do progresso com relação aos requisitos do negócio e os objetivos da Gestão do Conhecimento. Devem também ser medidos o progresso das ações na cultura com relação a colaboração e compartilhamento.
Requisitos Culturais
Gestão do Conhecimento também é uma disciplina da cultura empresarial, pois atua nos processos humanos e na estrutura social da empresa com os requisitos de compartilhamento, colaboração e inovação. A obtenção de mudança cultural é um dos aspectos mais importantes em qualquer programa de Gestão do Conhecimento, sendo um dos maiores responsáveis nas falhas de implementação.
A seguir, abordam-se três dos mais importantes enfoques que devem estar num programa de Gestão do Conhecimento a ser implantado:
1) Papéis operacionais e responsabilidades: devem ser formalizados papéis e responsabilidades para controle de qualidade e integridade dos conteúdos dos repositórios, mediadores de comunidades de especialistas, patrocinadores de programas de Gestão do Conhecimento e para controle do fluxo de informação e conhecimento da empresa;
2) Incentivos e reconhecimento: devem ser estimuladas, reconhecidas e premiadas as iniciativas de compartilhamento e colaboração, destacando o valor que estas iniciativas têm para a empresa;
3) Espaço e tempo para a captura e colaboração: a empresa deve estimular formalmente uso de uma parcela da jornada de trabalho para compartilhamento e criação de conhecimento no relacionamento entre os empregados.
Requisitos Tecnológicos
Gestão do Conhecimento é um processo de negócio multidimensional, que permeia todas as áreas da empresa. Apresenta uma mistura de discernimento e expertise das pessoas com um intenso processo de trabalho colaborativo, facilitado por amplo acesso aos recursos de informação interconectados da empresa. Este ambiente requer a utilização de múltiplas tecnologias disponíveis no mercado, muitas já estabilizadas, outras ainda em desenvolvimento.
A Gartner Group, empresa de consultoria em gestão empresarial e tecnologia de informação, identificou 10 funções tecnológicas a serem consideradas nas iniciativas de Gestão do Conhecimento da empresa:
1) Capturar e armazenar: consiste em captura de conhecimentos tácito e explícito e armazenamento na forma explícita. Dentre as formas de captura estão o uso de ferramentas de apresentação, processadores de texto, planilhas e correios eletrônicos, assim como tecnologias emergentes como a de reconhecimento de voz ou produção digital de áudio e vídeo.
2) Pesquisar e recuperar: essas têm sido das principais atividades da Tecnologia de Informação, embora sua utilização tenha estado limitada às pessoas que têm familiaridade com esses recursos. A Gestão do Conhecimento requer tecnologia mais avançada e interfaces amigáveis que permitam utilização facilitada, independentemente de localização, tipo e formato dos dados.
3) Enviar informações críticas para indivíduos ou equipes: envio das informações selecionadas devem ser feito para as pessoas cadastradas ou cujo perfil atenda aos requisitos para recebimento. O envio é feito por correio eletrônico, workflow ou tecnologia push, podendo restringir-se a notificações de mudanças ou obsolescência no conteúdo de matérias de interesse.
4) Estruturar e navegar: esquema de classificação dos recursos de informação da empresa e método para navegar na sua estrutura. O processo de classificação pode utilizar hierarquias, taxinomia ou redes de semântica mas, em todos os casos, deverá refletir o modelo cognitivo do usuário para a informação em vez de modelo de implementação no computador.
5) Compartilhar e colaborar: um dos objetivos da Gestão do Conhecimento é conectar as pessoas e estimular a colaboração. A tecnologia fundamental que conecta as pessoas é o groupware, que está na maioria das implementações de Gestão do Conhecimento e evoluindo para utilizar recursos que permitam a comunicação em tempo real entre as pessoas, agilizando o processo de compartilhamento e colaboração.
6) Sintetizar: estas funções automatizam ou facilitam a descoberta de novos conhecimentos e discernimentos a partir de informações disponíveis em produtos desde inteligência de negócio até técnicas de descoberta automatizada (ex.: pesquisa em dados – data mining, perfis e texto).
7) Criar perfil e personalizar: estas funções auxiliam no alinhamento e organização de pessoas em grupos de interesses comuns em determinadas informações.
8) Resolver ou recomendar: função que incorpora regras de negócio em sistemas informatizados, apresentando soluções ou recomendações.
9) Integrar com as aplicações de negócio: neste caso, a Gestão do Conhecimento pode ser implementada de duas formas, como processo básico para gerenciar o conhecimento da empresa ou processo adicional a ser integrado a sistemas de gerenciamento de recursos empresariais (ERP, CRM).
10) Atualização (Manutenção): a construção de uma solução de Gestão do Conhecimento requer definição e população de numerosas estruturas de dados que são alimentadas de maneira contínua, ocorrendo habitualmente a obsolescência ou desatualização de parte desses repositórios. Esta técnica busca notificar os responsáveis pelas informações quando determinadas regras de controle de expiração e mudanças em documentos são atendidas, notificando os responsáveis quanto a necessidade de modificar as informações armazenadas.
Desafios a superar
A implantação de programas de Gestão de Conhecimento traz novos aspectos que devem ser prévia ou simultaneamente trabalhadas nas empresas, pois constituem os maiores desafios para seu sucesso. Apresentam-se a seguir, esses aspectos.
Capital Intelectual: Uma Vantagem Competitiva
O capital intelectual é a soma do conhecimento de todos em uma empresa, o que lhe proporciona vantagem competitiva. Ao contrário dos ativos, com os quais empresários e contadores estão familiarizados – propriedades, fábricas, equipamento, dinheiro, o capital intelectual é intangível. É o conhecimento da força de trabalho: treinamento e a intuição de uma equipe de químicos, por exemplo, que descobre uma nova droga de milhões de dólares ou o know-how (saber como) de trabalhadores que apresentam milhares de formas diferentes para melhorar a eficácia de uma indústria.
O desafio de hoje não é produzir melhor, mas sim criar novos produtos, processos e sistemas gerenciais; desde o século passado Peter Drucker (1995) já vem disseminando este assunto do trabalhador do conhecimento, pois muitas empresas começaram a empregar o termo de que “As pessoas são seus maiores ativos” e mesmo assim não pregavam o que diziam. Contudo a palavra que se difundia bem era de “mão-de-obra”, porém este conceito arcaico está cada vez mais dando lugar há algo que realmente faz diferença. O trabalhador do conhecimento.
Nos últimos anos podemos observar uma verdadeira avalanche da produção intelectual abordando temas como Reengenharia, Downsizing, Custeio baseado em atividades (ABC), Balanced Scorecard , tudo isto criado a partir do conhecimento.
Segundo a sabedoria popular o conhecimento não ocupa lugar. É um bem intangível, podemos afirmar que é o fator mais importante da vida econômica, a matéria-prima com a qual geramos riqueza e bem-estar.
O conhecimento é mais valioso e poderoso do que qualquer mega indústria ou mesmo volumosas contas bancárias. As grandes empresas tornaram-se tão eficazes e o que elas têm em comum? Elas possuem algo muito mais valioso do que ativos físicos ou financeiros. Tinham Capital Intelectual, ou seja, ” A soma do conhecimento de todos em uma empresa, o que lhe proporciona vantagem competitiva ”. Stewart (1998:13).
Xavier (1998) aponta como podemos administrar este ativo tão importante para nossa vida pessoal e profissional.
• Jamais negligenciar no trabalho, no atendimento do cliente e no desenvolvimento com suas necessidades e objetivos. O cliente sabe ou intui que o conhecimento e as credenciais , por si sós, não são a solução: conhecimento aplicado com negligência ou não aplicado não tem nenhum valor.
• Jamais acomodar-se com o que aprendeu na faculdade e parar de estudar. Em cada campo do conhecimento a evolução hoje é rápida e intensa – e acompanhá-la não é tarefa das mais fáceis. Quando um profissional se concentra em trabalhar, premido pelas necessidades de ganho mais imediato, sua carreira vai sofrer com certeza. A escolha é sua: pode deixar que seu conhecimento se deteriore.
• Buscar credenciais mais elevadas, de acordo com as demandas do mercado. Por exemplo: houve um tempo no Brasil em que alguém com o segundo grau completo facilmente chegava à gerência em uma multinacional; depois, tornou-se necessário o terceiro grau; hoje exige-se mestrado e até doutorado.
• Concluindo : ou o profissional se conscientiza de que o conhecimento é uma necessidade de sua carreira , e aí torna-se capaz de geri-lo bem, ou não se conscientiza e abre mão da evolução na carreira
Uma das maneiras de proteger o capital Intelectual é registrar a propriedade industrial, ou seja, efetuar um registro formal e legal de propriedade de patentes, de desenhos, das marcas, etc.
Nem um grande investimento em tecnologia não é o que garante o sucesso de um projeto de gestão do conhecimento, mas sim a profunda transformações dos processos, das pessoas e dos meios de produção.
Com isto a empresa passa à explicar ao colaborador para observar o trabalho do outro, o observador talentoso acaba por aperfeiçoar e desenvolver novos métodos para a realização das tarefas. A metodologia propulsora dessa modalidade é conhecida em inglês por stick (no sentido de cola), por gerar aderência ao projetos da companhia.
O poder não está em deter o conhecimento, mas em disseminá-lo. Quanto mais informação você divide com os outros, maior o seu retorno.
O gerente do conhecimento.
Algumas empresas já criaram o cargo de gerente de conhecimento. Em geral ele identifica aquele profissional que comandará o processo de ampliação e manutenção do Capital Intelectual da instituição.
Esta função possui uma ligação muito grande com o desenvolvimento organizacional e com a melhoria contínua dos processos internos de gestão.
O gerente de conhecimento também fica responsável por atividades como: identificar conhecimentos para a instituição, desenvolver estes conhecimentos, organizar recursos internos para a partilha deste conhecimento: intranets, banco de dados, software de gestão de conhecimento, promover cursos de reciclagem, palestras, encontros.
As características do Capital Intelectual Diferenciam de outros capitais:
• O conhecimento cresce quando compartilhado.
• Não se deprecia com o uso, ao contrário dos outros ativos o seu valor decorre do uso.
O Trabalhador do Conhecimento
O trabalhador do conhecimento é muito diferente: ele tem algo do trabalho do profissional liberal. Os profissionais são avaliados não pelas tarefas que realizam, mas pelos resultados que alcançam. Quando o trabalho diz respeito ao conhecimento, o modelo profissional do projeto organizacional inevitavelmente começa a se sobrepor ao modelo burocrático.
A explosão do conhecimento científico e técnico, a rápida difusão e o poder crescente e veloz da tecnologia da informação, a participação cada vez maior do conhecimento – todos esses fatores trabalham juntos, cada um deles sendo simultaneamente o ovo e a galinha, causa e efeito, a fim de impor novos tipos de modelo organizacional e novos métodos gerenciais. Na era do capital intelectual, as partes mais valiosas desses trabalhos tornaram-se essencialmente tarefas humanas: sentir, julgar, criar, desenvolver relacionamentos. Longe de estar alienado das ferramentas de seu orifício e do fruto de seu trabalho, o trabalhador do conhecimento os leva consigo, com seu cérebro.
Avaliando o Capital Intelectual da organização
Podemos apontar algumas questões fundamentais no que diz respeito a avaliação do Capital Intelectual da empresa:
• Qual é o montante de Capital Intelectual da empresa ? Aqui o questionamento é quanto a empresa sabe e o interessante é descobrir se sabe muito ou pouco em relação ao que deveria saber.
• Quanto vale o Capital intelectual da empresa ? Isto é: que valor financeiro que se poderia obter com o capital intelectual da empresa e o interessante é traduzir o intangível em valores demonstráveis financeiramente, para efeito de mercado.
• Quanto mais conhecimento a empresa possuir maior será o valor de mercado e o valor contábil (Stewart, 1997).
• Quanto vale o Capital Intelectual da empresa?
Para a avaliação do capital intelectual , pode-se recorrer a alguns mecanismos:
• Valor de mercado das patentes da empresa.
• Valor que a empresa consegue obter por notório know how não patenteado – uma reconhecida habilidade ou qualificação em determinada área, que pode ser comercializada por franquia, licenciamento ou outro processo.
• Valor investido pela empresa em atividades de Pesquisa e desenvolvimento.
Uma avaliação financeira dos ativos intelectuais da empresa só pode ser feita sensatamente com uma análise abrangente e aprofundada que leve em conta resultados gerais da empresa, conceito no mercado, processos gerenciais internos, qualidade dos conhecimentos gerados.
Formas de conhecimento encontrado nas empresas
• Conhecimento Tácito: Conhecimento enraizado em experiência, ações, idéias, valores e emoções. O conhecimento tácito pode ser visto como o conhecimento que é detido por um indivíduo, ou ainda por um grupo. O conhecimento que este indivíduo ou grupo detém, é utilizado por este para a geração de suas decisões e ações na empresa. No entanto enquanto um determinado conhecimento, ou parte dele é detido pela pessoa ou pelo grupo em suas mentes, este é pouco compartilhado pelo resto da organização. Ele começa a poder ser acessado pela organização quando o processo de formalização é efetuado, podendo ser disseminado e utilizado.
• Conhecimento Explícito: Conhecimento documentado de alguma forma: textos, artigos, imagens, sons. Está sempre ao alcance do grupo , é bem mais compartilhado que o tácito, pois foi transmitido para um meio de comunicação, onde todos podem Ter livre acesso.
O Ouro Oculto
Quando o mercado de ações avalia empresas em três, quatro ou dez vezes mais que o valor contábil de seus ativos, está contando uma verdade simples, porém profunda: os ativos físicos de uma empresa baseada no conhecimento contribuem muito menos para o valor de seu produto (ou serviço) final do que os ativos intangíveis – os talentos de seus funcionários, a eficácia de seus sistemas gerenciais, o caráter de seus relacionamentos com os clientes – que, juntos, constituem seu capital intelectual. Alguém que investe em uma empresa está comprando um conjunto de talentos, capacidades, habilidade e idéias – capital intelectual, não somente o capital físico.
Um dos motivos pelos quais as empresas não gerenciam o conhecimento é que ele quase sempre vem acompanhado de algo tangível – o papel de um livro, a fita magnética dentro de um gravador, o corpo de um palestrante, as pedras de um monumento histórico. Gerenciamos as formas, e não a substância, o que eqüivaleria a um vinicultor que presta mais atenção à garrafa do que ao vinho. Afinal, é mais fácil contar as garrafas do que descrever o vinho. Na maioria das organizações, embora muitas pessoas usem, gerem ou distribuam informações, os únicos gerentes verdadeiros do comportamento das informações são os advogados, que já se preocupam em proteger marcas registradas, patentes e segredos.
O Mapa do Tesouro
Idéias economicamente valiosas não têm que ser eruditas ou complicadas, tampouco de alta tecnologia. A maioria dos funcionários jamais encontrará algo na vanguarda da ciência. Eles estão tentando executar melhor seu trabalho. Esse é um aspecto tão importante quanto qualquer outro na gerência do capital intelectual.
É fácil entender a idéia de conhecimento formalizado, capturado e alavancado quando o material intelectual em questão é uma invenção patenteável, um conjunto de dados econômicos que precisam ser sugeridos ou quando prazos reais ou arbitrários definem fronteiras óbvias para o conhecimento.
Grande parte do capital intelectual é tácito – e o conhecimento tácito não pode ser vendido, por maior que seja o valor que a pessoa esteja disposta a pagar. No entanto, até isso precisa ser identificado e alavancado – passando pelo ciclo de conhecimento tácito para explícito e de explícito para tácito – se a organização quiser usá-lo melhor.
Toda organização possui valiosos materiais intelectuais sob a forma de ativos e recursos, perspectivas e capacidades tácitas e explícitas, dados, informação, conhecimento e talvez sabedoria. Entretanto, não se pode gerenciar o capital intelectual – não é possível sequer encontrar suas formas mais fáceis – sem localizá-lo em pontos estrategicamente importantes e em que onde a gerência realmente seja importante. A pergunta torna-se então: onde procurá-lo?
Resposta, em um ou mais destes três lugares: pessoas, estruturas e clientes.
A distinção entre capital humano e capital estrutural é fundamental para a gerência do conhecimento. O capital humano é importante porque é a fonte de inovação e renovação, seja em decorrência de brainstormings (tempestade de idéias) em um laboratório ou de novas dicas no caderno de anotações.
O capital estrutural é compartilhar e transmitir conhecimento – alavancá-lo – exige ativos intelectuais estruturais, como sistemas de informação, laboratórios, inteligência competitiva e de mercado, conhecimento dos canais de mercado e foco gerencial, que transformam o know-how (saber como) individual em propriedade de um grupo. Assim o capital humano, o capital estrutural só existe no contexto de um ponto de vista, uma estratégia, um destino, um propósito. Portanto, o capital intelectual “é a capacidade organizacional que uma organização possui de suprir as exigências de mercado”.
O capital do cliente é o valor dos relacionamentos de uma empresa com as pessoas com as quais faz negócios. “É a probabilidade de que nossos clientes continuem fazendo negócios conosco”. É aqui, nos relacionamentos com os clientes, que o capital intelectual se transforma em dinheiro – embora deva ser enfatizado que o capital do cliente não precisa ser expresso apenas em termos de dólares, mesmo que seja sua manifestação definitiva. A marca, por exemplo, é uma forma de capital do cliente para qual existe um método de avaliação bem-estabelecido.
Porém, a lealdade intangível dos clientes manifesta-se de muitas formas não-financeiras, como a Coca-Cola aprendeu ao tentar modificar a fórmula de seu produto. O capital cliente manifesta-se nas cartas de reclamação, índices de renovação, vendas cruzadas, indicações e rapidez de retorno de suas ligações.
Conclusões
É possível copiar os equipamentos, produtos e procedimentos dos concorrentes, mas não seu capital intelectual e ele assim se torna sua maior vantagem competitiva.
A aplicação do conhecimento vem impactando, sobremaneira, o valor das organizações, pois a materialização da utilização desse recurso, mais as tecnologias disponíveis e empregadas para atuar num ambiente globalizado, produzem benefícios intangíveis que agregam valor às mesmas.
Uma carreira é uma série de trabalhos, não uma série de passos. O que distingue uma estrela no firmamento da empresa de uma fraca lâmpada no porão não é seu nível na organização, mas a complexidade e o valor dos projetos onde a pessoa trabalha.
Projetos: Como Obter Resultados Positivos Sistematicamente
Definição do projeto
Um projeto é um compromisso para obter um resultado específico, numa data específica, com as ações necessárias divididas em etapas claras e administráveis. Todos os recursos atribuídos ao projeto estão destinados a atingir o objetivo conforme foi definido no início do mesmo; se a definição do projeto não for exata, os recursos estarão sendo colocados em risco.
Todos os interessados devem ser ouvidos para garantir que a definição seja a mais ampla possível.
É recomendável a realização de alguns testes para se garantir que a essência não tenha sido omitida e o que não agrega valor possa ser dispensado; os mais usuais são: o teste do cliente, o teste dos meios, o teste da identidade, o teste da mensuração, o teste da suficiência, o teste do efeito colateral, o teste da hipótese.
A definição deve apresentar ainda um prazo de conclusão realista, suficientemente curto para incentivar urgência nas ações; porem, não tão curto que o torne inexeqüível e nem tão longo que o tornará demorado e provavelmente jamais será concluído.
O Cronograma
O cronograma é um resumo visual do que precisa acontecer e quando. Deve mostrar claramente a seqüência, as prioridades e as responsabilidades.
A primeira atividade dever ser a própria gestão da atividade e a última reservada para as “outras” atividades que sempre aparecem de última hora ou não são tão importantes que mereçam ser consideradas isoladamente.
O cronograma deve apresentar os check-points, que representam resultados intermediários que devem ser atingidos e que, a partir de sua avaliação, podem mudar a seqüência e o conteúdo das atividades.
A unidade de tempo escolhida deve representar a melhor possibilidade de controle. O tempo para cada atividade é definido através da experiência do projetista, dos resultados de projetos anteriores e das opiniões de especialistas. Deve incluir, no mínimo, de 10% a 20% para as emergências. A recomendação é ser prudente no geral e pessimista nas ações críticas. E para as atividades vitais do projeto, deve ser feito ainda um plano de contingência.
As etapas de cada trabalho não devem ficar incompletas, a menos que seja inevitável. As ações parcialmente completas podem provocar atrasos, perda de motivação e eficiência.
O Orçamento
O orçamento é uma forma de garantir que se tenha os recursos suficientes para concluir o projeto e para monitorar, de forma contínua, a viabilidade do mesmo, durante sua realização.
Pode constatar que, em muitas empresas, os orçamentos são baseados mais na política da organização e na personalidade ou intenção do proponente do que em previsões bem fundamentadas.
Uma boa regra é fazer uma previsão realista dos prováveis gastos e benefícios e incorporar, sempre que possível, os benefícios “colaterais”, como a satisfação produzida e os gastos não contabilizados diretamente no projeto, como locomoção e comunicação.
O ideal é encontrar um meio-termo entre calcular até os centavos e fazer adivinhações a ermo.
Um orçamento só tem validade se puder ser acompanhado freqüente e regularmente. Qualquer indício de “estouro”, deve disparar uma análise das implicações futuras, uma re-orçamentação ou até mesmo provocar o abandono do projeto.
O acompanhamento
No decorrer de um projeto, há momentos que parece que nada acontece; os progressos ou não ocorrem ou são muito lentos. O entusiasmo inicial, nestes casos, dá lugar a um natural desânimo.
Para tanto, recomenda-se a elaboração de mapas de projeto, para servir de um registro visual do progresso do projeto, medindo o progresso intangível, que muitas vezes é ignorado ou desprezado. É um recurso muito útil para manter acesa a chama do entusiasmo da equipe.
Para elaborar um mapa de projeto, não há um modelo fixo e definitivo, mas é importante lembrar que esta ferramenta deve:
• incentivar o gerente e a equipe para a ação, principalmente quando a situação está difícil;
• ser motivador e, ao mesmo tempo, prático;
• medir os fatores sobre os quais possa existir um controle direto e não apenas resultados;
• permitir que o progresso seja medido constantemente e seja visível.
Quando não for possível medir adequadamente o progresso, deve-se dividir cada etapa em ações isoladas de pequena duração, permitindo sua mensuração;
• explorar a comunicação simples e humorada; afinal, o bom humor é a melhor forma de ajudar as pessoas a manter um senso de perspectiva quando o tempo está curto.
A equipe
Apesar de um gerente competente saber como obter resultados com sua equipe, a maioria não dispensa grande atenção para conseguir o máximo de apoio do que se chama de “equipe estendida” formada pelos superiores, colegas, fornecedores, amigos e parentes. Se tiverem oportunidade, essas pessoas podem ajudar muito no projeto.
Em uma estrutura empresarial predominantemente política, seguramente, não há um interesse muito grande pelos resultados positivos de qualquer projeto. Em uma empresa privada, entretanto, certamente vai haver apoio, pois esta precisa do projeto.
A diretoria da empresa é a mais interessada pois foi quem atribuiu o projeto ao gerente; é interessante tratar os diretores como consultores, porque eles, provavelmente, têm a experiência de projetos anteriores ou porque são os que estão pagando pelo mesmo. De início deve ser esclarecido o âmbito da autoridade, para se evitar constrangimentos posteriores.
Em relação à equipe, quanto mais o gerente a conhece, tanto melhor. Esta deve ser inteirada do projeto, detalhadamente, para que cada um saiba seu papel no trabalho. A delegação da autoridade não deve ser nem escassa nem excessiva. Incentivar uma comunicação aberta, é uma boa maneira de saber se houve exagero ou escassez de autoridade.
A administração do tempo e a saúde
A maioria das pessoas não controla a agenda; é a agenda que controla suas ações. Mais tempo não é a solução para uma agenda cheia; mesmo que fosse, logo o tempo extra seria empregado para mais trabalho.
Os objetivos devem ser distribuídos no tempo e depois subdivididos em partes menores até se obter uma lista das ações diárias. Convém distinguir entre aquilo que é urgente e aquilo que é importante, sendo que a prioridade deve ser dada à ação que é a mais importante no momento.
Outro aspecto, que o autor chama a atenção, é quanto a decisão de ser perfeccionista ou ser rápido e superficial; deve-se fazer um trabalho excelente, quando realmente importar e houver tempo.
Um dia de trabalho de oito horas, com intervalo de uma hora para o almoço, tornou-se padrão na maioria dos países de todo o mundo por um único motivo: dá certo. Permite que o trabalho seja feito numa jornada suficiente e ser interrompido antes da eficiência cair.
Trabalhar mais que o necessário, reduz a produtividade, além do que o abuso nas horas de trabalho é uma doença (workhole).
Cada pessoa tem um ciclo de rendimento próprio (horas do dia em que é mais criativa e produtiva). O ideal é programar o trabalho mais importante para essas horas e procurar não ser interrompido.
A alimentação, assim como o lazer, os exercícios físicos, a vida familiar e social não devem ser deixadas de lado, em hipótese alguma.
A papelada
Os papéis, usados de forma eficaz, podem ajudar muito nos resultados de um projeto. Alguns conselhos do autor são:
• dê um fim permanente em materiais indesejáveis e informações irrelevantes;
• organize sua mobília de acordo com seus padrões de trabalho;
• a bandeja de entrada é a fonte de tudo e, portanto, é a chave para criar um sistema eficaz de administração dos papéis;
• crie uma sinopse do projeto para registrar o que foi feito, o que funcionou e o que não deu certo. Atualize-a constantemente, anotando tudo o que gostaria de ter sabido antes de começar o projeto.
As armadilhas da tecnologia
Usar a tecnologia apropriada traz tantas vantagens que seria tolice ignorá-la. Porem, deve-se tomar o cuidado de não investir mais tempo, esforço e dinheiro do que aquele que se pode ganhar com a tecnologia.
As urgências
Conforme o autor “Projeto em crise é aquele em que o resultado deve estar pronto em uma semana ou menos, embora o bom senso mostre que isso não seria possível; em que deixar de atingir o resultado causará um grande prejuízo ou a perda de uma oportunidade que provavelmente não ocorrerá novamente”.
A primeira coisa a ser feita é ter certeza de que realmente há uma crise. Quanto mais curto for o prazo, mais fundamental é definir os objetivos e fazer um planejamento pois, não há tempo para recomeçar, se a primeira tentativa fracassar. Na definição dos objetivos, devem ser identificados os fatores críticos de sucesso necessários para atingir o objetivo e então, esquecer o resto.
Quanto mais o gerente conhecer a equipe, mais facilmente atingirá o resultado. Quanto mais delegar, mais poderá supervisionar o progresso e resolver problemas. O projeto deve estar em andamento a qualquer custo.
Quando a crise terminar, o gerente deve: agradecer a equipe como um todo, programar um tempo para agradecimentos individuais e dar a todos – inclusive para si – um dia de folga.
O erro
Há poucas certezas absolutas em gestão de projetos, mais esta é uma delas: alguma coisa sempre dá errado. E é exatamente por esta razão, que todo projeto precisa de um gerente. Algo errado não significa, necessariamente, que o gerente seja incapaz; é apenas um sinal de que algo deve ser corrigido.
Um projeto em que tudo sai como planejado não gera tanta satisfação como outro onde surgem coisas inesperadas e o gerente tem que usar toda sua criatividade para encontrar uma solução eficaz.
A confiança, assim como o pânico, é contagiosa. Portanto, a primeira tarefa de um gerente é manter a fé de todos no sucesso do projeto: enfrentar os problemas com calma e segurança (mesmo que sinta tudo, menos isso), e aqueles que o rodeiam farão o mesmo.
É conveniente não desperdiçar tempo encontrando a razão e o culpado do que não deu certo, mas encontrar logo uma solução. É melhor tomar uma decisão rápida mas não tão perfeita do que uma decisão ideal mas tardia.
Depois do projeto
A primeira coisa a ser feita, após o término do projeto é: nada! O gerente e a equipe. Relaxar e aproveitar a sensação da realização. Cabe ao gerente amarrar todas as pontas soltas: fornecedores, orçamentos, mapas de progresso e apontamentos. A reunião final, chamada de “post-mortem”, serve apenas para analisar o que deu certo e do que saiu errado, com o único propósito de aprender para o próximo projeto e não remexer no passado.
Diretrizes para os Membros do Conselho Administrativo sobre Questões Financeiras
Embora o trabalho detalhado de elaboração de orçamentos e relatórios financeiros precise de peritos especializados e possa ser supervisionado pelo Tesoureiro, é responsabilidade do conselho administrativo inteiro estabelecer limites para os assuntos financeiros da organização.
Ao estabelecer o orçamento anual, o conselho administrativo deve considerar:
• O orçamento está bem equilibrado ou precisa mostrar um excedente ou um déficit?
• Está certo que gastemos toda a renda da organização ou deveríamos tentar economizar algum dinheiro como reserva para alguma época difícil no futuro?
• Se já temos alguma reserva, será que temos o suficiente ou temos mais do que o que realmente precisamos?
• Todos os custos necessários foram incluídos no orçamento?
• Precisamos reservar alguma verba para a troca de veículos ou equipamento quando estiverem velhos (depreciação)?
• Precisamos reservar alguma verba para algum custo futuro, como concertos ou reformas no prédio do escritório e benefícios de aposentadoria para os funcionários?
• Estamos pagando salários justos, que nos permitam recrutar e manter funcionários de alta qualidade?
• É provável que a nossa renda continue a mesma, aumente ou diminua?
• O compromisso de algum doador está chegando ao fim?
• O que estamos fazendo para encontrar outras fontes de renda?
• Houve algo de especial no bem-estar financeiro do ano passado?
• É uma boa idéia basear o orçamento deste ano nos resultados do ano passado?
• De que maneira as mudanças no ambiente em que trabalhamos poderiam causar impacto nos nossos padrões normais de renda ou gastos?
Ao revisar os relatórios financeiros, o conselho administrativo deve considerar:
• A renda chegou conforme esperado no orçamento? Caso contrário, por que não?
• Esperamos que a renda chegue mais tarde e precisamos diminuir os gastos previstos no orçamento enquanto isto?
• Temos dinheiro suficiente para cumprir os compromissos existentes, tais como salários?
• Os gastos estão de acordo com o almejado?
• Se forem menos do que os gastos previstos no orçamento, estamos atrasados com o trabalho dos projetos?
• Se forem mais do que os gastos previstos no orçamento, estamos adiantados ou gastando demais em alguma coisa?
• Temos certeza de que os gastos estão sendo devidamente controlados pelas pessoas com a autoridade delegada para aprovar os pagamentos?
Ao estabelecer políticas e sistemas, o conselho administrativo deve considerar:
• Temos um sistema adequado de controle financeiro que:
• Impeça a utilização indevida ou imprudente das verbas da organização e
• Proteja os nossos funcionários da tentação ou suspeita de qualquer utilização indevida das verbas?
• Temos um sistema de contabilidade e funcionários habilitados, de maneira que possamos estar certos de que as informações financeiras que nos são apresentadas sejam precisas e completas?
• Temos políticas claras e razoáveis que governem a utilização de verbas e outros ativos, quando puder haver algum beneficio pessoal para os funcionários ou membros do conselho administrativo? Por exemplo, o uso de veículos, telefones e subsídios para viagens.
• Temos políticas claramente comunicadas e justas para os empregados relativas a questões tais como salários, outros benefícios, horário de trabalho, direito a férias e procedimentos de disciplina?
Como o conselho administrativo é responsável por assegurar que a missão da organização seja alcançada, é importante avaliar o progresso. Isto permite que a organização aprenda lições a fim de melhorar seu desempenho no futuro.
As Vantagens dos Portais Corporativos
Na Era da Internet, Portais Corporativos têm um papel essencial no esforço de disponibilizar informação e conhecimento onde eles são necessários nas organizações. Portais Corporativos também representam uma mudança necessária no sentido de se estabelecer uma plataforma única para e-Business e prover profunda integração, em tempo-real, de muitas distintas aplicações de Tecnologia da Informação. Isto representa uma mudança sísmica no modo de como será apresentada a informação e em como os muitos sistemas precisarão se comunicar entre si.
A promessa oferecida por Portais Corporativos para capturar e compartilhar conhecimento é muito interessante, especialmente para as empresas intensivas em conhecimento. O Portal Corporativo pode se tornar o meio através do qual as companhias venham a superar alguns dos desafios relacionados à administração de informação em um ambiente corporativo pré-WEB e pré-Portal.
Estes desafios incluíam:
• Plataforma e formatos de arquivo proprietários e incompatíveis;
• Difícil acesso à informação;
• Redundância e duplicação de informação através das redes;
• Informações publicadas de modo desorganizado;
• Indivíduos não tinham condições de publicar com facilidade informações para sempre acessadas por toda empresa;
• Muitos métodos diferentes para procurar e acessar a informação;
• E, ao mesmo, sobrecarga de informação;
• Usuários não técnicos são altamente dependentes do departamento de Tecnologia da Informação para gerar relatórios ou obter informação;
• Ferramentas de visualização caras, não intuitivas ou inexistentes;
• Carência de ferramentas de colaboração on-line efetivas;
• Arquiteturas proprietárias caras, o que torna difícil de integrar tipos diferentes de informação;
• Visão antiquada centrada em aplicações de Tecnologia da informação no ambiente Desktop.
As empresas, por sua vez, poderão configurar cada usuário do portal de acordo com níveis de segurança e autorizações de acesso individuais. Já os usuários, têm a possibilidade de personalizar os portais por forma a encontrar, aceder e pesquisar os recursos disponíveis na empresa, por forma a obterem a informação de negócio que mais lhes é relevante. A possibilidade do usuário do portal corporativo poder personalizar tanto o conteúdo como a aparência do ambiente de trabalho, é uma das vantagens que este sistema permite aos processos de negócio.
As mais avançadas plataformas de Portais Corporativos vão além do acesso à informação estruturada e não estruturada. Elas provêem soluções que são mais próximas às necessidades diárias de informação e de colaboração de cada funcionário e/ou parceiros de negocio. Elas personalizam o acesso à informação, automatizam e melhoram os ciclos de decisão complexos de trabalhadores de conhecimento e podem nutrir níveis mais profundos de colaboração entre empregados e diferentes empresas da cadeia produtiva. Com a complexidade de prover um único ponto de contato para todas as fontes de informação, o Portal Corporativo assume o papel, sem precedente, de integrador universal.
Acreditamos que os Portais Corporativos causarão mudanças fundamentais no modo como as empresas funcionam: ao contrário de muitos outros investimentos em Tecnologia da Informação, a implementação de Portais Corporativos está sendo executada para servir, principalmente, às necessidades de funcionários, comunidades e, até mesmo, às redes que vão além das paredes das organizações.
Oportunidade Inovadora
Existe uma grande oportunidade sinérgica e inovadora que pode ser aplicada para o fortalecimento de determinadas cadeias produtivas, principalmente aquelas que podem se beneficiar por melhores fluxos de informação e colaboração mais intensa entre os atores públicos e privados da cadeia produtiva.
Propostas clássicas para dinamização de clusters e transpondo típicas aplicações de portais corporativos, poder-se-iam prever as funcionalidades do portal dividas em seis grandes áreas:
• Fluxos de Informação.
• Colaboração.
• Formação de Pessoas.
• Geração de Negócios
• Promoção da Inovação
• Otimização de Recursos
Fluxo de Informações no Portal do Conhecimento poderá:
• Prover amplo acesso a informações atualizadas, relevantes e direcionadas à cadeia produtiva.
• Vários tipos de relatórios e estudos de mercado não são normalmente acessíveis a maior parte das empresas;
• Através do portal é possível também se conseguir escala suficiente para se buscar e organizar dados amplamente disponíveis;
• Coletar informações das empresas para a realização e rápida atualização de estudos setoriais
• Pode-se pensar também na criação de inovadores indicadores da evolução do capital intelectual do setor.
• Promover troca de informações e colaboração entre as empresas da cadeia produtiva (fóruns de discussão, chats, etc) e também publicação descentralizada de conteúdo por parte das empresas participantes do cluster.
• Fomentar o desenvolvimento de “Comunidades de Prática” envolvendo pessoas de diversas empresas.
• Estas podem incluir informações sobre a própria empresa, assim como descrição de projetos em andamento.
• Promover intercâmbio entre o setor privado e fontes de conhecimento no setor público e acadêmico
• O portal pode ser desenhado para prover informações bastante específicas para que, principalmente as pequenas empresas, tenham acesso instantâneo a informações governamentais (ex: missões comerciais) e acadêmicas (ex: lista de experts e laboratórios nacionais e internacionais relevantes para o setor).
• Centralizar e reduzir os custos com treinamentos on-line.
• Módulos de treinamento on-line podem ser disponibilizados para todas as empresas.
• Divulgar oportunidades de treinamento off-line e criar um mercado de trabalho mais eficaz
• Aumenta-se a liquidez e oxigenação do mercado.
• Elementos de confidencialidade precisam ser introduzidos para garantir a adesão das empresas.
• A própria necessidade e oportunidade de utilização do portal pode virar um importante incentivo para uma informatização maior das empresas do setor.
• Como parte do lançamento do portal poderiam ser oferecidas condições especiais de informatização para pequenas empresas.
• É bastante interessante a oportunidade de se criar mecanismos para que as empresas possam promover seus interesses comerciais e encontrar parceiros de dentro e fora do cluster.
• Promover a formação de consórcios temporários e/ou permanentes podem ser facilitados por ferramentas de e-project.
• Se algumas de suas funções e áreas de conteúdo forem traduzidas para o idioma inglês, o portal pode servir como uma excelente ferramenta de marketing e fomento de negócios internacionais.
• Promover o comércio eletrônico
• Ferramentas que permitem a rápida configuração de e-business podem ser disponibilizadas no portal.
• Mercados eletrônicos tipo leilão também podem ser estabelecidos.
• Promover histórias de sucesso
• O portal pode ser utilizado para descrever histórias de sucesso entre empresas do cluster. Estes tipos de histórias são conhecidos por incitar comportamentos inovadores
• Difundir normas técnicas
• Mapear e otimizar a utilização dos recursos produtivos da cadeia produtiva
• Assim como mega empresas multinacionais que utilizam portais internos para que seus funcionários e pesquisadores possam identificar e reservar recursos produtivos e para pesquisa, o portal setorial pode servir para que empresas associadas “aluguem” parte de seus recursos ociosos.
• Pode-se também criar um mercado para comercialização de competências e capacidades intelectuais.
• O portal pode ser utilizado para automatizar a prestação de serviços eletrônicos (ex: reserva de viagens, contabilidade, etc)
A experiência de grandes empresas multinacionais, que utilizam portais do conhecimento, mostra que um dos principais desafios iniciais é a mobilização das várias partes da empresa que podem contribuir para o desenvolvimento, manutenção e crescimento do portal. No contexto de um portal aplicado a uma cadeia produtiva, acreditamos que este papel deva ser exercido por diversas esferas governamentais em parceria com entidades de classe representativas das empresas.
Assim como no caso dos portais utilizados por empresas privadas, o portal também deveria ser avaliado a partir de indicadores quantitativos, semiquantitativos e qualitativos:
• Os indicadores tradicionais de desempenho inovador em uma dada cadeia produtiva (número de patentes, receitas obtidas a partir de novos produtos, etc) deveriam continuar a serem utilizados – com comparações do “antes” e “depois” do portal;
• Estudos de caso de inovações e novos negócios gerados a partir do portal também precisariam ser documentados de tempos em tempos;
• Pesquisas on-line de satisfação dos usuários também são bastante comuns nas empresas privadas e também se aplicam ao caso do portal aplicado na cadeia produtiva;
• Possibilidade instantânea geração de estatísticas e extremamente detalhadas de uso (ex: perfil dos usuários participantes x não participantes, padrão de tráfico, áreas de conteúdo mais acessadas, etc.). Dados os objetivos traçados, um painel de controle com vários indicadores poderia ser facilmente estabelecido.
Para seu sucesso, a empresa precisa fornecer às empresas participantes motivos para visitar o portal com freqüência. As soluções de portais mais avançadas não oferecem apenas o acesso à informação estruturada e não-estruturada. Elas têm também um papel essencial no fomento a colaboração e contato entre empresas, ou seja, não apenas estimulam as trocas de conhecimentos explícitos, mas também e principalmente as trocas de conhecimentos tácitos, que reconhecidamente são o ponto de partida para o processo inovador intra e entre empresas.
Saiba como apresentar muito bem suas idéias
A fala deve soar como a boa música: o ajuste entre as partes e a força da mensagem une-se à afinação do som e à harmonia melódica. É fundamental buscar o equilíbrio entre os diversos elementos da comunicação oral, como o ritmo, a intensidade, a flexão, o conteúdo, a emoção, a tonalidade, a articulação, a velocidade, o timbre, a flexibilidade vocal e a pronúncia para traduzir as nuanças da mensagem.
Além disso, é preciso unir a técnica à naturalidade para uma transmissão mais autêntica e construtiva.
Habilidades Técnicas
1. Comece falando vigorosamente, com entusiasmo, demonstrando o prazer pela oportunidade de estar fazendo isso. Esteja presente por inteiro.
2. Articule bem as palavras, mas não exagere nos movimentos do rosto e músculos da face.
3. Fale sem esforço, mas para ser ouvido por toda a platéia.
4. Neutralize as barreiras verbais evitando falar muito baixo ou muito alto; muito depressa ou devagar; devagar; pronunciar errado termos estrangeiros; usar vícios de linguagem: “tá?”, “né?”, “Ok?”, “certo?”, “entendeu?”, “percebe?”, “é isso aí!”, “tipo assim…”, “a gente …”, “acho que…”; falar como um robô; cometer erros gramaticais; comer os “esses” e “erres”; expressar-se sem objetividade e clareza; usar termos técnicos para público leigo; não levar em conta o momento, o local e o meio mais oportuno para transmitir a mensagem; baixar a voz no final das palavras e das frases; não enfatizar as idéias principais.
5. Se possível utilize os verbos na voz ativa.
6. Evite os superlativos.
7. Prefira os substantivos. Os adjetivos em excesso enfraquecem a frase.
8. A sua fala deve despertar imagens visuais para um efeito mais marcante.
9. Seja sincero e tenha convicção no que diz.
10. Desperte o interesse da platéia com bons argumentos, bom vocabulário e boas figuras de linguagem.
11. Faça com que suas palavras penetrem fundo nos ouvidos, na mente e no coração do público.
12. Não fique divagando; evite que a platéia se pergunte “e daí? O que eu tenho a ver com essa história? Não tenho motivos para prestar atenção em você”. Para manter o interesse do público, apresente argumentos interessantes, motivadores, seja criativo.
13. Demonstre autoridade em relação ao assunto. Seja senhor daquilo que fala, proprietário do conhecimento.
14. Evite detalhes em excesso. A apresentação tem um corpo estrutural. Não faça dos atalhos os personagens principais sob risco de perder de vista o eixo das idéias.
15. Seja um presente motivador para a platéia.
16. Fale com a platéia e não para a platéia, buscando a sintonia com as pessoas.
17. A expressão do seu rosto deve ser a mais leve possível.
Habilidades Comportamentais
1. Não tenha medo do silêncio, das pausas. Ele é importante para enfatizar o assunto e dar espaço à platéia para refletir. A pausa não é ausência de texto. Ela serve para valorizar o que veio antes e preparar o interlocutor para o que virá a seguir.
2. Se a informação for muito complexa, fale mais devagar; se for mais simples, fale mais rápido. A velocidade da apresentação deve atender às necessidades do texto. Se você acelerar, a platéia perderá o interesse se não entender a mensagem. E se você se arrastar por demais, falar muito devagar, os ouvintes poderão sentir sono e desinteresse. Varie o ritmo da sua apresentação.
3. Procure ter a platéia como companheira. Dê-lhe motivos para sentir-se bem com o que ouve, vê, experimenta e sente.
4. Se você perceber na cara dos espectadores um ponto de interrogação e desconforto físico, resuma os pontos principais abordados até então e abra espaço para perguntas.
O Poder Revelador da Linguagem Corporal
Nós não temos um corpo, nós somos um corpo. Um corpo vibrante que respira, sente e se enternece, um corpo vivo que reflete o que somos.
Toda nossa vida está gravada na memória do corpo. É ele que conta toda a verdade de nossa história, dos nossos sentimentos mais imperceptíveis. É um pergaminho no qual estão gravadas as marcas do tempo, importantes senhas da individualidade humana, e a assinatura intransferível da nossa imagem corporal.
Para entender a importância desse pergaminho e promover as mudanças necessárias, é preciso ter coragem para ir se despindo gradativamente das couraças do passado e abrir canais que favoreçam os movimentos mais livres e expressivos.
Ele capta tudo, de todas as maneiras. Aponta a mentira da palavra, desnuda as falsas convicções, arranca máscaras e expõe as verdades inconscientes através da linguagem expressiva. A postura, as expressões faciais, os movimentos dos olhos, do rosto, das pernas, das mãos, enfim, qualquer gesto, por mínimo que seja, traduz o que as palavras muitas vezes não conseguem expressar.
Os movimentos do corpo têm a mesma importância que a palavra no que se refere à comunicação humana. Esses recursos expressivos riquíssimos favorecem a ligação entre as pessoas e fortalecem a magia da interação social.
A Importância da Linguagem Corporal nas Comunicações
Enquanto estiver planejando a sua apresentação, nunca perca de vista a intenção dos gestos e a movimentação que acompanharão a mensagem oral. O domínio corporal facilita a transmissão da mensagem para a platéia e propicia a comunicação. Os gestos e as expressões faciais, a postura e a movimentação corporal servem para:
1. Descrever, complementar e reforçar as idéias
2. Embelezar a fala
3. Substituir palavras
4. Dar mais dinamismo à comunicação
5. Contradizer a fala
6. Expressar sentimentos
7. Favorecer o entendimento
8. Promover a interação com a platéia
9. Facilitar a transmissão das mensagens
Para que se cumpram estes objetivos, a linguagem corporal deve ser natural, clara, expressiva, pertinente e harmoniosa.
Auto-análise Corporal
A análise da própria linguagem corporal permite identificar os pontos fortes e fracos da nossa comunicação. Daí a importância de se responder às questões:
1. Como eu me vejo fisicamente? Aceito, aprecio e valorizo este corpo que sou eu? O que acho mais bonito nele? O que rejeito em mim mesmo?
2. Quais as qualidades que mais aprecio mais em mim?
3. O que quero mudar em mim, física e psicologicamente?
4. Os sinais que emito em meus gestos, na mímica facial, no olhar, na postura, na respiração e na maneira como uso o espaço revelam o ser humano que penso ser?
5. Qual a primeira impressão que as pessoas têm de mim?
6. Quando as relações interpessoais se aprofundam, o que muda daquela primeira impressão?
7. Eu gosto de olhar-me no espelho? Gosto da imagem refletida e do que ela transmite?
8. Busco o feedback da imagem que transmito?
9. Quando vou começar o meu processo de mudança?
10. O que farei para mudar?
Essa auto-análise ajuda a avaliar o atual estágio do comunicador e fornece os pré-requisitos para estimular desenvolvimento da linguagem corporal.
Aprimorando a Linguagem Corporal e Habilidades técnicas
Para minimizar as barreiras não-verbais nas apresentações em público:
1. Deixe o cenário da apresentação livre para não correr o risco de tropeçar e poder ser mais natural. Estude o espaço com antecedência.
2. Estabeleça uma zona de conforto na sua área de atuação para se movimentar com tranqüilidade.
3. Não enfie as mãos nos bolsos nem as cruze na frente ou nas costas.
4. Mentalmente, divida a platéia em A, B, C e D. Primeiro, olhe para o público como um todo, depois para cada setor; todos, indistintamente, deverão receber sua atenção visual.
5. Fique atento para que os seus estejam alicerçados numa idéia que os fortaleçam e ganhem significado na transmissão da mensagem. O gesto precisa ter um objetivo, um motivo, para dar forma ao conteúdo. Faça gestos que convidem a uma receptividade da platéia.
6. Evite ficar de costas para a platéia. Mantenha a cabeça erguida e olhe sempre para ela. Não fique olhando para o teto e muito menos para o chão.
7. Evite sentar-se durante a exposição. Em pé, a energia está mais concentrada e a linguagem corporal é mais evidente. Apóie-se sobre as duas pernas, que devem estar paralelas. Os peso da estrutura corporal ficará igualmente distribuído sobre os dois pés.
8. Imagine o seu corpo sendo puxado por dentro, por um fio que vai do chão ao teto. É um fio flexível e elástico que alonga o corpo numa postura elegante e natural. Mantenha as pernas levemente flexionadas.
9. Ande naturalmente pela sua área de atuação, mas sempre ligado à platéia, que acompanha todos os seus movimentos. Por isso faça movimentos harmoniosos e delicados, mas energéticos.
10. Deixe o gesto fluir naturalmente. É a mensagem que requisita o movimento gestual.
11. Sintonize o gesto com a palavra, buscando um equilíbrio. O movimento deve complementar e reforçar a palavra.
12. Os gestos jamais substituirão a falta de conhecimento sobre o assunto. A movimentação gestual pode acentuar, dar mais vida à mensagem, mas não substituir o discurso propriamente dito.
13. Evite erguer os braços acima da cabeça e movimentar as mãos além da altura do peito, a não ser que esteja num espaço muito amplo.
14. Atenção para os gestos repetitivos. O excesso deles pode transformar-se numa barreira visual.
15. Lembre-se de que as expressões faciais e as mãos são grandes facilitadores da sua comunicação.
Habilidades Comportamentais
1. O movimento corporal do comunicador incita os movimentos da platéia. Paixão gera paixão, vitalidade gera vitalidade, apatia gera apatia, entusiasmo gera entusiasmo.
2. Cuidado com os gestos contraditórios. Se o objetivo é reforçar o espírito de união, a linguagem gestual deve dar forma, cor, textura e consistência a essa idéia.
3. Procure seguir os elementos reguladores da gesticulação:
• Os espaços pequenos e descontraídos pedem gestos menores;
• Os espaços abertos, grandes e formais pedem gestos amplos;
• Os gestos vigorosos traduzem sentimentos mais intensos;
• Existe um gesto para cada emoção.
• Erga uma ponte entre a essência do gesto e a força da mensagem. Trabalhe pelo gesto vital, o movimento que dá beleza, plasticidade, consistência e força simbólica à mensagem: gesto e palavra devem estar sintonizados com a excelência do processo comunicativo. Faça a lapidação da linguagem do corpo para simplificar a tradução da mensagem e facilitar a compreensão do ouvinte.
Não basta que o corpo se expresse, é preciso que ele se comunique de forma eficaz. Alcançaremos esse objetivo se tivermos coragem de fazer uma análise objetiva da força e da agilidade da nossa comunicação não verbal.
Se o momento, o local, o meio e tipo de mensagem permitirem, tenha sempre um sorriso sincero nos lábios e no olhar.
1. A expressão corporal acentua o magnetismo pessoal do comunicador. Aprender a valorizar a mensagem para cumprir uma função primordial nas comunicações, que é torná-las multidimensionais.
2. Se você é uma pessoa serena, sua movimentação externa tenderá a refletir isso. Se você é mais energético e extrovertido, a sua linguagem corporal também refletirá isso. Observe se a sua movimentação gestual está de acordo com os traços específicos de sua personalidade, se há um equilíbrio entre gesto e fala e se a comunicação corporal atende as necessidades da platéia.
3. Evite a postura de subserviente: os ombros caídos, o olhar baixo, as costas curvadas e uma expressão de desamparado não contribuem para uma comunicação efetiva. Em contrapartida, um nariz empinado, olhos ameaçadores, queixo erguido e ar de superioridade costumam criar um distanciamento da platéia e certa animosidade.
Falar em público apresenta três problemas fundamentais: um probleminha, um problema e um problemão. O probleminha consiste em ir até a frente e encarar o auditório; o problema em falar ao público; o problemão é saber a hora de parar de falar. (Marques Oliveira)
Modos de Conversão do Conhecimento
Conversão do Conhecimento: Interação entre o Conhecimento Tácito e Conhecimento Explícito.
A história da teoria do conhecimento humano ocidental pode ser vista como uma constante polêmica em torno do tipo de conhecimento que é mais verdadeiro. Enquanto os ocidentais tendem a enfatizar o conhecimento explícito, os japoneses tendem a enfatizar o conhecimento tácito. O conhecimento tácito e conhecimento explícito não são entidades totalmente separadas, e sim mutuamente complementares. Interage um com os outros e realizam trocas nas atividades criativas dos seres humanos.
Este modelo dinâmico da criação do conhecimento está ancorado no pressuposto crítico de que o conhecimento humano é criado e expandido através da interação social entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito. Nesta teoria essa interação é chamada de “conversão do conhecimento”. Não podemos deixar de observar que essa interação é um processo “social” entre indivíduos, e não confinada dentro de um indivíduo. Na visão racionalista, a cognição humana é um processo dedutivo de indivíduos, mas um indivíduo nunca é isolado da interação social quando percebe as coisas. Assim através desse processo de conversão “social”, o conhecimento tácito e o conhecimento explícito se expandem tanto em termos de qualidade quanto de quantidade.
Quatro Modos de Conversão do Conhecimento
O pressuposto de que o conhecimento é criado por meio da interação entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito permitiu postular quatro modos diferentes de conversão do conhecimento. São eles:
1. De conhecimento tácito em conhecimento tácito, que chamamos de Socialização;
2. De conhecimento tácito em conhecimento explícito, que denominamos de Externalização;
3. De conhecimento explícito em conhecimento explícito, ou Combinação;
4. De conhecimento explícito para conhecimento tácito, ou Internalização.
Socialização: Do Conhecimento Tácito em Conhecimento Tácito
A socialização é um processo de compartilhamento de experiências e, a partir daí, da criação do conhecimento tácito, como modelos mentais e habilidades técnicas compartilhadas. Um indivíduo pode adquirir conhecimento tácito diretamente de outros indivíduos, sem usar a linguagem. Os aprendizes trabalham com seus mestres e aprendem sua arte não através da linguagem, mas sim através da observação, imitação e prática.
O segredo para a aquisição do conhecimento tácito é a experiência. Sem experiência compartilhada, é extremamente difícil para uma pessoa projetar-se no processo de raciocínio do outro indivíduo. A mera transferência de informações muitas vezes fará pouco sentido se estiver desligada das emoções associadas e dos contextos específicos nos quais as experiências compartilhadas são embutidas.
Externalização: Do Conhecimento Tácito em Conhecimento Explícito
A externalização é um processo de articulação do conhecimento tácito em conceitos explícitos. Pode ser definido também como um processo de criação do conhecimento perfeito, nas medida em que o conhecimento tácito se torna explícito, expresso na forma de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses ou modelos.
Dentre os quatro modos de conversão do conhecimento, a externalização é a chave para a criação do conhecimento, pois cria conceitos novos e explícitos a partir do conhecimento tácito. Para converter o conhecimento tácito em conhecimento explícito de forma eficiente e eficaz usamos seqüencialmente a metáfora, analogia e modelo.
A metáfora é uma forma de perceber ou entender intuitivamente uma coisa imaginando outra coisa simbolicamente. É usada com mais freqüência no raciocínio abdutivo ou em métodos não-analíticos para a criação de conceitos radicais. Não constitui a análise nem a síntese dos atributos comuns de coisas associadas. As contradições inerentes a uma metáfora são harmonizadas pela analogia, o que reduz o desconhecido destacando o caráter comum de duas coisas diferentes.
Metáfora e analogia muitas vezes se confundem. A associação de duas coisas pela metáfora pela metáfora é motivada em grande parte pela intuição e por imagens holísticas e não tem como objetivo encontrar diferenças entre elas. Por outro lado, a associação através da analogia é realizada pelo pensamento racional e concentra-se nas semelhanças estruturais/funcionais entre as duas coisas, daí suas diferenças. Assim, a analogia nos ajuda a entender o desconhecido através do conhecido e elimina a lacuna entre a imagem e o modelo lógico. Depois de criados, os conceitos explícitos podem então ser modelados. Em um modelo lógico, não deve haver contradições e todos os conceitos e proposições devem ser expressos em linguagem sistemática e lógica coerente.
Combinação: Do Conhecimento Explícito em Conhecimento Explícito
A combinação é um processo de sistematização de conceitos em um sistema de conhecimento. Esse modo de conversão do conhecimento envolve a combinação de conjuntos diferentes de conhecimento explícito. Os indivíduos trocam e combinam conhecimentos através de meios como documentos, reuniões, conversas ao telefone ou redes de comunicação computadorizadas. A reconfiguração das informações existentes através da classificação, do acréscimo, da combinação e da categorização do conhecimento explícito (como realizado em bancos de dados de computadores) pode levar a novos conhecimentos. A criação do conhecimento realizada através da educação e do treinamento formal nas escolas normalmente assume esta forma.
Internalização: Do Conhecimento Explícito em Conhecimento Tácito
A internalização é o processo de incorporação do conhecimento explícito no conhecimento tácito e está intimamente relacionada ao “aprender fazendo”. Quando são internalizadas nas bases de conhecimento tácito dos indivíduos sob a forma de modelos mentais ou know-how técnico compartilhado, as experiências através da socialização, externalização e combinação tornam-se ativos e valiosos. No entanto, para viabilizar a criação do conhecimento organizacional, o conhecimento tácito acumulado precisa ser socializado com os outros membros da organização, iniciando assim uma nova espiral de criação do conhecimento.
Para que o conhecimento explícito se torne tácito, é necessário a verbalização de diagramação do conhecimento sob a forma de documentação, manuais e histórias orais. A documentação ajuda os indivíduos a internalizarem suas experiências, aumentando assim seu conhecimento tácito. Além disso, os documentos ou manuais facilitam a transferência do conhecimento explícito para outras pessoas, ajudando-as a vivenciar indiretamente as experiências dos outros.
A internalização também pode ocorrer sem que na verdade se tenha que de “reexperimentar” as experiências de outras pessoas. Por exemplo, se ler ou ouvir uma história de sucesso faz com que alguns membros da organização sintam o realismo e a essência da história, a experiência que ocorreu no passado pode se transformar em um modelo mental tácito.
Quando a maioria dos membros da organização compartilha de tal modelo mental, o conhecimento tácito passa a fazer parte da cultura organizacional.
Conteúdo do Conhecimento e a Espiral do Conhecimento
Como já explicamos, a socialização tem como objetivo compartilhar o conhecimento tácito.
Isoladamente, contudo constitui uma forma limitada de criação do conhecimento. A não ser que se torne explícito, o conhecimento compartilhado não pode ser facilmente alavancado pela organização como um todo. Além disso, a mera combinação de diferentes informações explícitas em um todo novo amplia na realidade a base de conhecimento existente na empresa. Porém, quando há interação entre o conhecimento explícito e o conhecimento tácito, surge inovação. A criação do conhecimento organizacional é uma interação contínua e dinâmica entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito. Essa interação é moldada pelas mudanças entre diferentes modos de conversão de conhecimento que, por sua vez, são induzidos por vários fatores.
Em primeiro lugar, o modo da socialização normalmente começa desenvolvendo um campo de interação. Esse campo facilita o compartilhamento das experiências e modelos mentais dos membros. Segundo, o modo de externalização é provocado pelo diálogo ou pela reflexão coletiva, significativos, nos quais o emprego de uma metáfora ou analogia significativa ajuda os membros da equipe a articularem o conhecimento tácito oculto que, de outra forma, é difícil de ser comunicado. Terceiro, o modo de combinação é provocado pela colocação do conhecimento recém criado e do conhecimento já existente proveniente de outras seções da organização em uma “rede” cristalizando-os assim em um novo produto, serviço ou sistema gerencial. Por fim, o “aprender fazendo” provoca a internacionalização.
O conteúdo do conhecimento criado por cada modo de conversão do conhecimento é naturalmente diferente (ver figura 4). A socialização gera o que pode ser chamado de “conhecimento compartilhado”, como modelos mentais ou habilidades técnicas compartilhadas. Os conteúdos do conhecimento interagem entre si na espiral de criação do conhecimento.
Até agora, focalizamos nossa discussão na dimensão epistemológica da criação do conhecimento organizacional. Como dissemos antes, contudo, uma organização não pode criar conhecimento sozinha. O conhecimento tácito dos indivíduos constitui a base da criação do conhecimento organizacional. A organização tem de mobilizar o conhecimento tácito criado e acumulado no nível individual. O conhecimento tácito mobilizado é ampliado “organizacionalmente” através dos quatro modos de conversão do conhecimento e cristalizado em níveis ontológico superiores. Chamamos isso de “espiral do conhecimento”, na qual a interação entre conhecimento tácito e explícito terá uma escala cada vez maior na medida em que subirem os níveis ontológicos. Assim, a criação do conhecimento organizacional é um processo em espiral, que começa no nível individual e vai subindo, ampliando comunidades de interação que cruzam fronteiras entre seções, departamentos, divisões e organizações.
Condições Capacitadoras da Criação do Conhecimento Organizacional
A função da organização no processo de criação do conhecimento organizacional é fornecer o contexto apropriado para facilitação das atividades em grupo e para criação e acúmulo de conhecimento em nível individual. Discutiremos agora cinco condições em nível organizacional que promovem a espiral do conhecimento.
Intenção
A espiral do conhecimento é direcionada pela intenção organizacional, que é definida como a aspiração de uma organização às suas metas. Normalmente, os esforços para alcançar a intenção assumem a forma estratégica dentro de um contexto de uma empresa. A intenção organizacional fornece o critério mais importante para julgar a veracidade de um determinado conhecimento. Se não fosse a intenção, não seria possível julgar o valor da informação ou do conhecimento percebido ou criado. No nível organizacional, a intenção é frequentemente expressa por padrões organizacionais ou visões que podem servir para avaliar e justificar o conhecimento criado. A intenção é necessariamente carregada de valor.
Autonomia
A segunda condição para promover a espiral do conhecimento é a autonomia. No nível individual, todos os membros de uma organização devem agir de forma autônoma conforme as circunstâncias. Ao permitir essa autonomia, a organização amplia a chance de introduzir oportunidades inesperadas. A autonomia também aumenta a possibilidade de os indivíduos se automotivarem para criar novo conhecimento. Além disso, indivíduos autônomos atuam como parte da estrutura holográfica, na qual o todo e cada parte compartilham as mesmas informações. Idéias originais emanam de indivíduos autônomos, difundem-se dentro da equipe, transformando-se então em idéias organizacionais.
Flutuação e Caos Criativo
A terceira condição organizacional para promover a espiral do conhecimento é a flutuação e o caos criativo, que estimulam a interação entre organizações e o ambiente externo. A flutuação é diferente da desordem total e caracterizada pela “ordem sem recursividade”. Trata-se de ordem cujo padrão é difícil de prever inicialmente. Se as organizações adotam uma atitude aberta em relação aos sinais ambientais, podem explorar a ambigüidade, a redundância ou os ruídos desses sinais para aprimorar seu próprio sistema de conhecimento.
O caos é gerado naturalmente quando a organização enfrenta uma crise real, por exemplo, um rápido declínio de desempenho devido às mudanças nas necessidades do mercado ou ao crescimento significativo de concorrentes. Em suma, a flutuação na organização pode precipitar o caos criativo, que induz e fortalece o compromisso subjetivo dos indivíduos. Na realidade operacional do dia-a-dia, os membros da organização não enfrentam regulamente essa situação.
Redundância
A redundância é a quarta condição que possibilita que a espiral do conhecimento ocorra em nível organizacional. Neste caso, queremos dizer que redundância é a existência de informações que transcendem as exigências operacionais imediatas dos membros da organização. Nas organizações de negócios, a redundância refere-se à superposição intencional de informações sobre atividades da empresa, responsabilidades da gerência e sobre a empresa como um todo.
Para que se crie conhecimento organizacional, é preciso que um conceito criado por um indivíduo ou por um grupo seja compartilhado por outros indivíduos que talvez não precisem do conceito imediatamente. O compartilhamento de informações redundantes promove o compartilhamento de conhecimento tácito, pois os indivíduos conseguem sentir o que os outros estão tentando expressar. Nesse sentido, a redundância de informações acelera o processo de criação do conhecimento. A redundância é importante, sobretudo no estágio de desenvolvimento do conceito, quando é essencial expressar imagens baseadas no conhecimento tácito. Nesse estágio, as informações redundantes permitem que os indivíduos invadam mutuamente suas fronteiras funcionais e ofereçam recomendações ou forneçam novas informações de diferentes perspectivas. Em suma, a redundância de informações precipita o “aprendizado por intrusão” na esfera de percepção de cada indivíduo.
Variedade de Requisitos
A quinta condição que ajuda a desenvolver a espiral do conhecimento é a variedade de requisitos. A diversidade interna de uma organização deve corresponder à variedade e à complexidade do ambiente para permitir que ela enfrente os desafios impostos pelo ambiente. Os membros da organização podem enfrentar muitas situações se possuírem uma variedade de requisitos, que pode ser aprimorada através da combinação de informações de uma forma diferente, flexível e rápida e do acesso às informações em todos os níveis da organização. Para maximizar a variedade, todos na organização devem ter a garantia do acesso mais rápido a mais ampla gama de informações necessárias, percorrendo o menor número possível de etapas.
Buscamos tentar explicar o sucesso das empresas orientais na criação de conhecimento para gerar vantagens competitivas e, conseqüentemente, inovações, quer sejam radicais ou incrementais.
Como a criação do conhecimento organizacional é uma interação contínua e dinâmica entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito, essa interação é moldada pelas mudanças entre diferentes modos de conversão do conhecimento que, por sua vez, são induzidos por vários fatores que ajudam na interação baseada que gera a inovação.
Os Modelos Mentais no Mundo Organizacional
“Não vemos as coisas como elas são. Vemos as coisas como nós somos”. TALMUDE
Há uma definição bastante interessante do significado de modelos mentais de autoria do Peter Senge: “Modelos mentais são pressupostos profundamente arraigados, generalizações, ilustrações, imagens ou histórias que influem as nossas maneira de compreender o mundo e nele agir”. Em outras palavras os são os modelos mentais de cada indivíduo que definem como o mesmo irá perceber o que está acontecendo à sua volta, como irá se sentir com isso, como ele pensa e, finalmente, como irá agir.
Portanto, cada indivíduo tem o seu próprio modelo mental, o qual é resultante de todas as suas experiências, historia de vida e situações. Todavia uma pergunta pode ser feita agora: “Isso não é bom? Se as pessoas vêm por diferentes modelos mentais, a mesma coisa poderá ser vista de acordo com diferentes prismas”. Embora essa seja uma situação interessante, todavia, temos que lembrar que a maioria das pessoas não abre mão dos seus modelos mentais com muita facilidade. E, o mais perigoso é que grande parte delas também acredita que a sua forma de ver as coisas é a melhor e, por esse motivo, não quer sequer ouvir as explicações com relação a pontos de vista discordantes dos seus.
Na verdade poderíamos afirmar que os modelos mentais são filtros de como vemos o mundo; ou em outras palavras de como nós indivíduos damos sentido e organizamos as nossas experiências de vida. Por sua vez os modelos mentais são provenientes de quatro fontes: a história pessoal, a linguagem, a cultura e a biologia (sistema nervoso).
O primeiro filtro dos modelos mentais está localizado no nosso sistema nervoso, uma vez que possuímos limitações fisiológicas que não nos permitem perceber certos fenômenos, conseqüentemente essa impossibilidade impede a nossa capacidade de agir.
A linguagem é o segundo filtro e é através dela que se estrutura a consciência do ser humano; na verdade isso irá acontecer justamente porque cada indivíduo ao passar uma informação para outro, irá pintá-la apenas com as cores da sua percepção.
A terceira fonte dos modelos mentais está localizada na cultura, na verdade a maioria dos autores considera a cultura como um modelo mental coletivo, porque dentro de qualquer grupo (família, organizações, empresas e nações) os modelos mentais coletivos se desenvolvem com base nas experiências que são compartilhadas entre esses grupos.
A história pessoal é considerada a quarta fonte dos modelos mentais, pois a raça, o sexo, a nacionalidade, origem étnica, influências familiares e condição social, tudo isto está influindo na constituição dos modelos mentais individuais.
No mundo organizacional os modelos mentais podem constituir-se como fortes elementos travadores da cultura organizacional, justamente porque são constituídos por um conjunto de regras escondidas que são por sua vez difíceis de serem mapeadas. Por esse motivo os modelos mentais se tornam os conceitos centrais da organização, as crenças, as histórias contadas e repassadas para os novos, e por sua vez, um guia forte dos relacionamentos.
Portanto, os modelos mentais vivem invisíveis na grande maioria das organizações, como conseqüências não são explicitados, nem muito menos examinados. Quando bem construídos, permitem que os gestores antecipem o futuro e resolvam problemas; todavia, uma vez construídos são auto-alimentados, auto-sustentáveis e auto-limitadores. E, finalmente, quando não estão em sintonia com a realidade eles muitas vezes provocam com que os gestores errem nas projeções e cheguem a decisões fracas.
Um exemplo onde os modelos mentais de manifestam muito bem é nos sistemas de controle das organizações. Esses sistemas são desenvolvidos para atingir determinados objetivos, geralmente os controles dos custos; por outro lado, os sistemas de controle podem dar origem a rotinas defensivas que impedem as mudanças, o acato de desafios, dificultam a discussão de opiniões e as maneiras de simplificar o sistema e a partir dai, por conta de regras específicas, a mudança, a inovação pode se tornar impossível. E, isso acontece porque os sistemas de controle das organizações limitam a criatividade através da dependência a regras pré-estabelecidas e do pensamento convergente; ou seja, os problemas que aparecem são os mesmos e as soluções que são encontradas também serão as mesmas, uma vez que o seu foco está em ordem, simplicidade, rotina, responsabilidades claras, e previsibilidade.
Portanto, está cada vez mais claro que é necessário se introduzir rapidamente na cultura organizacional, em especial, na área de controle de custos, a idéia do pensamento divergente estratégico, pois só através de sua aplicação torna-se possível se enxergar soluções realmente inovadoras e objetivas.
Modelos de Relacionamentos com os Clientes
Cada empresa deve definir o modelo que mais se adapta às necessidades, desejos e expectativas de seus clientes. Cada um desses modelos busca, de forma diferente, criar e manter relacionamentos duradouros e estáveis com seus clientes.
• Modelo de Recompensas: tem por objetivo recompensar o relacionamento do cliente e a repetição da compra com prêmios, bônus ou incentivos. Esse modelo é muito utilizado por companhias aéreas e hotéis, que oferecem viagens, salas vips, translados gratuitos, entre outros mimos, para clientes freqüentes.
• Modelo Educacional: O objetivo é educar o cliente para o uso do produto ou serviço. Através de um programa de comunicação interativo, um conjunto de materiais informativos é colocado à disposição dos clientes, podendo ser enviados periodicamente ou mediante solicitação. Esse modelo é muito utilizado por sites de recolocação profissional, onde o usuário tem, à sua disposição, materiais diversos sobre como confeccionar currículos, como se comportar em entrevistas e dinâmicas, como orientar seus esforços na busca de um novo emprego, testes diversos, chat, pesquisa salarial, boletins e jornais, entre muitas outras informações úteis.
• Modelo Contratual: funciona como um clube de clientes, onde o cliente paga uma taxa para se tornar membro e usufruir de uma série de benefícios exclusivos aos sócios. Grandes portais são exemplos desse modelo, onde existem áreas de acesso restrito aos assinantes. Associações de profissionais também utilizam esse modelo.
• Modelo de Afinidade: também funciona como um clube, com a diferença de que agrupa pessoas com um interesse em comum. O próprio interesse ou afinidade traz um alto nível de resposta, porque cria-se uma comunidade especializada em determinado assunto.
• Modelo do Serviço de Valor Agregado : o cliente é recompensado por seu relacionamento através de algum serviço agregado à compra do produto ou ao uso do serviço.
• Modelo de Aliança: é utilizado por empresas não concorrentes que fazem uma parceria, ou aliança, para prestar um serviço diferenciado aos clientes que são comuns.
Em todo relacionamento, pessoal ou entre empresas e clientes, lida-se com emoções e valores, e a confiança e a lealdade a essas emoções e valores é que determina a duração e o término desses relacionamentos. Se somos tratados com carinho, respeito e dedicação, também dedicamos os mesmos sentimentos ao relacionamento. São fatores que aumentam a percepção de valor dos clientes em relação às empresas, marcas ou produtos. Quanto maior o valor percebido e atribuído, mais fiel o cliente se torna.
O que diferencia os relacionamentos pessoais dos corporativos é o conhecimento sobre os clientes. Se você não os conhece, não pode tratá-los de forma diferenciada. O verdadeiro valor está no conhecimento sobre os clientes e no uso desses conhecimentos para aprofundar e manter os relacionamentos.
Técnicas de Persuasão
Persuasão não é uma técnica de lavagem cerebral, mas é a manipulação da mente humana por outro indivíduo, sem que o sujeito manipulado fique consciente do que causou sua mudança de opinião. Eu somente tenho tempo para apresentar umas poucas das centenas de técnicas em uso atualmente, mas a base da persuasão é sempre o acesso ao seu CÉREBRO DIREITO. A metade esquerda de seu cérebro é analítica e racional. O lado direito é criativo e imaginativo. Isto está excessivamente simplificado, mas expressa o que quero dizer. Então, a idéia é desviar a atenção do cérebro esquerdo e mantê-lo ocupado. Idealmente, o agente gera um estado alterado de consciência, provocando uma mudança da consciência beta para a alfa; isto pode ser medido em uma máquina de Eletro Encéfalo Grama.
Primeiro, deixem-me dar um exemplo de como distrair o cérebro esquerdo:
Políticos usam esta poderosa técnica todo o tempo; advogados usam muitas variações, as quais eles chamam “apertar o laço”.
Assuma por um momento que você está observando um político fazendo um discurso. Primeiro, ele pode suscitar o que é chamado “SIM, SIM”. São declarações que provocarão assentimentos nos ouvintes; eles podem mesmo sem querer balançar suas cabeças em concordância. Em seguida vem os TRUÍSMOS.
Estes são, usualmente, fatos que podem ser debatidos, mas uma vez que o político tenha a concordância da audiência, as vantagens são a favor do político, que a audiência não irá parar para pensar a respeito, continuando a concordar. Por último vem a SUGESTÃO. Isto é o que o político quer que você faça, e desde que você tenha estado concordando todo o tempo, você poderá ser persuadido a aceitar a sugestão. Agora, se você ler o discurso político a seguir, você perceberá que as três primeiras sentenças são do tipo “sim, sim”, a três seguintes são truísmos, e a última é a sugestão.
“Senhoras e senhores: vocês estão indignados com os altos preços dos alimentos? Vocês estão cansados dos astronômicos preços dos combustíveis? Estão doentes com a falta de controle da inflação? Bem, vocês sabem que o Outro Partido permitiu uma inflação de 18 por cento no ano passado; vocês sabem que o crime aumentou 50 por cento por todo o país nos últimos 12 meses, e vocês sabem que seu cheque de pagamento dificilmente vem cobrindo os seus gastos. Bem, a solução destes problemas é eleger-me, John Jones, para o Senado dos E.U.A.”
Eu penso que você já ouviu isto antes. Mas você poderia atentar também para os assim chamados Comandos Embutidos. Como exemplo: em palavras chaves, o locutor poderia fazer um gesto com sua mão esquerda, a qual, como os pesquisadores tem mostrado, é mais apta para acessar o seu cérebro direito.
Os políticos e os brilhantes oradores de hoje, orientados pela mídia, são com freqüência cuidadosamente treinados por uma classe inteiramente nova de especialistas, os quais estão usando todos os truques – tanto novos quanto antigos – para manipulá-lo a aceitar o candidato deles.
Os conceitos e técnicas da Neuro-Lingüística são tão fortemente protegidos que eu descobri que, mesmo para falar sobre ela publicamente ou em impressos, isto resulta em ameaça de ação legal. Já o treinamento em Neuro-Lingüística está prontamente disponível para qualquer pessoa que queira dedicar o seu tempo e pagar o preço. Esta é uma das mais sutis e poderosas manipulações a que eu já me expus. Uma amiga minha que recentemente assistiu a um seminário de duas semanas em Neuro-Lingüística descobriu que muitos daqueles com quem ela conversou durante os intervalos era pessoal do governo.
Uma outra técnica que eu aprendi há pouco tempo é inacreditavelmente escorregadia; ela é chamada de TÉCNICA INTERCALADA, e a idéia é dizer uma coisa com palavras, mas plantar uma impressão inconsciente de alguma outra coisa na mente dos ouvintes e/ou observadores.
Quero dar um exemplo: suponha que você está observando um comentarista da televisão fazer a seguinte declaração: “O SENADOR JOHNSON está ajudando as autoridades locais a esclarecer os estúpidos enganos das companhias que contribuem para aumentar os problemas do lixo nuclear”. Isto soa como uma simples declaração, mas, se o locutor enfatiza a palavra certa, e especialmente se ele faz o gesto de mãos apropriado junto com as palavras chaves, você poderia ficar com a impressão subconsciente de que o senador Johnson é estúpido. Este era o objetivo subliminar da declaração, e o locutor não pode ser chamado para explicar nada.
Técnicas de persuasão são também freqüentemente usadas em pequena escala com muita eficácia. O vendedor de seguro sabe que a sua venda será provavelmente muito mais eficaz se ele conseguir que você visualize alguma coisa em sua mente. É uma comunicação ao cérebro direito. Por exemplo, ele faz uma pausa em sua conversação, olha vagarosamente em volta pela sua sala, e diz, “Você pode imaginar esta linda casa incendiando até virar cinzas?”.
Claro que você pode! Este é um de seus medos inconscientes, e quando ele o força a visualizar isto, você está sendo muito provavelmente manipulado a assinar o contrato de seguros.
Os Hare Krishna, ao operarem em um aeroporto, usam o que eu chamo técnicas de CHOQUE E CONFUSÃO para distrair o cérebro esquerdo e comunicarem-se diretamente com o cérebro direito. Enquanto estava esperando no aeroporto, uma vez eu fiquei por uma hora observando um deles operar. A sua técnica era a de saltar na frente de quem passasse. Inicialmente, sua voz era alta; então ele abaixava o tom enquanto pedia para que a pessoa levasse um livro, após o que pedia uma contribuição em dinheiro para a causa.
Usualmente, quando as pessoas ficam chocadas, elas imediatamente recuam. Neste caso, eles ficavam chocados pela estranha aparência, pela súbita materialização e pela voz alta do devoto Hare Krishna. Em outras palavras, as pessoas iam para um estado alfa por segurança, porque elas não queriam confrontar-se com a realidade à sua frente. Em alfa, elas ficavam altamente sugestionáveis, e por isto aceitavam a sugestão de levar o livro; no momento em que pegavam o livro, sentiam-se culpadas e respondiam a uma segunda sugestão: dar dinheiro. Nós estamos todos condicionados de tal forma que, se alguém nos dá alguma coisa, nós temos de dar alguma coisa em troca – neste caso, era dinheiro. Enquanto observava este trabalhador incansável, eu estava perto o bastante para perceber que muitas das pessoas que ele parara exibiam um sinal externo de que estavam em alfa – seus olhos estavam dilatados.
Ferramentas e Técnicas do Pensamento criativo nas Organizações
“A empresa que se recusa a ser criativa, não aprimorando os seus produtos e sua estrutura, ou não estando atenta a novas descobertas desenvolvidas em outras partes do mundo, está fadada a ser superada rapidamente.” Alberto Duailibi
De forma incomparavelmente mais intensa do que em qualquer outra época da História, vivemos hoje um momento de aceleradas transformações tecnológicas – decorrentes de um acúmulo de conhecimentos sem precedentes -, cujos limites são impossíveis de visualizar. Por sua vez, esse processo está conduzindo a rápidas, contínuas e profundas mudanças econômicas, políticas e sociais.
Tudo isso reflete como sucessivos choques no gerenciamento das organizações, em especial nas empresas que lidam em um ambiente competitivo. Para elas, o reconhecimento desse cenário e a imediata adaptação à sua realidade constituem uma questão de sobrevivência. Novas estruturas, novos procedimentos administrativos, novas formas de liderança já estão se fazendo necessários e o serão muito mais num futuro imediato.
O próprio conceito de executivo moderno está se transformando velozmente, sobressaindo a demanda crescente de novas competências. Nesse particular, o papel do pensamento criativo se apresenta de fundamental importância para a solução de questões para as quais a previsão e, por conseguinte, o estabelecimento de padrões a seguir tende a ser cada vez mais difíceis. Na resolução de muitas dessas questões, está se tornando impossível fazer uso de normas existentes, por se tratarem de problemas totalmente novos ou com conotações originais, que surgem a todo momento.
Com o desenvolvimento científico e tecnológico, em seu sentido amplo, o conhecimento tem se tornado obsoleto em um período muito curto de tempo, exigindo uma aprendizagem contínua e permanente. Como é impossível prever o conhecimento que será necessário no futuro, torna-se indispensável o desenvolvimento de habilidades que ajudem as organizações a se adaptarem com facilidade ao novo e às circunstâncias marcadas pela mudança, pela incerteza e pela complexidade. É em razão deste contexto que a criatividade tem sido apontada como o recurso mais valioso que as organizações dispõem para sua sobrevivência no próximo milênio.
Por essa razão, observa-se nas empresas, um interesse cada vez maior em implantar o pensamento criativo em seus quadros. No sentido de promover as inovações indispensáveis à sua sobrevivência e expansão, a organização tem apelado para o treinamento de criatividade de seus funcionários, como forma de compensar a educação anticriativa que predomina hoje na maior parte das instituições de ensino, os processos de condicionamento da sociedade e dos sistemas educacionais que levam a maior parte dos profissionais a subestimar e a subutilizar os seu recursos criativos.
Concomitante ao treinamento de seus funcionários, é preciso que as organizações adotem uma postura de trabalho voltada para o incremento de novas idéias. É preciso que a empresa fomente o gosto pelo desafio e passe a encarar o problema como parte integrante da solução. Uma organização criativa é uma organização que valoriza o potencial para a competência, responsabilidade e ação, indo de encontro com a prática presente em nossa sociedade de promover um constante desperdício de potencial criativo. Ela se caracteriza por uma cultura que reconhece o potencial ilimitado de seus recursos humanos, que cultiva a harmonia do grupo, que estabelece expectativas apropriadas, que tolera as diferenças e que reconhece as habilidades e esforços de cada indivíduo.
Portanto, para se implantar com sucesso o pensamento criativo nas organizações é preciso, em primeiro lugar, que deixemos de lado todos os estímulos não criativos que recebemos ao longo do nosso desenvolvimento, e isto só se consegue através do treinamento. Em segundo lugar é preciso que as organizações adotem um ambiente onde verdadeiramente se valorize a criatividade. Para finalizar, gostaríamos de dizer que as organizações que queiram se ver inseridas com condições de sobrevivência neste novo mundo, terão que ter a criatividade como principal ferramenta de trabalho a sua disposição.
Existem várias ferramentas e técnicas do pensamento criativo para serem usadas na busca de relações novas e úteis:
Brainstorming
Basicamente, a técnica consiste em usar as diretrizes do pensamento divergente, ou seja, adiar a análise, gerar um grande número de idéias, aceitarem o ridículo e estabelecer novas relações. O objetivo dessa técnica é colocar no papel a maior quantidade possível de opções em que o grupo puder pensar em um certo período de tempo.
O Brainstorming funciona melhor com um grupo de pessoas que não estejam diretamente envolvidas no problema. Você obterá diferentes pontos de vista que irão gerar soluções mais eficientes. Você vai precisar de um flipchart e alguém para escrever todas as opções geradas. As pessoas devem dar suas idéias em um tom de voz alto o bastante para que os outros escutem. Quando as pessoas ouvem novas idéias usam essas idéias para estabelecerem novas relações.
Escrever idéias
É possível melhorar suas habilidades de pensamento usando uma outra variação do Brainstorming, a técnica de “escrever idéias”, que também envolve a sugestão de várias idéias. Agora, as pessoas só escrevem três soluções possíveis e passam o papel para uma outra pessoa. Se o grupo não estiver no mesmo local, você pode usar essa técnica como uma corrente ou enviar por e-mail.
Mapa mental
O mapeamento mental é uma forma de construir uma figura de palavras. Comece dando um nome curto ao problema e o escreva dentro de um círculo no centro da folha. Ao redor do círculo, relacione todas as palavras em que puder pensar para descrever o problema. Ao redor de cada uma dessas palavras descritivas, escreva outras que possam ser ligadas a essas palavras. Depois que tiver feito isso, ligue as palavras que pareçam fazer parte da solução.
Ângulos
Você poderá ter um grande número de opções novas e úteis quando olhar para um problema a partir de diferentes “ângulos”.
Ângulos quer dizer:
– Acrescentar;
– Não deixar em ordem;
– Guiar à expansão;
– Livrar-se de;
– Ocupar menos espaço;
– Substituir.
Ao alterar um aspecto do problema, você consegue obter uma visão diferente. Por exemplo, digamos que você trabalhe para uma empresa fabricante de carrinhos elétricos de golfe. As vendas dos carrinhos estão diminuindo, porque a maioria de seus clientes já comprou seus carrinhos de golfe e agora só compra peças de substituição. Então você precisa encontrar outros usos para os carrinhos.
Acrescentar
Acrescente alguma coisa no carrinho, de preferência algo que não se relacione ao golfe. Quando fizer isso, deverá pensar em uma outra utilidade para os carrinhos elétricos. Por exemplo, acrescente uma geladeira. Parece ridículo, mas não tem problema. (Lembre-se da terceira diretriz do pensamento divergente: aceitar o ridículo). Agora você tem um carrinho elétrico que pode carregar coisas geladas. Que tal um carrinho de sorvete elétrico onde há muitas pessoas que comprariam um sorvete (parques, jogos, áreas de piquenique, praia, avenidas)? Coloque outra coisa no lugar da geladeira e você terá outras possíveis utilidades.
Não deixar em ordem
Mude a ordem das partes do carrinho elétrico de golfe. Coloque o volante atrás. Agora você tem um lugar para o motorista ficar em pé e para os passageiros sentarem. O carrinho elétrico pode ser usado para transportar pessoas. Isso já é feito nos aeroportos; entretanto, não descarte uma idéia por ela já esta sendo usada. (Lembre-se da primeira diretriz do pensamento divergente: adiar e análise). Seu carrinho elétrico poderá ser usado para levar as pessoas a passeios em museus ou em belos parques aos domingos à tarde.
Guiar à expansão
Expanda o problema. Pense no carrinho elétrico em termos mais amplos, como um veículo elétrico, não apenas um carrinho de golfe. Poderia ser usado para transportar carga em vez de pessoas. A carga poderia ser jornais, correspondência, peças de carro ou bagagem. Veja todos os novos possíveis clientes!
Livrar-se de
Tire alguma coisa dele. Tire o motor do carrinho e você tem um banco fixo para duas pessoas. O “carrinho” pode ser usado como assento fora das instalações do clube.
Ocupar menos espaço
Diminua o problema. Se o carrinho elétrico fosse menor, você poderia colocar alguma coisa nele. Talvez um cartaz que anunciasse o prato do dia ou que fizesse propaganda do próprio carrinho. Agora o carrinho é um quadro de avisos.
Substituir
Substitua uma parte ou uma palavra que descreva o problema. Poderíamos trocar os pneus normais do carrinho por grandes pneus para areia. Agora o carrinho pode andar na areia. Os salva-vidas poderiam usar o carrinho para patrulhar as praias. E por falar em patrulhar, substitua “salva-vidas” por “polícia” e “praias” por “áreas urbanas”. Está criada uma nova utilidade.
Estabelecendo novas relações
Quando precisar de soluções novas e diferentes, use suas habilidades do pensamento criativo para estabelecer novas relações a partir de informações não-relacionadas. Enquanto se concentra no problema, olhe par um objeto não-relacionado. Coloque no papel as características do objeto e então relacione essas características ao problema.
Criatividade e inovação com foco em resultados
Inovação e criatividade são essenciais para o contínuo desenvolvimento e competitividade de uma nação. Coisas boas acontecem quando o pensamento inovador começa, ele poderá ajudar na criar novos produtos, melhoria nos processos, novas tecnologias tornando a empresa mais competitiva. O investimento em criação, novas tecnologias favorece não somente a pesquisas de idéias, através da internet, mas também contribui para que a empresa torne-se mais produtiva.
Mesmo diante de situações de crises, onde nem sempre disponibilizamos de dinheiro para investir, temos que esta buscar várias idéias mesmo com recursos limitados, sempre pensando: de que maneira poderei melhorar esta atividade? de que forma poderei contribuir com maior impacto na rentabilidade , qualidade dos produtos, segurança do trabalhador, satisfação do cliente, obviamente sem ferir a ética? como poderei contribuir para uma sociedade melhor? Como poderei aumentar a minha renda? Nem sempre utilizamos todo o nosso potencial, embora percebamos que há muitas idéias criativas implementadas e apresentando resultados de uma forma geral. Estimular e investir no pensamento criativo e inovador é retorno garantido.
Compartilhamento de Informações pela Alta Gestão
Há três tipos de informações:
INFORMAÇÕES PARA DECISÕES: informações necessárias para que os membros do alto escalão possam tomar boas decisões.
INFORMAÇÕES DE MONITORAMENTO: tais como relatórios sobre o progresso em direção à realização dos objetivos ou informações para revisar o trabalho do diretor geral.
INFORMAÇÕES INCIDENTAIS: informações que são do interesse dos membros da direção, mas não exigem nenhuma ação, tais como informações resultantes das reuniões dos comitês.
As informações devem ser:
OPORTUNAS: Não adianta nada ter informações quando elas já não forem mais necessárias. As informações precisam ser atualizadas.
CLARAS: Se as informações forem técnicas, elas precisam ser bem explicadas, para que todos os membros possam compreendê-las.
CONCISAS: Se os documentos forem longos demais, as pessoas não os lerão. Diga os fatos e dê explicações simples, mas diretas. Alguns tipos de informações podem ser representados na forma de gráficos, o que economiza espaço e incentiva os membros da direção a compreenderem as relações e a se envolverem melhor na questão.
RELEVANTES: Inclua somente informações que a direção precise saber.
DE BOA QUALIDADE: Assegure-se de que os fatos, principalmente as estatísticas, estejam baseados em fontes confiáveis. Procure incluir diferentes pontos de vista. Os diretores devem ler os relatórios de forma crítica, procurando ler “nas entrelinhas”.
Pode ser útil que os gestores entrem em acordo quanto a um cronograma para as informações, que mostre quais informações serão necessárias e quando. Este deve ser entregue às pessoas responsáveis por contribuir com as informações. A cada ano, o cronograma poderia ser copiado, inserindo-se as datas relevantes. Ele mostra as datas quando as informações precisam ser apresentadas aos interessados em questão, as datas quando as informações precisam ser circuladas e os prazos para as informações que precisam ser elaboradas pelos responsãveis.
Como preencher o cronograma de informações
Tomada de decisões
As melhores decisões são tomadas, quando as pessoas têm acesso a boas informações, nas quais podem basear as suas decisões. Portanto, é importante que todas as informações sobre os antecedentes sejam coletadas e enviadas aos membros de direito antes da reunião. Os membros da direção devem ter pelo menos duas semanas para ler as informações antes de se encontrarem para discuti-las e tomarem uma decisão.
A pauta deve dizer claramente qual é a questão sobre a qual é necessário tomar uma decisão. Isto economiza tempo nas reuniões e torna-as mais eficientes e produtivas.
Um outro ingrediente importante para se tomar uma boa decisão é a interação entre as pessoas que a tomarão. Os gestores devem usar as suas habilidades e experiência para examinarem as informações de forma objetiva. Eles devem falar sobre suas preocupações e seus pontos de vista e fazer um debate, de forma que todas as opções sejam consideradas. Pode ser necessário que decidam sobre algumas “regras para debates”, para que as discussões se concentrem no assunto. Pode ser fácil acontecer de as discussões se tornarem improdutivas, em que o mesmo ponto de vista é levantado mais de uma vez, ou em que pessoas específicas sofrem ataques pessoais.
O presidente deve pedir aos membros da direção para que façam uma explosão de ideias e entrem em acordo sobre as regras para debates.
Elas poderiam ser:
• Levante a mão quando quiser falar.
• Não ataque pessoalmente um outro indivíduo.
• Não se interrompam uns aos outros.
• Ninguém pode falar por mais de três minutos de cada vez.
• Ninguém pode contribuir com o debate mais de três vezes.
• Respeite os pontos de vista das outras pessoas.
Estas regras para debates poderiam ser incluídas no manual do conselho administrativo. Elas também poderiam ser escritas numa folha de papel grande, afixada à parede durante as reuniões. O presidente deve assegurar que todos obedeçam às regras para debates e lembrá-los sobre as regras quando necessário.
A Arte e a Importância de Recebermos Feedback
O que é Feedback?
Feedback é o processo de fornecer dados a uma pessoa ou grupo ajudando-o a melhorar seu desempenho no sentido de atingir seus objetivos.
O principal objetivo do feedback é para ajudar outra pessoa a alcançar seus objetivos de maneira mais efetiva.
Tipos de Feedback
1. Feedback construtivo: é a informação que ajude as pessoas a decidirem se seus comportamentos tiveram os efeitos pretendidos.
2. Feedback positivo: é a informação que reforça os comportamentos através da comunicação de que eles tiveram os efeitos pretendidos.
3. Feedback negativo: é a informação que desencoraja comportamentos através da comunicação de que eles não tiveram os efeitos pretendidos.
Como pode ser obtido?
1. Aberto: é obtido através de perguntas e de observação, durante a realização de exercícios e testes. Mostra o que o ouvinte captou e o que não captou. Pode ser falsificado.
2. Velado: é obtido através da prática de observar a reação do ouvinte a estímulos externos. Pode se obtido na sua expressão, posição, movimentos e atitude. Como é expressado inconscientemente, diz a verdade.
Porque certas pessoas acham difícil dar feedback?
1. Nossa cultura possui certas normas contrárias à expressão de sentimentos pessoais aos outros.
2. Têm medo de que, se derem feedback, a pessoa fique chocada e com isso perca um amigo.
3. Receiam que ao darem feedback à outra pessoa os ataque ou puna.
4. Temem que seu feedback seja mal interpretado.
5. Não sabem como lidar com o assunto.
Porque as pessoas comumente reagem ao feedback?
Como o feedback é visto geralmente como crítica, as pessoas muitas vezes reagem defendendo-se de uma das seguintes maneiras:
1. Preferem não ouvir o que lhes é dito.
2. Duvidam dos motivos da pessoa que lhe dá o feedback.
3. Negam a validade dos dados do feedback.
4. Racionalizam procurando justificar seu comportamento.
5. Atacam as pessoas que lhes dão feedback, apontando-lhes também alguns de seus erros.
A Importância do Feedback
É muito importante obter feedback. Existem muitos métodos para descobrir o que os clientes, parceiros e fornecedores pensam ou sentem sobre os serviços e produtos de sua empresa.
Através do feedback recebido de seus clientes, parceiros ou fornecedores podemos identificar necessidades e responder aos seguintes questionamentos:
Você sabe:
1. O que o seu cliente, parceiro e fornecedor querem?
2. O que eles precisam?
3. O que eles pensam?
4. O que eles sentem?
5. Que sugestões teriam para apresentar a você?
6. Se estão ou não satisfeitos?
Para ter eficiência, o feedback deve ser:
1. Descritivo ao contrário de ser um processo de avaliação: ao relatar um evento, sem julgamentos, reduzem-se as possibilidades de reações defensivas. Quem ouve, usa o dado e a informação como julgar conveniente;
2. Específico ao contrário de verbalizar uma generalização: “na última reunião você fez o que tem feito outras vezes, deixou de ouvir a opinião dos demais e novamente fomos forçados a aceitar sua decisão”. Ao verbalizar desta maneira, indicou-se o comportamento na determinada reunião e em outras, porém, não se acusou a pessoa de “controlador ou autoritário”.
3. Compatível com as motivações e objetivos de ambos (emissor e receptor): quando atende apenas ao interesse de desabafo do emissor pode ser muito destrutivo, de acordo com a agressividade presente, irritação ou raiva.
4. Direcionado a esferas de atuação em que o receptor tenha possibilidade de aperfeiçoar: características pessoais, idiossincrasias, limitações de raciocínio e outras manifestações individuais não podem ser apontadas como falhas, mas toleradas como próprias daquele indivíduo.
5. Solicitado, desejado e oportuno: é útil quando os observadores podem ajudar e mais próximo do comportamento ou fato em questão.
6. Referir-se à pessoa presente: falar no próprio nome e não fazer referências a terceiros – “muita gente já falou sobre isso de você”. O feedback serve para aperfeiçoar o comportamento de alguém em relação a nós e nosso grupo.
Como receber feedback
1. Ouça cuidadosamente e evite interromper.
2. Saiba que é incômodo e, às vezes, até doloroso. Respire fundo para relaxar os músculos.
3. Faça perguntas se precisar esclarecer alguns aspectos. “Como eu faço ou digo para você me ver como agressivo?”
4. Reformule o que o outro está lhe dizendo, para que confira se ouviu e entendeu.
5. Reconheça o que é correto e adequado no “feedback”. Concordar que seus relatórios estão atrasados é bem diferente de concordar que você é irresponsável.
6. Assimile, com calma o tempo, o que ouviu. Peça tempo para pensar, se necessário.
Existe Fórmula?
Sim, existe. E é quase sempre infalível.
1. Seja oportuno: Para que seu feedback seja eficaz, ele deve ser antes de mais nada, absorvido por quem o recebe. Portanto, é preciso ser oportuno e saber o momento adequado de transmiti-lo. O ideal é que o feedback seja dado logo após a ocorrência de um fato. Desta forma, será possível resgatar ações e comportamentos ainda presentes para os envolvidos. No entanto, recomenda-se que esta conversa ocorra quando os ânimos estiverem sob controle. Em certos processos, recomenda-se que uma reunião formal de feedback seja realizada, mas no nosso dia-a-dia podemos manter a cultura de dar e receber feedback; as pessoas são mais abertas e receptivas ao feedback, especialmente quando sabem que, também delas, espera-se receber feedback.
2. Baseie-se em fatos concretos: O feedback eficaz tem que ser isento de impressões pessoais. Não “assuma” nada em relação ao desempenho e ações alheios. Formule o seu feedback seguindo uma seqüência lógica: ele deve ser fundamentado em fatos concretos, e mencionar o impacto da ação sobre os negócios e as pessoas. A fórmula, portanto, do feedback eficaz, é: fato concreto + ação específica + conseqüência favorável.
Temos que aprender a lidar com o feedback negativo
Quando recebemos um feedback que não gostamos, nossa tendência é interpretar como algo negativo. É preciso saber lidar com a verdade, quando esta não nos rende homenagens… O nosso desafio é mudar o enfoque: entender que a crítica pode ser um indicador de caminhos para a mudança. O fato de nossas ações serem criticadas nos indica, no mínimo, que elas não surtiram o efeito planejado. Quer melhor indicação para revermos nossa estratégia?
A primeira reação normal e humana é a negação. Muitos reagem com revolta ou indiferença, mas temos que nos educar para reagir ao feedback com racionalização, avaliando a crítica, vendo onde ela pode ser aproveitada. A aceitação do feedback que nos aponta nossas falhas não é um indicativo que você concordou com a análise do outro, mas sim que passou a considerar a análise do outro como indicação de possíveis caminhos, que você se predispõe a explorar. Neste sentido, o feedback é sempre positivo. Acredito firmemente nestes conceitos. E, por isso mesmo, estou à disposição para receber seu feedback. E com sugestões de melhoria, por que não?
Mas antes, quero concluir citando Sartre: ele dizia que “não importa o que os outros fazem a você. O que importa é o que você faz, com o que fazem a você.” Pense nisso…
Bullying: A Síndrome da Humilhação
Palavra que entrou no cotidiano desde a última década, o Bullying é na verdade uma forma de aplicação de atos de humilhação (Dan Owelus, 2001), sendo utilizados para isso atos físicos ou psicológicos. As marcas deixadas pelas agressões físicas são conhecidas por todos. Podem deixar desde um simples arranhão, até seqüelas permanentes. Já o lado psicológico da humilhação, apesar de estudado durante décadas, ainda não teve um parecer conclusivo.
Entre outras emoções e sintomas podem ser considerados conseqüências de humilhações sofridas ao longo da vida a baixa auto-estima, angústia, tristeza, depressão, irritabilidade, instabilidade emocional, pânico e raiva.
A humilhação está estreitamente vinculada ao sentimento de inferioridade existente em todo ser humano. Se um indivíduo se sente humilhado é porque alguém, através de algum ato o fez sentir-se inferior.
Este sentimento de inferioridade é parte integrante dos conteúdos inconscientes de nossa formação. O herdamos arquetipicamente e é, geralmente, renovado através de nossa socialização, e das experiências no decorrer da vida.
Para muitas pessoas é necessário colocar o outro na situação inferior, em desvantagem, para que eles mesmos possam se sentir grandes, importantes.
Quando lançamos mão deste terrível instrumento estamos falando da humilhação, ou como alguns preferem chamar, Bullying.
O objetivo da humilhação tem como principal característica a destruição moral daquele que a sofre. Se existe uma situação onde a dor emocional do homem é percebida com facilidade é através da humilhação, pois nela o indivíduo se vê exposto e a vergonha toma conta de seu ser.
Todos nós possuímos um lado da personalidade sobre o qual não nos atrevemos a falar ou expor. É onde encontramos aquelas qualidades que julgamos negativas, indesejadas. Esforçamo-nos muito, ao longo da vida, para escondê-las, mas na humilhação serão justamente aspectos deste lado sombrio que ficará evidenciado.
Quando a humilhação é constante a pessoa que a sofre perde a identidade porque ela mesma e os demais a reconhecerão somente através daquela característica negativa que está sendo focada, como se a pessoa fosse somente aquele lado negativo. A parte se incumbirá de determinar o todo.
O respeito e amor próprio ficam totalmente prejudicados e a própria pessoa se colocará em posição de humildade, carregando um forte sentimento de culpa, por possuir aquela qualidade julgada negativa.
Na maioria das relações humanas defrontamo-nos, diariamente, com a humilhação nas formas mais sutis, porém, nem por isso, ela é menos perversa, incluindo-se aquelas onde é entendida como método apropriado de educação.
A humilhação sofrida na infância, como forma de educar é uma das piores formas de traição que o ser humano pode sofrer. A criança não tem capacidade de reflexão e análise para entender que o adulto que a humilha está tentando exorcizar seu próprio sentimento de inferioridade, e, que ela não é somente aquele lado ruim. Levará anos para que uma criança que teve como método educativo a humilhação consiga se refazer do estrago causado em sua personalidade.
Encontramos também, a humilhação como forma de repressão e condicionamento em diversas instituições como nas prisões, exércitos, escolas, empresas, e nos mais diversos grupos sociais.
Há pessoas que fazem do ato de humilhar um hábito, pois é através desta condição que conseguem diminuir a angústia causada pelo próprio sentimento de inferioridade. Quando não conseguimos ver o inimigo dentro de nós o projetamos fora e guerreamos com ele.
A projeção é uma qualidade inerente no ser humano e acontece diariamente durante toda a vida e aparece em nossos relacionamentos com o mundo externo. É o processo pelo qual uma qualidade inconsciente da pessoa é percebida em outra pessoa ou objeto externo. Por ser inconsciente esta qualidade, e podendo ser negativa ou positiva, ela é projetada sem qualquer controle do nosso ego, não escolhendo o que nem onde iremos projetar aquele conteúdo.
Durante este processo vemos aquela determinada característica que nos pertence, mas que não a vemos em nós, como uma qualidade específica daquela outra pessoa e logo procuramos apontá-la porque nos incomoda imediatamente.
Este mecanismo, de projeção, não é diferente no caso de humilhação. Aquele que humilha o outro, apontando nele alguma inferioridade ou característica mais fraca, fazendo com que aqueles “defeitos” fiquem em evidência, nada mais faz do que apontar no outro seu próprio lado indesejado e sombrio. É através da projeção que se tem início a produção dos efeitos devastadores da humilhação.
O BULLYING E AS SUAS CONSEQÜÊNCIAS PSICOLÓGICAS
Na atualidade, um dos temas que vem despertando cada vez mais, o interesse de profissionais das áreas de educação e saúde, em todo o mundo, é sem dúvida, o do bullying escolar. Termo encontrado na literatura psicológica anglo-saxônica, que conceitua os comportamentos agressivos e anti-sociais, em estudos sobre o problema da violência escolar.
Sem termo equivalente na língua portuguesa, define-se universalmente como “um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento”. Insultos, intimidações, apelidos cruéis e constrangedores, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos, levando-os à exclusão, além de danos físicos, psíquicos, morais e materiais, são algumas das manifestações do comportamento bullying.
O bullying é um conceito específico e muito bem definido, uma vez que não se deixa confundir com outras formas de violência. Isso se justifica pelo fato de apresentar características próprias, dentre elas, talvez a mais grave, seja a propriedade de causar “traumas” ao psiquismo de suas vítimas e envolvidos. Possui ainda a propriedade de ser reconhecido em vários outros contextos, além do escolar: nas famílias, nas forças armadas, nos locais de trabalho (denominado de assédio moral), nos asilos de idosos, nas prisões, nos condomínios residenciais, enfim onde existem relações interpessoais.
Estudiosos do comportamento bullying entre escolares identificam e classificam assim os tipos de papéis sociais desempenhados pelos seus protagonistas: “vítima típica”, como aquele que serve de bode expiatório para um grupo; “vítima provocadora”, como aquele que provoca determinadas reações contra as quais não possui habilidades para lidar; “vítima agressora”, como aquele que reproduz os maus-tratos sofridos; “agressor”, aquele que vitimiza os mais fracos; “espectador”, aquele que presencia os maus-tratos, porém não o sofre diretamente e nem o pratica, mas que se expõe e reage inconscientemente a sua estimulação psicossocial.
Trata-se de um problema mundial, encontrado em todas as escolas, que vem se disseminado largamente nos últimos anos e que só recentemente vem sendo estudado em nosso país. Em todo o mundo, as taxas de prevalência de bullying, revelam que entre 5% a 35% dos alunos estão envolvidos no fenômeno. No Brasil, através de pesquisas que realizamos, inicialmente no interior do estado de São Paulo, em estabelecimentos de ensino públicos e privados, com um universo de 1.761 alunos, comprovamos que 49% dos alunos estavam envolvidos no fenômeno. Desses, 22% figuravam como “vítimas”; 15% como “agressores” e 12% como “vítimas-agressoras”.
Segundo especialistas, as causas desse tipo de comportamento abusivo são inúmeras e variadas. Deve-se à carência afetiva, à ausência de limites e ao modo de afirmação de poder e de autoridade dos pais sobre os filhos, por meio de “práticas educativas” que incluem maus-tratos físicos e explosões emocionais violentas. Em nossos estudos constatamos que 80% daqueles classificados como “agressores”, atribuíram como causa principal do seu comportamento, a necessidade de reproduzir contra outros os maus-tratos sofridos em casa ou na escola. Em decorrência desse dado extremamente relevante, nos motivamos em pesquisas e estudos, que nos possibilitou identificar a existência de uma doença psicossocial expansiva, desencadeadora de um conjunto de sinais e sintomas, a qual denominamos SMAR – Síndrome de Maus-tratos Repetitivos.
O portador dessa síndrome possui necessidade de dominar, de subjugar e de impor sua autoridade sobre outrem, mediante coação; necessidade de aceitação e de pertencimento a um grupo; de auto-afirmação, de chamar a atenção para si. Possui ainda, a inabilidade de expressar seus sentimentos mais íntimos, de se colocar no lugar do outro e de perceber suas dores e sentimentos.
Esta Síndrome apresenta rica sintomatologia: irritabilidade, agressividade, impulsividade, intolerância, tensão, explosões emocionais, raiva reprimida, depressão, stress, sintomas psicossomáticos, alteração do humor, pensamentos suicidas. É oriunda do modelo educativo predominante introjetado pela criança na primeira infância. Sendo repetidamente exposta a estímulos agressivos, aversivos ao seu psiquismo, a criança os introjeta inconscientemente ao seu repertório comportamental e transforma-se posteriormente em uma dinâmica psíquica “mandante” de suas ações e reações. Dessa forma, se tornará predisposta a reproduzir a agressividade sofrida ou a reprimi-la, comprometendo, assim, seu processo de desenvolvimento social.
As conseqüências para as “vítimas” desse fenômeno são graves e abrangentes, promovendo no âmbito escolar o desinteresse pela escola, o déficit de concentração e aprendizagem, a queda do rendimento, o absentismo e a evasão escolar. No âmbito da saúde física e emocional, a baixa na resistência imunológica e na auto-estima, o stress, os sintomas psicossomáticos, transtornos psicológicos, a depressão e o suicídio.
Para os “agressores”, ocorre o distanciamento e a falta de adaptação aos objetivos escolares, a supervalorização da violência como forma de obtenção de poder, o desenvolvimento de habilidades para futuras condutas delituosas, além da projeção de condutas violentas na vida adulta. Para os “espectadores”, que é a maioria dos alunos, estes podem sentir insegurança, ansiedade, medo e estresse, comprometendo o seu processo socioeducacional.
Dependendo do grau de sofrimento vivido pela criança, ela poderá sentir-se ancorada a construções inconscientes de pensamentos de vingança e de suicídio, ou manifestar determinados tipos de comportamentos agressivos ou violentos, prejudiciais a si mesma e à sociedade, isto se não houver intervenção diagnóstica, preventiva e psicoterápica, além de esforços interdisciplinares conjugados, por toda a comunidade escolar.
Esta forma de violência é de difícil identificação por parte dos familiares e da escola, uma vez que a “vítima” teme denunciar os seus agressores, por medo de sofrer represálias e por vergonha de admitir que está apanhando ou passando por situações humilhantes na escola ou, ainda, por acreditar que não lhe darão o devido crédito. Sua denúncia ecoaria como uma confissão de fraqueza ou impotência de defesa.
Os “agressores” se valem da “lei do silêncio” e do terror que impõem às suas “vítimas”, bem como do receio dos “espectadores”, que temem se transformarem na “próxima vítima”.
Se você souber que alguém sofre este tipo de violência, DENUNCIE!!!
Amanhã poderá ser um filho seu ou um ente querido.
Fidelizar ou perecer
Com as constantes mudanças que ocorrem no mercado, o aparecimento de novas tecnologias, e o lançamento de novos produtos, as organizações precisam ficar cada vez mais atentas e dispor de estratégias para manter seus clientes satisfeitos e sobretudo fiéis.
A fidelização do cliente jamais pode ser confundida com a satisfação, por serem dois processos diferentes. Um cliente satisfeito pode não ser fiel. A satisfação do cliente pode existir em um curto prazo e até em uma única transação e reflete um negócio bem-sucedido, mas, às vezes, a curto prazo, já a fidelização do cliente é essencial para a sustentação do negócio.
A fidelização é um processo muito mais longo, minucioso e constante, pois envolve um conhecimento maior do cliente. É preciso identificar suas principais características, seus desejos e suas necessidades individuais, estreitando, desta forma, o seu vínculo com o cliente, para torná-lo fiel a você, ao seu produto, sua marca ou serviço. Pelo fato de o cliente buscar um relacionamento, onde possam ser atendidas suas necessidades, deve-se agregar um diferencial competitivo à sua empresa no mercado. Em um passado não tão distante, preço e qualidade eram os um dos poucos fatores na decisão da compra, o que hoje, já não é mais uma realidade. O diferencial está ligado ao relacionamento e à confiança conquistada nesta relação comercial. Se o cliente estiver satisfeito com o atendimento diferenciado que lhe for ofertado, com a qualidade de serviços e produtos, certamente, haverá uma grande chance de se evitar a migração para a concorrência. É preciso lembrar que um cliente insatisfeito, além de abandonar a relação comercial, poderá contaminar outros possíveis clientes.
Manter os clientes já existentes é, na maioria esmagadora das vezes, menos dispendioso do que conquistar novos clientes. Geralmente se esquece do treinamento, como ação de fidelização numa organização. Os colaboradores devem receber capacitação adequada para atendê-los e estar totalmente conscientes, envolvidos e integrados com os valores da empresa e dos mesmos. Precisam ser treinados para realizar análises de situações conflitantes e, consequentemente, dar ao profissional autonomia para saber tomar decisões, quando estas forem necessárias. Daí a importância de programas de desenvolvimento e motivação interna, principalmente para aqueles que se relacionam diretamente com os clientes.Mais do que só atender às necessidades dos clientes, por vezes, é necessário superar suas expectativas e surpreendê-los com atenções especiais, ou até mesmo “mimos”, em algumas circunstâncias pontuais. O fato de mexer com sua emoção pode, sem dúvida alguma, tornar o cliente fiel e menos influenciável às ações da concorrência, permitindo que a organização se coloque de forma diferenciada perante as demais. Pequenas ações poderão fazer toda a diferença e garantir a sobrevivência no mercado. Tendencialmente, cada vez mais produtos serão como commodities, muito parecidos e com preços idênticos, onde o grande diferencial se materializará na forma com que nos relacionamos e atendemos os clientes, para assim podermos fidelizá-los.
Ricardo Dorés
Com formação acadêmica em Direito e especialização em Marketing, ocupou no mercado as posições de Diretor de Unidades de Negócios, Gerente de Unidade de Negócio, Gerente Nacional de Vendas, Gerente de Desenvolvimento de Mercado, Gerente de Treinamento de Vendas, Supervisor de Vendas, em empresas multinacionais e nacionais de grande porte, tais como: 3M, Pfizer, Glaxo, IMB, Itaú Seguros, dentre outras. É, há 10 anos, consultor empresarial e palestrante. É sócio-diretor da SalesResults | Soluções para Mercados Competitivos. www.salesresults.com.br contato [email protected]
MOTIVAÇÃO, SEM ELA…
MOTIVAÇÃO, SEM ELA… – As pessoas dizem frequentemente que a motivação não dura. Bem, nem o banho – e é por isso que ele é recomendado diariamente.
(Zig Ziglar ) No mundo empresarial, lidar com o crescimento da concorrência tem sido um dos grandes desafios das empresas e as decisões devem ser tomadas de maneira quase que momentânea. Além, do crescimento da concorrência, o cenário empresarial se depara com constantes mudanças que vão desde as formas de organização do mercado até chegar aos acordos comerciais que, de certa forma, alteraram de maneira bem significativa as relações negociais.
Se distanciar do cenário de mudanças é arriscado demais para a empresa que quer se manter no mercado, pois, mesmo as que reinavam no passado com seus produtos e serviços e atendiam às necessidades e expectativas de seus clientes, hoje, travam uma árdua batalha de sobrevivência frente a outras empresas fornecedoras de produtos e serviços semelhantes.
Por isso, inovar é a palavra de ordem do momento. Consequentemente, para se manter nesse mercado competitivo, as empresas devem inovar constantemente, sair do marasmo, da mesmice, do sempre igual e da rotina. E, para isso, é necessário sempre possuir uma ou várias estratégias que sinalizem diferenciais, para não ser apenas mais uma no mercado.
Engana-se a empresa que entende a inovação como um processo diretamente ligado aos fatores, às metas ou até mesmo às missões. Inovar vai muito além. Inovar é buscar desafios, pois mudanças devem e tem que acontecer, e vivenciei isto, na prática, no início da minha carreira “como motivador de gente” na 3M do Brasil (Innovation), tanto na área comercial, bem como na área de recursos humanos e hoje aplico com afinco esta metodologia nas empresas que são meus clientes de consultoria.
A estratégia motivacional é uma das ferramentas mais eficazes para que as mudanças ocorram. Desta forma, criar um ambiente favorável à criatividade dos funcionários faz com que a empresa atinja metas cada vez maiores, além de traçar um perfil de colaboradores cada vez mais compromissados e identificados com o trabalho.No mundo empresarial, a importância de se buscar a valorização do fator humano como regra para se alcançar a satisfação da clientela é cada vez mais necessária, uma vez que a motivação obtida, por meio dos salários, tende a ser pouco duradoura, conforme a teoria higiênico-motivacional (HERZBERG).
Isto porque as pessoas entendem o salário como sendo o mínimo de contrapartida pelo trabalho realizado (são considerados fatores de manutenção para impedir a insatisfação). Ainda há que se entender que é o ser humano, por natureza, um ser insaciável e, quanto mais tem, mais tende a querer. Ou seja, satisfeita uma de suas necessidades, ele buscará outra e, subsequentemente, mais outra.Assim, um dos mais complicados desafios das empresas está, justamente, no fato de ter que conquistar a confiança do seu público interno (endomarketing) para se manter competitiva no mercado.
Manter os colaboradores motivados, ajudar, sempre que possível, para que os objetivos individuais sejam satisfeitos em paralelo com os da organização, oferecer condições para aumentar a produtividade, manter um espírito sadio de equipe, entre outros, tem sido uma busca constante dos empresários que possuem visão arrojada.Ter colaboradores motivados é, sem dúvida alguma, o sonho de qualquer empresa. Entretanto, saber como fazer isso é uma atividade um tanto quanto difícil, pois, requer-se especialistas e gestores capacitados para tal, uma vez que o universo humano tem suas barreiras, pois cada qual tem seus hábitos e formas de trabalho diferentes. Há sempre um componente subjetivo na motivação que provoca uma enorme complicação, tornando-a, à primeira vista, uma missão quase impossível. É, neste momento, que surge a importante figura da consultoria empresarial, por ter ela um papel preponderante no levantamento das necessidades, na implantação de projetos e programas, além de acompanhar, de forma direta, a execução dessas implantações, o que, a princípio, trará à empresa um significativo aumento de rentabilidade.Cabe à empresa de consultoria e aos gestores cuidar do grande capital empresarial constituído por seu CAPITAL HUMANO, cujo desempenho é inerente ao desenvolvimento e à permanência de uma organização no mercado.
Finalizando, salientamos que a motivação pode ocorrer sim de uma maneira até hierárquica por que não? Pois um líder motivado tem força suficiente para motivar sua equipe e, consequentemente, sua equipe estará pronta para alcançar metas que outrora podiam ser consideradas inatingíveis.
Ricardo Dorés
Com formação acadêmica em Direito e especialização em Marketing, ocupou no mercado as posições de Diretor de Unidades de Negócios, Gerente de Unidade de Negócio, Gerente Nacional de Vendas, Gerente de Desenvolvimento de Mercado, Gerente de Treinamento de Vendas, Supervisor de Vendas, em empresas multinacionais e nacionais de grande porte, tais como: 3M, Pfizer, Glaxo, IMB, Itaú Seguros, dentre outras. É, há 10 anos, consultor empresarial e palestrante. É sócio-diretor da SalesResults | Soluções para Mercados Competitivos. www.salesresults.com.br contato [email protected]
Ser Líder ou não ser
Quem quiser ser líder deve ser primeiro servidor. Se você quiser liderar, deve servir”. (Jesus Cristo) Existem pessoas que tornam-se líderes com o tempo, por meio de treinamentos e vivência nas situações diárias que enfrentam e solucionam, outras, já nascem com instinto de liderança, que começa a fluir desde a infância, nas brincadeiras de rua ou nas turmas de colégio.
É preciso ter em mente que liderar não é gerenciar. Lideram-se pessoas e gerenciam-se coisas. Para ser um bom líder é preciso dar para receber, ouvir para ser ouvido, tratar a sua equipe como você gostaria de ser tratado, pois desta forma haverá harmonia no ambiente de trabalho, além de um melhor desempenho de seus colaboradores.O verdadeiro líder é facilmente reconhecido pela forma como conduz sua equipe, exercendo influência pessoal, motivando-a a ser forte, fazendo-a trabalhar em um objetivo comum, de boa vontade e de bom grado. Uma característica fundamental de um líder é saber equilibrar o uso do poder e da autoridade, lembrando sempre do lado humano e do bom relacionamento com sua equipe, identificando suas exigências físicas ou psicológicas.
O líder não pode se considerar um ser superior perante os seus colaboradores, deve sim, integrar-se à sua equipe tornando-a una, sem divisão de poder.Não deve fazer uso de seu posto ou cargo para liderar, pois será tido como um líder ditatorial, fazendo uso do poder que possui, causando temor às pessoas, por meio de ameaças e coação. Este líder não sobreviverá com o passar do tempo. Sua equipe o obedecerá por temer a perda de emprego e não por estar feliz e motivada a fazer o que ele ordena, gerando uma insatisfação constante no ambiente de trabalho, o qual deve ser um ambiente seguro, onde as pessoas possam cometer erros sem o medo de receber advertências de forma grosseira. Para conseguir disciplina no ambiente de trabalho, deve existir orientação e treinamento, não punição. Outrossim, o líder também não pode ser paternalista, ou seja, aquele que faz tudo sozinho, por ser muito afável e não se impor perante sua equipe, distribuindo uniformemente as atividades para atingir os objetivos da empresa, trabalhando junto com ela. Deve ser ponderado, manter um equilíbrio hierárquico e ser democrático.Um líder deve conduzir sua equipe, com palavras e ações, inspirando segurança, por possuir uma visão mais abrangente, orientando-a para o caminho certo a ser seguido, que ele conhece bem e melhor, além de identificar as suas necessidades e satisfazê-las, por meio do diálogo, amizade e compreensão e ter uma consciência crítica bem desenvolvida. Deve incentivar e dar condições para o desenvolvimento da equipe, planejando e organizando ações para ajudar a sua formação e, desta forma, remover as barreiras existentes, criando pontes para que possam servir aos clientes e atingir seus objetivos. É preciso agir para obter bons resultados. O que o líder dá aos liderados, normalmente, é o que ele recebe em troca, mantendo, assim, sua equipe como sua aliada e, principalmente, trabalhando efetivamente como equipe, aumentando a auto-estima das pessoas, fazendo-as sentirem-se satisfeitas consigo.
Não atua isoladamente, e não procura destacar-se, os resultados é que se destacam. Conduz e estimula formando um time unido, que joga em conjunto, forma uma equipe unida, usando o poder de persuasão e influência sobre as pessoas sem precisar apelar para o uso do poder ditatorial e recebe mútua colaboração, onde todos produzem o seu melhor.
Ricardo Dorés
Com formação acadêmica em Direito e especialização em Marketing, ocupou no mercado as posições de Diretor de Unidades de Negócios, Gerente de Unidade de Negócio, Gerente Nacional de Vendas, Gerente de Desenvolvimento de Mercado, Gerente de Treinamento de Vendas, Supervisor de Vendas, em empresas multinacionais e nacionais de grande porte, tais como: 3M, Pfizer, Glaxo, IMB, Itaú Seguros, dentre outras. É, há 10 anos, consultor empresarial e palestrante. É sócio-diretor da SalesResults | Soluções para Mercados Competitivos. www.salesresults.com.br contato [email protected]
Regras básicas de comunicação profissional por e-mail
Este artigo oferece algumas regras que o ajudarão na redação de e-mails profissionais de forma eficaz, fazendo com que seus objetivos profissionais de comunicação, como por exemplo, a solicitação de uma reunião, alterações de prazos de projetos, etc, sejam atingidos com maior facilidade.
Todos nós, com certeza, já recebemos, de um colega de trabalho, e-mails incompreensíveis ou de difícil leitura onde, ao final do texto, ficamos imaginando o que a pessoa realmente queria comunicar.A cada dia que passa, recebemos cada vez mais mensagens eletrônicas. Consciente ou inconscientemente, ao abrir nossas caixas postais, fazemos, geralmente, uma varredura na linha de assunto, a fim de decidir quais mensagens iremos abrir, a prioridade das mesmas e aquelas que, simplesmente, serão excluídas. Lembre-se que a sua mensagem não é a única na caixa de entrada do destinatário e o campo Assunto do e-mail poderá decidir a prioridade em que a sua mensagem será lida, ou até mesmo, se será lida. Portanto, defina o que você deseja comunicar em pouquíssimas palavras e, então, adicione à sua mensagem.
Jamais deixe o campo de assunto em branco, pois o destinatário poderá deixar de abrí-la por não saber do que se trata. Redija o campo Assunto, com um título informativo, que em pouquíssimas palavras realmente expresse a essência da sua mensagem. Veja alguns exemplos interessantes:Assunto: “Follow up sobre quarta-feira”. Geralmente este tipo de assunto não leva a lugar algum, pois nosso destinatário, provavelmente deve ter falado com mais uma série de pessoas, além de nós, desde nosso último contato. Que tal algo como, por exemplo, “Confirmado para quarta-feira, será que precisaremos de uma sala maior?”, ao ler o campo assunto o seu receptor irá pensar sobre o tamanho da sala que precisarão utilizar para a próxima reunião e abrirá a mensagem para verificar todo o conteúdo.
Mantenha a mensagem focada no assunto, pois, muitas vezes o destinatário ao ler parcialmente a mensagem já a responde sem ler o e-mail integralmente. Seguindo este princípio, seja breve, sem perder o conteúdo do que queira comunicar. Caso seja imprescindível colocar outro assunto na mesma mensagem, que não são diretamente relacionados, adicione uma linha introdutória breve sobre todos os pontos que são tratados na mensagem, sinalizando e garantido uma melhor compreensão do que existe na mensagem enviada. Se todos os pontos são suficientemente importantes, divida-os em mensagens separadas, para que o destinatário possa tomar conhecimento do assunto específico, responder enviando determinados arquivos, ou, ainda, confirmar uma reunião sobre cada assunto individualmente.
Utilize um padrão visual e ortográfico adequado para seus e-mails profissionais. Nada pior do que receber uma mensagem contendo um fundo que dificulte sua leitura, ou ainda, com cavalinhos coloridos “correndo” na mensagem. O fundo que mais facilita a leitura é o fundo branco, no entanto, várias empresas costumam utilizar os logotipos que, a meu ver, não tem problema algum, desde que sejam de tamanho adequado e que não façam a mensagem virar um outdoor. Nada de mensagens utilizando :-), :-(, s ou outras coisas do tipo, porque as pessoas não são obrigadas a conhecer os seus significados, como também não são apropriadas comercialmente falando.
Evite caracteres rebuscados ou fantasiosos, que fazem sua mensagem parecer uma pintura rupestre ou uma obra de arte de aparência, no mínimo, questionável. Utilize recursos como negritar ou sublinhar palavras ou frases em pontos que você, realmente, tenha necessidade de destacar. Outro ponto a ser comentado é o uso de frases inteiras em letras maiúsculas, independentemente, da intenção de uso, dá a sensação que você está gritando.
Dentro do possível, evite os anexos e, principalmente, os que possuam um tamanho considerável. Utilize somente o que for necessário para ilustrar a sua mensagem e, dê preferência, ao que você possa colocar no “corpo” da mensagem a qual irá utilizar. Lembrando que, geralmente, e-mails extensos não são lidos até o final.
Veja o exemplo abaixo:
Para: Todos Comercial
De: Paulo
Assunto: Livro que todos deveriam ler
Olá pessoal,
Anexei um arquivo PDF que acredito muito útil. Esta é a segunda vez que envio o documento, pois a versão que mandei ontem tem um erro de digitação na página 27, e desta forma a envio novamente. Digam-me o que acharam!
Anexos:• Comunicação e suas vantagens (36 MB)Provavelmente, quantos não apagariam a mensagem acima exemplificada sem olhar o anexo?
Que tal algo como:
Para: Rodrigo Nunes
De: Paulo
Assunto: Ótimo tema para desenvolvimento profissional da área comercial
Olá Rodrigo,
Deparei-me com um excelente livro sobre Comunicação Empresarial que tem muitas dicas sobre a racionalização das comunicações profissionais. Alguém já se ofereceu para apresentar no seminário, no próximo mês? Gostaria de saber se podemos fazer uma pequena apresentação de 30 minutos sobre o uso do e-mail de forma eficaz. Qual a melhor forma de enviar-lhe um arquivo de 36 MB?
Este meio de comunicação funciona melhor quando você utiliza textos relevantes no próprio corpo da mensagem.Identifique-se claramente, principalmente, num primeiro contato. Inclua sempre seu nome, cargo e quaisquer outros elementos de identificação que lhe pareçam essenciais. Cabe, aqui, ressaltar a importância de uma assinatura padronizada, contendo os dados necessários, tais como, sua página na internet, telefone, etc.Se você já teve a oportunidade de um contato presencial, mas, não tem certeza que a pessoa lembra-se de você, não se acanhe em utilizar uma frase como: “ gostaria de continuar a falar sobre a importância da comunicação, tema que tratamos rapidamente em nossa conversa no elevador”.Seja sempre educado e cordial, pois, se, por alguma razão, estiver de “cabeça quente” escreva sua mensagem, salve-a no rascunho e não a envie imediatamente. Levante, vá tomar um café espaireça seus ânimos. Releia a mensagem após ter descansado as idéias.
Antes de enviar a mensagem reserve tempo suficiente para revisar o texto, mesmo que vá fazer uso do corretor ortográfico, pois, este recurso ajudará, mas, não é perfeito. Jamais escreva alguma coisa que você não gostaria de ver publicado sobre a sua pessoa, ou sobre a empresa que você trabalha, pois e-mails podem ser utilizados como documentos em algumas situações. Além disso, este meio de comunicação não é totalmente seguro e sempre existem, por menor que seja, uma possibilidade de sua mensagem ser interceptada por pessoas que não estejam ligadas àquela correspondência.
Distingua situações formais das informais. Quando escrever para um amigo ou um colega de trabalho próximo, você poderá até não utilizar a formalidade, entretanto, lembre-se que, em alguns casos, as pessoas esperam de você uma resposta formal, pois, você está tratando de negócios, desta maneira, utilize sempre o bom senso. Algo que frequentemente acontece em situações informais é utilizar pontuação não usual e, as vezes, algumas “gafes” de português. Nada justifica este tipo de erro.Saiba utilizar o recurso “Responder a Todos”. Já presenciei algumas “guerras” pelo fato deste recurso ser utilizado indevidamente.O e-mail, geralmente, chegará rápido ao seu destinatário. Lembro-me de um colega de trabalho que me pediu algumas informações por e-mail, e, após 3 ou 4 minutos seguintes, enviou um outro e-mail, avisando-me que já havia resolvido o problema por conta própria. Ao verificar minha caixa de entrada passei a providenciar o solicitado, pesquisando sobre o assunto e lhe respondi na sequência sem ter observado a mensagem posterior na qual ele me avisava que havia solucionado a questão. Neste caso, como em vários outros, nada como o bom e velho telefone para agilizar o processo de comunicação.Os prazos de respostas para e-mails deverão ser de até 24 horas, respeitando o calendário de dias úteis. Não se esqueça do fuso horário ao enviar e receber mensagens fora do território nacional e coloque-se no horário do seu interlocutor.Ao receber um e-mail pertinente, não deixe de dar uma resposta até o prazo acima descrito, caso lhe seja solicitado. Se por ventura a resposta demandar de uma pesquisa ou trabalho mais minucioso, é recomendável que isto seja informado conforme o exemplo a seguir: “necessito de um prazo X para lhe enviar o solicitado”.Concluindo, existem muitas situações onde o bom contato face to face e até o telefônico são mais efetivos que um e-mail.
Ricardo Dorés
Com formação acadêmica em Direito e especialização em Marketing, ocupou no mercado as posições de Diretor de Unidades de Negócios, Gerente de Unidade de Negócio, Gerente Nacional de Vendas, Gerente de Desenvolvimento de Mercado, Gerente de Treinamento de Vendas, Supervisor de Vendas, em empresas multinacionais e nacionais de grande porte, tais como: 3M, Pfizer, Glaxo, IMB, Itaú Seguros, dentre outras. É, há 10 anos, consultor empresarial e palestrante. É sócio-diretor da SalesResults | Soluções para Mercados Competitivos. www.salesresults.com.br contato [email protected]
Feedback como ferramenta de melhoria no desempenho
“Sem feedback, voamos às cegas”. (Folkman) Quem não gosta de receber um retorno de algo que solicitou ou fez?
O feedback exprime uma retroalimentação, ou alimentação de retorno. É considerado como sendo uma sugestão ou crítica, que pode ser positiva ou não, de âmbito profissional ou pessoal, mas sempre vista de forma construtiva. O feedback é uma forma de comunicação que pode ser feita por uma resposta escrita, um elogio, uma análise ou até mesmo uma opinião direta ao solicitante. Pode ser considerado como uma excelente ferramenta de aprendizado e aprimoramento em nosso trabalho, pois, por meio dele, podemos buscar a perfeição e descobrir o caminho certo a seguir. É uma atitude que demonstra consideração e respeito pelo ser humano por minimizar incertezas e ansiedades, quando recebido. Deve ser individual quando se tratar de conduta ou até falhas impróprias.
O feedback é parte fundamental do processo que orienta as pessoas a apresentarem comportamento e desempenho apropriados a uma determinada situação, fazendo com que saibam como estão sendo vistas no mercado ou no ambiente de trabalho, desta forma, podemos saber como estamos sendo vistos e avaliados ao nosso redor.
A falta do feedback pode nos deixar sem saber qual direção seguir. Podemos considerá-lo como sendo uma bússola, que nos dá a direção que devemos tomar, para atingir nosso objetivo e satisfação do cliente. Assim sendo, temos que considerar que toda informação que recebemos de chefes, colegas, subordinados, amigos, clientes e etc., podem nos orientar na correção de nossa rota.
Dentro do ambiente de trabalho, é um processo, cuja postura crítica, não pode ter carga emocional, pois, poderá se transformar em desentendimentos e ressentimentos, que, ao invés de trazer estímulos, poderá acarretar perda de tempo e de dinheiro. Quando bem recebido, deverá se tornar uma fonte de energia para nossas mentes e gerar ótimos resultados. O feedback serve para aperfeiçoar o comportamento de alguém em relação a nós e nosso grupo. Por vezes, pode não ser bem compreendido e, assim, causar um resultado oposto ao pretendido, por falta de uma interpretação correta do receptor e acabar gerando efeito contrário ao pretendido. Por este motivo, assegure-se que no processo de comunicação, você seja compreendido corretamente.
É preciso existir uma relação de confiança e segurança para que haja êxito no seu recebimento, pois, normalmente, o feedback é visto como uma relação negativa e não de forma construtiva, como deveria ser.Quando der ou receber um feedback, atente-se ao fato de ser mais descritivo do que avaliativo. Preste muita atenção no que está sendo comunicado e tenha sempre em mente que o feedback é uma reorientação para melhoria e sucesso. É uma lapidação que tornará seu colaborador mais valioso e forte a cada vez que for recebido.
Ricardo Dorés
Com formação acadêmica em Direito e especialização em Marketing, ocupou no mercado as posições de Diretor de Unidades de Negócios, Gerente de Unidade de Negócio, Gerente Nacional de Vendas, Gerente de Desenvolvimento de Mercado, Gerente de Treinamento de Vendas, Supervisor de Vendas, em empresas multinacionais e nacionais de grande porte, tais como: 3M, Pfizer, Glaxo, IMB, Itaú Seguros, dentre outras. É, há 10 anos, consultor empresarial e palestrante. É sócio-diretor da SalesResults | Soluções para Mercados Competitivos. www.salesresults.com.br contato [email protected]
Marketing Ético: Um Desafio Organizacional
Compreender as reais necessidades do consumidor é à base de uma relação comercial de “valor”. Respeitá-lo na sua integridade, física, psicológica, financeira e social, torna-se então, fundamental para a empresa que pretende se destacar no mercado competitivo atual.
A palavra de ordem é RESPEITO! Impulsionados por fatores globalizantes e, portanto incrementais como exemplos, a cultura local, costumes, valores individuais e coletivos, fazem com que as empresas se atentem mais detalhadamente para as suas estratégias mercadológicas e organizacionais.
Produtos massificados ou customizados que não forem pautados numa relação de respeito ao consumidor/cidadão, terão os seus dias contados. “É inegável a responsabilidade social das empresas capitalistas ou sem fins lucrativos” (AURELIANO, 2009).
Entender as atividades comerciais como um processo viabilizador de desenvolvimento da sociedade, e conseqüentemente da qualidade de vida dos seus cidadãos, fornecerá pistas para a elaboração de estratégias empresariais mais adequadas as exigências atuais.
Ao dizer que “a educação vem de berço”, pode-se afirmar que a ética é a sua genitora. Preparar os funcionários, ou melhor, orientá-los sobre a importância da conduta ética profissional, no âmbito comercial, resultará numa melhoria contínua da imagem e reputação organizacional. O verdadeiro marketing é aquele filtrado na ética empresarial. Rever os principais e verdadeiros valores que norteiam as nossas vidas e produzir produtos que elevem os consumidores/cidadãos a uma condição melhor de vida, será o diferencial da vez.
Atender as necessidades humanas e sociais (Kotler;Keller, 2006), faz com que os nossos olhos, não se voltem tão somente para a quantidade de casas decimais do lucro por lucro, mas também, para os produtos e serviços que possam melhorar e aumentar os nossos dias de vida!
Um grande abraço, Aristotélico!
Para inglês ver
O que são processos de gestão? Entrada, desenvolvimento e saída?
Não, processos de gestão é muito mais do que isso, processos de gestão significar trabalhar de forma definida em comum acordo com os demais, significa uma linguagem comum, uma forma de estabelecer passos, e o mais importante é uma maneira eficiente de se situar e de saber onde estamos e isto vale ouro.
Por valer ouro muitas vezes sofre falsificação, fruto da cobiça e ou ignorância do homem. Processos são falsificados, deturpados para que possam parecer grandiosos e imprescindíveis, mas nestes casos os processos não funcionam, não são factíveis e serve apenas “para inglês ver”, alias permitam que eu fale brevemente sobre esta expressão “para inglês ver”:
Quando Inglaterra, por motivos comerciais, proibiu a escravidão no intuito de vender mais máquinas, esta atividade passou a ser ilegal, então os traficantes de seres humanos em seus navios ditos negreiros passaram a usar de artifícios para enganar a fiscalização inglesa e colocaram falsos porões nos navios para que quando abordados pela fiscalização tudo parecesse normal, enquanto isto os escravos, seres humanos, eram socados desumanamente nestes porões e quando não conseguiam colocar todos, jogavam ao mar os excedentes,( impressionante como o ser humano pode ser bestial) bom a expressão “para inglês ver” vem daí, então tudo o que nós fazemos somente para manter a aparência costumamos dizer que é “para inglês ver”. E isto que acontece quando processos são escritos mas não implantados. Esta é a realidade, vemos muito disto quando empresas, para atender editais, obtém certificações ” para inglês ver” só implementam nas áreas auditadas, passado a homologação tudo volta a mesmice.
Resultado: a maioria de projetos em TI não tem sucesso e achamos que tudo é culpa do Gerente e ou do vendedor, na verdade a culpa é de todos nós. Quando não entendemos que implantar processos não significa somente escrevê-los e que isto custa caro sim, pois necessita de treinamentos, mudança cultural e por ai vai, temos o resultado que já estamos nos acostumando a ver, muito dinheiro gasto, cliente furioso e muita, mas muita negociação para “apagar incêndios”.
Processos de gestão não servem para apagar incêndios e sim para evitá-los.
Podemos entender esta diferença…?
Vamos tentando, nunca desista! Esta é a nossa força.
Processos de gestão versus barreira cultural na área de TI
Na metade da década de 90 do século passado a Internet começou a ser viável comercialmente, junto a isto a globalização se tornou uma realidade e isto nos levou a uma mudança gigantesca no conceito de comunicação e de fazer negócios, agora não precisamos de avião espião, podemos olhar tudo via satélite e em tempo real, nada de bússola, temos GPS, nada de grandes enciclopédias na estante da sala, todo o conhecimento da humanidade pode ser encontrado na internet, caiu o muro de Berlim.
Em um primeiro momento, muita euforia e dinheiro gasto, depois o amadurecimento e a dura realidade de que mágica não existe, o que existe é muito trabalho com muita criatividade. Pé no chão é a realidade, mas a cabeça deve voar para manter inovada nossa sociedade.
E agora? Como lidar com um mercado globalizado onde a informação corre na velocidade da luz? Não existe mais a novidade que chega tarde as colônias, hoje temos que ser mais competitivos e mais comunicativo do que há 15 anos atrás e isto tudo ocorreu tão rápido… que para muita gente ainda não caiu a ficha, e o mais impressionante, na área de Tecnologia da Informação, mais especificamente na área da “informática” ainda temos relutância quando falamos no “bicho papão” da gestão, gestão por processos. Agora o gerente do projeto não necessita mais ser um expert na linguagem de programação que vai ser desenvolvida a solução, nem mesmo um expert no negócio em questão. Hoje o gerente de projeto deve ser sim um especialista em gestão, puramente em gestão, (e olha que não é fácil dominar 9 disciplinas e 40 e tantos processos) e este é o problema, pois desde a alta administração até o estagiário, todos acreditam que o gerente de projetos deve ser um excelente técnico, confundir o líder técnico com o gerente de projetos é o maior problema, ora, se o individuo dedica 10 anos em pura gestão de projetos como fica ele no quesito meramente técnico se não atua como tal? Certamente o conhecimento técnico fica para trás e dá lugar ao conhecimento competente a gestão.
Na verdade quanto mais tendemos para a gestão menos tempo temos para nos atualizar em linguagens de programação e ou negócios em si. Muito se fala nos cursos de gestão que um gerente que trabalha com processos factíveis e reconhecidos pode atuar tanto em projetos de engenharia civil como em projetos de tecnologia da informação ou qualquer outro… Pasmem alguns, mas isto é a pura verdade, processos estabelecidos e factíveis é a realidade para que possamos trabalhar globalmente e com eficiência e eficácia.
Culturalmente observo que ainda não atingimos a maturidade necessária para entender isto pois a barreira cultural estabelecida é grande, mas com bons olhos vejo uma lenta evolução e certamente um dia estaremos em paz com esta questão.
Um gestor muitas vezes esta só, mas tenha animo, alguém um dia publicou:
“A gestão é uma tarefa solitária, muitas vezes ficamos sozinhos nas decisões cruciais, porém somos como águias e águias não voam em bandos”.
Feliz 2011 para todos.
Poder: para o bem ou para prejudicar
Existem vários tipos de poder: poder do cargo que se ocupa em uma organização, poder de influenciar pessoas para um objetivo comum (ou desviá-lo dele), poder da negociação bem direcionada (onde todos ganham e são beneficiados), poder de conhecimento e outros que podem fazer uma organização e os projetos fluírem ou serem um grande peso. Tive uma experiência dramática com a responsável pela área em que trabalhava em uma agência digital.
Eu havia terminado o layout para um cliente bem no prazo determinado. Feliz pela conquista, apresentei o resultado final para a responsável pela minha área. Logo ouvi uma crítica pessoal com relação ao meu trabalho:
– Tem cinza. Não gosto de cinza! Mude esta cor.
Tentei explicar o motivo do uso do cinza na composição do layout do site do cliente:
– O cinza ajuda a dar foco em outras partes do site do cliente que são importantes para o negócio dele.
– Não gosto de cinza, mude a cor ou não irei apresentar para o cliente.
Neste momento resolvi apelar e utilizar o poder de negociação para não perder todo o trabalho desenvolvido:
– Vamos fazer o seguinte: apresente o layout ao cliente e, se ele não gostar, eu mudo para o jeito que você deseja – pois sabia que seria aprovado.
A proposta foi aceita na hora e sem relutância. Enviei o layout por e-mail e rapidamente ela telefonou ao cliente. Após alguns minutos ouço a seguinte conversa:
– Você gostou do layout?! É mesmo?! Que bom! E o que você achou da cor de cinza no layout? Você não acha que poderíamos mudá-la? O que eu acho, bem, eu não gosto do cinza e acho que poderíamos utilizar uma outra cor. Você não acha a mesma coisa? Ah, sim, então vou pedir para mudar agora mesmo.
– Éber, conversei com o cliente e ele pediu para você mudar a cor cinza para outra.
Pasmo. Fiquei pasmo em perceber que pouco importava a economia de energia para atender a necessidade do cliente só para atender a um gosto pessoal. Interesses conflitantes é um dos problemas mais recorrentes durante o desenvolvimento de um projeto. Muitas empresas, e pessoas diretamente relacionadas a projetos, perdem dinheiro e deixam de atender aos prazos para satisfazer interesses estritamente pessoais.
O uso do cargo como poder não é para aumentar o escopo do projeto, mas para ser um facilitador ao negociar com o cliente.
Somar da Liderança
A liderança tem sido um tema muito abordado em disciplinas de cursos de gestão empresarial, e isso vem acontecendo porque a dinâmica das organizações tem gerado aspectos de mudanças num ritmo e contexto nunca visto antes. Verifica-se que, cada vez mais o conceito de liderança está relacionado com o desempenho e os resultados de uma equipe de trabalho. Hoje em dia, o espírito de liderança é muito valorizado no âmbito profissional. Desde a década de 1930 o tema liderança tem sido estudado nos campos da psicologia social e do comportamento organizacional. Antes desse período, alguns livros já tratavam do assunto liderança, porém eram obras filosóficas ou apenas sugestões com poucos dados para embasar os argumentos.
Liderar, etimologicamente, significa conduzir. Ou seja, é guiar pessoas na direção de objetivos e metas; é ter a capacidade de gerar confiança para que os liderados sigam o líder e façam o que precisa ser feito. Liderar é saber lidar com as mudanças e influenciar pessoas na direção de resultados positivos. A palavra liderar sempre necessita de um complemento, ou seja, liderar é um verbo transitivo direto, então quando falamos em liderar necessitamos de respostas às perguntas: Liderar quem? Liderar quando? Liderar como?
Para responder a essas perguntas que são comuns no dia a dia de um gestor de pessoas, muitas teorias foram divulgadas, algumas muito importantes e com forte embasamento, enquanto que outras teorias não passam de simples idéias com pouca aplicação prática. Muitos gestores que ocupam cargos de liderança se questionam constantemente sobre o estilo mais apropriado de liderança, para conduzir suas equipes na direção de resultados positivos. Sabemos que, basicamente, são três os estilos mais difundidos entre as diversas abordagens de liderança: autoritário, liberal e democrático. O estilo autoritário, quando predomina numa gestão de pessoas, só atrapalha o bom clima de trabalho. As pessoas comandadas por um chefe autoritário (cabe ressaltar que ser chefe não é a mesma coisa que ser líder) trabalham sob rigorosa supervisão, muitas cobranças e na maioria das vezes sem critérios, as relações entre as pessoas no ambiente de trabalho não são amistosas. Se o chefe está na empresa a produção é alta, porém, basta o líder sair da empresa que as pessoas se sentem aliviadas. O estilo liberal predominante é um tipo de “liderança frouxa”, ou seja, as pessoas não respeitam aquele que está na posição de liderança, se o gestor liberal está no trabalho, ou não, a produção é a mesma. Neste estilo a qualidade e produtividade oscilam muito porque permite que cada colaborador faça o seu trabalho com liberdade. O estilo democrático predominante pode gerar uma certa dependência no gestor para procurar a participação e opinião das pessoas acima dos limites. O estilo democrático apresenta relações mais positivas no trabalho, as pessoas se mostram mais comprometidas, mas atenção, democracia no ambiente de trabalho só funciona quando você conhece aqueles colaboradores que tenham maturidade suficiente para assimilar este estilo. Na verdade, democracia predominante no ambiente profissional nunca funciona, exceto quanto utilizada individualmente, por exemplo: você convoca a sua equipe para uma decisão sobre um projeto, e das vinte pessoas que estão na reunião doze votam a favor e oito contra, o que vai acontecer? Prevalece a decisão da maioria, não é mesmo? Isso pode ser prejudicial para uma empresa, principalmente quando não se conhece o nível de maturidade das pessoas envolvidas. Democracia funcionará bem com algumas pessoas, ou seja, quando usada individualmente ou com pequenos grupos, mas democracia geral, com toda a equipe, pode ser prejudicial.
E qual é o estilo mais apropriado? Como liderar de forma eficaz? Em 1972, Hersey & Blanchard divulgaram a Teoria da Liderança Situacional, sendo que essa é uma das abordagens sobre liderança mais respeitada. Segundo os autores, a liderança pode ser determinada de acordo com as demandas situacionais, ou seja, as circunstancias, o contexto, as pessoas e suas características, a época e os objetivos em questão. Estudando há mais de nove anos diversas teorias sobre liderança e aprofundando o estudo sobre liderança situacional, senti a necessidade de criar um modelo para que a liderança seja aplicada com foco em resultados. Através desse modelo qualquer pessoa que ocupa um cargo de liderança poderá aplicar o estilo mais apropriado, sejam eles: diretivo (sugerimos este a autoritário), liberal ou democrático.
O modelo que desenvolvi, o qual também aplicamos em várias consultorias em empresas, tem como base vários estudos e teorias, mas principalmente destacamos a Teoria da Liderança Situacional de Hersey & Blanchard e a Teoria da Liderança Contigencial de Fiedler (1967), que defende a idéia de que a liderança eficaz é baseada no ajuste entre o estilo de um líder e a situação para que seja exercida a influência do líder.
O modelo chama-se S.O.MA.R da Liderança. Este modelo consiste basicamente em facilitar a análise do gestor para aplicar o estilo de liderança mais apropriado, ou seja, fazer a leitura correta da situação e das pessoas envolvidas para ter eficácia em sua intervenção como líder.
O “S” do modelo SOMAR, significa “situação atual”: toda vez que um gestor precisar intervir é fundamental saber qual é a situação atual, o que realmente está acontecendo e quais problemas estão fazendo parte da situação.
A letra “O” do modelo SOMAR, significa “objetivo em questão”: depois da análise da situação atual o gestor deverá avaliar a situação desejada/ideal porque somente assim ele perceberá qual é a diferença entre o que está acontecendo em relação a meta pretendida.
O “MA” do modelo significa “maturidade do (s) liderado (s)”: antes de aplicar o estilo mais apropriado, é de fundamental importância saber a maturidade do liderado, ou do grupo, caso contrário o líder poderá escolher um estilo que ocasionará em resultados negativos na equipe. Se não observar com cuidado a maturidade do liderado o gestor poderá escolher um estilo de comunicação e de direcionamento que poderá ir contra o objetivo em questão. De acordo com Hersey e Blanchard, a liderança situacional envolve a análise da maturidade dos colaboradores envolvidos para que o gestor decida a melhor forma de adaptação. Maturidade deve ser entendida como: padrões de comportamentos, atitudes, habilidades, conhecimentos, histórico do colaborador e experiência no ramo de atividade. Com essas informações o líder saberá como proceder com cada pessoa, identificando corretamente o grau de maturidade de cada um.
A letra “R” significa: os recursos disponíveis, ou que serão necessários. Toda situação que exigir liderança poderá envolver recursos físicos/materiais, financeiros e outros. Por esse motivo é que um líder deverá avaliar os recursos envolvidos para saber o grau de decisão e de urgência. Um verdadeiro líder deve somar forças, competências, alinhar sua equipe na direção dos objetivos de uma organização, e, sem dúvida, somar resultados positivos. É por isso que o modelo SOMAR se torna uma ferramenta indispensável no processo de liderança de equipes.
Toda vez que um líder precisar agir, ele terá que ser flexível a ponto de se adaptar a situação e contextos atuais para obter o melhor resultado e desempenho de sua equipe. Mas para isso, terá que, em primeiro lugar, avaliar com muito discernimento qual é a situação atual, qual é o objetivo em questão, qual é a maturidade do grupo para conduzir melhor seus liderados, avaliando os recursos para que sua resposta como gestor de pessoas seja a melhor possível. Depois de fazer a análise situacional através do SOMAR, o líder poderá ser mais diretivo, liberal, ou democrático porque a leitura correta foi feita, bastando apenas atitude para aplicar o estilo mais adequado para cada momento. Sem as informações S.O.MA.R. ficará muito difícil decidir qual o estilo usar.
Portanto, aplique este modelo com segurança, sem titubear, pois em pouco tempo você desenvolverá uma liderança muito rica, fazendo a leitura certa para aplicar o estilo certo. Peter Drucker, o grande guru da administração dizia que, “gerenciar é fazer direito as coisas; liderar é fazer as coisas certas”, então, mãos a obra.
CERSI MACHADO: palestrante, consultor e treinador empresarial. Atua há 10 anos em T&D. Site: http://www.cersimachado.com.br/. E-mail: [email protected]
A Motivação está dentro de você
Se você é uma pessoa que fica esperando que o mundo externo o motive, saiba que as chances de criar motivação em sua vida serão pequenas. No mundo empresarial, existe uma discussão sobre as possibilidades de se motivar ou não uma pessoa. Este artigo não se propõe a contribuir com essa discussão, mas objetiva apresentar de forma resumida e simples aquilo que realmente promove a motivação pessoal.
A palavra motivação se autodefine: MOTIVOS PARA AÇÃO. Então, quando você coloca motivos importantes nos diversos contextos de sua vida, aí sim as chances de criar motivação se tornam maiores. Muitos estudiosos do comportamento humano já enfatizaram que um estímulo externo vai influenciar o estado de ânimo e bem-estar, mas isso não significa que motivará uma pessoa.
A motivação é um processo interno muito mais duradouro que um simples estado de espírito. As pessoas que são verdadeiramente motivadas, quando estão diante de um problema não desanimam, elas encaram os problemas como um desafio a ser superado como se fosse mais um degrau que as levará ao êxito. Os estímulos, ou os fatores extrínsecos, podem ajudar uma pessoa a alterar o estado de espírito, mas a motivação dependerá essencialmente dos motivos intrínsecos dela, principalmente dos significados que atribui às coisas que a cerca.
Cecília Bergamini, em seu livro “Motivação nas Organizações” (1997), diz que o significado que cada um atribui àquilo que faz é o que determina a motivação. Cada um de nós possui um referencial e será isso que realmente dará sentido. É por isso que muitas vezes o estímulo externo não provoca a motivação, pois poderá estar muito distante dos significados, dos valores e anseios que o indivíduo possui dentro de si. Fica evidente que a motivação extrínseca será diferente de pessoa a pessoa. O que funciona para um pode não funcionar para outro. Edson Gil, autor do livro “Liderança e Competitividade” (2003), aponta que a busca por um modelo certo para motivar um colaborador, procurando usar este modelo para outros também, já vem de muito tempo e com as pesquisas e teorias atuais percebe-se a impossibilidade de se motivar alguém. Quantas pessoas que você conhece que recebem apoios, estímulos, recompensas, mas não saem do lugar. A “motivação” delas dura pouco. Existem pessoas que têm várias necessidades latentes e desejos como, por exemplo, um salário melhor, uma formação melhor, entre outros objetivos, mas passam boa parte da vida sem fazer nada para alcançar o que desejam.
É preciso compreender que satisfação e fatores de motivação não são a mesma coisa. Muitas pessoas vivem esperando que o mundo externo as satisfaçam e não entendem que a busca pela satisfação é o que gera motivação. Estar motivado é estar com a falta de algo importante e significativo. Pode parecer estranha esta ideia, mas é exatamente isso que vai gerar a automotivação, pois uma necessidade não satisfeita é o que gera um determinado movimento em busca da saciação desta. Preste atenção quando você associar estados de alegria, felicidade e entusiasmo com motivação, pois você estará confundindo com a verdadeira motivação. É claro que quando você está motivado, esses estados são mais presentes porque a busca pela satisfação faz a jornada feliz e prazerosa, pois há um sentido nas ações que você está praticando. A motivação é caracterizada pelos comportamentos que desenvolvemos para buscar objetivos, atender necessidades e se autorrealizar.
E você já parou para pensar naquilo que o satisfaz? Você já se deu conta que a sua desmotivação pode ser resultado de uma vida sem grandes significados? O que “mexe” com você? Qual é a sua grande realização? Não fique esperando que as condições externas se tornem favoráveis para começar a agir e ter maior sucesso na sua vida pessoal e profissional. Siga essas dicas:
-Aja de acordo com os motivos que são importantes, os quais darão maior sentido à sua vida;
-Faça um planejamento pessoal e defina metas que envolvam as áreas: profissional, financeira, familiar, conhecimento/aprendizagem, saúde, social, entre outras;
– Procure viver seus objetivos, faça atividades que estejam ligadas a aquilo que você tanto deseja. Se ficar parado nada acontecerá, sendo assim, manifeste na realidade algo que o aproxime daquilo que sonha;- Se afaste de pessoas negativas, mal humoradas e desmotivadas. “Se você almeja alçar voos de águia, não fique preso em terreiro de peru”.
Portanto, comece a desenvolver sua motivação intrínseca dando mais valor aos seus desejos e valores significativos. Zig Ziglar tem uma frase que se encaixa muito bem neste conceito de automotivação: “As pessoas dizem frequentemente que a motivação não dura. Bem, nem o banho – e é por isso que ele é recomendado diariamente”.
CERSI MACHADO:Autor dos livros, “Os 7 Fatores que Possibilitam o Êxito Pessoal e Profissional” e “Afie o Seu Machado – Comprometa-se com o seu Sucesso” (cd book). Membro da Sociedade Brasileira de Neurociência, palestrante, coach e treinador empresarial. Possui dois selos de qualidade na área de T&D, de acordo com padrões da ISO 10015, item 4.3.5. Site: www.cersimachado.com.br.
Meio caminho andado não significa nada
Batendo um papo sem compromisso, se elaborássemos uma lista de boas idéias nossas e de nossos amigos que não foram efetivadas, mas que poderiam ter trazido ótimos benefícios, tenho certeza que ela seria bem grande.
Não é sem razão que palavras como “ah , se eu soubesse”, “ah, se tivesse feito”, “ah, se tivesse ouvido”, fazem sucesso e viram temas para muitas obras.
Você nota que antes do “ah”, existe iniciativa, criação, depois tem que haver determinação para ação, sem isto o que segue é apenas o lamento.
O mundo hoje trabalha de fato 24 horas por dia, 7 dias por semana. Já há empresas com escritórios instalados em pontos estratégicos no mundo, quando uma equipe encerra o expediente a outra, em algum ponto do globo, o retoma sem que atividade seja interrompida, essa é uma forma fantástica e criativa de driblar o tempo.
Caso você seja concorrente dessa empresa ao retomar o trabalho no dia seguinte estará 16 horas atrasado. Considere o impacto na semana, no mês e depois no ano.
Nessa velocidade não se debate mais a inovação das empresas, mas a destruição e reinvenção.
Este pensamento está resumido nas seguintes palavras: “Destrua a sua empresa antes que a concorrência o faça”.
Assim que você não for capaz de mostrar que os seus produtos são os melhores ouvira simplesmente do mercado um sonoro: Fora!
Todo processo criativo é antes de mais nada um processo destrutivo, das idéias e conceitos ultrapassados. A competição global é simplesmente resultado da morte da distância e da valorização do brainware.
Redução de custos como forma de rentabilização das empresas tem limites, a maioria dos programas no máximo cortam o cafezinho, copos de plásticos e controlam as canetas, portanto trate de se concentrar no crescimento da sua organização; se não conseguir inspiração observe seus concorrentes.
Esteja preparado, a inovação vai lhe dar uma vantagem competitiva, contudo não durma sobre os louros, você terá muito trabalho para sustentá-la, no dia seguinte seu concorrente o acompanhará e poderá ser mais competente.
Com a nova dinâmica do mundo você tem duas opções, energizar sua equipe para brilhar ou apagar as luzes. Duvida dessas palavras, então concorra com EUA , Japão, que tal China?
O recurso será a adição de pessoas com atitudes e o desenvolvimento de suas habilidades, e lembre-se que o questionamento da acomodação é o fator fundamental para conduzir a empresa ao futuro, afinal se o fazem é porque se importam.
Nada condena mais projetos e permite o fracasso que a palavra “Amém!“.
Os debates sobre comportamento estão mostrando que os jovens se sentem mais confortáveis com a tecnologia do que com pessoas, isso nos levará a novos modelos mentais e de gerenciamento.
O verdadeiro talento desenvolve competências e expõe fraquezas, contudo a função do gestor não é superá-los, mas criar condições para que contribuam com a criação do futuro da organização.
Isso não deve gerar desconforto, desespero, nem levá-lo ao uso de remédios tarja preta, e sim renovar sempre sua motivação, suas emoções e inspiração para superar os seus próprios resultados e os da companhia.
Hoje uma empresa não consegue sobreviver com liderança fraca, dependente de colaboradores medíocres, porém dóceis.
Ouço com frequência que o mundo dos negócios é cruel, diria apenas que é prático, afinal você compraria algo ultrapassado?
Nas nossas empresas precisamos de pessoas de ação, afinal meio caminho andado não significa nada!
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
www.postigoconsultoria.com.br
“Alerta máximo: A misteriosa morte em massa de colônias abelhas coloca em risco a vida no planeta” Informe-se, divulgue!
O brilho das estrelas
Todos os profissionais têm alguma contribuição a dar às suas empresas, embora nem sempre isso aconteça.
Alguns são contratados e apresentados com grande euforia, foram muito bem recomendados, têm excelentes referências, contudo seus desempenhos deixam a desejar.
Analisando o histórico profissional destas pessoas veremos que estiveram engajados em projetos de sucesso e interessantes.
Por alguma razão, nem sempre facilmente identificável, não conseguem atuar com a desenvoltura e competência esperadas.
Essas estrelas apresentam características interessantes e mesmo processos cuidadosos de seleção podem não retratá-las com fidelidade.
Encontraremos algumas opacas, outras sem brilho próprio, mas que refletem toda luz projetada sobre elas, e as que naturalmente iluminam os ambientes por onde passam.
Juntá-las e posicioná-las para maximizem a projeção de luz sobre os projetos da empresa é um trabalho para especialistas.
Estrelas tímidas e aquelas cujos egos são exacerbados podem resolver não brilhar ao se sentirem ameaçadas. Outras podem se recusar a projetar luz, evitando que algumas brilhem, uma vez que percebam que estas só o fazem induzidas.
Não é incomum encontrarmos brilhos emprestados sendo reconhecidos como próprios.
Manter estrelas opacas e posicioná-las entre as que tem brilho próprio e as que tomam emprestado pode ofuscar os ambientes. Por outro lado, estas assentadas em torno das demais pode ajudar a reter o brilho gerado.
Um dos requisitos para o sucesso de um gestor é a habilidade para tratar com pessoas, permitindo que dêem suas contribuições, sem inibir seus pares e comandados.
Ambientes altamente competitivos apresentam equipes fortes, com grande desenvoltura para estruturação e consolidação de projetos, criando o futuro das organizações onde trabalham, mas também podem levá-las ao fracasso total.
Posicionar as estrelas de forma que emprestem e reflitam o brilho no ambiente é uma das mais complexas tarefas dos responsáveis por comandar equipes.
Estrelas sentem necessidade de brilhar, quer com brilho próprio ou emprestado, quando isso não acontece partem em busca de locais mais propícios.
Ao contratá-las os gestores precisam ter domínio do tipo estratégias que pretendem implementar, cientes de que as estratégias inovadoras e agressivas raramente são propostas por profissionais satisfeitos com o status quo e que isso incomoda os determinados e que têm planos pessoais e profissionais ambiciosos.
Não são apenas os equipamentos que estão ficando rapidamente obsoletos, organizações estão sendo superadas com uma velocidade impressionante.
Uma das máximas em gestão é: Torne sua empresa obsoleta antes que alguém o faça!
Antecipação da obsolescência é um processo que pode gerar sérios conflitos em gestão justamente por alterar a zona de conforto.
Qual gestor que ao escalar seu “Himalaia” não quer ficar um tempo sentado no topo, observando a paisagem, sem que ninguém o incomode?
Por que aceitar que estrelas brilhem à sua frente, muitas vezes dificultando sua visão, enquanto que a única coisa que ele deseja neste momento é contemplar suas conquistas e o mundo a seus pés.
No mercado competitivo os buracos negros não roubam preferencialmente o brilho das empresas lentas, muito menos das mais rápidas, mas das negligentes e das distraídas.
A visão e missão da empresa, declaradas e exercitadas, estabelecem a liberdade e restrições ao esplendor das estrelas.
Como dizia Ben no filme “ Como perder um homem em 10 dias”: Frost. Frost yourself!
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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A razão do meu fracasso
Todos nós um dia fizemos e ainda faremos coisas que não darão certo. Sem dúvidas, passaremos algum tempo especulando o que deu errado.
Há uma fórmula infalível para prevenir erros.
Você deve estar se perguntando:- Nossa que mágica é essa?
É verdade, toda mágica é o exercício do óbvio, esta não foge à regra. Basta não fazer nada.
Quem não faz nada, não erra!
Para alguns esse é o maior dos erros, mas não vamos debater esse aspecto.
Esse não é o meu perfil e quero crer que também não é o seu, então certamente continuaremos a nos encher de dúvidas tentando resolver problemas, não conseguindo, às vezes, num primeiro momento.
Muitos “enigmas” não consegui resolver e jamais terei chance, sabe por quê?
Sou extremamente exigente e gosto de soluções rápidas, mas não me importo em não ser o pai da idéia, então converso, telefono, mando e-mails. Alguém deve ter pensado sobre o assunto.
Envolvimento em busca de soluções nos torna experientes, com isso qualquer assunto similar tratamos com enorme desenvoltura.
Amigos muitas vezes me dizem: Quando você pede ajuda é “encrenca” na certa!
Claro, as coisas fáceis eles já me ensinaram a resolver.
Quando estou trabalhando se você não quer se envolver não fique por perto, porque se surgir um problema “cabeludo” vai “sobrar”!
Você poderá até não tratar da questão, não vou cobrá-lo, mas pelo menos irá para a casa com a “pulga atrás da orelha”.
Não foram poucas as pessoas que me disseram: – Depois você me conta como resolveu.
Claro, conto sim, mas você não vai adquirir experiência.
O domínio de qualquer assunto para ficar “grudado” no nosso cérebro precisa de reflexão.
Esse exercício ativa a cola do conhecimento, senão ele bate e não se fixa.
Por essa razão nos cursos gosto de grupos pequenos. Os grandes servem para que nos apresentemos, façamos um bom marketing da nossa imagem, mas o aprendizado de fato é escasso.
Num seminário, workshop, o instrutor vai com o propósito de ensinar e o aluno de aprender. Há um conflito ai não?
O instrutor fala A e o aluno está pensando em B. O aluno tendo a oportunidade de se expressar dirá ao instrutor B e este poderá explicar porque deve ser A.
Preste a atenção que aprendemos mais com as perguntas do que com as respostas.
Note que o assunto que está sendo exposto por uma pessoa experiente é a soma das respostas às perguntas que lhe foram feitas ao longo da vida, o que não quer dizer que responda às suas dúvidas.
Por falta de tempo, por timidez, por julgar inconveniente interromper, você não as fez e com isso não aprendeu.
Imagine isso em gestão empresarial, onde determinadas ações dependem do comportamento das pessoas que mudam frequentemente.
Trabalhando na reestruturação de uma empresa, bastante defasada no atendimento das expectativas dos consumidores, começamos a receber nas reuniões pessoas de comunicação, fornecedores, gerentes de bancos, clientes novos e aqueles que há muito não visitavam os gestores, para ouvi-los, desenvolver alternativas, comprar e vender.
Ao fim de uma dessas reuniões, o sócio principal, que não se dispunha a participar de nada, mas com quem eu mantinha um contato amistoso a custa de muitas xícaras de café, me disse: Vou lhe fazer um pedido. Trate desses assuntos você que tem paciência e não me apresente ninguém. Já conheço gente demais.
Não raro, eu tinha que ouvir algumas histórias dos bons tempos, dos amigos que partiram e das máquinas antigas, movidas a correias que eram melhores do que as modernas.
Empresa organizada, espaço conquistado no mercado determina o fim do contrato do consultor, afinal é assim que as coisas devem funcionar.
Quando acenderam as velas do bolo para a festa você já deve estar à caminho de outros desafios. Como consultor se quiser comer um pedaço de bolo encomende o seu.
Você também não leva seu medico à piscina depois de cada gripe, leva?
Não demorou muito para que os conflitos familiares se acirrassem e as interferências no trabalho dos colaboradores provocassem problemas na produção e perda de mercado.
Novos problemas pareciam obstáculos instransponíveis, felizmente para o futuro da organização esta foi vendida.
Os colaboradores, inconformados, comentavam entre eles: Por que permitiram que a empresa chegasse nesse ponto novamente?
Isso nos deixa uma grande lição, motivo de muitos de nossos fracassos.
Nas palavras de François Rabelais: “Conheço muitos que não puderam quando deviam, porque não quiseram quando podiam”.
Tenho defendido que na vida não há fracassos, apenas resultados. Importante é ver o que não deu certo e continuar tentando, mas muitas vezes é necessário adicionar competência às nossas vidas.
Com aprendizado ou com quem saiba fazer.
Rabelais diz ainda:” É mais difícil esconder a ignorância do que adquirir conhecimentos”.
O detalhe determinante é que isso é você quem decide.
Pense nisso sempre que algo não der certo e você se perguntar: Qual é a razão do meu fracasso?
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
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Gestores e os diálogos autocríticos
Duas situações estão presentes na vida dos gestores: Altas realizações e autorecriminação.
O sucesso nos leva acreditar que tudo podemos, quando falhamos fica difícil nos perdoarmos. Acredito que perdoamos os outros mais do que a nós mesmos.
Em momentos de crise, quando mantemos um diálogo interno negativo ou autocrítico, desviamos nossa atenção e não nos dedicamos como poderíamos aos aspectos estratégicos do empreendimento.
Em tempos de BBB é bom lembrar que os gestores estão sempre no paredão, então minimizar a pressão que fazemos sobre nos mesmos, sem necessidade, é fundamental.
As pessoas precisam de espaço para fracassar, senão não correrão riscos.
Inovar é aventurar-se; ir em busca de algo ou lugares que ninguém ainda tentou ou esteve.
Não dá para negar que riscos assumidos levam a erros cometidos.
Serenditpty, que tem como um dos significados descoberta ao acaso, ratifica que muitos erros levam o homem à impressionantes aprendizados.
Diariamente os problemas que resolvemos nos colocam a andar em círculos, com várias áreas de escape. A questão está em escolher a que conduz aos melhores resultados.
Gestores que não admitem erros não recebem feedback, com isso perpetuam prejuízos.
Claro que é necessário estabelecer limites, quer seja de tempo ou orçamentário, contudo a análise dos erros não pode ser negligenciada. Erros são ricas fontes de aprendizado.
Thomas Edison costumava dizer quando os experimentos não davam certo: “Aprendi mais uma forma de não fazer”.
Investidos de poder e autoridade voltamos a experimentar as sensações da infância, quando nos sentíamos indestrutíveis, mas no fundo, quando as barreiras parecem intransponíveis, nos vemos como infalíveis frágeis homens.
Vamos em busca do acerto, nosso diálogo é de otimismo, o qual nem sempre compartilhamos, ainda que o expressemos.
Enquanto executivo, quantos obstáculos pareciam difíceis de superar e sucedemos.
Uma situação típica que nos coloca a prova:
Entra na sala um colaborador de diz: – Chefe… nessas hora você sempre é chefe…preciso que você resolva um problema, todo mundo já tentou, ninguém conseguiu, e o cliente está ai esperando!
Hum, hora para seu diálogo interno:- Sobrou!
Sim, sobrou e pior, ninguém espera que você erre. Você é o chefe!
Bom, você já sabe que problema que atravessa a porta é complexo, afinal quantas pessoas não se envolveram até o “pacote” lhe seja entregue.
Viver experiências com intensidade serve para essas horas. São elas que nos permitirão resolver os problemas por semelhança.
Como gestor esteja atento a três pontos para sair das enrascadas e construir um futuro de sucesso:
1) Leia e estude muito, você nunca sabe quando vai precisar, por isso ou você ama o que faz ou aprenda a amar.
2) Aprenda com as situações diárias. Importante não é o que acontece ao seu redor, mas o que você faz com o que acontece. Muitos praguejaram no momento em tiravam os carrapichos das calças, enquanto uma pessoa mais atenta aprendia e criava o Velcro.
3) Tenha disposição e interesse para debater com as pessoas com as quais trabalha.
Meu diálogo interno já me roubou noites de sono, mas também trouxe soluções dormindo.
Quando possível é bom brincar com situações difíceis. Relaxa, diminui o stress, alivia a tormenta cerebral, reduz a toxicidade e nos permite pensar com maior clareza.
Quando seu diálogo interno começar incomodá-lo e você estiver ácido demais nas suas autocríticas, lembre-se que bom humor é a capacidade de exagerar a tragédia.
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Um país se desenvolve com educação para gestão Um país se desenvolve com educação para gestão Um país se desenvolve com educação para gestão
Seu currículum, sua competência e o emprego desejado
Quer esteja você procurando novas oportunidades ou não, sempre se depara com o assunto currículum.
Os modelos são variados, as teses sobre o que deve integrá-lo também.
Não faltam empresas especializadas na preparação do material, eu mesmo tenho uma infinidade de modelos. Quando acho que já não há mais nada para aprender sobre o assunto, pronto, surge algo novo!
Deve ter fotografia ou não? Depende, você é bonito ou feio?
Foto em pé ou 3 x4? Você é alto ou baixo?
Idade? Esse é um detalhe delicado, depois da casa dos trinta já o consideram velho. Gostamos da sabedoria, mas não temos a mesma consideração pelos sábios.
Nesse aspecto que você pode ouvir: – Idade não comprova sabedoria! Diz o velho ditado “o diabo é mais sábio por ser velho do que por ser diabo!”. Sabedoria é resultado da experiência, nesse caso “tempo de estrada” conta muito.
Informo que não sou fumante? Ser casado é uma referência importante? Filhos. Ter filhos deve mostrar responsabilidade!
Um grande amigo não menciona que os têm. Quando lhe perguntam por que, ele diz: – Tenho seis, como você acha que avaliarão essa questão? Jamais me chamarão para uma entrevista.
Beber nem pensar e quando lhe perguntarem você diz: – Socialmente!
Hobbies! Simples, passear com a família, cinema, leitura. Hum, e quem é paraquedista, conta ou não?
Isso é só o começo, ainda tem o capítulo instrução e experiência.
Na hora de falar da instrução como mostrar que freqüentou escolas pouco comentadas, mas muito boas, obtendo sempre as melhores notas, se o concorrente, ainda que péssimo aluno, esteve em escolas consagradas? Você, uma pessoa de família sem muitos recursos, apelou para as bibliotecas e sebos, tornando-se um autodidata, mas não tem MBA. Leu tudo que encontrou, dos clássicos aos técnicos, passando pelas bulas dos remédios.
Chegou a hora de falar das experiências. Você é pau-para-toda obra, sem um “CV” encorpado, começou de baixo. Tem muito para contar do que fez, mas pouco para falar de cargos que ocupou. A vontade de aprender, mais do que a ausência de preguiça, o levou a “navegar” por todos os setores da empresa. Oportunidades por lá tem aparecido, mas você já sentiu que para deslanchar na carreira vai ter que procurar novos ares. Essa é a razão de ter saído em busca de informações para desenvolver um “CV” competitivo.
Ao nosso lado estava um consultor ouvindo a conversa que resultou neste artigo. Ele se lembrava de uma história sobre comprovação de competência e tentava em encontrá-la na internet. Não demorou muito, nos trouxe uma folha e disse: – Aqui está uma forma de demonstrar competência.
Lia-se:
Um lenhador, em busca de trabalho, chegou em uma região que estava sendo desmatada. Apresentou-se na empresa carregando seu machado e pediu uma oportunidade para demonstrar sua competência.
As pessoas presentes riram de seu jeito simples e lhe explicaram que o trabalho era feito com motosserras, machado era coisa do passado.
Precisando trabalhar disse que faria o serviço por um valor que considerassem justo, mais a refeição do dia.
Vendo que poderiam ter alguma vantagem, os responsáveis pela derrubada o contrataram e lhe deram uma área aonde pudesse trabalhar e não incomodasse os demais.
Machado “comendo solto”, as árvores iam caindo, levando o que encontravam pelo caminho. Experiente e determinado, o lenhador limpava a área em volta e deixava os troncos prontos para que fossem puxados pelos tratores.
Pouco antes do encerramento do expediente “os chefes” foram inspecionar o trabalho que ele havia feito e ficaram espantados com tamanha perícia que o permitira abrir enorme clareira em uma mata fechada.
Curiosos queriam saber um pouco mais sobre o homem, onde vivera, que trabalhos fizera, do que gostava e como adquirira tanta experiência e habilidade.
Calmamente respondeu todas as perguntas e disse que aprendera muito sobre madeira, técnicas de corte e desenvolvera sua habilidade no deserto do Saara.
Os entrevistadores confusos, sem entender aquela afirmação, lhe disseram: – Não há floresta no deserto do Saara!
O lenhador olhou-os todos nos olhos e respondeu: Havia quando lá cheguei!
Depois que terminamos a leitura o consultor nos disse: – O aspecto mais importante não é a informação que você coloca no currículum, mas a oportunidade de entregá-lo pessoalmente, com o machado nas mãos.
Ah! Vou comprar um machado!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão EmpresarialAutor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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Relações tóxicas
As redes sociais estão em alta, com isso também as relações.
Nunca foi tão fácil incrementar o networking, não importa se para tratar de trabalho ou dos nossos hobbies.
Quer falar de cinema, trocar dicas de livros, procurar lugares para acampar, fazer intercâmbio, encontrar uma moradia no exterior, construir um orquidário, buscar um novo emprego, formar um grupo para happy hour, passar o tempo e jogar conversa fora?
Simples, fácil. Internet, redes sociais. As possibilidades são muitas.
Amplitude e variedade demandam critério de seleção para que suas novas e velhas relações tenham qualidade.
O isolamento, o sentimento de solidão por falta de amigos, que dão às pessoas um sentimento de uma droga de vida, ao não fazerem as adequadas escolhas, trazem a droga à sua vida.
Esse é um mundo no qual não é difícil entrar. Não faltam produtos nocivos no mercado e pessoas tóxicas.
Pessoas ruins estão sempre prontas para entrar em ação, basta lhes dar oportunidades. Isso ocorre na vida e no trabalho.
Como gestão é meu negócio, sobre esta questão é que vou tratar.
As relações no trabalho são complexas, pois tratam de negócios e vantagens.
Vantagens, no sentido positivo, tratando de promoções e recompensas pelo bom desempenho. Também no sentido negativo, tirando proveito de uma situação em benefício próprio, qualquer que seja o prejuízo aos colegas de trabalho.
Os aspectos mais complexos em gestão, normalmente, não residem em questões técnicas, mas na administração de interesses para equilíbrio e harmonia das relações.
Muitos conflitos não são gerados por discordância técnica, mas de interesses. O homem ao decidir para ter razão e não para gerar resultados confronta a lógica das relações e traz toxicidade ao ambiente.
A influência negativa independe de cargo e situação. A toxicidade gerada nos altos escalões costuma ter rápida disseminação e adesão para segurança dos cargos. Vinda dos escalões menores demora a ser percebida, ainda que possa causar sérios danos.
Preocupados com seus empregos, muitos gestores não se arriscam a interferir nesses processos, negligenciando seus efeitos devastadores. Quando se vêem obrigados a agir, o mal já está feito.
Empresas perdem profissionais competentes por não terem um alerta que dispare e indique o grau de toxicidade nas relações.
Ao se sentirem impotentes e prejudicadas, pessoas qualificadas preferem não dar murros em ponta de faca e seguem para o mercado em busca de ambientes mais saudáveis.
Quanto mais tóxico o ambiente, menor é a capacidade dos gestores perceberem os danos que provocam as perdas de profissionais.
Relações tóxicas influenciam pessoas, situações e opiniões.
Uma vez o desastre ocorrendo, as escusas são óbvias: – Não sabíamos que isso estava acontecendo!
Como todos estão comprometidos com a negligência, a desculpa rapidamente é aceita.
Relações tóxicas não podem ser avaliadas por gestores intoxicados, é necessário ajuda de pessoas isentas desses elementos.
A manipulação das toxinas costuma gerar muita dor até que sejam eliminadas.
O processo não é simples e demanda muita determinação e disposição dos gestores.
Por negligência ou inocência o homem paga muito caro por criar relações tóxicas.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Autor dos trabalhosLivro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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Deus e o Spam
Deus reuniu Seus anjos, serafins e querubins e Disse: – Criei o homem a Minha imagem e semelhança, lhes Dei um paraíso onde pudessem viver, formas de comunicação para se entenderem e livre-arbítrio para que se maravilhassem com suas relações.
Das formas verbais, desenvolveram a escrita e trocaram cartas, esperadas, sempre, por todos, respondidas com gentileza, boas maneiras e cortesia.
Parte da natureza era usada para fabricar o papel que mantinha as relações e a alegria das notícias.
Com inteligência e desenvoltura, criaram meios eletrônicos para agilizar a troca de mensagens, mas perderam a alegria do contato e começaram a se afastar.
O olho no olho se transformou em olho no vídeo, os envelopes deixaram de receber cartas com notícias de pessoas queridas e são recheados com propagandas e interesses comerciais, a qualidade das relações entre os homens caiu drasticamente, com isso inventaram um acordo de interesses, que hoje denominam networking.
Poucas mensagens são respondidas com carinho e afeto, prevalecendo apenas jargões desgastados.
O homem se vangloria de ser muito assediado, reclama do volume de mensagens que recebe e mente ao dizer que gasta horas para se livrar de contatos indesejáveis.
Suas horas, no local de trabalho, tomando cafezinho, tratando de assuntos desnecessários, telefonando para os amigos, trocando piadas nos e-mails, pesquisando assuntos banais na internet, consomem mil vezes mais tempo do que descartando as mensagens que julgam inconvenientes.
Árvores são derrubadas, a natureza mal-tratada, para fabricar o papel usado na impressão de relatórios que jamais serão lidos.
O homem, à quem Dei um tempo limitado de vida, desperdiça-o e depreda o paraíso, por causa de inutilidades e futilidades.
O homem, que inventou a organização empresarial, tranca-se em sua sala, passa horas conectado à internet, preso ao telefone, e no fim do dia alega solidão.
Gosta de incomodar o semelhante, mas detesta ser incomodado. Para que seja contatado é necessário autorização, a qual nunca pede.
Dei-lhes capacidade de agir, mas, mesmo que as questões sejam simples, Nos encaminham as suas súplicas, e quando não atendidas prontamente duvidam de Nossa existência e generosidade.
Ainda que as Atendemos com amor, nunca é suficiente.
A cada segundo chegam milhões de pedidos, com promessas de contrapartida, como se Tivéssemos estabelecido uma relação de escambo no momento de sua criação: Ofertarão pães a quem tem fome, abrigo aos necessitados e conforto aos doentes, se Atendermos muitas de suas futilidades!
Danificam a natureza para construir templos luxuosos, enquanto seus irmãos ficam ao relento.
Vivem em guerra e, de armas nas mãos, pedem a Nossa proteção.
A eles Dei livre-arbítrio. Não Podemos interferir, mas por mentirem, praticarem a maldade, terem perdido o amor a tudo que Lhes concedi e desperdiçarem o sagrado dom da vida, determino: “ Com todo amor que Tenho pelos homens, a partir desta data, toda mensagem e pedido que de Nos forem enviados, sem Nossa concordância, será considerado SPAM e imediatamente deletados “.
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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“Alerta máximo: A misteriosa morte em massa de colônias de abelhas coloca em risco a vida no planeta” Informe-se, divulgue!
Rápido vá devagar
Estamos em uma enrascada.
Quem passou a vida trabalhando mais de doze horas por dia, não são poucos, acha que não vale à pena.
No norte da América, onde as ideias que dão certo tornam jovens milionários, o excesso de esforço tem sido questionado e a defesa a uma vida com melhor qualidade veiculada, o que dizer então a respeito do sul?
Ir rápido porque e para onde?
Mulheres no topo das organizações já não é mais novidade. Não só são aceitas como incentivadas.
Algumas optaram por desenvolver suas carreiras, trocando de posição com os maridos, que cuidam da casa e das crianças.
Estranho? Não mais. Agora, estranho é estranhar.
Conforto não é de graça. Nada é grátis nesta vida. Ora, então que o providencie quem tiver as oportunidades.
Qual a novidade então? Elas estão enfartando mais!
Filhos, poucos e bem cuidados. Quem puder e souber os eduque, pois as ruas farão o contrário.
Vovó lavava a boca dos netos com sabão quando diziam palavrões, insistia para que tomassem cuidados, pois os costumes de casa iam à praça.
O mundo mudou. O chinelo foi aposentado, o sabão proibido, vovó foi para o retiro, os pais estão ausentes para obter renda para comprar o conforto, com isso os costumes da praça agora é que vão a casa.
Palavrões em casa? C…caramba, como falam!
Mundo aberto, sem proibições. Descriminalizar é a moda.
Um amigo perdeu o filho. As drogas o levaram. Overdose. Não é mais o mesmo. Jamais imaginou que isso pudesse acontecer.
O garoto sempre foi excelente aluno, exceto no último ano em que se envolveu com as drogas e ninguém sabia o que estava acontecendo.
O que pensa hoje o pai?
Não sei. Anda pensativo. Diz que tinha a mente aberta, mas neste momento apenas boca fechada.
Conhece pessoas com HIV positivo?
Eu conheço. A guardete de uma empresa de serviços que contratei e o filho de um amigo. Meu contato, até então, era o filme Filadélfia com Tom Hanks.
Senti o peso da questão quando ele se sentou em minha sala e em prantos falava sobre o impacto da notícia.
Em segundos assisti meu próprio filme: Também tenho filhos!
Sempre que posso digo a eles: – Vão com calma, sejam cuidadosos, prevenidos…
Eles ouvem? Sempre.
Respondem? Só quando os encho muito. A frase é curta e direta: – Dá um tempo!
Estão apenas usando o que aprenderam comigo quando eu queria que parassem com as peraltices.
E as conquistas? Muitas.
E o tempo para desfrutar? Pouco.
Lembra do velho ditado das duas alegrias: Uma na compra e outra na venda?
Cada vez mais válido.
Um domingo, pela manhã, encontrei um amigo com uma maravilhosa motoca prata, mais de mil cilindradas. Feliz. Tinha realizado um sonho. Insistia para que eu também fizesse o mesmo.
Passado algum tempo voltei a encontrá-lo caminhando. Disparei – Cadê a moto?
Ele, mais feliz ainda, respondeu: – Vendi. Não tinha tempo para usar.
Disse: Puxa, ainda bem que não te ouvi.
Ele:- Sorte sua, porque vender foi minha segunda alegria.
Aproveitei e perguntei: – Preciso fazer uma revisão no carro, quando posso deixar contigo? – um dos melhores mecânicos que conheço.
Levei um susto com a resposta: – Passa lá sábado a tarde.
Um tambor batia incessantemente na minha mente: Sábado à tarde?
Não tinha tempo para a motoca, mas tem para trabalhar?
Estamos todos muito ocupados. Será que a questão está em trabalhar mais ou melhor?
Acho que não tem jeito. Rápido, mas muito rápido, teremos que ir mais devagar!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Eu não sabia!
Seus problemas acabaram, e não é por conta dos inventos das Organizações Tabajara não!
É a nova onda, que pode se tornar uma tendência. Por ser demasiadamente interessante pegou e está sendo usada em larga escala.
Fiz uma pesquisa na internet, parece que não é invenção nossa, mas pode muito bem receber nossas cores.
Pela contundência, revirei escritos e peças atribuídas à Shakespeare, imaginando que este poderia ser o autor.
Afinal, como célebre criador de “to be, or not to be”, poderia também ter cunhado essa obra-prima.
Um verdadeiro canivete suíço, quebra todos os galhos, tira-o de enrascadas e preserva sua imagem.
Não é necessário perícia, treinamento, nem qualquer conhecimento para uso.
De acordo com amigos, em algumas situações, tem mais força que leis.
Pode ser usada isoladamente, mas se acompanhada de expressões de espanto deixa seu interlocutor sem ação e, não raro, estes não só lhe pedem desculpas pela interpelação, como chegam a assumir a culpa.
É um argumento mais contundente do que aquele usado pelo sujeito que disparou um revolver, feriu o vizinho e dizia ao delegado: – Doutor, revolver não mata. Quem mata é a bala. O revolver é meu, mas a bala que o acertou não!
Pode ser usado com seu chefe em situações em que você, atarefado ou desleixado, deixou de fazer o recolhimento dos impostos e a empresa agora terá que arcar com uma multa de vinte por cento.
Outra possibilidade é quando uma auditoria descobre que todos os seus comandados estão, há dez anos, desviando dinheiro da tesouraria, da qual você é responsável.
A situação vai envolver uma investigação, você será questionado por policiais, pelo delegado, talvez tenha que responder um processo, mas a questão pode ser resolvida de uma forma muito simples.
Você simplesmente responde: Eu não sabia!
Não esqueça a cara de espanto.
Uma noite, reunimos alguns amigos para um lanche e duas pessoas pediram suco de laranja natural.
No primeiro gole perceberam que, não só tinha açúcar, mas muito açúcar. A pessoa que nos atendeu disse: – Nosso suco de laranja natural é servido com açúcar.
O pessoal indignado tentou explicar que se era natural não deveria levar açúcar. Impossível convencê-la.
Descontentes com a resposta resolveram chamar o gerente para entender porque “natural deveria ser com açúcar”.
O gerente, sem entender toda aquela agitação, disse: Não, se é natural não leva açúcar.
O pessoal insistia: – Por favor, chame sua funcionária e explique a ela que se é natural não leva açúcar.
Após alguns minutos de palestra, a garota olhou para o chefe com cara de espanto e respondeu: – Eu não sabia!
Hoje eu acredito que ninjas existem. Ploft, ele desapareceu no meio da fumaça e nem nos pediu desculpas.
Sabe aquela situação em que o feijão está torrando na panela, a água secou, a casa está impregnada pelo cheiro, você entra voando na cozinha, apaga o fogo, antes que tudo vá pelos ares, e vê todos os seus filhos, na maior zoeira, em volta da mesa, sem se dar conta do ocorrido, e tolamente faz a pergunta: – Por que não apagaram o fogo, a panela estava a ponto de derreter?
Eles olham para você como se tivessem visto um ET e respondem: – A gente não sabia!
Lá no fundo de sua mente uma frase fica martelando: A culpa é minha!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Felicidade, o eixo da vida
Um assunto fundamental e extremamente complexo.
O que é a felicidade, como alcançá-la, e, principalmente, conservá-la?
Disse Leon Tolstoi: “A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira”.
Para Carlos Drummond de Andrade: “Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.”
Mahatma Gandhi ensinava que “não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho”.
Não podemos esquecer William Shakespeare: “A alegria evita mil males e prolonga a vida”.
E Masaharu Taniguchi, sempre em busca de ensinamentos?
“Não há satisfação maior do que aquela que sentimos quando proporcionamos alegria aos outros”.
Ah, Mario Quintana: “Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade”.
Que tal Erico Verissimo: “Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente”.
Onde arrumei essas frases?
Não procurei, ganhei de presente!
Por que razão? Simplesmente por não ter respondido a pergunta de um amigo.
Quer saber se é uma nova onda, na qual quem trata mal os amigos ganha presentes?
Não, não é. É que eu não tinha a resposta.
Pergunta difícil? Não, muito simples. A resposta é que era impossível.
Você está curioso? E eu pensativo. Gostaria, realmente, de tê-lo ajudado, mas…
Sei não se deixa “amigos na mão”. Você também acredita que amigo que é amigo não aparta briga, chega dando voadora? Foi o que ele me disse quando não respondi.
Ta bom, vou deixar a pergunta com você para que possa ajudá-lo. Ele vai gostar de conhecê-lo.
O chefe lhe perguntou: Você está feliz na empresa?
E ai, tem a resposta? Vamos lá, não se nega ajuda aos amigos!
Meu silêncio o fazia pensar alto: – Se digo que sim, não receberei aumento tão cedo, mas se digo que não, gero uma crise.
Resolvi devolver a pergunta:- Você está feliz?
Ele: – Sinceramente?
Irritante não é, essa pergunta?
Por que eu esperaria uma resposta que não fosse sincera?
Pensou, pensou, e disparou: – Não sei!
Ia me esquecendo, o que é mesmo que você ia dizer a ele, ajudando-o a responder a pergunta do chefe?
Fala alto, não estou ouvindo. Calma!
Note que perguntei se ele estava feliz, e não se era feliz. Afinal, “ser” já está em outro estágio!
Pois é, foi refletindo que ele saiu em busca de argumentos e apanhou as frases. Gostei, então disse: – Passa pra cá.
Ele descrevia seu sentimento de felicidade: Parece um plano inclinado que se movimenta. No centro há um eixo, e eu estou amarrado nele por uma corda.
Giro em volta do eixo, enquanto o plano oscila.
Conseguiu entender?
Eu não sei e ainda mexe com minha labirintite!
O fato, tratado de forma simples e direta, é que a felicidade, realmente, é o eixo da vida.
Há, ainda, a questão do dinheiro. Afinal, ele está preocupado com o aumento do salário, lembra?
A frase no parachoque diria: “Dinheiro não traz felicidade”.
No boteco: “Dinheiro não traz felicidade, manda buscar”
O pobre: “Dinheiro não traz felicidade, mas diminui muito a infelicidade”.
E, Groucho Marx: “Há tantas coisas na vida mais importantes que o dinheiro! Mas, custam tanto!
E assim, vamos girando em torno do eixo, enquanto meu amigo pensa o que vai responder!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Gung ho, duas palavras, um comportamento, um conceito
É interessante como o homem se apropria de formas, comportamentos e palavras para criar conceitos.
Sua inventividade e capacidade de adaptação são formidáveis, por essa razão nosso poder de observação não pode ser negligenciado.
Ao usá-lo, podemos agir como os animais que possuem a característica do mimetismo. Capacidade de imitar padrões de coloração, textura, forma do corpo, comportamento e aspectos químicos, que permite ao mímico vantagens adaptativas.
Em certos momentos da nossa história empresarial podemos encontrá-lo com maior ou menor predominância, como quando a febre pelas técnicas japonesas de gestão invadiu o mundo. Não faltaram loiros e ruivos de olhos verdes e azuis se desdobrando para imitar os samurais, ainda que jamais pudessem ter as semelhanças desenvolvidas pelas borboletas monarcas e as vice-reis – a borboleta vice-rei é uma borboleta semelhante à monarca, embora não produza a mesma toxina que esta. Isso a protege, pois os predadores, confundidos, evitam atacá-la.
As grandes modas são expressões de mimetismo, principalmente quando procuramos nos assemelhar aos nossos ícones. Adoradores de Elvis Presley, Michael Jackson, Marilyn Monroe, Frank Sinatra, Roberto Carlos, e tantos outros ídolos, são comuns, mas há situações em que figura corporal não é o foco, mas sim o talento.
Em gestão esse é um aspecto comum. Os produtos são copiados, os modelos de gestão assemelhados, ainda que toques pessoais sejam dados.
O oficial de Marinha Estadunidense, Major Evans Carlson, ao desenvolver um trabalho, observou comportamentos e palavras e os tomou emprestados para desenvolver um conceito.
Explicou certa vez: “Eu estava tentando criar o mesmo espírito de trabalho que tinha visto na China, onde todas as pessoas se dedicavam a uma idéia e trabalhavam em conjunto para fazê-la funcionar. Eu falei aos soldados sobre isso repetidamente e lhes disse que o lema das cooperativas chinesas era Gung Ho, cujo significado era Trabalhar Junto – Trabalhar em harmonia”.
A natureza dá suas contribuições e um dos grandes exemplos de Gung Ho pode ser encontrado no deserto do Kalahari.
Nessa região estão os suricates. Pequeno mamífero, com cerca de meio metro, peso próximo a um quilo e pelagem acastanhada.
Vivem em pequenos grupos de até quarenta indivíduos e revezam-se nas tarefas de vigia e proteção da colônia. Estudos mostram que desenvolveram linguagem própria, capaz de indicar o tipo de predador que se aproxima.
Os mais velhos incumbem-se de ensinar aos mais novos, existindo registros de adoção de um elemento cego por outro experiente, que o ajudava a procurar alimento e buscar proteção.
Grupos de trabalho não são difíceis de formar, obter trabalho em grupo sim. Esta ainda é uma questão complexa.
Esta barreira pode ser superada pelo aspecto mais significativo da interpretação de Gung Ho, a Harmonia.
Surpreendente se torna ainda mais o conceito quando vemos que a palavra na sua origem não tem nada a ver com slogans ou gritos de guerra, quer dizer apenas Cooperativa Industrial.
Não importa, para nós Gung Ho será sempre uma determinação para trabalharmos juntos e em harmonia!
Gung Ho!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Contrate pelo talento, não apenas pela experiência
Dizia um amigo, em uma conversa na hora do almoço: – O mercado está carente de profissionais qualificados!
Da mesa ao lado, ouvimos: – Sempre esteve!
Viramos para ver quem falava. Lá estava um sorriso simpático, cabelos brancos, camisa azul sem gravata e paletó marinho.
– Terminaram o almoço? – perguntou
Em face da afirmativa, sorriu: – Posso me juntar a vocês?
Levantou-se, puxou uma cadeira e se acomodou com um copo d’água na mão. – Desculpe a intromissão, não pude resistir, os anos passam, os argumentos não!
Uma grata conversa, ratificou muitos pontos de vista que defendo.
Meus conhecimentos profissionais e as oportunidades que tive de trabalhar e aprender em todos os departamentos, de muitas empresas, do chão de fábrica à área de vendas, passando pela administração e gestão financeira, não se deveu apenas à minha prévia experiência, mas à confiança que depositaram em minha capacidade de resposta.
Uma lição que pede apenas uma forma de agradecimento: Ensiná-la!
Notamos a falta de profissionais qualificados, com maior frequência, em momentos inovação e exaustão, contudo a questão é mais complexa do que se mostra.
A empresa que perde um colaborador experiente e não tem tradição na formação de substitutos – backup como também são chamados – sempre enfrenta dificuldades para contratação.
No decorrer de minha carreira, fiz muitas seleções e contratações, por essa razão trabalhei ombro a ombro com empresas de recrutamento e seleção em todo o país, e as dificuldades sempre existiram.
Para os cargos de comando, as barreiras para desenvolvimento interno são maiores. Não dependemos apenas da capacidade de aprendizado e aplicação do conhecimento. É necessário facilidade de relacionamento, um pouco de liderança e gosto por condução de pessoas e esforços.
Quando contratamos pelo talento, procuramos também essas qualidades no candidato; quando o fazemos apenas pela experiência, as luzes que iluminam em demasia um ponto colocam outros sob as sombras.
Houve um período na história empresarial, motivado pela disseminação dos carentes recursos de informatização, que a palavra de ordem era: Colaborador multitarefas, multifunções.
O foco não era o conhecimento restrito, mas sua ampliação. O objetivo era ter cada colaborador preparado para exercer variadas tarefas, substituir pares e assumir posições de maior relevância.
A própria informatização, que agiu como alavanca impulsionando o processo, se tornou pá, enterrando-o.
Muitos trabalhos, ainda que complexos, não demandam conhecimentos teóricos profundos para sua execução – embora importantes.
Para um cálculo financeiro você precisa saber deduzir fórmulas? Não, com uma calculadora financeira e atendendo algumas regras de uso das teclas “i, n, PV, PMT, FV”, realiza proezas.
Muitos lembram que FV=PV*(1+i/100)^n? Hum, será que está certo? Alguém, que realmente sabe, dirá!
Se estiver certo, como calcular o “i”?
O que é esse “i”, mesmo?
Nossa vida ficou mais prática, mas está mais simples? De forma nenhuma!
Reunidos, debatendo sobre empréstimos, onde as fórmulas para cálculo de juros consideravam em um contrato o método hamburguês e em outro juros compostos e pagamentos postecipados, os gerentes da instituição financeira, com suas calculadoras e computadores portáteis, com fórmulas prontas, nos diziam: – Usamos estas planilhas e na calculadoras estas teclas. As fórmulas não sabemos como são!
Para aquele momento, nem precisavam…
Quantos profissionais, lotados em departamentos contábeis, conhecem todos os métodos e sistemas para apuração de custos e suas variantes. Muitos dominam apenas aquele que a lei estabelece como regra: Custeio por absorção.
Isso os impediria de aprender rapidamente os conceitos de custeio variável? Claro que não, principalmente se a tônica estiver no preenchimento de campos, simples digitação e emissão de relatórios de programas super, hiper, informatizados.
A escola da vida ensina na mão inversa do mundo acadêmico.
No segundo recebemos primeiro a teoria e depois fazemos as provas. Na escola da vida recebemos algumas dicas, fazemos a provas e daí sim seguimos para o aprendizado.
Os Mestres do Universo partem do pressuposto que somos todos capazes. Nosso entusiasmo vem do poder que possuímos por termos um deus dentro de nós – do grego “en” dentro, “theos” Deus e “asm” ação, Deus dentro de nós em ação.
Ensinam e nos cobram até que mostremos nossas limitações, nunca desistindo de seus eternos alunos.
Na vida – uma aventura para titãs- somos multitarefas e multifunções, sempre, por que nas empresas não?
Simplesmente porque somos recrutados pelos Mestres do Universo pelos nossos talentos e não pela nossa experiência.
Para estes jamais faltarão colaboradores qualificados.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Bullying nas empresas
Como os comentários e notícias sobre bullying muitas vezes têm como foco adolescentes, podemos ficar com a impressão que essa é sua característica, mas não é não!
A palavra inglesa “bully”, como substantivo, significa valentão, fanfarrão, rixa, tirânico, mandão, e como verbo, ameaçar, maltratar, oprimir, arreliar, assustar.
Onde iremos encontrar essa ação no palco? Onde o uso do poder é exacerbado.
Nas empresas, algumas situações são facilmente identificadas como bullying, outras não.
O humor é um assunto complexo: Quando ele é engraçado e quando é ofensivo?
Alguns amigos diziam, enquanto tratávamos do assunto: – Desde que não seja humor negro!
Ora, o que é humor negro? E tem de outras cores?
Pensando nisso, eu procurava uma definição para humor, quando me deparei com uma frase de Groucho Marx – ator estadunidense, comediante, considerado um dos mestres do humor – que dizia; “Humor é a capacidade de exagerar a tragédia”.
Situações parecidas com reações diferentes:
Estava em um evento em uma cidade do interior, em uma associação de classe, ouvindo uma palestra. As cadeiras eram de plástico e bem frágeis. Sentíamos que as pernas abriam, e de vez em quando as pessoas se levantavam para se acomodarem melhor.
Plaft! Um estalo e lá estava meu vizinho de costas no chão e pernas para o ar…
Uma das pernas da cadeira partira-se e ele, deitado, ria descontroladamente do desastre.
Sempre desejei que nada disso acontecesse comigo, ainda mais em um local com tanta gente.
O diabo me reservou uma surpresa.
Reunido com o presidente da empresa em que trabalhava como diretor financeiro, vi o encosto da cadeira saltar e fiquei esticado sobre o acento como se estivesse levitando. Não sei como não fui parar no chão.
Este, assustado, correu contornando a mesa e me achou sentado no chão, rindo com o encosto nas mãos.
Amigo de longa data, teve uma reação inesperada, assim que viu que nada sério havia acontecido: xingava sem parar por ter quebrado sua cadeira.
Reunião de fim de ano. O gerente de RH estava muitos, mas muitos, quilos acima do peso. Cadeira de plástico. Só podia acontecer um acidente. Aconteceu.
Lá estava nosso querido e alegre amigo no chão, ouvindo sonoras gargalhadas e comentários. Infelizmente sua reação não foi achar o fato engraçado. Levantou-se e deixou a sala.
Humor, tragédia?
Como classificá-las?
Já é difícil, o que dizer, então, quando há um ataque?
Quantos adjetivos não são usados para classificar comportamentos e erros?
Conheci pessoas que me diziam que todos os dias precisavam brigar com alguém e entravam na empresa aos gritos. Outra se orgulhava de ter demitido funcionários por não ter gostado da forma como o teriam cumprimentado.
Tem aquele comentário inconveniente, acompanhado do sorriso irônico: – Olha, se continuar assim seu futuro aqui está comprometido!
E, claro, há situações em que o respeito nunca existiu, mas como não há reprimenda o autor se julga “ Nero e põe fogo em Roma”.
Sendo fato, por que as pessoas não reclamam?
Todos nós sabemos a resposta, mas não custa repeti-la: Precisam do emprego!
Mas e as leis?
Ah, as leis! As leis são quem as aplica.
Você já viu uma pessoa fazer mais de dez boletins de ocorrência, sobre a mesma situação, e nenhuma providência ser tomada?
Pasme, eu conheço! Um milagre algo mais sério não ter acontecido ainda.
Temos nos deparado com essa questão, principalmente envolvendo as crianças, então vamos refletir se estamos educando devidamente nossos filhos e somos reais exemplos de retidão.
A não ser que o velho ditado tenha mudado, filho de peixe, peixinho é!
Hoje, bullying nas escolas, amanhã nas empresas!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
O Tríplice nó empresarial – O oráculo de Varuna
Nasci na cidade de Sorocaba, interior do estado de São Paulo, na vila Hortência, a única colônia espanhola no Brasil que tenho conhecimento. Muitas ruas ainda são referências a esse passado e se chamam Granada, Catalunha, Sevilha, Madri.
Meus avós, oriundos de Almeria, deixaram as terras no velho continente em busca de uma vida melhor no nosso país.
Refletindo sobre formas de aplicar ensinamentos de gestão empresarial, comecei a resgatar fragmentos de histórias que me contavam na infância e que hoje me permitem ter um entendimento mais prático de alguns aspectos da vida.
Um pouco de minhas lembranças numa interpretação para gestão:
Conta a lenda que numa distante terra no Oriente, há dezenas de centenas de anos, havia uma pequena cidade, morada de sábios, que resolveram com seus ensinamentos ajudar seus habitantes, um povo laborioso, a ter uma vida melhor.
Construíram um oráculo, dedicado a Varuna, deus arquiteto e ferreiro, que possuía um conhecimento infinito. Varuna é chamado de Passabrit “senhor do nó corrediço”. Esse epíteto, expressão que o qualifica, apresenta uma das mais relevantes características do deus. Os nós simbolizam a capacidade de prender ou libertar, de dar vida ou de tirá-la. Segundo os sábios, com suas orientações e com ajuda do oráculo, todas as dúvidas e dificuldades para desenvolvimento de negócios poderiam ali encontrar respostas. Para se chegar ao oráculo, onde as perguntas seriam feitas, era necessário subir 4 degráus, com inscricões que orientavam seus visitantes. No primeiro estava escrito “decifra-me”, no segundo “aprende”, no terceiro “desata-me’, e no quarto “ prospera”. Dentro do oráculo havia uma corda que formava um círculo, com três nós, considerados dificeis de serem desatados, também com inscrições. Em uma delas lia-se “ Procura-me e oferece”, em seguida, no segundo nó, “ atende-me sem demora”, no outro, por fim, “ Cuida e sucede”. Em um muro de pedras, logo após deixar o oráculo, a caminho de casa, os peregrinos encontravam a seguinte inscrição: “Nada pode-se ensinar aos homens, podemos apenas ajudá-los a encontrar suas próprias verdades”. Todos que faziam a peregrinação e seguiam as instruções recebidas obtinham excelentes resultados nos seus empreendimentos. À medida que os negócios se desenvolviam a cidade crescia, mas perdia-se o interesse pelo sábios e pelo oráculo. As melhorias, após consultas, eram consideradas meras coincidências. Um dia, para espanto de alguns e pouco interesse da maioria, desapareceram os sábios e toda estrutura do oráculo. No local, de terra batida, havia apenas uma inscrição, feita aparentemente com uma vara, que o vento e a poeira se imcumbiram de apagar: “ Mil anos os separarão da verdade “. Pouco a pouco, os negócios e a cidade começaram a definhar, não restando nos dias atuais vestígios dessa civilização, apenas a história contada boca a boca, à qual apenas alguns dão ouvidos. Acredita-se, aqueles que acreditam, que as antigas lições são as mesmas que hoje procuramos ensinar aos gestores de nossas empresas. O nós tinham os ensinamentos fundamentais para desenvolvimento de negócios. Primeiro nó: “Procura-me e oferece”, orienta para a prospecção de oportunidades e oferta de produtos. Segundo nó: “Atende-me sem demora”, é uma indicação clara de que uma vez obtido o pedido o cliente tem que ser atendido sem atrasos. Terceiro nó: “Cuida e sucede”, aconselha que se faça rigoroso controle das tarefas e do caixa para que se possa alcançar o sucesso. Nas escadas havia a orientação básica para uso desses conhecimentos, pois uma vez entendido o enigma, as lições deveriam ser aprendidas, os nós desatados , na verdade as dificuldades equacionadas, para se obter a prosperidade. O pouco que se sabe é que com o desaparecimento do oráculo muitos ensinamentos foram perdidos. Há quem acredite que essa civilização possa ter tido ligação com a Atlântica, outros que foi só mais um local enterrado pelo tempo, e a maioria que é apenas mais uma lenda. Fato ou lenda, quem tiver sabedoria para seguir esses ensinamentos certamente terá sucesso, embora não sejam mais do que velhos conselhos para problemas novos.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Sustentabilidade e a redução do desperdício da competência
Uma questão complexa nas empresas é a descoberta e aplicação do capital intelectual.
Atarefados, despreparados, pouco atenciosos, desinteressados, não importa o motivo, sempre deixamos de observar competências que poderiam ser desenvolvidas e aplicadas. Isso acontece em todos os níveis da empresa. Com nosso próprio potencial intelectual e de nossos comandados e liderados.
Quer descobrir essa riqueza e aplicá-la devidamente?
Faça o seguinte teste: Todos que terminarem a tarefa do dia estão dispensados para ir para a casa. Verá com que rapidez, criatividade e competência as coisas serão realizadas.
Vá monitorando o desempenho e atribuindo novas funções e trabalhos de acordo com as competências observadas.
É verdade que a pressa fará com que alguns cometam erros que deixarão claros não só os problemas de falta de habilidade e conhecimentos, como também a negligencia.
Outra descoberta, nesse modelo, será o comprometimento. Da mesma forma como há um prêmio deve haver uma sanção.
Um aspecto que ficará evidente é a forma como usamos nossas “oito horas” diárias.
Nosso tempo precisa ser bem aplicado para reduzir custos da empresa e para nossa progressão profissional. Ocorre que muitos não se dão conta disso.
Há uma série de desperdícios que são gerados pela morosidade e falta de qualificação profissional.
Maior lotação no local de trabalho significa maior demanda por energia, água, alimentação, combustíveis, papelaria, telefonemas, limpeza, e assim vai.
Não acredita nisso? Coloque mais uma pessoa dentro da sua casa.
Traga a sogra para morar com você. Epa, não vale morar com a sogra, nesse caso você é o gasto extra!
Um dos grandes exemplos encontrei quando um executivo japonês nos dizia: – Ainda que produzíssemos o mesmo que os ocidentais gastaríamos menos aço. Sabem por quê? Não temos excedente para desperdiçar.
Levando em conta esse raciocínio, se considerarmos que não podemos desperdiçar competências na empresa, faremos a maior investigação possível sobre as potencialidades.
Isso vai nos levar a um sério tratamento da avaliação de desempenho, não para premiação ou cobranças, mas para “escavar essa mina em busca de ouro”.
O mundo, hoje, fala em sustentabilidade com toda razão. A questão é muito séria, mas deixa de tratar o seu aspecto fundamental: o desperdício de competências.
Lembra a velha fábula do tubo de pasta de dente?
Cada um conta à sua maneira, vamos a uma versão antiga, do tempo que elevador tinha manivela:
Dois executivos, preocupados em aumentar o consumo de pasta de dentes, para gerar maior faturamento, conversavam dentro do elevador, imaginando mil propagandas. O ascensorista, atento à conversa, não perdeu a oportunidade e perguntou: – Por que vocês não aumentam a boca do tubo?
Ora, por que não fazer isso com nosso tubo de “pasta de competências”. Aumentamos a boca do tubo e o apertamos do fundo para a boca, espremendo de forma a retirar tudo o que for possível?
Há um segredo ainda. Ao encher o tubo é importante a qualidade do “produto” que será colocado. Ao espremê-lo você obterá apenas o que lá colocou. Sacou?
Nesse sentido, a fábula do lenhador serve como exemplo:
Intrigado, um lenhador perguntou a outro: – Como você consegue derrubar mais árvores do que muitos de nós se o vemos sempre sentado, enquanto damos um duro danado para cobrir nossa cota?
Respondeu este: – Ao me verem sentado, vocês pensam que estou descansando, mas se prestarem atenção verão que estou sempre afiando o machado.
Um machado afiado é muito mais eficaz que a força empregada.
Sustentável vem do latim sustentare que significa sustentar, conservar, cuidar, favorecer, apoiar.
Sustentabilidade, como princípio moderno, tem a ver com ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo, culturalmente aceito, então como desperdiçamos competências e não utilizamos todo nosso potencial e capital intelectual?
Não tem nenhum sentido ou lógica, devastar e derrubar montanhas de recursos naturais para gerar outras de puro lixo, porque não fomos capazes eliminar ou reduzir o desperdício de competências.
Como você está desenvolvendo seu potencial intelectual e usando suas competências?
Pense nisso!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Ah, que saudade de Maria!
Maria. Sim, esse é o seu nome.
Pequena, discreta, reservada, culta, inteligente, prestativa, bem informada, dedicada, estudiosa, excelente aluna, pessoa de fácil trato, iniciando uma carreira.
À medida que as tarefas lhe são delegadas as desempenha com desembaraço e sem alvoroço. Tudo lhe parece simples, sem maiores complicações, a ponto de não ser muito observada.
Como está sempre disponível, cada vez recebe mais incumbências.
Essa descrição nos deixa curiosos e não há como não perguntar: – O que faz Maria?
Hum, parecia simples responder, mas Maria faz um pouco de tudo.
Vamos mudar a pergunta: – Qual o seu cargo?
Na sua ficha, no departamento pessoal, consta “Auxiliar administrativo”.
– E o que faz um auxiliar administrativo?
– Ah, na nossa empresa o que alguns pedem e outros mandam!
Nossa, ainda não conseguimos descobrir o que faz Maria!
Bom, Maria lança faturas no sistema, prepara as planilhas de caixa, manda duplicatas para bancos, atualiza contas a receber e pagar com integrações bancárias, cobra clientes inadimplentes, preenche os cheques, chega mais cedo para trocar as fitas de back-up, mantém alguns arquivos em dia e um “monte de outras coisas”.
Maria é uma excelente funcionária, deverá ter um grande futuro nessa empresa.
Não, Maria já não trabalha mais nessa organização.
Ela até que não reclamava de chegar mais cedo do que os outros, mas como morava longe estava gastando muito com combustível, então resolveu procurar algo mais perto de casa e “deu sorte”: Foi contratada por uma grande empresa.
Para nós a situação ficou mais complicada, algumas coisas só ela sabia fazer.
As tarefas foram distribuídas e o pessoal ainda não pegou o jeito, até o controle de caixa está meio “bagunçado”.
Este mês acho que contabilidade não fecha na data a não ser que todo mundo ajude. Vai ter horas extras e não serão poucas. Será complicado explicar para a direção que não poderemos cumprir as datas.
Ninguém poderia imaginar que a partida de Maria fosse complicar tanto assim!
Uma história boba, aquelas do herói ou heroína que parte para terras distantes, deixando aquele enorme vazio?
Não, verdadeira, acontece todos os dias, algumas são desprezadas, outras, há ainda a tentativa de resgate de Maria.
Ocorre que Maria, cada vez mais experiente, vai superado obstáculos, deixando sua marca e as empresas que não a reconhecem, afinal oportunidades sempre aparecem.
Como Maria não foi notada na empresa?
Para o Rh era uma auxiliar, para seus chefes a pessoa que executava os trabalhos rotineiros, para a diretoria a menina da administração, para seus amigos uma pessoa quieta que estudava e trabalhava o tempo todo.
E sua genialidade?
A observação era geral: – Do jeito que estudava só poderia tirar notas altas.
A genialidade, muitas vezes, está em se fazer o básico bem feito.
Sendo, você, um piloto de avião ou um especialista em explosivos, por exemplo, seguir todas as regrinhas é o mínimo que o bom senso recomenda.
Maria sabia que ao não cumprir as tarefas à risca teria uma bomba nas mãos, e ainda, fazia porque gostava e queria aprender.
Na sua atual empresa assumiu um cargo interessante, atende um programa de treinamento para gerenciar o departamento, trocou o carro, está mais sofisticada, desinibida, até mais falante.
– Claro, fez curso de oratória!- diriam alguns.
Fato é que não sabemos se a invejamos ou lamentamos sua partida, sobrou trabalho para todo mundo: Ah, que saudade de Maria!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Mulher, deusa guerreira
A história dos povos mostra que as sociedades matriarcais são mais pacíficas do que as patriarcais, onde a cultura belicosa – apropriação de territórios e o subjugo dos derrotados – se faz presente.
No sudoeste da China, na fronteira entre as províncias de Yunnan e Sichuan, existe um belo lago de água doce, o lago Lugu, onde se encontra uma das mais antigas sociedades matriarcais ainda remanescentes.
Um fato notável para registro: “Além do comando feminino, o povoado desta região destaca-se pela ausência de criminalidade.”
Mostram os fatos que as Culturas Matriarcais, por serem pacificas, também foram dominadas com mais facilidade pela força bruta.
Quando pensamos em mulheres guerreiras nos vem à mente a lenda das Amazonas.
As amazonas eram mulheres guerreiras gregas. Ficaram famosas por terem se mostrado grandes guerreiras e líderes sociais, além de serem os primeiros humanos a adestrarem cavalos e cavalgá-los. Por essa razão o termo “amazonas” denomina mulheres que cavalgam.
Há uma mulher, pouco conhecida, cuja história merece ser contada: Boudica.
Boudicca era conhecida pelos romanos como Boadicea.
Pouco se conhece da sua origem, calcula-se que nasceu por volta do ano 30 a.C. Quem sabe tenha se chamado Boudiga, uma referência à deusa Celta da Vitória.
Casada com o rei Prasutagus, era rainha dos Icenos, uma tribo dos Celtas. Tinha duas filhas.
Com a morte do marido, o povo Iceno passou a ser atacado pelos romanos, e ela e as filhas foram barbaramente torturadas por não aceitarem o domínio estrangeiro. Enquanto era castigada em público, desnudada e espancada, as filhas eram estupradas pelos soldados.
Por ordem do Imperador Nero suas terras foram confiscadas e seu povo escravizado.
Essa crueldade alimentou seu ódio e raiva e criou a lendária guerreira que uniu tribos opositoras que viviam em constante luta.
À frente de cem mil integrantes, acompanhada das filhas, aterrorizou o mundo romano.
Estes se sentiam duplamente agredidos ao lutarem com os Celtas comandados por uma mulher, que tinha em seu exército pessoas de ambos os sexos. As guerreiras, destemidas, lançavam-se ao combate com uma coragem impressionante.
A primeira batalha, na atual Colchester, durou alguns dias, e os romanos que escaparam com vida fugiram para a atual Londres.
O governador da Britania, general Gaius Suetonius Paulinus, ao saber do confronto fugiu com a sua Legião e os mais próximos, abandonando os demais à própria sorte.
Três cidades foram totalmente devastadas nessa caminhada: as atuais Colchester, Londres e Alban.
A simples menção do nome da Rainha Ultrajada era suficiente para causar pânico na região.
Boudica foi vencida pelo general romano Gaius Suetonius Paulinus, que reagrupou as tropas, na famosa batalha em Watling Street.
Não se conhece o seu destino e de suas filhas. Diz a lenda que foi feita prisioneira, envenenando-se por não aceitar a condição de escrava, outros relatos falam de sua morte no campo de batalha.
A Rainha Guerreira dos Icenos desapareceu da história por séculos. Seus feitos foram resgatados no século XVI pela Rainha Isabel I, transformando-a em ícone histórico.
Sua estátua está junto ao Big Ben.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Unidade na diversidade
O homem tem procurado por toda sua existência segurança e conforto. Essa atitude o induziu a formar sociedades.
A busca de identidades e a estruturação de sociedades no meio da diversidade se dão com confiança que leva a colaboração.
Qualquer coisa que provoque alterações nesse estado lhe causa incomodo, essa é a razão da enorme resistência às mudanças, ainda que muitas o beneficiem.
Ao formar um conceito e estabelecer um modo de viver tudo o que nossos sentidos estranham a principio rejeitamos.
Por essa razão temos dificuldades de encontrar identidade no que é visualmente diferente e diferenças no que é visualmente igual.
Um exemplo simples disso é que nenhuma zebra tem listras iguais e todas as onças são pintadas, mas não identificamos isso com facilidade.
Na vida, interagindo com grandes grupos, a diversidade de comportamentos nos afeta menos que nas empresas, onde as relações são bem mais próximas e procuramos estabelecer uma unidade para ação.
A diversidade de comportamento é resultado das experiências vividas pelas pessoas em ambientes diferentes.
Vivendo nas montanhas o homem vai experimentar sensações que não podem ser entendidas por quem vive perto do mar e vice-versa.
Você já deve ter ouvido a expressão frente a uma situação inusitada: – Não consigo entender porque isso é tão difícil de aceitar.
Aceitar não quer dizer entender, e o fato de ser entendido não leva necessariamente a aceitação quando aquilo nos afeta.
Dessas experiências surgem não só comportamentos com certas particularidades, mas palavras sem tradução ou com significados difíceis de serem explicados , como a nossa palavra saudade, dezenas de palavras usadas pelos esquimós para identificar a neve , ou a expressão norueguesa para designar a luz do dia depois da chuva.
Unidade na diversidade é reconhecer e aceitar que pessoas, diferentes por suas origens, podem conviver em harmonia, uma vez estabelecidos limites e respeitadas as individualidades.
De modo geral, quando uma empresa procura um profissional para preencher uma determinada vaga o foco é sua identificação com o padrão que foi estabelecido e não a contribuição que este poderá trazer a empresa.
Essa questão quando colocada em debate gera enormes polêmicas, mas o fato é que poucas avaliam o potencial do candidato se este não tem experiência no segmento ou na área.
Contrata-se pela unidade, identidade encontrada, ainda que o discurso interno seja o de incentivo e aproveitamento da diversidade de talentos.
As empresas vivem dentro de um paradoxo: pensa-se em sociedade de resultados, enquanto age-se como sociedade da acomodação.
As sociedades formadas nas empresas são como rios turbulentos a procura de um ponto para descanso.
Uma vez formado o grupo e quanto mais coeso , maior será a dificuldade em se perceber e aceitar a diversidade na unidade.
As pessoas integrantes já ajustaram seu padrão de comportamento e evitam desvios.
É importante lembrar que ao estabelecermos modelos mentais nós projetamos imagens e queremos ser como elas, ainda que nosso desempenho não corresponda.
O homem tem mais dificuldades para reconhecer as diferenças em si que nos outros.
Nesse momento ele pode representar a maior diversidade na sociedade sem se dar conta disso. Esses aspectos também geram debates quanto à questão do juízo de valores.
Ao julgarmos todos iguais acabamos nos tornando injustos. Injustiça é tratar pessoas diferentes de formas iguais, isso coloca em risco a unidade na diversidade.
Em muitas ocasiões a diversidade se une por um forte motivo, nesses momentos é mais fácil aceitar as diferenças. Isso é muito comum nas crises.
A convivência entre os homens depende mais de sabedoria do que tolerância, mas só você poderá decidir como fará a sua parte.
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
www.postigoconsultoria.com.br
“Quando a sorte me procura ela sempre me encontra trabalhando“
Absenteísmo é só a ponta do iceberg
Absenteísmo é o termo usado para designar a ausência do trabalhador na empresa.
Uma questão grave e complexa para as organizações, pois envolve remunerações, perdas de produção, gastos extras, que provocam prejuízos.
Muitos estudos e pesquisas apresentam as causas das ausências relacionadas à capacidade física e psicológica das pessoas, e à falta de motivação para o trabalho, influencida por fatores internos e externos à empresa.
A motivação para a assiduidade também é afetada por procedimentos organizacionais, como recompensas e punições.
A declaração de missão de muitas empresas traz suas crenças e valores, pois as reconhecem em suas culturas como aspectos
de integração, participação e comprometimento.
A questão, tratada de forma direta, nos leva a perguntar: por que uma pessoa integrada, participativa e comprometida se ausentaria do trabalho?
Esse assunto gera acalorados debates e um frio na espinha dos gestores de recursos humanos, que procuram apoio de médicos, psicólogos, assistentes sociais, mas muitas vezes mantêm-se afastados dos gestores das áreas onde a incidência é signifitiva.
Vamos a alguns casos práticos, expostos para reflexão.
Silva é um supervisor intransigente e de difícil trato. Os funcionários o evitam, preferiam não ter que trabalhar com ele. Pelos anos de casa Silva conta com apoio do gerente e respeito da direção.
Verdade seja dita, seu chefe imediato miniza os contatos também, conversando assuntos estritamente necessários, e usa como ponte a habilidade de sua assistente Neusa, quando deste não quer se aproximar.
É justamente em sua área que o absenteísmo apresenta maior incidência.
Quando um funcionário lhe dizia que chegaria atrasado, pois tinha algumas questões para resolver fora da empresa, ele simplesmente respondia: – Se vai atrasar, não precisa vir!
A regra se estabeleceu, as pessoas se ausentam e depois comunicam. Mesmo os novatos, assim que chegam, são orientados quanto à cultura pelos colegas.
Teodoro, líder de uma das turmas, gosta de “tirar o máximo que pode do dia”. O ritmo de trabalho em seu setor, quando chegou, era alucinante. Não durou muito a proeza. É ali, justamente, onde a quantidade de afastamentos e ausências de trabahadores se mostra preocupante.
O trabalho pesado e repetitivo têm provocado baixas e Teodoro não se mostra sensível para analisar o fato com seus colegas de recursos humanos.
Pedro, supervisor da área ao lado, não. É camarada e compreensivo. Mantém as portas abertas e diálogo franco, mas vive um dilema.
Na equipe se deparou com dois colaboradores com perfis diferentes, competentes, mas que lhe provocam a sensação de excesso e falta de comprometimento, como dizia à Joel, o gerente de recursos humanos.
Um deles, Benê, vive às turras com a esposa, que o quer por perto sempre que leva Pedrinho, o pequeno filho, ao pediatra.
Sua presença nas festinha da escola do rebento é mais um motivo para os desentendimentos, entre outros. A situação é pública, gerando algumas observações dos colegas: “antes de pedir à Benê que faça algo é melhor perguntar se virá!”
Bill já tem outro comportamento. Dia desses a “menina do meio“ sofreu um pequeno acidente e passou por uma rápida cirurgia. Preocupado e zeloso, esteve ao lado da esposa no hospital. Terminado o procedimento e tranquilizado pelo médico, que lhe explicara que nada grave havia ocorrido, acertou com a esposa que iria para a empresa e no fim do expediente voltaria.
Os amigos, inconformados, lhe diziam: – Bill, o que você está fazendo aqui, filha está hospitalizada?
Bill, com toda paciência do mundo, procurava acalmar todos explicando que fora mais o susto e que, com seis filhos, se cada vez que um ficasse doente ele se ausentasse, jamais trabalharia.
Absenteísmo, mais do que a pura ausência do trabalhador, costuma estar ligado à falta de entendimento de questões importantes que precisam ser gerenciadas.
Ouvir todos os envolvidos permitirá o esclarecimento do problema, pois para essa complexa questão, que tanto desconforto gera, há um ditado popular bem adequado: “Toda panqueca, por mais fina que seja, sempre tem dois lados”.
Por essa razão, esteja atento, absenteismo é apenas a ponta do iceberg. Para conhece-lo, a única forma é mergulhar em águas frias.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
A outra face da liderança
É interessante como as pessoas gostam de tratar liderança como algo natural e positivo.
E ainda falam de um processo educativo, como se para isso existisse um manual.
O enfoque da liderança, como processo, poderia nos levar a dizer:
Liderança é o processo de condução de um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe, de forma que contribuam voluntariamente para alcançar os objetivos propostos.
Se o enfoque fosse habilidade natural, diríamos:
Liderança é a habilidade de exercer influência sobre um grupo de pessoas, de forma que contribuam voluntariamente para alcançar os objetivos propostos.
O assunto fica restrito a esses dois pontos? Logicamente que não, afinal há pessoas que não conhecem processos de condução de grupos, não tem habilidade e lideram. Não querem, mas lideram!
Se você ainda não se deu conta como, veja : lideram por motivação.
Como definiríamos essa situação?
Liderança é o poder de dar motivos à um grupo de pessoas, de forma que contribuam voluntariamente para alcançar um objetivo.
Objetivo formado por aquela idéia, cuja bandeira pode ter sido levantada apenas pela reflexão!
As diferenças nas frases são sutis, mas não os fatos que as geraram.
Interessante, também, é que uma palavra costuma integrar as definições de liderança: ética.
Ora, não faltam na história exemplos ruins de condução de grupos, quer por processo, habilidade ou poder de motivação. Onde entra a ética nessa questão?
Não seriam essas situações consideradas lideranças e os personagens líderes, ainda que nefastas?
Poderiamos pensar em dois tipos de escolas, a Escola de líderes e a Escola para líderes?
Uma que busca encontrar líderes: Escola de líderes – aquela que visa ensinar as pessoas a se tornarem líderes, despertando qualidades que as façam liderar, e, quando não as têm, ensinando processos de condução de pessoas, métodos de motivação e ética.
E outra que visa o aprimoramento de líderes: Escola para líderes- aquela cujos alunos foram identificados com talentos para liderença, mas precisam aprender técnicas de motivação, processos de condução de pessoas e ética.
E porque as pessoas, sem aptidão, deveriam tentar descobrir dentro delas algo que as permitissem liderar, se comandar é um tema menos complexo?
Para comandar você só precisa de objetivos, regras e estar investido de autoridade.
Seria porque imaginamos que sob liderança o clima poderia ser mais brando? Nem sempre!
Desenhemos uma situação:
A direção da empresa é composta por quatro pessoas, o presidente e três diretores. Você é um dos diretores.
Algumas medidas precisam ser tomadas com urgência, a pressão da matriz está terrível. Depois de horas de debates, três deles, inclusive o presidente, concordam com um caminho, exatamente aquele com o qual você discorda radicalmente. No plebiscito você é voto vencido e não se conforma com as medidas que serão tomadas.
Você tem enorme influência sobre as equipes, mas sabe que se “bater de frente” com os dirigentes irá para o olho da rua. Disso não tem a menor dúvida.
O que você faria?
Vai em frente, levanta a bandeira, liga para a matriz e entra em choque com os demais, pagando o preço pela liderança ou aceita a situação, integrando-se como mais um soldado?
Isso vai lhe custar alguma coisa também, afinal muitos liderados deixarão de vê-lo com tal!
Há um ditado antigo, no qual vou pegar carona. Diz o seguinte:
“Não chame de honesto um homem que nunca teve a oportunidade de roubar.”
Diria o mesmo sobre a liderança: “Não chame de líder o homem que nunca esteve sob fogo pesado”.
Sempre me provocou dois aspectos nas avaliações de desempenho:
– O primeiro, é que sempre há um item para avaliar o nosso perfil como líder;
– O segundo, quando há alguma discordância, que se solicite ao avaliador para que deixe claro como seremos avaliados no futuro, para agirmos como tal.
Sabendo, sempre, que a discordância pode impedir promoções, aumentos, transferências, ou gerar medidas disciplinares.
Sim, mas e a liderança? Inibida?
A verdadeira face da liderança é exercê-la, também, quando riscos existem e preços precisam ser pagos.
Nelson Mandela, por sua liderança, esteve preso por quase três décadas.
Qual o maior preço que você pagaria por sua liderança?
Antes de responder reflita e veja se realmente já esteve sob fogo pesado!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Mentes privilegiadas, pessoas determinadas, uma fantástica aliança
Idéias para se tornarem negócios precisam de empreendedores.
Viabilizá-las financeiramente, colocá-las à disposição do público, incentivar seu uso e consumo, dependem mais do conhecimento das necessidades humanas, criando e atendendo expectativas, do que do domínio da tecnologia.
Você tem alguma dúvida sobre isso?
Pense comigo: Qual o papel do zíper e do velcro? Talvez você diga que ambos têm a mesma finalidade.
Vá ao mercado e observe qual deles está mais presente nas roupas e acessórios e por quê?
O avião, a luz elétrica, o néon, o micro-ondas, o televisor e muitas outras invenções poderiam não passar de idéias extravagantes não fosse o tino comercial de algumas pessoas.
É verdade que alguns cientistas também são empreendedores, com isso são capazes de levar ao mercado suas invenções, fazendo destas grandes negócios. Os que não tiverem essa expertise podem se valer de parcerias para propagação do produto, viabilização fabril e também financeira.
No mundo não faltam idéias à procura de apoio, e recursos em busca de boas idéias. Os aspectos mais delicados a serem trabalhados são a falta de disposição para conversar e a desconfiança a ser superada.
Uma boa conversa nunca custa nada. A barreira é criada pelo próprio homem que está sempre esperando resultados imediatos e mostra pouca disposição para divisão dos lucros.
O primeiro passo para quem quer ganhar dinheiro e construir um grande negócio é ter consciência que ninguém faz nada sozinho. Ainda que sócios possam ser evitados, parceiros são necessários para fornecimento de peças, materiais, produtos e mesmo recursos.
Contratos existem exatamente para estabelecer propósitos, divisão de trabalho, responsabilidades e ganhos.
Boas parcerias demandam raros manuseios de contratos. Estes existem como resultado das relações e formalização dos acordos e não o contrário. As intenções nascem e se consolidam antes.
Contrato que sai da gaveta costuma atender situações conflituosas e muitas vezes o faz para produzir uma solda na aliança que se rompeu.
Idéias não significam apenas produtos, materiais físicos, muitas estão ligadas a sistemas e formas de trabalho.
Observe o que aconteceu com o Japão. Foram os modelos de gestão que permitiram obter a excelência nos produtos ou esta é que o conduziu a adotar determinados modelos? Certamente os modelos antecederam os produtos como filosofia empresarial, e com mais recursos, posteriormente, puderam ser incentivados.
A linha do tempo que permite essa visualização é tênue, muitas pessoas terão dificuldades em aceitar essa separação, mas não é difícil ratificar essa afirmação.
Modelos de gestão são passageiros quando não tem como base uma cultura. Na falta desta se tornam modismos. Não foi o que ocorreu no Japão. A cultura da excelência estava em busca de idéias e as abrigou quando encontrou.
Analise sua empresa. Há mentes privilegiadas e pessoas determinadas?
Há incentivo para formação de alianças e parcerias?
E os ganhos, como são divididos?
Sua empresa está descobrindo, contratando talentos e conseguindo retê-los?
Para muitos gestores isso não passa de mais um discurso. Não importa, quando estiverem realmente empenhados em construir o futuro terão que encarar essa verdade.
O sucesso sempre deixa claro que mentes privilegiadas e pessoas determinadas formam uma fantástica aliança.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Honestidade – Qualidade ou Obrigação
Todas as empresas de uma forma ou outra tem critérios formais ou informais para avaliação periódica de seus funcionários. Não é difícil encontrar uma pessoa que não tenha vivenciado a implantação de um programa de avaliação de desempenho.
Um determinado dia, em que debatíamos quais critérios seriam usados no programa periódico de avaliação, alguém sugeriu que colocássemos a honestidade como um dos itens de qualidade pessoal.
Sem aparente razão, fez-se um longo silêncio na sala e nem mesmo o questionamento do facilitador da reunião provocou qualquer reação imediata.
Passado o momento de reflexão, um dos integrantes do grupo de avaliação de critérios fez a seguinte pergunta: – Vocês colocariam suas contas bancárias sob a administração de uma pessoa que fosse 99% honesto? A rejeição foi imediata.
Logo em seguida veio outra pergunta: – Como avaliar a honestidade?
Imediatamente um dos integrantes do debate respondeu: – Honestidade não se mede por graus. Uma pessoa é honesta ou não.
A seguir veio a pergunta fatal: – O que é ser honesto?
Essa pergunta desencadeou um grande debate, com todos tentando falar ao mesmo tempo, fazendo perguntas em busca de respostas.
Como se conceitua a honestidade?
Imediatamente surgiu um dicionário e foram lidos os sinônimos de honestidade: integridade, inteireza, justiça, probidade, retidão, honradez, dignidade.
Seriam estes sinônimos suficientes para nos dar uma visão completa e ou conceituar honestidade?
Estaria honestidade ligada a conceitos e valores culturais?
Honestidade está relacionada a valores estabelecidos por comunidades em determinadas épocas e são mutáveis?
Os avanços tecnológicos e dos costumes podem ter efeitos nos conceitos que determinam o que é ser ou não honesto?
Honestidade é algo ligado ao caráter de cada pessoa ou é algo que se aprende?
O que seria necessário para um treinamento de honestidade e quem poderia ministrar as aulas?
Novo silêncio reinou na sala, quando um engraçadinho fez a seguinte pergunta: – Quem se candidata a professor de honestidade?
Silêncio por constrangimento? Não, simplesmente porque não parecia possível determinar com exatidão o que é honestidade.
O debate seguiu, abordando desde objetos encontrados e perdidos no banco da praça ao estabelecimento de lucros pelas empresas.
Uma caneta encontrada num banco de praça deveria ou poderia ser usada por quem a encontrou ou isso seria desonestidade?
Um empreendimento voltado à assistência à comunidade, com objetivo apenas de ajudar as pessoas, deveria ou poderia ter lucro nas suas operações?
Em um debate como esse não faltam opiniões, exemplos, recomendações, a dificuldade é o consenso, dizia um dos integrantes.
Para piorar a situação veio outra pergunta: – Honestidade é algo que demanda consenso?
Por falta deste, alguns queriam debater mais, outros queriam deixar a questão para uma próxima reunião, outros não aceitavam as divergências de opiniões e queriam tirar o quesito da avaliação.
No momento em que o país passa por ondas de denúncias, debater o que é honestidade pode não resolver nossos problemas, mas certamente coloca um pouco de luz nos nossos valores pessoais e estabelece alguns limites para conduta.
Talvez nas próximas eleições todos nós nos motivemos à refletir um pouco mais sobre as pessoas que colocaremos para cuidar da nossa conta bancária, fruto da arrecadação dos impostos.
Sim, essa conta bancaria é nossa, não duvide nunca disso.
Dinheiro nosso com um único objetivo: “Bem estar coletivo, ainda que assim não seja usado”.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Método Aprendendo a aprender – Os caminhos da qualificação
Muito se fala e se escreve sobre a qualidade do ensino, mas na outra ponta da questão reside adormecida, a qualidade do aprendizado.
O volume de conhecimentos exigidos do profissional cresceu consideravelmente nas ultimas décadas, impossível atende-los, todos, em salas de aula.
No início da era da microinformática, timidamente se falava em polivalência, onde as pessoas teriam incumbências multitarefas e multifunções. Hoje isso é uma realidade, o conceito está plenamente inserido na cultura empresarial, caminhando no sentido inverso da divisão do trabalho.
Aquilo que se fazia com cinco pessoas, hoje se faz com apenas uma. O que levava semanas e meses, hoje demanda dias.
O homem tem uma capacidade impressionante de simplificar os mistérios da ciência, tornado-a acessível a muitos, ainda assim a complexidade para o aprendizado e para retenção do conhecimento se faz presente.
Uma pergunta precisa ser feita: o que mudou nas nossas escolas, com toda essa exigência?
Mudamos o quadro negro para o branco e o branco para o eletrônico?
Descobertas e obsolescências estabelecem os rumos da ciência, em um ritmo alucinante, deixando profissionais defasados com muita frequência.
Na cadeia do conhecimento, multiplicar e propagar são trabalhos de todos os profissionais que estejam envolvidos em processos educativos, portanto a reciclagem é ponto fundamental.
A questão se complica pelo simples fato de que ensinar e aprender não zera a equação. O que é ensinado nem sempre atende o que é requerido, por conteúdo e também formato.
Nosso modelo educativo, quando o faz, ensina a ensinar, mas não ensina a aprender. Aprender é desconfortável quando pouco se sabe. Basta verificar que raros são os autodidatas.
Para retenção, a informação depende da cola do conhecimento. Sua ativação é produzida pelo calor do interesse, com o despertar da curiosidade Esta perde o visgo com o frio da ignorância, desmotivação e displicência.
Não basta o aluno querer aprender e o professor ensinar para que o sucesso esteja garantido. Se um espera água e o outro oferece refrigerante, a sede não será saciada.
Informação encontra aconchego quando é esperada. Note que quanto mais sabemos de um assunto, mas fácil fica aprender sobre este e outros correlatos.
Ainda que não percebamos, especialização mais do que uma busca é um acontecimento.
Antes que uma pessoa conscientemente estabeleça um foco e se dedique à coleta de informações e estudo, algo já vinha se especializando nela.
Por essa razão, tenho refletido e debatido com a Professora Rosangela Maria Eneas, Especialista em Docência no Ensino Superior, no desenvolvimento do Método Aprendendo a Aprender- O Caminho da Especialização. Conceito que sempre usei em treinamentos.
Sua valiosa experiência em orientação de alunos na elaboração de monografias deixa claro os fatos que abrem as portas para o aprendizado, e que levam ao desenvolvimento de carreiras e especialização.
A Professora Rosangela tem o privilégio de observar a semente germinando, momento em que seu orientando ainda não percebeu todo o seu potencial.
Qual é a importância do método?
Imprimir velocidade na retenção de informações nos processos de aprendizado. Na nossa área, especificamente, educação para gestão.
Empresa tem pressa, as questões são urgentes, não há como esperar anos de estudos que conduzam a uma solução. Entendimento e aplicação imediata determinam a excelência da gestão. Lê-se hoje ou atende-se um curso e aplica-se já, com segurança e assertividade.
Carreira se faz com a preparação de sucessores ou backups, como costumamos denominar, portanto cada gestor deve ser um multiplicador.
Não é difícil entender que os resultados na vida não aparecem com o sucesso do ensino, mas do aprendizado, afinal a materialização é produto da ação do aprendiz.
Assim, nosso foco é a ativação da cola do conhecimento, que leva a aprender a aprender, que é o caminho para a qualificação.
Para levar uma pessoa a aprender, precisamos conhecer suas necessidades, interesses, abrangência de conhecimento, vocação e talento.
As respostas a algumas perguntas nos preparam para a condução do processo, procurando alinhar o grupo, as informações e gerar o calor necessário para que estas encontrem aderência.
O orientando busca informações por:
• Interesse;
• Necessidade;
• Obrigação.
O orientando ao expor suas expectativas demonstrou:
• Ter plena consciência das necessidades a serem atendidas e de expertises que precisa para desenvolvimento de suas tarefas;
• Ter algum conhecimento do que deveria aprender;
• Saber que precisa aprender algo mais para desempenho da função, mas desconhece as carências.
O orientando
• Fará uso imediato e intensivo dos novos conhecimentos;
• Fará uso superficial;
• Não aplicará, servirá para melhorar seu entendimento dos processos globais.
O orientando frequenta o curso por:
• Escolha;
• Indicação;
• Faz parte de um programa global, sem que este o considere prioritário.
O orientando tem:
• Bons conhecimentos do assunto;
• Poucos conhecimentos;
• Vaga ideia do que se trata.
No cotidiano, quanto menos se conhece as implicações, mais soluções prontas são aceitas sem investigações.
Dessa forma, quanto mais se desce na escala do desconhecido, mais difícil a retenção
É determinante ter consciência que educação é diferente de treinamento. Treinamento exige repetição, cujo efeito é a geração de muito calor, necessário ao aperfeiçoamento.
A reflexão e os debates produzem efeitos semelhantes aos treinamentos e preparam os orientandos para a experimentação e observação, facilitando a especulação, promovendo o aumento do conhecimento.
Para o orientando, o esfriamento da cola do conhecimento causa grande desconforto, pois começa a sentir a redução da aderência, razão pela qual muitos a mantêm ativa com leituras.
Ao aprender a aprender, descobrimos que novas informações satisfazem necessidades e geram conforto.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Quando o conhecimento nos aproxima dos ideais que nos afastam
Conhecimento permite a clareza do pensamento, entendimento de questões complexas e a certeza que podemos realizar muito mais do que pensamos.
Isso gera uma incrível força interior que nos empurra para conquistas tecnológicas e desenvolvimento de meios para superação de barreiras.
Conhecimento disseminado em uma sociedade a torna forte, capaz de criar meios de sustento e saúde, que proporciona excelência em qualidade de vida aos integrantes. Como seres sociais, somos colaborativos.
Será? Será que temos argumentos para defender o homem nesse objetivo tão nobre?
Um relatório da Cruz Vermelha mostra que em 5.600 anos de história foram registradas 14.520 guerras e menos de 300 anos de paz.
Em 2001 havia registro de 30 conflitos armados em 25 países.
O que fazemos com o conhecimento?
Qual a finalidade da bomba atômica?
Por que assistimos ao vivo e não repudiamos as transmissões dos conflitos armados, desligando os televisores?
Por que as armas estão cada vez mais letais e espalhadas pelo mundo?
Conflitos armados, conflitos comerciais, todos demandam conhecimento para condução e o conhecimento também os gera.
Apanhemos um exemplo simples: dois irmãos, em um canto deste país, não se falam. Pior do que isso, eles se odeiam.
Concorrentes, quanto mais aprendem sobre o mercado, mais disputam cada pedaço. Quanto mais disputam, mais próximo se encontram comercialmente e mais distante estão na irmandade.
Seus ideais? Conquistar o mercado e se manter no lugar mais alto do pódium. Não importa o que tenham que fazer!
Aceitam fornecedores concorrentes? Não, amigos ou inimigos. Lema: “Está comigo ou não está!”.
Para que o conhecimento? Para superar todas as barreiras que os impeçam de alcançar seu intento, logicamente!
Ampliando a visão podemos nos questionar se é para isso que nos servimos do conhecimento? Para jogar aviões em torres, invadir países e subjugar povos, intimidando e oprimindo o homem?
Muitos jovens não sabem realmente o que foi a guerra fria. Aqueles que já leram sobre o assunto, assistiram documentários sobre a Invasão da Baía dos Porcos, não serão capazes de imaginar o período de terror que viveu o mundo, quando na década de sessenta as duas superpotências diziam estar prontas para acionar os botões da guerra nuclear.
Guerra Fria foi o título dado ao período de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o final da Segunda Guerra Mundial, 1945, e a extinção da União Soviética, 1991 .
Um conflito de ordem política, militar , tecnológica , econômica , social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência. Repleta de conhecimentos que aproximavam os homens de seus ideais e com isso os afastavam.
O arsenal atômico foi desarmado, mas não os espíritos. Estes, infelizmente, são agitados por novos conhecimentos que promovem mais agitações nas fronteiras.
A falta do conhecimento não sustenta o homem pobre, e o uso inadequado prejudica o pobre homem. Sedento por conquistas, ávido por materialização de seus ideais, é capaz de realizar uma grande proeza: vivo, infeliz, morto, desprezado!
A sabedoria está em somar as diferenças para multiplicar os resultados positivos, e não em “tirá-las”, divindo os homens!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Bom de produto, ruim de mercado
Um produto para alcançar o sucesso precisa ter qualidade, certo?
A questão a ser debatida é: o que é qualidade?
A mesma empresa que fabrica produtos para marcas consagradas pode fazer semelhantes para outras companhias ou vender com sua própria marca, sem que estes alcancem o mesmo sucesso.
A gama de possibilidades pode ser extensa, e não raro com pequenas variações.
Esses produtos podem apresentar diferenças visuais, mas em termos estruturais podem ser muito parecidos, então se qualidade é o que importa por que não têm a mesma demanda?
A questão básica é que a percepção de qualidade é muito mais importante mercadologicamente que muitos aspectos físicos dos produtos.
Um produto para alcançar o sucesso não basta ser bom, precisa parecer bom, esse trabalho a marca realiza com excelência.
O passo seguinte então diz respeito à construção da marca, sua divulgação, a defesa da qualidade do produto, a construção de um conceito em torno de uma demanda.
Não é um trabalho simples, pois o foco muda, passando dos requisitos do produto para os desejos, necessidades e anseios do público.
O entendimento deixa de ser apenas material e se torna subjetivo.
Sabe aquele produto que você faz com o maior rigor produtivo, com as melhores matérias-primas, com mão-de-obra especializada e intensivamente treinada? Atende qual expectativa de mercado?
Pare e pense: Que mercado você atenderia hoje com os melhores discos de vinil?
Uma resposta rápida seria: Nenhum. Não, sempre há mercado, muitos são pequenos para tornar o empreendimento econômica e financeiramente viável.
Não vamos focar produtos obsoletos ou a caminho da obsolescência, mas aqueles que estão aí, têm demanda, e que não conseguem a mesma valorização de seus iguais. A pergunta ainda continua válida.
Quero que o revendedor compre meus produtos, pelos melhores preços, os coloque na vitrine e seus vendedores os ofereçam aos consumidores, que entra em suas lojas, ávidos para tê-los. Belo e empolgante cenário, não?
Bom, isso não acontece com pó mágico, há um enorme trabalho a ser feito de divulgação em cada uma das fases do processo de vendas para envolver e atrair o público que se deseja atingir.
Isso contempla estudos, planos, planejamento, muito comprometimento e ação.
Desnecessário dizer isso não, qualquer pessoa sabe disso? As empresas não o fazem por falta de dinheiro, certo?
Errado, a questão está mais ligada ao perfil empresarial do que à falta de recursos.
As empresas e seus gestores podem ser classificados, em termos gerais, com três orientações:
a) Orientados para a fabricação – a empresa fabrica aquilo que melhor sabe fazer, seus maquinários permitem, e espera que o mercado compre. Sem avaliar desejos e interesses do consumidor;
b) Orientados para vendas – a empresa fabrica aquilo que melhor sabe fazer e atua agressivamente no mercado para vender, desenvolvendo propostas e procurando ficar perto do revendedor/consumidor, sem atenção aos interesses e desejos destes.
c) Orientados para o mercado – a empresa pesquisa e oferece aquilo que o mercado precisa e quer, com divulgação exaustiva, procurando fazer com que a imagem do produto também atenda as expectativas, ainda que seja uma simples camiseta branca.
Uma camiseta branca sem uma marca que a destaque pode ser apenas uma camiseta branca, com uma marca consagrada pode se tornar a camiseta branca.
A primeira no mercado custa “X”, a segunda vale “Y “.
Ao não entendermos a mensagem do mercado poderemos nos tornar bons de produtos, mas ruins de mercado.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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O grande trunfo da sustentabilidade para tornar a empresa socialmente justa e lucrativa: Competência
Desde muito cedo, ouvimos discursos sobre a salvação do planeta e crescemos com o sonho de engajarmos num desses projetos.
À medida que as responsabilidades profissionais nos absorvem deixamos o romantismo adormecido e praticamos de forma tímida ações nesse sentido.
Algumas pessoas, por suas profissões ou determinação, se envolvem com mais profundidade, criando inclusive associações.
A falta de equilíbrio entre os discursos e os atos, está no fato de pessoas, com inscrições em seus carros ou camisetas sobre a salvação do planeta, jogarem nas ruas latas, garrafas de cerveja e outras embalagens.
Nas manhãs de sábado e domingo muitas avenidas encontram-se emporcalhadas com materiais descartados.
O discurso “ se beber não dirija” evapora-se nas compras de cerveja nas lojas de conveniência dos postos e, infelizmente, muitas embalagens terminam nas ruas.
Um pouco de equilíbrio não fará mal a ninguém “ salve os golfinhos, mas não atropele os vizinhos”, isto também é ecologicamente correto.
Uma vez na empresa, logo na segunda-feira pela manhã, o que podemos fazer a respeito da sustentabilidade se esta não tem nenhum programa?
Desperdício é o tema!
A primeira imagem que nos vem à mente quando falamos em desperdício é a fábrica.
Errado! Temos que pensar na organização como um todo.
Qualquer tipo de desperdício deve ser evitado, mas, por favor, não vá resgatar a velha economia de trocar a caneta vazia pela cheia, onde os controles e tempo de espera custam mais caros para empresa.
O melhor programa para redução de desperdício está na competência.
Pense em competência como um edifício com três pilares:
1) Conhecimento – Saber o que fazer
2) Habilidade – Saber como fazer
3) Atitudes- Querer fazer
Quanto maior nossa competência maiores chances teremos de fazer as coisas certas e bem feitas logo na primeira vez.
Esse é o aspecto fundamental, pois estamos tratando de eficácia ( fazer certo) e eficiência (fazer bem feito), na primeira vez.
Ora, também, é a máxima da qualidade total: “ Tudo o que merece ser feito, merece ser bem feito”.
Na raiz das definições está a eliminação do desperdício.
Problemas evitados significam economia de telefonemas, e-mails, papéis impressos, gasolina, desgaste de veiculo, e outros tantos recursos que usamos e não percebemos.
Veja que ainda não falei em área produtiva, mas que sem dúvidas deve fazer parte do programa.
Cada ponto percentual de redução de despesas significa ponto percentual direto no lucro.
Uma ação de redução, com comprometimento de todos, pode gerar resultados surpreendentes.
Vamos a uma situação de fato:
Para aumentar a competência da equipe em um projeto apresentamos um programa de treinamento.
Sabíamos que não teríamos muitas chances de implantá-lo devido aos altos compromissos financeiros da empresa, então propusemos que esse investimento fosse feito com uma participação na redução de gastos. A participação seria de 10% da redução destes.
O crédito seria dado à equipe que o controlaria para aplicar nos cursos do programa negociado.
O valor do crédito realmente se mostrou significativo, os treinamentos foram efetuados e ainda sobrou muito dinheiro.
Interessados em poder usar aquele saldo a direção optou por bancar os treinamentos futuros sem que a equipes acumulasse créditos.
Enfim, questionável ou não a atitude, o fato é que a empresa estava, em pouco tempo, organizada, com um visual moderno, socialmente mais justa e lucrativa.
Quando encontro pessoas que abraçaram esse projeto sempre me perguntam: Quando vamos trabalhar novamente juntos?
Isso, evidentemente me alegra, mas o que realmente dá enorme satisfação é ouvir: -Fizemos muita coisa e nada parecia difícil!
Claro, fizemos a escolha certa. Optamos pela competência!
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
“Alerta máximo: A misteriosa morte em massa de colônias de abelhas coloca em risco a vida no planeta” Informe-se, divulgue!
Brasil, passagem da promessa à uma grande potência.
A transição de um país, subdesenvolvido ou em desenvolvimento, para a mais alta e honrosa posição, não se dá por vontade política, mas por meio de um movimento de associação de inteligências privilegiadas.
Pode ocorrer pela soma de coincidências ou ser provocado.
Você acha isso estranho?
Responda então:
Por que o Brasil desenvolveu extraordinária capacidade futebolística?
O que fez com que nosso voleibol tomasse conta das quadras e produzisse gerações vencedoras?
Qual a razão para que nossa ginástica olímpica só agora comece a apresentar estrelas?
Há algum motivo para que movimentos musicais como os que ocorreram no Rio, Minas, Brasília, São Paulo, ganhem força e depois percam o brilho?
Por que algumas regiões permanecem campos férteis, sem que percam sua força produtora?
A razão mais evidente é que nesses locais estão radicadas as mentes privilegiadas, que ajudam e incentivam as novas gerações.
Os Estados Unidos se destacam em muitas áreas por atrair pensadores. Desenvolvimento atrai e recompensa, substancialmente, pessoas altamente capacitadas.
Desenvolvimento se obtém com conhecimento, que coloca a roda em movimento e garante sua contínua realimentação.
O Brasil só ostentará a posição de superpotência quando um choque de cultura criar uma supergeração.
Não nos faltam mentes capazes, mas alimento para essas.
Para executar tarefas, das mais simples até as mais complexas, é necessário educação.
Uma empresa que não tem um controle de estoque adequado, que não é capaz de manter um sistema de gestão funcionando adequadamente, não pode ter grandes aspirações.
Os recursos gerados por um país é a soma dos resultados de suas empresas. Os desperdícios também.
Assim como competimos na copa do mundo de futebol, também competimos na copa do mundo econômica.
Nossos adversários são todos aqueles que nos impedem de exportar o excedente que produzimos.
Você quer uma boa casa, um bom carro, uma boa vida?
Ótimo, dedique-se para ter esse direito. Lute, reivindique, se apresente, faça a diferença.
Não se perca nas drogas, no vício, se perca na droga do conhecimento.
Não se retire. Não seja envolvido pelo vazio da solidão, quando se afastar que seja para ir em busca do desconhecido.
A geração que transformar o Brasil terá o privilégio de viver na abundância.
Você pode me perguntar: Onde estão essas pessoas, quando teremos essa geração?
Nosso esforço tem que ser canalizado para a educação, reunindo mentes privilegiadas e patrocinando esse evento.
Chega de dissertações de mestrado e teses de doutorado, empoeiradas nas nossas universidades, que nenhuma aplicação efetiva tem.
Venham os catedráticos para o mercado, levemos os profissionais para as universidades, estabeleçamos um intercâmbio para que o pensamento, reflexão e prática se completem!
A teoria ensinada academicamente perde efeito quando um contador sequer sabe fechar um balanço, um administrador fazer uma projeção de caixa, um engenheiro fazer um cálculo estrutural, um médico diagnosticar uma doença.
Um país não se desenvolve quando está preso à tese do mais ou menos.
Aceitar que está ruim, mas está bom, é péssimo.
Geração esperança não constrói nada.
Construção do que quer que seja se consegue com determinação.
Só a determinação de uma geração fará do Brasil uma potência.
Todas as gerações até o momento viveram a promessa, mas não encontraram a passagem!
Ivan Postigo
Diretor da Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
www.postigoconsultoria.com.br
Um país se desenvolve com educação para gestão. Educação gera competência; Competência conduz à excelência administrativa; Excelência administrativa à um futuro melhor.
O homem, planeta e a vida
Nosso planeta é o brinquedo da criança grande.
Com os recursos naturais ela cria utilidades e diversões.
Repetindo seu comportamento desleixado, quando deixava o quarto uma bagunça, agora deixa o que a cerca!
Quebrava seus brinquedos e papai e mamãe consertavam. Hoje, seu maior brinquedo, a terra, não tem quem cuide, a não ser ela mesma.
Criança abandona o brinquedo velho e pega o novo, descartando aquele que não quer mais. Ora, e a terra?
Fontes de água estão secando, reservas vêm sendo contaminadas, animais estão em extinção, abelhas desaparecem sem explicação, a falta de pressa e o desinteresse geral faz com que negligenciemos e desconheçamos uma imensa ilha de plástico, no meio do pacífico, a 1600 quilômetros da Califórnia.
Essa ilha, formada por lixo, principalmente do Japão e EUA, desde 1950, tem o dobro do tamanho da Grã-Bretanha ou a soma das áreas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.
As vítimas visíveis são as aves e os peixes e as pouco visíveis todos nós!
Não só nos alimentamos de peixes contaminados por resíduos químicos, absorvidos pelo lixo plástico que age como esponja, como a absorção de CO2 e a fotossíntese estão prejudicados, pois os corais estão morrendo pela plastificação dos oceanos.
Não vamos entrar nesses detalhes, o assunto é extenso, mas vale a pena, quando tiver oportunidade, entrar na internet entender um pouco porque isso ocorre e começar a colocar o lixo no lixo.
Se duas potências estão emporcalhando os oceanos e cientistas sabem disso porque ninguém faz nada?
Ora, quando vemos enchentes nas nossas cidades, logo após o desastre os rios e córregos não ficam cheios de móveis que foram danificados pelas águas?
Não muda muito não é?
São as crianças grandes descartando seus brinquedos quebrados, infelizmente estes não têm papai e mamãe para recolhê-los!
Como o homem com esse comportamento tão negligente consegue criar artefatos fantásticos?
Por que age na crise.
Faltam alimentos, cria a conserva, precisa pescar, inventa o anzol e rede, tem que se locomover, desenvolve os veículos, sente necessidade de se desafiar e ir em busca do desconhecido, vai ao espaço.
O homem é capaz de sujar marte e não limpar a terra, afinal a crise é chegar lá e não permanecer sadio aqui!
Seria este o modelo de gestão dos próprios negócios?
Sem a menor dúvida!
Os melhores controles estão nas empresas que passaram por crises.
Estas não precisam ser esperadas, podem ser provocadas.
Como se provoca uma crise?
Simples, seguindo o modelo de prevenção de avalanches.
Ao observar pontos críticos os especialistas lançam bombas provocando pequenos deslizamentos, prevenindo um desastre maior.
Essa técnica é fantástica para as empresas.
Ao provocar a crise o homem coloca a inteligência a serviço da solução.
Sabendo que o processo é tão simples porque a técnica não é amplamente aplicada?
Ora, se o homem age por crise e esta gera desconforto, por que criaria uma?
Sempre que a dúvida com relação ao futuro gerar crise, ele agirá.
Quando tiver que desenvolver um plano de contingência, além da prevenção que já observou, a melhor pergunta a fazer é: Onde posso gerar crise?
Ficará fascinado com o que descobrirá!
Ta, mas e o planeta?
Impermeável!
Ivan Postigo
Diretor da Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
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Omissão, o nosso carrasco
Todos os dias pessoas são mortas pelos mais fúteis motivos. Famílias perdem entes queridos e o gosto pela vida.
Nada mais será igual depois de se passar por uma barbárie.
Esperamos que leis e autoridades façam alguma coisa, enquanto as drogas invadem todos os espaços.
Um amigo, daqueles que Milton Nascimento e Fernando Brandt homenageiam na música Canção da América, com “Amigo é coisa para se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração”, viu um filho se envolver com essa monstruosidade.
Faltava-lhe alguma coisa? A nós pais faltam o comprometimento e a responsabilidade, e aos nossos filhos faltam o comprometimento e sobram irresponsabilidades.
Não foram seus relatos que me assustaram, afinal estão na internet, nos filmes, nas ruas, mas um pequeno detalhe: a tristeza em seus olhos.
Jamais esquecerei seus olhos úmidos, incapazes de completar uma única lágrima, que pudesse cair para aliviar sua alma. Já não havia mais o que chorar.
Vendo sua angústia, impotente, disse-lhe: – Como posso ajudá-lo?
Sua resposta foi direta: – Não pode, estou morto.
Descobrindo quais colegas o acompanhavam nesse suicídio, partiu para uma cruzada, reunindo e alertando as famílias.
Acredite: Foi acusado de mentiroso por alguns pais e expulso de algumas calçadas quando tocava as campainhas e dizia o motivo da visita.
Abra os jornais, entre na internet, e veja quantas pessoas são mortas, todos os dias, em assaltos, cujo motivo é um só!
Não é de hoje que anseio ver este país parar por dois minutos. Apenas dois minutos, para que possamos, com nosso silêncio, ouvir a voz da consciência e começarmos de fato agir de forma a acabar com essas atrocidades.
Nossa juventude não se reúne mais pela vida, mas pela morte, com o excesso de bebidas e drogas.
Acabei de ver um vídeo com a execução de um jovem na vila Mariana, quando seu carro era levado por um assaltante.
Claro que muitos perguntarão por que ele foi morto. As explicações serão muitas, mas o fato é que a sua morte, e de tantas outras pessoas, tem sua raiz na nossa omissão.
Omissos ao educar os filhos, ao cobrá-los por suas atitudes irresponsáveis, ao ensiná-los a levar vantagens, ao fazer vistas grossas para o envolvimento com drogas, imaginado ser apenas uma fase, omissos perante os homens e perante Deus.
Não nos faltam rezas e orações, abrindo as portas para novos pecados. Não pedimos a Deus forças para não praticá-los, mas perdão por tê-los feitos novamente. Os dez mandamentos, infelizmente, são superados pela massa de crimes.
Não temos mais vergonha, até para isso conseguimos dar um jeitinho!
Cada túmulo de vida ceifada pela violência deveria ter duas cruzes. Uma para lembrar a atrocidade e outra para que não esqueçamos que nossa vergonha ali foi enterrada!
Até quando?
Até sempre!
A todos nós, pela nossa omissão, faltarão lágrimas e a teremos como nosso carrasco.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
(11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
[email protected]
www.postigoconsultoria.com.br
Twitter: @ivanpostigo
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Responsabilidade Social e Ecológica Das Organizações em Tempos Caóticos
Empresas Com Responsabilidades Sociais e Ecológicas se Destacam Mais Que Seus Concorrentes?
Nos últimos tempos temos observado grande interesse das pequenas, médias e grandes organizações em demonstrar que elas se importam com os problemas ambientais e sociais.
Relatório da Associação Brasileira de Celulose e Papel – por exemplo – nos dá conta de inúmeras ações que várias empresas desse setor vêm investindo pesado em projetos de sustentabilidade ambiental.
Observa-se que cerca de 20% dessas ações têm contrapartida da população; ou seja, as corporações realizam as ações em parceria com a comunidade, incentivando o retorno e o comprometimento da população.
Algumas organizações acreditam que suas contribuições oferecem motivos para merecer a preferência dos consumidores e, diferentemente, outras se imaginam campeãs de causas sociais que as integram ao seu mercado alvo – como a Natura, a Embraer, a Promon e a Vale (ex-Rio Doce).
A maioria dos observadores diria que elas adotaram comportamentos éticos na alma de suas organizações e, além disso, elas teriam autenticidade porque conhecem suas identidades e são transparentes em suas atividades. Para esses observadores, elas não querem ser confundidas com trambiqueiros, manipuladores financeiros e, muito menos, com empreendimentos que ludibriam seus clientes e as partes interessadas.
Porém, em períodos de colapsos financeiros, algumas empresas podem reconsiderar esses compromissos e reduzir recursos destinados a esse fim. Muitas organizações já conseguiram construir imagem de comprometimento a essa causa e, certamente, ao abandonarem seus compromissos podem alterar as atitudes de seus consumidores.
Especialistas afirmam que, se deixarem de apoiar entidades filantrópicas na época em que elas mais necessitam, essa atitude das empresas poderia provocar sentimentos negativos de seus clientes e consumidores.
Entretanto, se as corporações acreditarem que seu apoio está produzindo bons resultados talvez fosse o caso de reduzirem seus financiamentos, mas não eliminar totalmente sua ajuda à filantropia.
Em tempos de turbulência econômica existe certa tentação em rever promessas e reprogramar pagamentos a fornecedores. Porém, essa mentalidade de curto prazo – “escalpelar” fornecedores ou clientes para alcançar vantagens temporárias – quase sempre acaba se voltando contra a própria organização.
Em períodos de economia conturbada esse tipo de comportamento pode manchar sua imagem, revelando nesses atos, sua total falta de autenticidade – qualidade cada vez mais importante para os consumidores, conforme Gilmore e Pine ()
Para esses autores os consumidores atuais querem “experiências” – eventos que os envolva pessoal e emocionalmente – e, num mundo cada vez mais repleto de espetáculos sensacionais e transações impessoais, os clientes compram através do grau de realidade que percebem nas ofertas.
Portanto, empresas defensoras das causas sociais e que investem em projetos de sustentabilidade ambiental acabam se destacando das demais em tempos de turbulência econômica. Pois, sob o olhar de seus consumidores elas se empenham cada vez mais em ser reais, originais, genuínas e autênticas.
() “Autenticidade: Tudo o Que os Consumidores Realmente Querem”. Cambridge, MA: Harvard Business School Publishing, 2007.
Gerente: Administre Seu Tempo e Reduza o Estresse
Quais São as Causas do Estresse de Um Gerente? O Que Ele Deve Fazer Para Reluzi-lo? Como Administrar o Tempo de Uma Reunião?
Há mais de seis séculos o inglês Geoffrey Chaucer – a caminho de Canterbury – se admirou com o fato de que o tempo, uma vez perdido, jamais poderia ser recuperado. Mais recentemente, Peter Drucker nos ensinou que o tempo é o recurso mais escasso do ser humano e, se ele não for administrado, nada mais poderia ser administrado. Porém, na incansável busca do controle científico do tempo muitos gestores podem adquirir um mal maior – o estresse.
Durante uma consulta um jovem Gerente relatou a seu médico que o seu trabalho criava o estresse, o qual o impedia de realizar bem o seu trabalho. O médico pediu-lhe para relatar um dia típico do seu trabalho e, ao final de 10 minutos de narrativa, o médico disse: _ “Chega! Você forneceu detalhes em quantidade suficiente para mantê-lo ocupado por dois dias. Você precisa de um bom sistema de administração do tempo voltado para as prioridades”. Dessa forma, em vez de remédios tradicionais, o médico “receitou” as seguintes atitudes:
A) Cancele Todas as Reuniões: Roberto Bontempo – principal executivo de uma rede de varejo brasileira descobriu que muito do seu estresse provinha das reuniões regulares e, diante disso, ele resolveu cancelá-las. “Agora eu me reúno com os diretores individualmente, para resolver um problema específico ou tomar uma decisão. Agora não temos mais agenda de reuniões, nem plataformas pessoais, nenhuma fofoca e muito menos discussão sobre resultados de jogos” – diz ele. Bontempo tomou essa decisão porque todas as vezes que ele telefonava para uma de suas filiais para falar com algum Gerente, invariavelmente ouvia que a pessoa estava “em reunião”. Quando o telefonema era retornado Bontempo perguntava o que o Gerente havia conseguido com a tal reunião. Mas, como ninguém relatava que algo de concreto era realizado, ele decidiu terminar com as reuniões.
B) Evite Metade das Reuniões: As reuniões que deixam as decisões no ar alimentam outras reuniões igualmente inúteis, aumentando o nível de estresse. Sendo assim, se você for convidado para uma reunião inútil, pergunte-se se realmente tem que ir. Se você não puder contribuir, não vá.
C) Esteja Bem Fisicamente Para Aliviar a Tensão: Caio Demógenes (membro do conselho diretor de uma multinacional suíça) descobriu que seu trabalho possuía grande conteúdo de pressão. Os amigos recomendaram exercícios diários, embora Caio considerasse os exercícios em academia chatos e humilhantes. “Se ao menos os exercícios fossem tão interessantes quanto dança de salão, eu me dedicaria a isso” – disse uma vez aos seus amigos. “Ora….então faça dança de salão” – disseram eles. Hoje, Caio alivia seu estresse profissional dançando duas vezes por semana em uma academia de São Paulo.
D) Trabalhe Mais Rápido e Sinta-se Melhor: Redução de estresse é uma vantagem que se adquire com a administração eficaz do tempo. Não existem horas suficientes no dia para lidar com as pessoas, com as reuniões que deve participar ou os documentos que você deve processar. Raramente há horas suficientes para retornar telefonemas e muito menos para pensamentos e reflexões. Como se adquire mais horas? Fazendo tudo mais rápido e não desperdiçando tempo
E) Deixe o Trabalho no Escritório: Ocasionalmente você pode sentir a necessidade de levar trabalho para casa e, se você se descobrir fazendo isso regularmente, é sinal de que algo está errado. Exceto em uma emergência, trabalhar em casa (depois de um dia cansativo, por exemplo) não é muito produtivo e pode afastar seus familiares do seu convívio.
F) Tome Decisões Rápidas: Muitas decisões gerenciais são erradas. Então tome decisões rapidamente, pois acima de tudo as decisões rápidas evitam muito estresse. Cuidado apenas para não confundir decisões rápidas com decisões apressadas.
G) Poupe Tempo em Uma Crise: Uma crise é uma situação perigosa, imprevisível e com alto teor de estresse. Dessa forma, você deve agir rapidamente para impedir o dano. As regras são: (1) Mantenha-se em seu posto e resista à tentação de sair de sua mesa para apagar o “incêndio” você mesmo; (2) Dê instruções claras, explicando brevemente a situação e o que você quer realizar. Descreva o método para atingi-lo e faça com que seu pessoal lhe envie relatórios freqüentes.
H) Combine Cuidadosamente Trabalho e Descanso: Trabalhar por longos períodos sem uma parada não é uso eficaz do tempo, pois diminui a energia instala a chatice e acumula tensão. A irritabilidade, a fadiga crônica, a dor de cabeça, a ansiedade e a apatia derivam da falta de variedade. Portanto, faça intervalos regulares e sente-se em outra cadeira, levante-se e estique o corpo, pois isso libera a tensão.
Planeje Seu Dia-a-Dia ou Torne-se um Apagador de Incêndios
Por Que Muitos Gestores São Apagadores de Incêndio? Qual o Período do Dia Que Você Mais Produz? Você Planeja Seu Dia-a-Dia?
No meio do seu dia-a-dia de um Gerente sempre aparecem coisas urgentes para serem realizadas imediatamente e, além disso, muitos gestores acabem perdendo tempo precioso correndo atrás da “bagunça” que eles mesmos – ou outros – criaram.
Muitos gestores desperdiçam tempo demasiado porque “brincam” de super-heróis; ou seja, eles estão sempre prontos a entrar em ação e apagar um incêndio. Isso ocorre porque são movidos pela ansiedade deles e dos outros, mas quando “espremem” as frutas das mensagens percebem que sobrou pouco “suco”. Os Gerentes não podem deixar que sua ansiedade – e a dos outros – os contamine, pois viver para “apagar incêndios” é como correr numa esteira ergométrica, onde nos esforçamos muito e não chegamos a lugar algum.
Dessa forma, no seu cotidiano um gestor deve saber agir planejadamente, aprendendo a diferenciar urgência de angústia. A angústia dos outros dos outros pode se transformar numa urgência, mas pode não ser necessariamente urgente para o Gerente. Diante disso, ele deve saber planejar com inteligência e agir com urgência, mas não pela angústia alheia e sim pela real necessidade de sua própria urgência.
Planejando Seu Dia-a-Dia
Para saber aonde vai um Gerente precisa alocar tempo para o planejamento e, na sua programação do tempo, ele deverá alocar para si certa parcela de tempo tranqüila a cada dia a fim de definir prioridades. Além disso, o gestor também precisará de tempo para colocar seu subconsciente para funcionar, pensar criativamente, relaxar e / ou desenvolver novas habilidades.
Diante disso, quando montar sua programação diária o Gerente não deve se esquecer de deixar algum tempo entre seus compromissos para tratar as emergências repentinas. O tempo de transição – entre atividades importantes – pode ser reservado para tarefas simples; ou seja, tarefas que consumam de cinco a quinze minutos no máximo.
Dessa forma, o Gerente deve usar seu “melhor período de tempo” para as tarefas prioritárias. Digamos que ele se sinta melhor durante o período da manhã, quando sua energia está no auge entre às oito horas até ao meio-dia. Durante pelo menos duas horas ele deve se esforçar para não receber nenhum telefonema, nenhuma visita e nem mesmo assuntos corriqueiros com colegas – somente trabalho tranqüilo.
Deveria haver exceções? Tão poucas quanto possível. O benefício? O Gerente realiza em duas horas o que normalmente levaria três. Sendo assim, se o gestor for efetivamente uma pessoa matinal ele deve programar sua “hora tranqüila” para esse período do dia. Seguem abaixo algumas dicas:
- Feche sua porta
- Faça com que interceptem os telefonemas e os visitantes.
- · Não marque compromissos durante essa “hora tranqüila”.
- · Gaste o tempo e a abundância de sua energia trabalhando naquela tarefa que trará maior contribuição para suas metas organizacionais.
As Dimensões do Tempo de Um Gestor
Como Administrar o Tempo de Um Gerente? Quais São as Tarefas Urgentes? O Que Deve Ser Feito Primeiro?
Embora o desenvolvimento industrial brasileiro venha ocorrendo de forma acelerada esse processo é relativamente recente, pois o Brasil teve que enfrentar primeiro as várias etapas do seu desenvolvimento econômico.
Porém, essa mudança de perfil econômico – do predomínio agrícola para o industrial – não acompanhou as mudanças do perfil social, pois sob o ponto de vista de estudiosos em Management os investimentos em educação formal e em treinamento gerencial continuam insuficientes.
Uma das conseqüências das pressões do ambiente de negócios é a pouca eficácia dos gerentes na administração do seu próprio tempo e, conforme esses mesmos estudiosos, os gestores brasileiros talvez sejam os mais sacrificados em relação às suas próprias responsabilidades.
A competição internacional requer cada vez mais eficácia empresarial, produtos (e serviços) de qualidade e preços competitivos. Nesse contexto, os gerentes brasileiros têm de administrar recursos humanos mal preparados e oriundos de uma cultura organizacional muitas vezes autocrática e excessivamente burocratizada. Diante disso, os gestores brasileiros vêem-se envolvidos numa enorme carga de trabalho, além de inúmeros problemas de liderança e relacionamentos interpessoais instáveis, o que os torna cada vez mais estressados e oprimidos.
O Que é Importante? O Que é Urgente?
Diante do exposto acima constatamos o óbvio; ou seja, os afazeres e os compromissos gerenciais crescem num ritmo alucinante, embora o tempo do gerente continue o mesmo. Sendo assim, a solução é definir as prioridades conforme o grau de importância de cada uma das suas atividades.
Portanto, é preciso que o gerente conheça seus produtos, seus clientes e seus concorrentes para compreender qual a necessidade da empresa em relação à sua capacidade. Dessa forma ele enxergará – dentro do seu “pacote” de urgências – o que é ao mesmo tempo imediato e importante.
Após definidas as prioridades o Gerente deve planejar a agenda da semana e, para que ela não seja frustrante, o gestor deve compreendê-la como um plano no qual a realidade costuma interferir constantemente através dos seus chefes, subordinados, colegas e outras áreas da organização.
À medida que as semanas vão se sucedendo os gestores adquirem as verdadeiras dimensões do tempo de cada tarefa e, além disso, eles identificam mais facilmente as prioridades para a organização. Essas prioridades não desaparecem facilmente, a não ser que o Gerente esteja consciente da necessidade de saber administrar bem o seu tempo.
Um dos principais benefícios da Administração do Tempo é a redução e a eliminação da impotência, pois na maioria das vezes ao sentir-se impotente o gestor diminui sua auto estima e aumenta seu nível de estresse. A impotência ocorre pela sua incapacidade de “fazer todas as coisas” que lhes são atribuídas e a conseqüência desse sentimento é a exaustão mental.
Estabelecendo Objetivos.
Todo planejamento deve ser elaborado pensando no que é provável acontecer e não no que o Gerente gostaria que ocorresse. Dessa forma, o gestor deve estabelecer objetivos e desdobrá-los em pequenas metas e cada objetivo poderá ter de cinco a sete etapas principais, as quais podem se tornar objetivos intermediários. Dessa forma, o gerente saberá se está – ou não – se aproximando do seu principal objetivo, o qual não irá parecer tão irrealizável.
Sendo assim, o gestor deverá começar administrando seu tempo pelas tarefas que estão ao seu alcance; ou seja, aquelas que só dependem dele. Ou começar por ele mesmo, mudando suas atitudes em relação aos problemas do cotidiano, pois afinal são esses problemas que justificam sua contratação como gerente e é para resolvê-los que o gestor é pago.
Como o Vendedor Deve Administrar Seu Tempo
É Possível Encontrar Tempo? Onde o Vendedor Deve Investir Seu Tempo? Veja as Sete Dicas Para o Profissional de Vendas Tornarem Seu Tempo Produtivo.
Para muitos Profissionais de Vendas, o maior empecilho para aumentar seus resultados é a falta de tempo para procurar novos Clientes, uma vez que ele perde muito tempo cuidando dos Clientes já existentes. Por isso, alguns curiosos vêm prospectando novas formas de obter esse bem tão precioso do ser humano – o tempo.
Porém, estudiosos vêm afirmando que é impossível encontrar mais tempo, pois não existe onde procurá-lo. O pouco tempo que você tem você está vivendo agora. Logo, não se pode administrá-lo. Então, por dedução lógica só temos uma solução: tomar: _ a decisão consciente de como queremos investir nosso tempo.
Embora pareça relativamente simples, não é; porque as coisas que geralmente evitamos – ou deixamos para depois – são geralmente fundamentais para o desenrolar do nosso futuro. Portanto, veremos abaixo algumas importantes dicas para o profissional de vendas investir seu tempo de forma produtiva, estabelecendo alguns princípios básicos:
· Estabeleça seus Objetivos e suas Prioridades: A boa administração do tempo começa com o foco nos seus objetivos – o que você realmente quer atingir. Isso significa colocá-los no papel (porque os objetivos que ficam na sua cabeça, são apenas sonhos). Para os objetivos maiores e mais complexos, quebre-os numa série de passos menores. Faça uma lista escrita do que fazer em cada um desses passos.
OBSERVAÇÃO: Uma das razões pelas quais a maioria das pessoas “enrola” na hora de resolver grandes tarefas é essa sensação de incapacidade de enfrentar coisas tão grandes. Realizar um grande objetivo com uma série de etapas menores
· Sistema de Planejamento Semanal: Este sistema de administração do tempo exige que você coloque semanalmente todas as suas atividades numa agenda, priorizando-as com ‘A’ (as atividades mais importantes), ‘B’ para aquelas em segundo plano e ‘C’ – atividades pouco importantes – para você manejar de acordo com o tempo disponível. O próximo passo é priorizar as tarefas ‘A’ em ordem de importância, agora usando números. Exemplo: A1, A2, A3, etc. Faça a mesma coisa com os objetivos ou tarefas B e C. faz com que seja muito mais fácil começar.
· Priorize sua Lista de “Coisas a Fazer”: Você conhece alguém que passe o dia inteiro com pressa, correndo de uma coisa para outra, levemente confusos e perdidos? Isso geralmente ocorre porque essas pessoas tratam todas as coisas que aparecem como igualmente importantes. Como não existem prioridades, não existe foco sobre o que fazer. Essas pessoas não sabem separar o que tem que ser feito (A), do que deveria ser feito (B) e do que seria bom fazer (C). Nem tudo o que fazemos é igualmente importante. Por exemplo, colocar gasolina no carro tem prioridade ‘B’, a não ser que você já esteja na reserva – aí, gasolina transforma-se em ‘A’.
Pagar o aluguel na data de vencimento é um ‘A’. Pagar um mês adiantado pode ser um ‘B’ ou um ‘C’, dependendo da sua situação pessoal. Focalize primeiro a lista ‘A’. Esqueça todo o resto. Somente depois de completar a lista ‘A’ é que você deve olhar para a lista ‘B’. Muitas pessoas evitam a lista ‘A’ porque estas geralmente são as tarefas mais complexas e desagradáveis.
Tenha um cuidado todo especial para evitar cair na lista ‘C’. Estas são sempre as tarefas mais fáceis e agradáveis. Aqui é que começam as dificuldades, e onde se vê se você realmente tem disciplina. Quando possuir objetivos escritos, ficará surpreendido com que rapidez passará a ser uma pessoa disciplinada. A administração do tempo e a definição de seus principais objetivos na vida andam lado a lado.
- Administração Pessoal Eficaz: Stephen Covey escreveu que uma Administração eficaz é você ser capaz viver em função dos seus valores, ao contrário de viver em função de seus impulsos e desejos no momento. Ele desenhou uma matriz complexa para planejar atividades baseadas numa missão pessoal, previamente escrita, decidindo quais são suas principais atividades no cumprimento daquela missão; e, depois, planejando suas semanas com antecedência baseando-se nos objetivos profissionais de longo prazo, bem como valores pessoais importantes.
- OBSERVAÇÃO: De acordo com Covey, a chave do sistema “é não dar prioridade baseando-se na agenda, mas sim agendar as suas prioridades”. Em outras palavras, os projetos importantes que o deixarão mais próximo dos seus principais objetivos devem ser colocados na agenda com antecedência (uma espécie de encontro com você mesmo), junto das atividades importantes e/ou urgentes. Também é uma boa idéia separar um bloco de tempo para resolver especificamente essas atividades. Ao invés de somente dedicar-se a coisas importantes ou urgentes, sua agenda semanal deve também incluir atividades de longo prazo (que, a principio, nunca parecem urgentes). Dessa forma, você estará sempre avançando em direção aos seus sonhos mais importantes.
- Pastas de cores diferentes: Quando Ronald Reagan era presidente dos EUA, certa vez foi entrevistado por um repórter que notou em cima da mesa, três pastas coloridas que estavam sempre ali. Ao ser questionado, Reagan explicou que a pasta verde continha atividades que precisavam de atenção urgente. AA pasta azul continha informações importantes, e a vermelha era para questões pessoais.
- Tarefas Inacabadas: Termine completamente uma tarefa antes de começar a próxima. Quando você deixa de lado algo incompleto, essa tarefa continua dentro do seu cérebro, contribuindo com mais coisas dentro da sua cabeça – terminando por provocar uma sensação de confusão. A próxima vez que você pegar um projeto parcialmente realizado, você tem que decidir quais passos precisam ser novamente realizados. Realizar uma série de pequenas tarefas incompletas desperdiça desnecessariamente o seu tempo. Se você completa uma tarefa, você pode esquecê-la, deixando seu cérebro livre para concentrar-se na próxima tarefa.
- Planeje para Trás: Administração eficaz do tempo é, basicamente, estabelecer objetivos, com todas as atividades diárias sendo encaradas como pequenos objetivos em si. Decida quais são seus principais objetivos, e você pode trabalhar para trás, levando em consideração anos, meses, semanas, dias e mesmo atividades em cada dia. Esse tipo de planejamento vai sem dúvida organizar a sua vida, conseguindo diariamente objetivos mensuráveis. Imagine que você está construindo uma linda casa de tijolos, com cada tijolo representando um único mini-objetivo importante, contribuindo para a construção definitiva da estrutura.
- A Tirania do Urgente: E aquelas interrupções que arruínam nosso cronograma? Parece sempre existir alguma coisa clamando pela nossa atenção. Tem sempre alguém interrompendo para pedir uma opinião, ou telefonemas de clientes, amigos e parentes. Embora existam milhares de pequenas interrupções que podem roubar nosso tempo, nenhuma delas têm realmente este poder – a não ser que deixemos.
Na imensa maioria das vezes, a maior parte dos ‘ladrões de tempo’ pode ser colocada de lado até que terminemos a tarefa. Quando estiver sobrecarregado de interrupções, recomendamos que você tente:
- Simplesmente dizer ‘não’.
- Eliminar itens de baixa prioridade da sua agenda.
- Delegar ou terceirizar algumas tarefas.
Reuniões: Oportunidade ou Desperdício de Tempo de Um Gerente?
Como Realizar Reuniões Produtivas? Conheça os Sintomas de Reuniões Que Desperdiçam Tempo
As reuniões são os desperdiçadores de tempo mais institucionalizados nas organizações, embora não existam dados precisos sobre o número de horas gasto com elas. Como ainda não temos uma “cura” para esse desperdício, pelo menos podemos aprender maneiras de tratar seus sintomas:
A) Reuniões que você controla (Tipo “A”): Nove em cada 10 serão no formato de apresentação. Agora que você está preste a produzi-la, trabalhe tanto na preparação como na execução. Antes de iniciar o planejamento de uma estrutura formal (não mais do que 1 hora), pergunte-se:
- Quais meus objetivos?
- Qual é minha audiência?
- Que fatores importantes devem ser transmitidos?
- Como posso melhor comunicá-los ao grupo?
- De que recursos audiovisuais precisarei?
- Onde será a apresentação? Há limitações de tempo?
OBSERVAÇÃO: enquanto se prepara, pense se um gráfico ou desenho irão ajudá-lo. No local da apresentação há luz suficiente para usar uma tela? E as tomadas? Revise seu material e lembre-se que o profissional sabe que ensaiar é o padrão.
B) Reuniões que você não controla (Tipo “B”) : muito tempo fora de sua sala irá rotulá-lo como um “emérito participante de reuniões” (E.P.R.) e não um batalhador sério. Os E.R.R.’s gastam metade de seu tempo em reuniões, conferências, apresentações, etc. Mas, existem outras maneiras de não perder tempo
- Vá somente à parte que tem a ver com você.
- Use seu chefe como desculpa.
- Decida os assuntos sem reuniões
- Envie, em vez disso, um documento escrito
- Assuma o controle se o responsável estiver atrasado
- Assuma o controle se o responsável chegar, mas não iniciar em seguida
OBSERVAÇÃO: se tudo isso falhar e você estiver em uma reunião inútil, é bom editar sua “lista de coisas a fazer”, pois assim continuará sua administração do tempo pautada nas prioridades
Reuniões Produtivas
Abaixo, algumas dicas de estudiosos para que o Gerente torne suas reuniões mais produtivas:
- No máximo oito pessoas (incluindo assessores), pois presume-se que seja mais difícil obter a atenção total de muitos participantes.
- Uma reunião deve ter “pauta”. Ou seja, o assunto a ser tratado deve ser exposto a todos os participantes com certa antecedência, para que os participantes da reunião possam se preparar.
- Uma reunião deve ter no máximo uma hora e meia.
- No máximo dois assuntos – divididos em, no máximo, quatro tópicos.
- O melhor horário para ser realizada é no primeiro horário do expediente, pois presume-se que uma reunião tenha o objetivo de motivar seus participantes. Logo, o dia adequado seria o 1° dia da semana.(2ª feira)
- Gaste os cinco minutos iniciais para estabelecer as regras e as etapas da reunião.
- Conceda 5 minutos a cada um para expor suas idéias.
- Conceda um tempo médio de 20 minutos para debates.
- Se alguém chegar atrasado, não interrompa reunião e peça para o retardatário observar as anotações dos outros sobre os tópicos já tratados.
- Não interrompa quando alguém estiver falando. Anote suas idéias – para não esquecê-las – e leve-as em questão quando tiver oportunidade.
Gerente – Como Aproveitar Melhor Seu Tempo
“O tempo é o nosso recurso mais escasso. Se ele não for administrado, nada mais pode ser administrado” (Peter Drucker).
Geralmente, os negócios se ocupam da gestão inteligente de alguns recursos como a gestão de capital, de materiais, de recursos humanos, gestão da informação e a gestão do tempo.
Os quatro primeiros recursos podem ser manipulados pelo homem, uma vez que o capital poderá ser aumentado, gasto ou mantido; recursos humanos podem ser substituídos e a informação pode ser obtida. Mas, o tempo é único e você não o consegue tempo a mais. O tempo é o único recurso que deve ser gasto (investido ou desperdiçado) no momento em que o possuímos. Dessa forma, a própria noção do tempo é um paradoxo, pois você só pode administrar a si mesmo em relação ao tempo.
Você não pode decidir se vai gastá-lo, mas somente como irá fazê-lo, pois uma vez desperdiçado seu tempo ele terá passado e você não poderá substituí-lo. A boa administração do tempo é o fator mais importante na administração de si mesmo, de seu trabalho e até dos outros. Não tente conquistar o tempo; trabalhe com ele; transforme-o em um amigo.
Verifique as maneiras pelas quais controla agora o seu tempo disponível. Ninguém tem controle total sobre sua agenda diária; pois alguém, ou algo, sempre requer sua atenção. Mesmo dentro do tempo já estruturado, você tem a oportunidade de selecionar quais as tarefas que tratará e com qual prioridade. E, ao exercer suas escolhas, começará a controlar melhor seu tempo.
Os princípios da administração eficaz do tempo estão estabelecidos nas etapas abaixo:
· Faça uma lista: nada será feito até que esteja em uma “lista de coisas a fazer”. Mas, uma vez que haja uma lista, todas têm uma chance.
· Atribua prioridades: o que deve ser feito primeiro?. E a seguir ?. Arrume os itens de sua lista por ordem de importância.
· Faça primeiro o mais importante: a mais alta prioridade é mais importante, por razões que você mesmo determina.
· Não tolere interrupções: nem mesmo de uma oferta grátis de inspeção sanitária, porque além disso você nem mesmo atenderá ao telefone
· Mantenha-se no item, até que o tempo acabe: reinicie o trabalho no momento em que o tempo estiver disponível novamente. Sempre estará.
· Trabalhe no item 1 até que o tenha terminado: então inicie o item 2, que agora passará a ser o item 1
2. Como Evitar Atrasos Auto-infligidos
Muitas atividades consumidoras de tempo não estão sob seu controle, tais como :
Comparecer a formatura da filha de seu chefe
Seu melhor Cliente interessou-se em assistir uma peça de teatro na sua cidade
Um compromisso imprevisto na Receita Federal
Nesses casos pergunte-se o que aconteceria se você não comparecesse. Seu senso global de prioridades o leva a dar atenção a algumas surpresas externas. O Gerente eficaz acolhe com prazer as tomadas de decisão; elas são a razão do seu salário. Em cada caso, tente obter tantos fatos quanto possíveis, porque você nunca conseguirá reuni-los completamente. E quando obtiver todos os que puder, tome a decisão.
A maioria das distrações vem dos outros, mas a menos que as combata elas também podem se configurar como auto-infligidas. Use esses remédios para evitar os atrasos auto-infligidos:
Quando lhe passarem o trabalho de outra pessoa, devolva-o com tato, mas firmemente.
Não gaste mais tempo que o necessário atendendo visitantes. E não retire tempo da sua programação para visitar inesperadamente as pessoas.
Se precisar sair do escritório, limite esse tempo e não o ultrapasse.
Programe as viagens para períodos contínuos e agrupe cuidadosamente seus compromissos.
Reuniões Eficientes Com Resultados Satisfatórios
Hoje vamos falar sobre reuniões eficientes.
Por Que Tantas Reuniões em Uma Empresa? Como Sobreviver a Reuniões Enfadonhas? Como Preparar-se Para Reuniões Produtivas?
O mundo empresarial está sufocado com tantas reuniões de negócios. Não as reuniões com clientes – que são altamente produtivas – mas as reuniões internas nas organizações. Pesquisas recentes indicam que o nível gerencial de uma empresa passa 51% do seu tempo em reuniões e, o nível estratégico, 66%.
Parece que ninguém mais consegue tomar uma só decisão empresarial sem estar reunido ao redor de uma mesa. Vejam que um bom líder atualmente é uma “raça em extinção” e, em função disso, a direção das organizações vem se utilizando das reuniões para fugir da responsabilidade de decidir, pois isso é uma ação que envolve riscos.
Então, como as empresas reagem? Elas criam comissões disso e daquilo, organizam grupos de trabalho para isso e aquilo, inventam equipes multidisciplinares e constituem times de “cabeças pensantes”. Claro que tudo isso regado a muito pão de queijo, refrigerantes e biscoitos, pois as reuniões vêm servindo para retirar dos gestores a responsabilidade de decidir sozinho. E, diante disso, muitas reuniões se tornam improdutivas – principalmente – porque seus fundamentos não foram respeitados, tais como:
- · Pauta desconhecida.
- · Horários de início e término são ignorados.
- · Excesso de participantes.
- · Interrupções constantes.
- · Conversas paralelas.
Estudos recentes revelaram que a maior parte dos funcionários de uma organização sente-se produtiva apenas durante três dias por semana e, uma das principais razões para isso, são as reuniões enfadonhas a que são submetidos. Para piorar a situação outra pesquisa demonstrou que se gasta em média 5 horas e meia por semana em reuniões e, em conseqüência disso, 65% das pessoas acham as reuniões improdutivas e enfadonhas.
Na verdade as reuniões prejudicam muito mais as pessoas que têm metas a serem alcançadas, as quais têm pouco tempo para mostrar seus resultados e ficam frustradas com as reuniões improdutivas. Isso porque, muitas empresas acabam fazendo reunião para decidir quando será realizada a verdadeira reunião.
Peter Drucker (no livro “O Gerente Eficaz”) afirma que as reuniões são uma concessão às organizações deficientes, pois um colaborador ou trabalha ou se reúne. Por isso, quando as empresas são alinhadas produtivamente – sob seu ponto de vista – as reuniões se tornam desnecessárias. Portanto, para transformar as reuniões em algo mais envolvente, motivador e produtivo é necessário que:
- · Os horários de início, intervalos e encerramento sejam rigorosamente cumpridos.
- · Os telefones móveis sejam desligados antes do início da reunião.
- · Todos os participantes tenham conhecimento antecipado dos temas que serão abordados.
- · As vaidades pessoais e antagonismos regionais sejam deixados de lado.
- · Todos se prepararem adequadamente com materiais, equipamentos, estudos e informações sobre suas respectivas participações na reunião.
Os líderes propiciem aos participantes determinado tempo para exporem suas análises de forma rápida e objetiva.
Além de ler nosso conteúdo sobre reuniões eficientes, leia mais conteúdos do nosso blog.
O Processo de Gestão e os Sistemas de Informações Gerenciais
Como Obter Informações Para Tomar Decisões Empresariais Acertadas? Como Identificar Oportunidades e Ameaças?
A atual conjuntura econômica e social tem reforçado a necessidade de as empresas incorporarem características que lhe permitam mais flexibilidade e adaptação ao ambiente onde atuam. De modo geral, essa assertiva tem sido observada basicamente pela ocorrência do alto grau de competição entre as empresas, pelo intensivo uso da tecnologia da informação e pela abertura do mercado.
Além disso, a globalização, o processo de privatizações e a própria estabilização da moeda exigiram um novo perfil de organização, que busca se adequar á nova realidade econômica. Do ponto de vista da Gestão Empresarial, nesse ambiente de turbulência e de grande competição, são fundamentais:
- O planejamento cuidadoso de suas ações
- A adequada implantação de seus planos
- A sistemática avaliação do desempenho em relação aos planos anteriormente traçados.
CATELLI (1999) acredita que as organizações devam seguir um processo de gestão que seja estruturado sob a forma do ciclo planejamento, execução e controle; onde, na fase do planejamento, seja necessário antecipar cenários, identificar ameaças e oportunidades e elaborar estratégias e política de atuação (ou seja, implementar o planejamento estratégico): “estipulado o cenário, as políticas e as diretrizes estratégicas as organizações necessitam escolher entre diversas alternativas em termos de mix de produtos, preços, volumes, tecnologias, etc…., o que caracteriza a necessidade de planejamento operacional. Realizadas essa operações termina-se a fase do processo de gestão e, ao garantir que as atividades sejam realizadas de acordo com os planos estabelecidos, configura-se a fase do controle”.
Em todas as fases do processo de gestão são tomadas decisões que consistem na escolha de diretrizes e alternativas que guiarão as organizações rumo aos seus objetivos. Mas, essas decisões requerem um suporte informativo adequado para que as melhores alternativas sejam escolhidas e, por isso, os gestores precisam de um sistema que lhe forneçam informações sobre o desempenho planejado e o realizado, permitindo-lhes comparar em bases objetivas todas as etapas do processo de gestão
O Processo de Gestão Econômica
O Processo de Gestão Econômica é na realidade um grande processo de controle cujo objetivo é o de assegurar a eficácia empresarial, atividade esta que tem sido caracterizada pelos da Administração como um contínuo processo de tomada de decisões. Sinteticamente pode-se entender o Processo de Gestão composto das seguintes fases:
- Planejamento
- Execução
- Controle
A fase do planejamento poderia ser dividida em Planejamento Estratégico, Planejamento Operacional e Ajustes nos Planos – conforme a amplitude, o tipo de plano e as variáveis trabalhadas. Na fase de execução pode-se obter um sistema de custeio que mensure as transações a valores reais e a valores-padrão, a fim de implementar a preocupação com a eficiência e possibilitar medidas corretivas. Cada uma dessas fases e sistemas será caracterizada a seguir :
Planejamento Estratégico
Essa fase tem como principal objetivo assegurar o cumprimento da missão das organizações, gerando um conjunto de diretrizes estratégicas de caráter qualitativo que visa orientar a etapa do planejamento operacional. Evidentemente, o processo de planejamento estratégico contempla a análise das variáveis do ambiente externo (identificando as oportunidades e ameaças) e do ambiente interno (identificando os pontos fortes e fracos).
Dessa forma, o conjunto de diretrizes estratégicas tem como objetivo evitar as ameaças, aproveitar as oportunidades, utilizar os pontos fortes a seu favor e superar as deficiências dos pontos fracos. A identificação das oportunidades e ameaças se dará em função do comportamento previsto dessas variáveis e da maneira como elas irão interagir em termos de:
- Mudanças no comportamento do consumidor
- Escassez ou abundância nas fontes de abastecimento
- Nível de atividade econômica
- Possíveis alterações nos movimentos políticos
- Desenvolvimentos tecnológicos
- Movimentos sindicais e ecológicos
- Restrições ou facilidades quanto ao comércio com outros países
Planejamento Operacional
Consiste na identificação, integração e avaliação de alternativas de ação e na escolha de um plano de ação a ser implementado. O processo de planejamento operacional compreende as seguintes etapas:
- Estabelecimento dos objetivos operacionais
- Definição dos meios e recursos
- Identificação das alternativas de ação
- Simulação das alternativas identificadas
- Escolha das alternativas e incorporação do plano
- Estruturação e quantificação do plano
- Aprovação e divulgação do plano
Dentro do modelo de Gestão Econômica proposto por Catelli esse processo deve ainda incorporar a participação dos responsáveis pelas diversas áreas funcionais da organização, a fim de que possa refletir as condições operacionais adequadas e o compromisso do seu cumprimento. O planejamento das diversas áreas funcionais deve ser realizado tendo em vista o cenário e as diretrizes estratégicas desenhadas durante o processo de planejamento estratégico. Adicionalmente é elaborado um planejamento de consumo de recursos, volume produzido, mix de produtos, investimentos em tecnologia, recursos humanos e ativos fixos finalizando o processo em um plano de lucros.
Execução
Corresponde à fase em que os recursos são consumidos e os produtos gerados. Nessa fase, ainda podem ser necessárias alterações e ajustes no programa, com a conseqüente identificação de alternativas operacionais, seleção da mais apropriada e a implementação dos ajustes. A fase de execução é exatamente aquela em que as ações são implementadas e surgem as transações realizadas.
Controle
Deve ser executado tanto nas áreas operacionais das organizações como em sua totalidade; ou seja, a avaliação de desempenho deve ser global e analítica. Mas, para o controle ser implementado com sucesso deve envolver quatro etapas :
- Prever resultados das decisões na forma de medida de desempenho
- Reunir informações sobre o desempenho real
- Comparar o desempenho real com o previsto
- Verificar quando uma decisão foi deficiente e corrigir o procedimento que a produziu e suas conseqüências, quando possível.
Os controles devem ser baseados em planos que, quanto mais claros, completos e integrados, mais eficazes serão. Para tal, os gestores precisam de uma ferramenta que lhes forneça informações sobre os desempenho planejado e o0 realizado, permitindo-lhes comparar em bases objetivas em todas as etapas do processo de gestão. A fase do controle corresponde à implementação de ações corretivas quando os resultados são diferentes dos planejados, no sentido de assegurar que os objetivos planejados sejam atingidos.
Sistema de Informações para Tomada de Decisões
A informação é ao mesmo tempo matéria prima e produto acabado da atividade de sistemas e, quando devidamente estruturada, a informação contribui decididamente para que a empresa se torne mais dinâmica.
CASSARRO (1998) afirma que “tanto mais dinâmica será uma empresa, quanto melhores e mais adequadas forem as informações de que os gestores dispõem para suas tomadas de decisão”. Baseados nessa afirmativa pode-se classificar as várias informações que circulam nas organizações como financeiras, industriais, contábeis e outras; mas para o propósito desse trabalho utilizar-se-á apenas dois grupos :
- Informação Operativa: é necessária à realização de uma função, de uma operação. Exemplo – uma requisição de material é necessária à retirada do material do almoxarifado, à atualização do fichário, etc…
- Informação Gerencial: é todo resumo de informações operativas que põe o gerente (ou gestor) a par de algo de sua competência e lhe permite tomar decisões. Exemplo – posição de vendas por região, apresentando vendas da região 01, no primeiro trimestre (X unidades).
Toda informação produzida apresenta várias características ou atributos técnicos e, pela sua importância, os principais atributos e/ou características das informações gerenciais dizem respeito ao seguinte :
- Custo Versus Benefícios: as organizações incorrem em certos custos para fornecer informações a um gerente. Se o benefício advindo da decisão for igual ou inferior ao custo incorrido não haverá porque continuar fornecendo tal informação
- Oportunidade: toda tomada de decisão tem um elemento de oportunidade; ou seja, terá um valor máximo se for tomada em determinado momento, conservará algum valor durante certo tempo e, a partir de então, não terá valor algum, incidindo apenas em custo.
- Correção Versus exatidão: uma informação gerencial quase nunca tem que ser exata, bastando –lhe ser correta e estar disponível no momento necessário.
- Relevância ou Significado : nem todas as informações apresentam a mesma importância para a tomada de decisão, pois umas são mais relevantes que outras. Raramente um gerente disporá de 100 % de informações para tomada de decisão e normalmente ele se apoiará em algumas informações, aceitando determinada margem de risco. Portanto, o êxito do gerente será tanto maior quanto menos errar nas suas decisões.
- Comparação e Tendência: as informações gerenciais devem ser comparadas; ou seja, deve mostrar seu desempenho real e o que era esperado, o orçado e a respectiva variação. Deve-se indicar a tendência do fato representado sempre que possível, pois a cifra absoluta de um mês quase nunca fornece idéia exata se o resultado é ou não satisfatório.
É importante ressaltar que o Gerente é a pessoa paga para tomar decisões e, se possível, acertadas. Portanto, ele deverá decidir mesmo com a possibilidade de erro, pois essa é a sua função. Outra coisa importante a ser considerada é o que CASSARRO (1998) denominou de “ciclo de atividades empresariais”.
Essas funções somente poderão ser adequadamente cumpridas se houver coordenação, pois existem áreas em qualquer empresas que se orientam basicamente para a execução (ex. : setor de compras, produção ou vendas), enquanto outras chamam a si o comando das ações, que é o caso do planejamento e do controle. Assim, CASSARRO (1998) entende que os Sistemas Gerenciais de Informações são aqueles que permitem adequado comando, controle e coordenação do ciclo gerencial.
Referências Bibliográficas
CASSARRO, Antonio C. “Sistema de Informações para Tomada de Decisões”. São Paulo. Ed. Pioneira, 1998.
CATELLI, Armando. “Controladoria: uma Abordagem da Gestão Econômica”. São Paulo. Ed. Atlas, 1999.
A Arte de Gerenciar Funcionários
Aprenda Como Tratar Alguns Tipos de Funcionários Existentes Nas Organizações
Desde a época da Escola de Relações Humanas de Elton Mayo já se sabe que, dentro das empresas, além de máquinas, também existem pessoas que têm diversos sentimentos e diferentes reações aos estímulos motivacionais. Dessa forma, o jeito de tratá-las determinará como você será tratado.
Diante disso, a primeira regra de um bom Gerente é tentar obter uma visão otimista sobre seus funcionários, pois isso tende a criar pessoas mais colaborativas, afirmam alguns estudiosos em Liderança. Outros, mais radicais, afirmam que “se você tratar seu funcionário como um cachorro, mais cedo ou mais tarde ele vai lhe dar uma mordida”.
Antigamente, gerenciar significava “a arte de obter resultados através das pessoas”. Porém, as Relações Humanas foram se desenvolvendo e hoje o Líder precisa entender as aspirações humanas. As pessoas costumam ter variadas aspirações, mas apenas para simplificar podemos reduzi-las a:
· Aspirações Simples: São as condições básicas de um emprego, sem as quais os empregados nem aceitam trabalhar, tais como um salário compatível, emprego próximo à casa, conforto no local de trabalho, garantias de continuar empregado, ambiente de amizade e atenção. Note-se que as aspirações simples são requeridas por uma minoria dos trabalhadores brasileiros.
· Aspirações Complexas: A maioria das pessoas possui aspirações complexas, gostando de ser diferenciadas das demais e de terem seu valor reconhecido pelo Líder. Elas gostam de aprender, enfrentar desafios significativos e de tarefas difíceis. Aqueles com aspirações complexas obtêm seu crescimento pessoal e recompensas financeiras de seus próprios esforços.
Diante disso, pode-se perceber que a arte de gerenciar pessoas nas organizações exige muita criatividade do Líder, pois em vez de controlá-las é preciso energizá-las, buscando atender suas expectativas e aspirações mais complexas. Dessa forma, podemos afirmar que a principal função de um gerente moderno é “energizar” as pessoas. E, energizar significa atender ás aspirações complexas dos funcionários.
Mas, antes de energizar as pessoas o Gerente deve conhecer o “sentido de prontidão” dos funcionários, pois existem funcionários que estão “prontos” e os que ainda não estão. Ou seja, aqueles que estão prontos têm experiência técnica no ramo – eles são funcionários experientes. E os que têm pouca prontidão são os funcionários inexperientes.
Sendo assim, ao cruzarmos essas duas variáveis – aspirações e prontidão – encontramos quatro (4) tipos de funcionários e, antes de qualquer próxima análise, é necessário afirmar que as pessoas tendem ser muito mais complexas do que apenas quatro tipos. Mas, apenas para compreendermos melhor a forma de tratá-las – gerenciá-las – vamos classificá-las em grupo de quatro tipos:
A) Os Aprendizes: Perfil – São aqueles funcionários inexperientes e que só possuem aspirações simples, os quais – na sua maioria – obtêm o primeiro emprego. Eles não têm experiência alguma e preferem trabalhar apenas por ser perto de casa e pelo pequeno salário. Tratamento – trate-o com pouca flexibilidade, informando-o detalhadamente o que fazer e conferindo se as tarefas foram realizadas conforme o escrito. Ou seja, o Líder deve usar uma supervisão rígida.
B) Os Frios: Perfil – São aqueles funcionários que até têm experiência técnica, mas possuem aspirações simples. Ou seja, eles não estão energizados ou motivados a alcançar suas aspirações. Eles sabem trabalhar, mas não vibram com isso porque talvez tenham sido punidos na sua criatividade – em empregos anteriores. Tratamento – O Líder deve envolvê-lo nas decisões do setor, fazendo-o sentir-se importante e aumentando sua auto-estima. Na verdade o cuidado do Líder não deve ser técnico, mas humano. Esse tipo de funcionário precisa de envolvimento emocional e o Líder deve estimulá-lo a ter “a coragem de errar”. Não estamos estimulando o erro freqüente, mas a tentativa da inovação pode levar às pessoas ao erro e isso não deve ser reprimido para esse tipo de funcionário.
C) Os Potenciais: Perfil – São aqueles que, embora não tenham experiência, têm aspirações complexas. Ou seja, eles estão energizados, motivados e com vontade de crescer (é o “sonho” de todo Gerente). Eles têm iniciativa e garra, mas ainda não estão prontos porque não têm experiência. Tratamento – Na verdade, talvez seja necessário o Gerente conter um pouco esse ânimo para que o funcionário não cometa erros infantis. Eles precisam de treinamento, instruções claras e acompanhamento técnico. Além disso, ele deve ter envolvimento com os mais experientes para assimilar conhecimentos e habilidades.
D) Os Empreendedores: Perfil – São aqueles que têm muita experiência técnica e aspirações complexas. Ou seja, são funcionários que estão prontos, energizados e motivados. Tratamento – Esse tipo de funcionário não deve ser tratado com rigidez, controle ou cobrança por resultados. Trate-o com “agradinhos” e ele ficará “doente”, pois sua energia vem dele e não de você. Eles precisam de desafios, tarefas difíceis e participação nos resultados. Dessa forma o Líder deve envolvê-lo nas decisões, dando-lhes autonomia porque os empreendedores são capazes – em muitos casos – de fazer melhor que o próprio Líder.
OBSERVAÇÃO: O Gerente não pode se conformar em ter na sua equipe apenas funcionários classificados como aprendizes, frios ou até mesmo os potenciais. Na verdade, seu principal objetivo deverá ser o de transformar todos eles em empreendedores, pois assim o Gerente só cuidaria da estratégia da sua empresa.
Criatividade e Inovação Das Pessoas e Das Empresas
Como Transformar a Criatividade em Inovação? Por Que Somos Muito Criativos e Pouco Inovadores? Em Time Que Está Ganhando se Mexe?
Estudiosos do assunto vêm afirmando que o povo brasileiro é reconhecido no mundo inteiro pela sua enorme criatividade, mas apesar disso ainda não conseguiu resolver até hoje seus problemas sociais básicos como o analfabetismo, por exemplo. No entanto, outros povos menos criativos são bem sucedidos financeiramente e esses analistas acreditam que isso talvez seja fruto da sua inovação.
No âmbito organizacional o problema ocorre em função da crença de muitos empresários de que “em time que está ganhando não se mexe”. Ou seja, quando suas empresas estão indo bem eles se acomodam e não procuram inovar ou melhorar. Diante disso, veremos abaixo as opiniões desses analistas:
A Criatividade e a Inovação das Pessoas
Muitos brasileiros têm ótimas idéias, de projetos inéditos que foram criados somente na sua própria mente. Eles não implementaram suas idéias criativas e não as transformaram em inovações. Muitos até acreditam que suas idéias foram “roubadas” por outras pessoas, esquecendo-se de que as boas idéias não são patrimônio de ninguém – elas são patrimônio da humanidade.
Em resumo pode-se afirmar que nós brasileiros temos realmente muitas idéias originais (criatividade), porém não as transformamos em inovações. Ou seja, não geramos valor a partir dessa criatividade. Só criatividade não resolve nada. Para ser criativo basta ter alguma necessidade básica, mas para ser inovador é necessário conhecimento, espírito empreendedor, disciplina e principalmente muita educação.
O Conhecimento é necessário para transformar as boas idéias em algo tangível, palpável como um protótipo ou um projeto. O Espírito Empreendedor para acreditar nas idéias, assumir a responsabilidade sobre elas, motivando a equipe e sabendo “vender” a inovação. Disciplina é o elemento essencial para que as pessoas se dediquem aos detalhes e sejam rápidas nas suas decisões, pois nesse exato momento alguém também pode ter tidos as mesmas idéias. Educação para ter coragem de desafiar a lógica, perder o medo de errar e agregar valor à sua empresa com melhorias e inovações.
A Criatividade e a Inovação das Empresas
No cenário corporativo muitos empresários acreditam que, quando suas empresas vão bem, não é hora de mudar porque elas estão “enxutas”, as vendas estão em alta, sua tecnologia está atualizada, os clientes satisfeitos e fiéis. E, quando perguntados o que estão fazendo nesse momento, eles respondem que estão “mantendo o ritmo e corrigindo pequenos desvios diários, pois em time que está ganhando não se mexe”.
Eis aí o perigo potencial, pois conforme consultores empresariais é exatamente nessa hora que as organizações deveriam pensar em melhorar e inovar. Para eles é na curva ascendente que se deve propor a inovação, pois esse seria o momento mais confortável para a organização mudar sua história ou seus produtos.
Na verdade esses especialistas aconselham a empresa não esperar a curva se estabilizar para melhorar, porque nessas horas os custos são maiores justo quando o lucro está estável. Os consultores afirmam ser um “erro fatal” a empresa só propor o “repensar” quando já está na descendente, quando os investimentos estão escassos. Pois na maioria das vezes já é tarde para reagir e recomeçar. Para esses estudiosos, na descida, a empresa muda o foco do cliente para si mesma – métodos e processos – e perde o contato com quem mais pode ajudar; ou seja, o cliente.
Se a empresa vai bem, ultrapasse a barreira do foco no cliente, concentrando-se na aprendizagem e no conhecimento para dar um novo salto. A curva de ganhos terá uma ligeira queda, mas logo será compensada porque a ascendente – após a inovação que dá certo – será mais acentuada ainda.
Profissional de Vendas: Habilidades, Atitudes e Conhecimentos Necessários
Que Postura o Vendedor Deve Tomar Para Causar Boa Impressão?
Clientes reagem de forma diferente a certas situações e suas reações dependem de características básicas do ser humano que são influenciadas por diversas razões. Por isso, quanto mais subsídios o vendedor puder colher numa conversa com seu cliente, mais astutas e produtivas serão suas técnicas de abordagens. As preferências dos clientes, sua educação, seu passatempo predileto, sua família e suas ambições depois de conhecidas evitarão erros na entrevista de vendas e não atrapalharão o negócio.
O profissional de vendas não deve se esquecer de anotar todas as informações pertinentes à melhoria de seu desempenho com o cliente, pois informação é poder. O vendedor perceberá que existem clientes tímidos e hesitantes que vão precisar de seu empurrão, através de sondagens. Outros clientes – livres e falantes – poderão ser conquistados com bons argumentos e conduzidos para o fechamento da venda.
Existem clientes que mencionam com freqüência suas esposas e filhos. Esses geralmente, não apreciam piadinhas ou linguagem chula. Com a experiência do dia a dia, o vendedor acabará se tornando sensível à identificação das atitudes do seu cliente e aprenderá a usar melhor suas técnicas.
Em termos de conhecimentos gerais ele deverá ter a iniciativa de obtê-los, uma vez que os conhecimentos paralelos irão tornar o vendedor mais atrativo e seus clientes gostarão de conversar com ele, caso ele demonstre ser uma pessoa bem informada – tanto sobre seus produtos como temas ligados à cultura geral.
Diante disso, um profissional de vendas deve sempre se considerar um “aluno” em vendas, mesmo tendo ele anos de treinamento e experiência. Ele deve saber que para continuar crescendo é necessário manter seu entusiasmo pelo conhecimento. E quem não pensa assim, pára no tempo e corre o risco de comprometer suas realizações futuras, ficando “velho” para a profissão de vendedor.
Sendo assim o vendedor deve determinar-se a aprender mais como um desafio a ser superado e – principalmente – ele jamais deverá deixar de falar bem, o suficiente para causar boa impressão. As bibliotecas e as livrarias possuem farto material para quem precisa estar bem informado. Os jornais, as revistas especializadas, a televisão educativa e a Internet também colaboram muito nesse sentido.
Uma boa saída a um obstáculo colocado pelo cliente é o resultado da educação e do bom treinamento desse vendedor. Portanto o profissional de vendas deve preparar-se sempre, aprimorando técnicas e conhecimentos e assim adquirindo segurança no que diz aos seus clientes. Dessa forma, ele estará sempre pronto par atacar, vencer ou se defender quando a situação assim o exigir.
Por isso, o profissional de vendas deve aprender tudo a respeito do seu trabalho; lendo bastante e fazendo cursos noturnos de marketing. Esse vendedor deverá fazer cursos de extensão ou outros cursos afins. Trocar idéias com outros profissionais, estudando tudo que sua empresa dispor e considerar as orientações do seu Gerente. No seu trabalho a comunicação é a base da sua vitória e, por isso mesmo, ele deverá ter profundos conhecimentos da língua portuguesa, expressar-se corretamente formando frases com sentido, observando a conjugação dos verbos, plurais e acima de tudo desprezando as gírias.
O conhecimento do maior número possível de palavras através da leitura vai ajudá-lo consideravelmente nas conversas com seus clientes, a evitar as constantes repetições das mesmas palavras, o que só demonstra pouca cultura e péssima leitura. Saber tudo sobre sua profissão e seu produto é imprescindível para alcançar o sucesso, pois o vendedor não terá nenhuma segurança se não souber colocar em detalhes o seu produto ao seu cliente.
Ele deverá colher todo material que puder sobre o que vai expor e lê-lo detalhadamente antes de seus compromissos de venda. Deverá lembrar-se que o embasamento cultural é um ponto forte a seu favor que não pode ser desperdiçado. Portanto, o profissional de vendas deverá canalizar sempre esses conhecimentos de maneira clara e objetiva na consecução de seus objetivos profissionais e pessoais.
Qualidades Mais Admiradas em Um Gerente
Qual Deve Ser a Atitude de um Gestor Diante da Equipe? Como Delegar Autoridade? Como Passar Instruções?
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Mantém os funcionários atualizados sobre as situações que afetam seus projetos futuros.
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Mantém uma atitude positiva
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Possui habilidades para comunicação oral e escrita
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Esclarece as ações e as decisões que afetam os colaboradores
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Não tem favoritos na sua equipe.
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Delega autoridade e permite que seus colaboradores executem parte das funções próprias de um Gerente
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É bem específico ao dar instruções sobre atribuições a seus colaboradores
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Incentiva seus funcionários a melhorarem suas aptidões e sua eficiência
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Realiza o treinamento de funcionários para que possam cobrir as ausências uns dos outros
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Elogia os trabalhos bem feitos, mas também critica quando necessário
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Está ciente dos problemas que os funcionários têm uns com os outros
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Faz perguntas freqüentemente. É um ouvinte interessado e ativo
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Organiza a programação de trabalho e atribuições de sua equipe de forma tão eficaz quanto possível
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Demonstra atitude profissional em relação ao trabalho e aos funcionários.
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Mostra seu lado humano e, em função disso, ele não é compelido a agir com “chefe” todo o tempo.
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Trabalha ocasionalmente com empregados de menor nível hierárquico, a fim de melhor compreender seu trabalho.
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Dedica parte de seu tempo a ouvir novas idéias
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Presta atenção a problemas mais amplos. Evita se prender a detalhes.
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Mantém os outros informados sobre as mudanças organizacionais
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Discute problemas com subordinados tão logo seja possível, em vez de deixar as coisas chegarem a ponto de ebulição.
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Expressa honestamente seus sentimentos.
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Tenta conhecer cada funcionário como indivíduo.
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Usa novas estratégias que tornarão a organização mais produtiva e competitiva
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Demonstra confiança nos seus subordinados
Liderança Desde Sempre
Conheças as Características dos Líderes Desde Antes de Cristo.
Estudiosos sobre Liderança vêm afirmando que o líder eficaz possuiria três (3) características básicas: (A) Foco nos resultados; (B) Motivação de sua equipe; (C) Disciplina para alcançar seus objetivos. Observando atentamente a história humana observamos que desde os primórdios dos tempos os seres humanos vêm se preocupando com a organização da sua sociedade.
Os gregos – por exemplo – se perguntavam constantemente como poderiam fazer sua sociedade funcionar melhor. No século VII AC Homero se concentrou no relacionamento entre dois líderes: Agamenon e Aquiles.
Os gregos examinaram a questão da Liderança como ninguém fizera até então, pois se eles eram motivados como poderiam obter sucesso diante das dificuldades aparentemente intransponíveis? Eles procuraram entender o que impelia diversos indivíduos a se unirem numa organização. Além disso, os gregos se mostraram ansiosos em discernir como a autoridade e o poder poderiam ser mais bem estruturados para preservar os dois pilares da sua sociedade – a liberdade e o respeito a lei.
O isolamento geográfico, a natureza contemplativa e a crença na razão levaram os gregos a formular as primeiras perguntas importantes sobre a natureza do relacionamento entre os indivíduos e as organizações. Eles acreditavam ser necessário equilíbrio para dar suporte à eficiência das organizações e dos indivíduos nelas envolvidas.
Aristóteles desenvolveu um sistema filosófico bastante interessante que denominou de “a doutrina da moderação”, garantindo que a organização jamais poderia transgredir completamente os direitos individuais; e que o indivíduo não poderia colocar suas necessidades acima dos interesses organizacionais.
Atualmente, ao investigarmos as causas de um desastre financeiro percebemos que esses fracassos muitas vezes têm pouco a ver com o produto, com o marketing, planejamento ou mesmo problemas financeiros. Na verdade, tem muito a ver com a química entre os líderes das organizações. Quando os altos executivos gastam mais tempo e energia contra-atacando do que cooperando, o efeito sobre a organização é corrosivo.
A degradação de equipes é uma espécie de moléstia organizacional. Há mais de 2.500 anos, Homero nos contou as desavenças entre o rei dos gregos (Agamenon) e o melhor de seus guerreiros (Aquiles), por ocasião da conquista de Tróia. A guerra se arrastava com os gregos querendo voltar para suas casas, suas provisões sobretaxadas e os custos se acumulando de forma alarmante.
Agamenon – que pouco sabia como manter o comportamento e o apoio de seus guerreiros – procurava provar ser melhor que Aquiles, em vez de motivá-lo para usar sua energia na tomada da cidade. Tomando o “prêmio” de Aquiles, Agamenon provocou a reação negativa deste, como se fora um empregado qualquer. E, completamente insatisfeito, Aquiles se recusou a lutar e retirou-se com seus batalhões. Dessa forma, o Rei tentou atraí-lo de volta sinalizando com maiores prêmios. Mas, a emenda foi pior que o soneto.
Nenhum clássico dramatiza melhor o poder destrutivo dos desvios de atenção do que Odisséia, de Homero, a qual narra como Ulisses se concentrou para retornar à sua casa. Não foi uma jornada fácil, pois ele perdeu todos os seus navios e conseqüentemente todos seus companheiros. Mesmo Possêidon – o deus grego do mar – estava contra ele e, a viagem, assediada por inúmeros atrasos, vários erros, caprichos dos deuses, mau tempo, sedução por mulheres e obstinação dos marinheiros, demorou 10 anos. E quando ele finalmente chegou à casa, teve o desagradável problema de enfrentar uma turba de pretendentes de Penélope, sua esposa.
Ulisses obteve sucesso porque, tendo disciplinado seus recursos, raramente ele perdeu seu objetivo de vista. Ele “administrou por objetivos”, fazendo essa técnica funcionar. Ele estava obcecado pela idéia de chegar à casa e isso o sustentou pelos 10 anos seguintes. Encontrar um Ulisses moderno não é um desafio fácil.
Em 1958 Kenneth Olsen fundou a DEC (Digital Equipment Corporation), produzindo microcomputadores. Foram tempos duríssimos, pois competir com a IBM era avassalador. Mas, Kenneth anunciava que “os sistemas são o futuro”, tendo visões (já naquela época) do correio eletrônico (e-mail), do acesso instantâneo às impressoras centrais, dos discos de memória, dos programas e dos bancos de dados.
Estando bem à frente do mercado, Kenneth anteviu um crescimento explosivo da automação integrada de escritórios (hoje conhecido como Networking) e, como ficou demonstrado, estava apenas seguindo uma estratégia com a qual havia comprometido sua empresa por mais de 10 anos – ligar os computadores através de redes. Era perfeitamente natural que ele mantivesse a direção de sua organização apontando para frente, pondo todos para trabalhar duro, enquanto os profetas da ruína previam seu desaparecimento.
Portanto, características como FOCO nos objetivos, MOTIVAÇÃO de colaboradores e DISCIPLINA sempre foram características inerentes aos Líderes, desde os primórdios do tempo.
Gerente: Saiba Como Contratar Novos Colaboradores
Quais São os Passos Iniciais Para Contratar Funcionários? O Que Perguntar Numa Entrevista?
Os Gerentes que contratam e orientam novos funcionários com eficácia, aumentam suas possibilidades de sucesso, pois essas duas atividades são úteis na maximização da produtividade, na moral dos funcionários e na minimização do turn-over do pessoal.
Para isso, o Gerente deve preparar uma “descrição do cargo” para o qual vai contratar, resumindo a escolaridade mínima exigida, o treinamento, a experiência requerida, as habilidades especiais e outras características. Dessa forma, ele deve analisar as exigências do cargo e compará-las com os currículos recebidos. Os que não apresentam qualificação necessária são eliminados nesse ponto e os que parecem adequados podem ser chamados para futuras entrevistas.
Roteiro Básico da Entrevista:
· Liste os tópicos que quer abordar ou as áreas que precisam ser esclarecidas, baseadas no currículo.
· Escolha um local confortável, livre de telefones, visitas e outras interrupções.
· Coloque o(a) candidato(a) à vontade com uma pequena conversa inicial; sendo cordial e informal.
· Responda às perguntas sobre o trabalho a ser realizado e sua empresa.
· Seja objetivo. Previna-se contra julgamentos baseados na personalidade, aparência ou informação pessoal do candidato. Concentre-se na avaliação das qualificações para o trabalho.
· Ouça mais do que fale. As perguntas indiretas ou abertas (as que não podem ser respondidas “sim” ou “não”) incentivam o(a) candidato(a) a expressar suas verdadeiras opiniões.
· Ouça criticamente; anote mentalmente os tópicos resultantes de respostas evasivas, voláteis, entusiásticas, inconsistentes, emocionais ou de alguma forma dignas de destaque.
· Conclua agradecendo-lhe pelo seu tempo e informe-o(a) que ficará ciente de sua decisão . Não o(a) deixe aguardando muito tempo.
· Registre em arquivo as respostas às perguntas chaves e informações sobre tópicos que você queira abordar após a entrevista.
Formato da entrevista:
Uma entrevista orientada segue uma lista padronizada de perguntas. Embora o formato seja inflexível, coloca o Gerente no controle da conversa e garante a abordagem dos tópicos mais importantes, num espaço mínimo de tempo.
A entrevista orientadora é preferida por entrevistadores experientes, embora a “lista de verificação” possa parecer um interrogatório; e os próprios candidatos não têm muita chance de adicionar informações que possam afetar sua decisão.
Uma entrevista não orientada é flexível, usa questões abertas em vez do formato preparado antecipadamente. O Gerente deve começar com uma idéia geral do perfil da empresa a fim de criar bom relacionamento, revelar atitudes, fazer surgir opiniões e respostas que possam mostrar mais qualificações do candidato. Conduzir essa entrevista requer experiência, pois precisa reconduzir a conversa de volta ao seu curso, quando os candidatos saem pela tangente Dessa forma, uma entrevista combinada deve usar ambas as técnicas, as quais serão úteis para abordar as informações básicas do candidato:
· “Por que você saiu da empresa anterior?”.
· “Que programas de informática você está familiarizado?”
· “Vejo que você está estudando, quando concluirá o curso?”
O Gerente pode alternar a fim de avaliar as metas profissionais, a comunicação verbal do candidato, seu poder de persuasão, sua segurança, seu temperamento, sua ambição, automotivação e habilidades interpessoais como por exemplo:
· “Por que você quer trabalhar aqui?”
· “Como você descreveria o trabalho ideal?”
· “Se você terminar uma tarefa mais cedo, como usará o tempo restante?”
· “Como você reagiria se pedisse informações a algum outro departamento e lhe dissessem para não perturbar?”
· “Você pode dar um exemplo de um erro inesquecível que tenha cometido no seu trabalho anterior?”
· “E o que você que aprendeu com esse erro?”
· “O que você se vê fazendo daqui a 3 ou 4 anos?”
A Importância do Reconhecimento da Equipe
Como o Líder Deve Reconhecer o Trabalho do Seu Colaborador? Qual a Importância de Um Elogio?
Desde a hora de seu nascimento o ser humano procura o reconhecimento e conforme a Teoria das Necessidades Humanas – Abraham Maslow – dentro de cada um de nós existe a necessidade de sabermos que, de alguma forma, nós fazemos a diferença para alguém. Ou seja, o reconhecimento é tão necessário para o crescimento e o bem-estar de uma pessoa quanto o alimento e a habitação.
O trabalho tem a capacidade de satisfazer muitas das nossas necessidades, desde que tenhamos a sorte de trabalhar com um verdadeiro Líder. O Líder sabe que suas próprias necessidades – e as da empresa – só poderão ser satisfeitas se forem satisfeitas as necessidades de seus colaboradores e, além disso, ele também sabe como atender essas necessidades de forma a beneficiar mutuamente todos os interessados.
Talvez a principal tarefa de um líder seja manter sua equipe motivada, pois quando as pessoas se sentem dessa forma elas agem como vencedoras. Quando os colaboradores são reconhecidos pelas suas realizações eles se sentem importantes e, diante disso, eles dão o melhor de si a fim de obter mais reconhecimento. Ou seja, trata-se de um ciclo que se perpetua.
O Reconhecimento Como Membro de Uma Equipe
Como vimos todos nós temos necessidade de ser reconhecido como indivíduos, mas também temos a necessidade de ser reconhecidos como integrantes de um grupo e quando essa equipe é vencedora obtemos um benefício extra. O reconhecimento do grupo é importante porque nem todos têm a capacidade de sobressair individualmente como vencedor, mas todo mundo pode se destacar contribuindo e fazendo parte de uma equipe vencedora. Existem várias maneiras de o Líder passar reconhecimento aos seus colaboradores:
· Elogio: A maioria das pessoas se realiza com um simples elogio e, às vezes, palavras são tudo o que elas precisam. Sendo assim, quando o Líder reconhecer seus colaboradores mediante o elogio ele deve escolher bem suas palavras e certificar-se de que elas refletem adequadamente o que ele pensa, em relação à pessoa que está sendo elogiada.
· Avaliação de Desempenho: Esse tipo de reconhecimento permite que o colaborador saiba como o Líder se sente em relação a ela e oferece uma prova permanente desse reconhecimento. Além disso, o documento de “Avaliação” é de extrema importância para o crescimento e o progresso do profissional do colaborador. Sendo assim, o Líder deve apresentar ao colaborador que está sendo avaliado a relação das suas principais realizações no período, sendo específico em cada uma delas.
· Promoções: Às vezes, essa é a única forma de reconhecimento que satisfará um colaborador. Diante disso, o Líder deve verificar de que a promoção é merecida e certificar-se de que não está promovendo um funcionário apenas por medo de perdê-lo.
· Maior Autoridade: Quando o Líder expande a capacidade de decisão de um colaborador, no fundo ele está dizendo a esta pessoa que está satisfeito com as decisões que ela tomou no passado. Dessa forma, o Líder deverá se certificar de que essa autoridade é igual à responsabilidade que ele – o Líder – lhe delegou.
· Reconhecimento Financeiro: Assim como ocorre com as promoções de cargos, existem ocasiões em que a recompensa financeira é o único caminho de reconhecimento que satisfará um colaborador. Mas, ao conceder um aumento ou uma bonificação a um colaborador o Líder deve associá-lo ao desempenho desse colaborador, deixando que ele saiba o que fez para merecê-lo.
· Surpresas e Regalias: Ao reconhecer um colaborador surpreendendo-o com atos de consideração extraordinários, o Líder estará transmitindo uma sincera admiração pelo seu trabalho e como ser humano. Uma outra forma de recompensar as pessoas é conceder-lhe privilégios especiais quando assim o merecerem como chegar um poço mais tarde ou sair um pouco mais cedo, por exemplo.
· Trabalhar Lado a Lado Com o Colaborador: Arregaçar as mangas e trabalhar junto é uma das melhores formas do Líder demonstrar admiração pelos colaboradores, pois essa atitude fala mais alto do que qualquer palavra.
OBSERVAÇÃO: O Reconhecimento sempre deverá ser moldado para cada um, pois as pessoas têm necessidades diferentes e conseqüentemente precisam ser reconhecidas de formas diferentes. Alguns – por exemplo – precisarão de mais elogios que outros e o Líder deverá reconhecer o colaborador não pelo o que pensa dele, mas sim pelo que fez por merecer. Sendo assim, o Líder deve ter cuidado para não demonstrar qualquer favoritismo.
Motivação e Estímulo
Qual a Diferença Entre Motivar e Influenciar? Que Estímulos Podem Ser Aplicados em Nossos Relacionamentos?
Alguns cientistas do comportamento humano acreditam que a Motivação é algo inerente à própria pessoa e que, através de estímulos, outras pessoas talvez possam facilitar esta pequena mudança de percepção. Essa nova percepção será responsável por algumas mudanças nos nossos comportamentos.
Se pessoas reagem a estímulos e são capazes de se auto-motivar, então cabe uma reflexão a respeito de como estimulá-las para que estejam sempre motivadas. Diante disso, pode-se perguntar: _ Qual a diferença entre motivar e influenciar?
Motivar é uma reação a um determinado estímulo e a influência é uma ação sobre alguém, a qual pode ser um estímulo ou não.
Por exemplo: _ quando se utilizam subterfúgios, manipulações e intimidações, estamos influenciando, mas não estamos estimulando. O estímulo é sempre positivo e, a influência, nem sempre.
Dessa forma, vamos analisar os estímulos que podemos aplicar em nosso relacionamento com os outros para tentar facilitar-lhes a automotivação. Esses estímulos podem ser divididos em seis (6) grupos:
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Reconhecimento – Uma das maiores fontes de estímulo para as pessoas é serem reconhecidas, quer seja por seu trabalho, seus resultados ou seus esforço. Pessoas sentem necessidade de receber feedback para que se desenvolvam e o reconhecimento é a principal forma de feedback. Muitas vezes um simples “bom dia” é suficiente para que a pessoa se sinta valorizada e reconhecida – ainda mais se este bom dia for sincero e dado num tom positivo. O sorriso também pode ter um grande efeito. Ambos são mais eficazes se acompanhados do “olho no olho”. Coisas que negligenciamos no nosso corre-corre diário.
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Atividades do Trabalho: Quando podemos fazer algo desafiador, conhecendo os objetivos e o padrão esperado, sabemos a importância e o impacto que as atividades e seus resultados tem nos outros, nos Clientes e na empresa como um todo, tal atividade passa a ser prazerosa, mesmo que tenhamos a impressão inicial de que ela seja chata.
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Oportunidades: Mesmo que alguém não goste de assumir riscos, deseja ter oportunidades. Boas oportunidades implicam em correr certo risco e em poder errar. Havendo chance para o aprendizado, o desenvolvimento, o erro, a participação nas decisões, no planejamento e na execução, o teste e a implementação das próprias idéias e a responsabilidade e a recompensa pelos resultados, haverá um contexto favorável para a motivação.
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Liderança: Ter alguém dando o exemplo através de ações consistentes e não só através das palavras, é também uma importante fonte de estímulo. Sentir que há uma presença forte, visionária, apoiadora e exigente em uma medida equilibrada nos faz confiantes em nós mesmos e na organização. Autoconfiança é fundamental para a motivação. Confiança nos líderes ainda mais importante, pois canaliza esta autoconfiança para o alinhamento com os valores e crenças que são vividos na prática pela organização.
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Relacionamentos: Um ambiente de trabalho cooperativo onde se enfatizem equilibradamente os feitos individuais e os da equipe, onde cada pessoa saiba que as necessidades do grupo se sobrepõem às dos indivíduos e onde haja um genuíno interesse de cada um nos outros como seres humanos, e não como recursos humanos.
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Qualidade de vida: Equilíbrio entre vida pessoal, profissional, social e espiritual, onde as urgências são quase inexistentes, há tempo para as atividades mais importantes e prioritárias, existem recursos disponíveis ou alternativas aceitáveis e o índice de estresse é quase nulo.
O Novo Líder e a Moderna Empresa
O Que se Espera do Líder Moderno? Como Devem Ser as Estruturas da Empresa Moderna? Quais as Características Pessoais do Novo Líder?
Nas últimas décadas as estruturas empresarias foram totalmente modificadas pela globalização da economia e mais ainda pela competitividade entre as organizações, gerando novas relações entre consumidores e empresas. Conseqüentemente, as empresas modernas não podem mais suportar rígidas estruturas organizacionais com hierarquia e organograma inflexíveis.
Tudo isso fez surgir uma forte mudança no conceito da “chefia”, onde o superior imediato atual se tornou um líder; ou seja, um motivador, um incentivador de idéias, de pessoas e de criatividade. Por outro lado, a fim de poder concorrer em condições de igualdade, a organização atual necessita ser ágil e “enxuta”. Ela terá que contar com o comprometimento dos funcionários, sem acenar com os mitos de outrora como estabilidade no emprego e condições de conforto exagerado.
Dessa forma, os colaboradores têm que ser motivados através de estratégias profissionais, trazendo resultados para a organização e para isso eles têm que estar bem informados em temas como administração e metas da própria empresa.
As organizações brasileiras passaram por três fases distintas, onde a primeira foi superada no início dos anos oitenta com a reestruturação e pesados cortes de funcionários. A segunda – anos 90 – é a “arrumação da casa”, onde a organização motivava os “sobreviventes” ao downsizing, à terceirização e aos cortes gerais.
A terceira fase – que estamos vivenciando – é a do aumento da qualidade de vida no trabalho e para tal o líder deve estar preparada para novas posturas, tais como:
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Características Pessoais: o novo Líder deve saber lidar com as pessoas a fim de dar andamento aos projetos e buscar novas soluções a antigos problemas. Ele deverá saber compartilhar suas decisões, buscando o comprometimento de todos os colaboradores. Além disso, o novo Líder deve ser um generalista a fim de dominar o maior leque possível de temas administrativos.
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Postura Pessoal: manter-se como parte integrante da sua equipe, conhecendo seu pessoal em profundidade, seu potencial e suas limitações. Deve saber cobrar resultados dentro das metas pré-estabelecidas, tornando-se um patrocinador de idéias e multiplicando conhecimentos.
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Seleção de Novos Colaboradores: analisar currículos considerando os resultados obtidos em empresas anteriores.
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Informação: saber que vivemos a “era do conhecimento” e quanto mais informado (e culto) ele for, mais ele poderá contribuir para o desenvolvimento da organização. Compartilhar informações com superiores e subordinados.
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Qualidade: buscar sempre o que está errado e não quem está errado.
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Motivação: saber elogiar e valorizar seus colaboradores a fim de que eles produzam mais e melhor. Acreditar que a permanente reciclagem motiva a equipe e aumenta a produtividade.
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Participação: utilizar métodos modernos de avaliação do desempenho, aplicando a administração participativa e incentivando idéias de seus colaboradores.
O Sono de Executivos e Gerentes
Qual a Quantidade de Horas Ideal de Sono? Por Que Algumas Pessoas Acham Normal Dormirem Apenas Cinco Horas? Qual a Conseqüência Disso Para Gerentes e Executivos?
No mundo moderno é muito comum ouvirmos Executivos e Gestores reclamarem que trabalham até onze ou doze horas por dia e, conseqüentemente, se tornam estressados e mal humorados com suas famílias e subordinados. A maioria deles não percebe que o dia continua tendo 24 horas e, se eles trabalham 12 horas, gastam uma hora diária fazendo ginástica, uma hora de almoço, uma para ler o relatório, uma hora no trânsito e mais duas para a família, são dezoito horas de atividade. Isso significa que sobram apenas seis horas de sono.
Definir exatamente quantas horas o ser humano deveria dormir é uma questão para a qual ainda não existe uma resposta definitiva, uma vez que o número de horas de sono necessárias varia de pessoa para pessoa.
No início do século vinte quando o tempo corria de forma mais vagarosa, sem Internet, trânsito ou TV as pessoas dormiam aproximadamente 10 horas – que era mais ou menos o tempo da escuridão. Porém, nos grandes centros urbanos a média diária de horas de sono baixou de oito para sete e muitos Executivos e Gerentes diminuíram suas horas de sono não por problemas orgânicos, mas apenas para “aproveitar melhor o seu tempo” – como se dormir fosse “tempo desperdiçado”.
Segundo pesquisas do professor James Maas (Cornell University – NY) a maioria dos Executivos e Gerentes não faz a menor idéia de quanto tempo deveriam dormir e, o que é pior, mais de 30% afirmaram estar despertos, quando na verdade estavam num estágio intermediário entre o dormir e o acordar. Segundo o professor “Os executivos que dormem pouco não conhecem os benefícios de estar completamente atentos, pois jamais o estão”.
Nas organizações as principais conseqüências de tudo isso é a falta de atenção dos Gestores e Executivos, com a conseqüente diminuição do rendimento e o cansaço físico e mental (estresse). Conforme Maas uma simples hora de sono perdida – durante três dias – faz o organismo começar a apresentar esses efeitos devastadores para os profissionais.
Os especialistas concluíram que o grande problema á comportamental, uma vez que a sociedade corporativa costuma rotular as pessoas que dormem mais do que nove horas de “criminosas”. É costume afirmar que homens como Leonardo da Vinci ou Napoleão não dormiam mais do que quatro ou cinco horas, embora se esqueçam de dizer que Einstein dormia onze horas diárias.
Dessa forma, como dizer aos Executivos e Gerentes que não é socialmente reprovável dormir o suficiente? O diretor da Universidade de Columbia (Canadá) Dr. Stanley Coren desmente essa crença, afirmando que “só os heróis não dormem”. Ele aplicou testes em Executivos e Gerentes que quantificavam o uso da memória, os quais indicaram que algumas noites mal dormidas podem interferir no Quoeficiente de Inteligência (QI).
O especialista informa que quem dorme sete horas diárias reduz o equivalente a um ponto de QI por dia e, para cada hora suprimida abaixo das sete, a queda passa a ser de dois pontos. E, à medida que a pessoa aumenta a dívida com o seu sono, sua habilidade cognitiva também pode ser comprometida. Sendo assim, caso se durma seis horas por dia durante cinco dias, chega-se ao último dia com quinze pontos a menos no QI.
Diante disso, muitos Executivos e Gerentes chegam à sexta-feira quase à beira de um esgotamento; ou seja, este dia não deve ser um bom dia para tomar decisões de responsabilidade, uma vez que não só o cansaço aperta como o QI está abaixo do normal.
A Volubilidade dos Seres Humanos
Por Que Muitos Líderes Criam Estereótipos Sobre Seus Liderados? O Que Nos Ensina Geoffrey Chaucer Sobre Personalidades Humanas?
Embora existam inúmeras teorias sobre Liderança a maioria se baseia numa simplicidade atraente, mas perigosamente falha. Elas adotam o pressuposto de que os seres humanos são como enxadristas, ou soldados de chumbo. Muitas dessas teorias acabam nos fornecendo a “certeza” de que as pessoas se moverão com precisão nessa ou n’aquela direção. Elas acreditam que as pessoas responderão a estímulos externos, muito parecidos aos cães condicionados de PAVLOV. E assim, a maioria das teorias sobre Liderança se esqueceu de uma importante tendência humana: _ sua volubilidade enlouquecedora.
Tais teorias são montadas sob a dicotomia e sob estereótipo. No caso da TEORIA X e Y – que postula uma dicotomia – é descrita detalhadamente nos muitos textos de Administração e Programas de Treinamento de executivos.
Muitos administradores (X) acham seus empregados preguiçosos, incapazes de assumirem responsabilidades e de não irem além do mínimo esforça.
Outros administradores (Y) vêem seus empregados quase perfeitos, verdadeiros dínamos, cheios de dedicação desinteressada.
A teoria funciona muito bem na sala de aula e em seminários corporativos. Mas, as pessoas de verdade são qualquer coisa, menos binárias (X ou Y; A ou B). Na verdade, pode-se dizer que as pessoas são tão complexas que não podem ser estereotipadas e categorizadas com precisão.
Poucos na História comunicaram a personalidade multifacetada e imprevisível do ser humano tão bem quanto Geoffrey Chaucer. Observador atento da natureza humana, ele era capaz de enxergar tanto o ridículo da pessoa quanto sua tragédia. O seu livro – Contos de Canterbury – começa lustrando a reunião de um grupo de peregrinos numa hospedaria.
O tal grupo era composto de um ilustre cavaleiro, um escudeiro efeminado, um monge gordo, um frade ganancioso, um mercador bem-sucedido, um cozinheiro doente, um arrendatário de terras temente à Deus, um moleiro tocador de gaita e o anfitrião. Eles concordaram em realizar entre eles um concurso de histórias, enquanto caminhavam até a Catedral de Canterbury.
– O mercador dava impressão de riqueza (chapéu de feltro, botas afiveladas) e, ao mesmo tempo, de falta de interesse pela aparência (roupas multicores). Era dogmático, mas um “excelente camarada” e embora bom comerciante, estava endividado.
– O agente comprador era mais brilhante e habilidoso que os 30 advogados a quem servia. Era excelente em seu trabalho, ainda que analfabeto.
A genialidade de Chaucer, porém residia em não permitir que suas personagens fossem estereotipadas, apresentando uma versão do indivíduo que desafiava a fácil rotulação. Esse curioso grupo lembra-nos o quão são complexos os indivíduos e não unidimensionais. “Cada indivíduo é uma coleção de eus”, informa-nos a psicóloga Leona Thler.
Os paradoxos são o que fazem as pessoas (assim como os personagens de Chaucer), tão fascinantemente humanas e produtivas. Muitas vezes, as pessoas menos prováveis inventaram alguns dos mais bem sucedidos produtos:
Pode-se imaginar como Chaucer descreveria King Gillette, o modesto caixeiro-viajante de cortiças que inventou a lâmina de barbear. Ou, os dois músicos que inventaram o filme “Kodachrome”. Ou o advogado especializado em patentes que descobriu a “xerografia”. O funerário que criou a discagem telefônica automática. E o veterinário que criou o pneumático.
O ponto principal sobre Liderança que aprendermos com Chaucer é que as pessoas não são estereótipos. Rotulação, classificação ou qualquer outro tipo de categorização podem nos levar a não perceber algumas importantes potencialidades nos seres humanos. E, aqueles que enxergamos apenas como mais um colega de trabalho, pode vir a ser o próximo grande sucesso da organização onde ambos trabalham.
Administração de Recursos Humanos
Quais as Funções Básicas da Administração de RH? Como Recrutar? Como Selecionar Novos Colaboradores?
Administrar Recursos Humanos depende de uma série de fatores como o ambiente em que as empresas atuam, a tecnologia empregada por elas, das políticas e das diretrizes vigentes na organização. Além disso, administrar RH , também dependa da filosofia administrativa aplicada, da quantidade e da qualidade dos Recursos Humanos disponíveis.
E, na medida em que mudam esses elementos, também mudam a forma de administrar os Recursos Humanos nas organizações. As funções básicas da Administração de Recursos Humanos são:
a) Provisão: Quem Irá Trabalhar na Organização? Para tanto, a empresa precisará providenciar uma pesquisa de mercado para obter maiores informações sobre as atividades inerentes ao cargo, o salário médio pago ao ocupante desse cargo e as habilidades que serão requeridas. Além disso, a organização terá que providenciar o recrutamento e a seleção para esse cargo.
b) Aplicação: O Que as Pessoas Farão na Organização? Para isso, a organização precisará implementar um Desenho de Cargos (descrevendo detalhadamente o cargo) e um rigoroso programa de Avaliação de Desempenho.
c) Manutenção: Como Manter as Pessoas Trabalhando na Organização? Para mantê-las, a empresa precisará oferecer uma remuneração compatível com o cargo, benefícios sociais e segurança no trabalho.
d) Desenvolvimento: Como Desenvolver as Pessoas na Organização? Para tanto, precisará providenciar treinamento e desenvolvimento aos seus colaboradores.
e) Controle: Quem São e o Que Fazem as Pessoas na Organização? Para isso, precisará implementar um eficaz sistema de informação, controles e uma auditoria de pessoal.
RECRUTAMENTO
É um conjunto de técnicas que visa buscar funcionários qualificados a ocupar cargos dentro das empresas. É o processo de atrair ao emprego candidatos com as características e as habilidades adequadas para preencher as vagas abertas – ou a serem abertas – na organização.
À partir de determinado diagnóstico – de que a empresa está precisando de mão-de-obra – o próximo passo é descobrir fontes de recursos humanos que detenham as qualidades necessárias para ocuparem os cargos vagos (ou a serem criados). Uma vez analisadas as necessidades de mão-de-obra deve-se partir para o processo de recrutamento (interno e/ou externo), onde os candidatos externos deverão ser atraídos através das fontes adequadas e os candidatos internos (dentro da própria organização), entre aqueles que apresentem perfil adequado à vaga em aberto.
As principais fontes de pesquisa para a captação de candidatos externos são as escolas (ensino superior e/ou técnico), a Internet (sites de bancos de currículos gratuitos e pagos), consultorias de recursos humanos, anúncios em classificados de jornal e bancos próprios de currículos.
Uma vez encerrada a etapa de Recrutamento (onde se espera ter recebido inúmeros candidatos recrutados) passa-se à segunda fase – seleção de pessoal – que tem como objetivo básico escolher entre os candidatos recrutados aqueles que tenham melhores chances de se adequar ao cargo.
O PROCESSO DE SELEÇÃO DE PESSOAL
Alguns autores definem seleção de pessoal como sendo “a escolha do homem certo para o cargo certo”; mas, pode-se afirmar que esse processo visa selecionar candidatos, não somente com experiência técnica, como também com características e habilidades pessoais necessárias ao desempenho das funções requeridas. Os objetivos principais são selecionar candidatos de boa qualidade, os quais sejam adequados às necessidades (e sempre em quantidades suficientes), a fim de atender às vagas existentes (ou a serem criadas).
O selecionador deve, sempre que possível, recrutar número suficiente de candidatos, de forma a possibilitar a escolha do mais habilitado e, além disso, também deve tentar reduzir o custo do recrutamento, utilizando-se de fontes menos onerosas, tais como cadastro de candidatos, indicações, contatos com outras empresas, etc.
Recrutar (identificar, encontrar talentos) e Selecionar (diferenciar os melhores dentre os identificados) são atividades muito complexas, as quais deveriam estar incluídas entre as muitas atividades de cunho estratégico de toda e qualquer organização. Portanto, essas atividades devem ser tratadas com profissionalismo através da contratação de profissionais habilitados para tais tarefas.
Técnicas de Seleção.
- Entrevistas.
- Provas de conhecimentos (ou de capacidade).
- Testes psicotécnicos.
- Testes de personalidade.
- Dinâmicas de grupo
Entrevista Preliminar (ou de Triagem)
No primeiro contato com o candidato o selecionador transmitirá informações básica, tais como as atividades referentes ao cargo, suas responsabilidades, o salário, os benefícios, a quem o novo colaborador ficará subordinado e o horário de trabalho. O selecionador também deverá falar um pouco à respeito da organização, oferecendo-lhe condições de avaliar se quer realmente continuar com o processo ou não. Nessa entrevista preliminar, o selecionador deverá verificar se o(a) candidato(a) atende aos requisitos mínimos para a exigência do cargo; pois, caso contrário, deverá ser dispensado logo a seguir.
As Transformações no Trabalho: da Mão-de-Obra ao Capital Humano
O Que Faz Diferença Para Uma Organização? São os Recursos Financeiros? Suas Instalações e Equipamentos? Ou a Tecnologia?
Há menos de cem anos nossos avós presenciaram o “êxodo rural”, onde a mão-de-obra operária abandonou as cidades do interior do Brasil a fim de arrumarem empregos nos grandes centros urbanos como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e outras capitais.
A mecanização no campo diminuiu dramaticamente a necessidade do trabalho humano, pois atualmente – apenas para obtermos uma idéia do problema – uma colheitadeira substitui cerca de cem “bóias-frias” e aí eles passaram a ser denominados de “sem-bóias”, parodiando os “sem-terras”, “sem-tetos” e outros desprovidos.
Muitos desses avôs acabaram sendo expulsos do campo e, conseqüentemente, de “operários da terra” acabaram se tornando “operários das fábricas” nas grandes cidades. Mas, quando isso ocorreu, eles não tiveram muitos problemas porque a maioria tinha as mãos fortes, eram obedientes e tinham uma saúde “de ferro”. Na verdade, era exatamente isso que bastava tanto para o dono das terras quanto para os donos das indústrias.
Naquela época não se exigia deles melhoria educacional alguma. Eles tinham consciência de que não estavam sendo pagos para pensar, pois sabiam cumprir a rotina das suas obrigações e se especializaram em tarefas específicas. A maioria torceu para se aposentar naquele emprego depois de trinta anos de trabalho.
Mas, se os nossos avós estivessem vivos hoje, eles seriam denominados de “sem-fábricas”. Aconteceria a eles o que está acontecendo a milhões de pessoas em todo o mundo; ou seja, eles seriam “expulsos” das indústrias, dos comércios e das empresas de serviços em função das falências, reengenharias, downsizing ou outras técnicas de Administração contemporânea.
Para que serviriam hoje suas mãos fortes, calejadas ou mesmo suas índoles obedientes? Fugiriam da roça para onde? Por falta de educação básica adequada aos novos tempos, existem milhões de trabalhadores sem destino profissional no Brasil e no mundo. Diante disso, perguntamos: – O que está sendo feito para minimizar esse problema?
Vejo alguns políticos afirmarem que programas de abertura de “novos empregos” estão sendo implantados. Mas sob muitos pontos de vista, políticas para enfrentar o êxodo industrial só terão resultados se questionarmos o modelo em sua essência, pois a melhor resposta não virá da pergunta: “Como aumentar o nível de emprego?”. O desafio é muito maior e a questão é: _ Por que falta emprego se há tanto trabalho a ser feito? Por que as empresas não encontram funcionários que estão procurando? Por que as pessoas não encontram o trabalho que desejam?
A melhor resposta só virá das seguintes perguntas: O que as pessoas estão fazendo para se qualificarem? Qual é o nível de sua escolaridade? O que essas pessoas podem contribuir com seu saber? Que cursos, conhecimentos e aptidões elas possuem? Como as empresas podem aproveitar esse talento?
Vejamos as seguintes questões: _ O faz a diferença em uma empresa? São as instalações? Os equipamentos? A tecnologia? O sistema de gestão? Até a poucos anos acreditava-se que uma empresa era um conjunto de recursos financeiros, materiais e tecnológicos. Mas, atualmente pode-se afirmar que o que faz enorme diferença numa empresa são as pessoas. Ou seja, o Capital Humano.
São os funcionários preparados, que têm competências que são qualificados e têm motivação para trabalhar em equipe. E exatamente por isso eles têm muito valor para as organizações, constituindo-se assim em ótimos ativos para as empresas – o melhor Capital Humano.
Como Surgiu o “Perfil Profissional” dos Candidatos a Emprego?
O Que o Conhecimento Tem a ver Com a Competência Profissional?
A gestão empresarial viveu uma longa história de significativas metamorfoses e uma das principais mudanças foi a passagem do paradigma da Administração Científica para um novo paradigma que emergiu após os anos 80.
Na época de Taylor (Administração Científica) o processo de produção foi concebido sob a abordagem da Engenharia, na qual administrar era um processo de modelagem no processo produtivo e visava metas enquadradas em parâmetros baseados em tempo e custo.
Nessa abordagem, administrar consistia em controlar o processo produtivo em si, pressupondo-se que o monitoramento de todos os eventos garantisse a eficiência do resultado.
Nessa perspectiva, ROUX (1983) acreditava que a capacitação dos indivíduos fazia parte dos alvos regulatórios e a formação profissional era o meio que garantia a competência, requerida para o exercício das tarefas; ou seja, a posse do know-how.
O know-how era a capacidade de realizar a tarefa conforme os padrões de resultados e tempos, definidos pelo planejamento. As tarefas e atividades eram definidas por setores especializados em planos de tal forma que o que se esperava do funcionário era o “saber fazer” aquilo que estava prescrito. Esperava-se que o trabalhador aprendesse a realizar a tarefa em todas as suas possíveis variações, como acontece com os pilotos de aviões, que realizam os procedimentos que estão detalhadamente previstos em um manual.
Para o desempenho dessa função contava-se com a regulagem da competência profissional que era adquirida por meio de atividades desenhadas para ensinar os procedimentos ao funcionário e adestrá-lo nas habilidades que estes requeriam. Grande parte dessa regulagem da competência foi inspirada nos laboratórios de Psicologia e criada por diversos especialistas em ciências comportamentais por meio da experiência do quotidiano.
Como os administradores eram leigos em técnicas de aprendizagem e, nessa forma de concepção do processo de produção parte da regulagem dependia do uso dessas técnicas, as ciências do comportamento humano foram requisitadas pela Administração para fornecer informações sobre as condições e instrumentos de aprendizagem. Estimulada por essa parceria, a Psicologia se dedicou a construir teorias que garantissem o controle da competência, tendo em vista o desempenho esperado pelo planejamento das tarefas.
Dessa forma, a Psicologia Industrial legitimou a abordagem da Engenharia, fornecendo à Administração Científica o suporte da experimentação científica, conforme deduziu DUNNETTE (1976) das abordagens da tecnologia chamada de Psicometria. .
Nessa perspectiva, o trabalhador foi assumido com um ser fragmentado em habilidades e traços de personalidade. A habilidade era tida como algo objetivo existente dentro do indivíduo, que ocorria independentemente de ser descoberto por alguém e que poderia ser mensurado. Essa configuração propiciou o aparecimento dos perfis profissionais, os quais se tornaram o padrão de condições pessoais para o trabalho.
Deu-se o nome de “perfil” ao conjunto de requisitos exigidos de um indivíduo para a realização de uma tarefa. Assim como as tarefas eram planejadas por setores especializados, o perfil profissional era definido pelos especialistas da área de Recursos Humanos e se constituía no alvo dos programas de treinamento.
Desenvolva o Homem e o Gerente
“O Conhecimento Enriquece o Conhecimento e, Quanto Maior a Variedade, Maior o Enriquecimento” (Willard Rockwell, Jr.)
Em 1919 Willard F. Rockwell começou uma modesta fábrica de eixos para caminhões e, cinqüenta anos mais tarde, a Rockwell Standard já fabricava equipamentos aeroespaciais para a NASA, em função do programa APOLLO. A trajetória dessa organização foi marcada por duas fases, onde o conservadorismo inicial evoluiu para decisões arrojadas de seu herdeiro – Rockwell Jr – que acabou conduzindo a empresa para a “era espacial”.
Rockwell incentivava seu filho a estudar engenharia e contabilidade, afirmando que “quando os negócios vão mal as empresas precisam de engenheiros e, quando os negócios melhoraram, elas procuram os contadores”. Dessa forma, ao assumir a presidência da empresa Rockwell Jr tornou-se um entusiasta da modernização, em função dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento na sua empresa.
Ele iniciou essa fase de sucesso empresarial recrutando futuros funcionários nas faculdades, introduzindo as práticas de treinamento e impulsionando-os a ocuparem cargos de maior responsabilidade na organização. Rockwell Jr afirmava que o sucesso de um funcionário dependeria muito do seu auto-desenvolvimento e do pensamento independente. Ele dizia que um Gerente precisava planejar seu desenvolvimento cultural tão cuidadosamente quanto planeja sua agenda e metas. Naquela época Rockwell Jr já falava que seus Gerentes deveriam não apenas ser especialistas, mas se tornarem “generalistas”:
_ “Um Gerente Financeiro poderá insistir sobre os aspectos financeiros de um negócio e, supondo que ele seja devidamente treinado, poderá se tornar um gênio em finanças. Mas, ele estará limitado como gerente se sua instrução ficar restrita aos aspectos financeiros, pois ele – provavelmente – terá dificuldades em relacionar finanças aos outros aspectos do negócio como marketing, pesquisa ou fabricação”.
Rockwell Jr considerava um perigo quando um Gerente estava ocupado demais para pensar além de seus problemas rotineiros e, em função disso, ele estimulava seus gestores ao aprendizado a fim de se tornarem “generalistas”: _ “Lembro-me de um homem ambicioso, talentoso e criativo que trabalhava longas horas e participava de cursos e mais cursos. Porém, ele se aprofundava apenas no conhecimento sobre sistemas e nada mais, jamais considerando sequer quão limitado era o seu foco. E o seu superior hierárquico também tão teve o discernimento suficiente para mostrar-lhe o caminho. Com o tempo seu talento desapareceu, sua imaginação secou e tudo que ficou foi a sua ambição. Ele havia se fechado para o aprendizado geral, acreditando que a especialização seria o suficiente e acabou frustrado e decepcionado, mas nem por isso mais sábio”
Naquela época a visão de Rockwell Jr sobre treinamento era bastante crítica, pois ele percebia que vários treinamentos motivacionais não eram eficazes porque se baseavam na premissa de que todos os funcionários se motivam pelo mesmo motivo. Ele nos conta um case bastante interessante sobre a ineficácia de alguns programas motivacionais:
_ “Um fabricante de produtos industriais de médio porte que tinha um sistema de treinamento custoso e complexo, o qual denominava de programa de desenvolvimento gerencial. Era composto de uma miscelânea de artimanhas motivacionais e técnicas estruturadas, especialmente desenvolvidas para incutir nos gerentes a vontade de aprender, crescer e progredir profissionalmente.
O objetivo até que era louvável, mas o sistema havia custado uma fortuna pra implantá-lo e administrá-lo. Ou seja, um colossal desperdício de recursos financeiros, logísticos e humanos porque não se considerou o princípio de que a motivação das pessoas vem de dentro de cada um e, raramente, a motivação vem de fatores externos. Cada artimanha motivacional correspondia a um fracasso e os pretextos forma maquiados mais para justificar o programa do que explicar os seus fracassos individuais.
Com a ajuda de consultores, várias análises foram feitas a fim de determinar – por exemplo – o que fazia o assistente de RH – Silveira – andar quando deveria correr (na verdade sua motivação não era o dinheiro, mas o desejo de status cada vez mais alto. Dessa forma, ele queria mais experiências). Outro exemplo era João Carlos – Supervisor de Vendas – que se recusava transferir-se para Manaus na condição de Gerente (jamais ocorrera aos especialistas que ele estava confortavelmente abrigado em sua rotina e satisfeito com seu status quo). Ou explicar a recusa de Jorge Cavalcante – químico pesquisador – a um cargo administrativo no laboratório (talvez ele fosse um cientista por convicção e não tivesse outras ambições). Outra explicação para “a resistência motivacional” foi a idade de alguns funcionários: _ “Raul Gomes está muito velho para aprender e ele sabe disso”.
Rockwell Jr tinha completa razão, pois algumas empresas tentam aplicar técnicas de motivação infantis a uma platéia adulta e, conforme se constatou em pesquisas publicadas na revista Nation’s Business, isso não pode ser feito com sucesso. Essas pesquisas desacreditam o conceito de que a capacidade de aprender decresce à medida que a pessoa envelhece. Na verdade, a pesquisa demonstra que adultos conseguem aprender eficazmente em todas as idades à sua maneira e, essa maneira, difere significativamente da maneira que as crianças aprendem.
Portanto, um bom Gerente deve ajudar a despertar – ou estimular – o desejo de aprender dos seus colaboradores, embora ele não possa criar esse desejo. Ele não pode forçar o conhecimento às pessoas. Ele pode exigir que os funcionários participem de treinamentos para aperfeiçoarem suas técnicas decisórias ou ajudá-los a compreender como lidar com os problemas, ou mesmo como administrar relacionamentos humanos difíceis. Mas, o único que realmente se beneficiará será o homem que se apresente voluntariamente para o treinamento.
Isso não significa que as empresas não devam patrocinar a educação e o treinamento. Ao contrário, a principal responsabilidade dos Gerentes é tornar o conhecimento acessível aos seus colaboradores. É aguçar a conscientização das pessoas e inspirá-los para que eles próprios tomem a iniciativa
Entrevista de Emprego
Como se Comportar Numa Entrevista de Emprego? O Que o Candidato Deve Saber Sobre a Empresa e o Cargo? Quais São as perguntas Mais Frequentes?
De acordo com alguns especialistas em consultoria de Recursos Humanos, esse é um momento decisivo para o candidato mostrar suas qualidades e ser escolhido para ocupar a vaga oferecida; mas, todo cuidado é pouco, pois na ânsia de se obter resultados positivos, o (a) candidato (a) pode se “atrapalhar”. Conforme Matilde Berna (gerente da Right Saad Consultoria em RH), em primeiro lugar, o (a) candidato (a) deve se preparar para responder objetivamente quem ele (a) é, o que já fez profissionalmente, seus resultados, suas maiores realizações, como era seu relacionamento com colegas de trabalho, por que se candidatou à vaga oferecida e o que tem para oferecer para a empresa.
- “Durante toda a entrevista é fundamental adotar uma postura positiva e saber demonstrar para o(a) entrevistador (a) que você é uma pessoa interessada, que tem capacidade de organizar, planejar e pensar à frente. Portanto, quanto mais detalhes você souber sobre a empresa e o cargo oferecido, maior será a capacidade de responder às perguntas e se mostrar adequado para ocupar a vaga”. (BERNA, 2004, p. 24)
Dependendo da empresa, é interessante descobrir quantos funcionários ela tem, quais são os negócios que ela desenvolve, que produtos ou serviços são ofertados e se a empresa faz parte de algum grupo comercial. Ao ser chamado (a) para uma entrevista, o (a) candidato (a) deve confirmar o dia, o local, o nome e o cargo da pessoa que vai entrevistá-lo(a). Também deve levar consigo um Currículo e lê-lo atentamente para ter claro tudo o que foi escrito, pois desta forma, evitará surpresas, como algo que escreveu e não se lembra.
- “No dia marcado, se vista de forma adequada para causar boa impressão; e jamais chegue atrasado (a). Quando for apresentado (a) ao entrevistador (a) cumprimente-o (a) firmemente e com educação. Olhe-o (a) nos olhos e sorria, não fique inquieto (a) na cadeira. Adote uma postura natural e gesticule naturalmente enquanto conversa. É muito importante responder às perguntas de forma clara, objetiva e pausadamente. Não tente responder algo que você não saiba, pois, nestes casos, o mais indicado é pedir educadamente ao entrevistador para esclarecer melhor a questão” (BERNA, 2004, p. 25)
Ao terminar a entrevista deve-se deixar uma boa impressão, agradecendo ao entrevistador por tê-lo (a) recebido e demonstrando que está animado (a) com a possibilidade de trabalhar n’aquela empresa. E, finalmente, deve-se apertar sua mão com firmeza.
Perguntas Mais Freqüentes.
Qualquer entrevista – por mais descontraída que seja – é um teste da caráter psicológico que visa avaliar o poder de observação, conclusão e até de compreensão do candidato. Além das respostas, o(a) entrevistador(a) observa os gestos, a entonação, as pausas e – principalmente – o olhar do(a) candidato(a). E, nesse contexto, algumas perguntas tornaram-se comuns e podem ser feitas para qualquer tipo de candidato ou vaga:
- “Quem é você?. Fale-me sobre a sua vida, profissão e família” – Diga apenas aquilo que for relevante; seu nome, idade, formação acadêmica, cite as empresas que trabalhou (ou se está buscando seu 1º emprego). Quanto à vida familiar, resuma-a.. Solteiro (a), casado (a), número de filhos, etc.
- “O que o (a) levou a procurar esta vaga?” – Jamais diga que, pelo fato de estar desempregado, está aceitando qualquer coisa. Mostre interesse e que você tem plano de desenvolvimento pessoal.
- “Por que deveríamos contratá-lo( a)?” – Fale de seus pontos fortes – sem passar a imagem de presunçoso (a) – e de como você pode contribuir para o trabalho proposto.
O que Você Pode Perguntar ao Entrevistador?
No final da entrevista – principalmente quando o desempenho é bom – o (a) entrevistador (a) pode indagar se o (a) candidato (a) deseja fazer algumas perguntas e, caso ele não tenha esclarecido tudo que o (a) candidato (a) gostaria de saber, deve-se aproveitar para questionar tudo quanto for relevante.
Neste caso, ajudará muito se o (a) candidato (a) pesquisou sobre a organização – principalmente sobre a vaga à qual está se candidatando – pois tendo claro seus objetivos de carreira, o (a) candidato (a) pode, antes da entrevista, preparar um roteiro de todas as informações que gostaria de obter. Caso, durante a entrevista, o(a) entrevistador(a) não tenha respondido todas as duvidas do (a) candidato (a), aí ele(a) poderá fazer as perguntas necessárias, tais como:
- · A empresa oferece oportunidade de treinamento?
- · O que a empresa espera desse cargo?
- · Quais serão as responsabilidades do cargo?
- · A quem irei me subordinar?
- · Existem planos de carreira na empresa?
- · A empresa tem planos de crescimento? Em quanto tempo?
OBSERVAÇÃO: Normalmente, durante a entrevista, o (a) candidato (a) já foi informado do valor do salário, dos benefícios (vale alimentação, transporte, plano de saúde, etc.) que são oferecidos pela empresa. Mas, se isso não ocorreu, o (a) candidato (a) deve confirmar esses itens, sem se aprofundar muito na questão.
Importantes “Dicas” Para Serem Observadas Durante a Entrevista.
a) Tiques Nervosos: é um mau sinal para o entrevistador se:
· Lhes der um aperto de mão do tipo “molenga”.
· Desabar na cadeira, ou ficar se remexendo sem parar durante a entrevista.
· Ficar continuamente evitando o olhar do entrevistador.
· Estalar os dedos, esfregando as mãos ou brincando com os cabelos.
b) Falta de autoconfiança: é um mau sinal para o entrevistador se:
- Demonstra ser constante e extremamente autocrítico;
- Subestimar suas realizações ou habilidades;
- Falar tão baixo que mal possam escutá-lo(a);
- Responder monossilabicamente às perguntas;
- Interrompê-los constantemente;
- Hesitar nas respostas
c) Consideração com as demais pessoas: é um mau sinal para o entrevistador se:
- Demonstrar descortesia com recepcionistas, secretárias ou garçons.
- Emitir opiniões demasiadamente críticas a respeito de seu(s) ex-patrão(ões) ou ex-colegas de trabalho;
- Esquecer-se de agradecer pela entrevista, ao sair.
d) Seus valores: é um péssimo sinal para o entrevistador se ele constatar em você:
· Qualquer indício de desonestidade (ou mentira) em seu currículo, ou durante a entrevista.
· Qualquer indício de irresponsabilidade, ou tendência a fazer trapalhadas.
· Qualquer indício de arrogância ou excesso de agressividade.
· Qualquer indício de impontualidade ou do hábito de não cumprir compromissos.
· Qualquer indício do costume de descumprir ordens ou desobedecer as regras;
· Qualquer indício de que você seja do tipo que está sempre reclamando ou jogando a culpa nos outros.
· Qualquer indício de falta de entusiasmo pela organização ou pelo que está tentando executar.
· Qualquer indício de instabilidade ou reações inapropriadas..
· Outros tipos de problemas relacionados a seus valores, tais como: quais as coisas que o(a) influenciam (ou não) no escritório; o que está (ou não) disposto a sacrificar para conseguir esse emprego; seu grau de entusiasmo pelo novo trabalho.
Entrevistador: Aprenda Técnicas de Entrevistas
O Que o Entrevistador Deve Saber Sobre o Candidato? O Que é um Mecanismo de Defesa? Qual Deve Ser a Linguagem Utilizada Numa Entrevista?
Se você é o entrevistador, antes de iniciar uma entrevista é indispensável organizar um roteiro – um planejamento da entrevista – e para isso você deve se preparar. Um bom entrevistador deve possuir uma boa cultura geral, um raciocínio rápido e uma percepção aguçada sobre o comportamento humano.
Durante a entrevista, devem ser eliminadas todas as influências negativas como quaisquer tipos de preconceitos culturais, sociais, de sexo, cor, etc. Os problemas pessoais íntimos, as antipatias, as opiniões particulares, os julgamentos sem fundamentação real ou os medos e as pressões também devem ser deixados de fora da entrevista.
Para programar uma entrevista adequadamente, o entrevistador deve conhecer os dados sobre o entrevistado, saber exatamente o que se espera dele e o que a empresa quer obter da entrevista. Sendo assim, para que a entrevista tenha o efeito esperado, o entrevistado precisará ser deixado à vontade, pois na maioria das vezes, ele está em estado de tensão.
Numa entrevista, o entrevistador deverá, primeiramente, investigar a aparência do candidato – para saber se é adequada ao perfil exigido pela organização – e deverá também observar sua postura corporal, seus hábitos, se ele possui algum vício, se utiliza algum tipo de bebida, droga ou outros hábitos não saudáveis.
Num segundo momento, o entrevistador deve sondar como foi o trabalho anterior do candidato – a fim de tentar saber como será sua conduta na organização – o seu grau de escolaridade – para saber se é compatível com a exigência do cargo – suas habilidades, sua vida familiar, sua vida social – a fim de perceber como se relaciona em equipe – sua saúde atual (e anterior) – a fim de perceber se o candidato pode trabalhar sob pressão.
Depois disso, o entrevistador deverá sondar sobre a vida passada do entrevistado – a fim de traçar um perfil sobre a sua personalidade – sua honestidade e se ele tem tendências à mentiras. E, principalmente, se o candidato tem potencial para realizar as tarefas exigidas e se ele tem conhecimento sobre a profissão.
Mecanismos de Defesa.
Geralmente, o candidato está procurando satisfazer suas necessidades, formando uma cadeia de forças de “autoproteção” (defesa de suas fraquezas) e, sendo assim, seu principal objetivo é o de “vender” a sua imagem. Seu mecanismo de defesa é manipular as informações sobre si mesmo, simulando um personagem que ele não é e, dessa forma, tende a falsificar as informações.
Sua memória tende esquecer fatos desagradáveis ou distorcer – inconscientemente – informações sobre seu passado, tornando-o “mais agradável”. Sendo assim, para desenvolver uma entrevista eficaz, deve-se antes criar um “ambiente favorável”, o qual deverá ser mantido durante toda a entrevista.
Formulação de Perguntas
Trata-se da principal ferramenta do entrevistador, a qual requer técnica, perfeição e treinamento. O entrevistador deve ter objetivos claros, amplo vocabulário e saber usar as palavras com precisão. Sua linguagem deve estar à altura do candidato; ou seja, ele não deve utilizar uma linguagem muito técnica para o homem comum nem uma linguagem simples para um candidato superior.
Controle da Entrevista.
Embora uma entrevista deva ser espontânea, o entrevistador deve ter algum tipo de controle para evitar que o candidato fale livremente, desperdiçando tempo. Portanto, uma “entrevista dirigida” é o termo “médio” entre as duas e evita os excessos. O tempo de duração de uma entrevista é um dos fatores a serem controlados e, sendo assim, seguem abaixo alguns exemplos que foram estudados:
· Cinco (5) minutos, para uma entrevista preliminar (de triagem).
· Trinta (30) minutos para uma entrevista simples, com candidatos à nível médio.
· Noventa (90) minutos para uma entrevista psicológica. Com candidatos complexos para cargos gerenciais.
Como Preparar uma Entrevista.
· Obtenha a descrição do cargo para o qual vai selecionar.
· Observe se existem problemas para essa função, tais como alto turn-over, falta de cooperação de outros funcionários, tipo de supervisão existente, disciplina exigida e outros.
· Prepare um esquema de desenvolvimento da entrevista, estipulando um determinado tempo para cada assunto (veremos mais detalhes, abaixo).
· Elabore perguntas analíticas e descritivas. Ou seja, perguntas que exijam do candidato falar além de um “sim”, “não” ou “talvez”.
· Mantenha a entrevista sob controle e não permita que o candidato faça divagações.
· Não fale mais do que 10 % do tempo de duração da entrevista.
Roteiro da Entrevista.
· Histórico Profissional (40% do tempo): Avalie – em ordem cronológica – a história profissional do candidato, observando seu progresso nos conhecimentos, suas habilidades, seus gostos, suas aversões e seus fracassos.
· Histórico Educacional (20% do tempo): Avalie – em ordem cronológica – a formação cultural e o treinamento do candidato, observando sua orientação vocacional, suas matérias preferidas, o seu tipo de vida social nas escolas que freqüentou e suas atividades extracurriculares.
· Histórico Familiar (20% do tempo): Avalie os antecedentes familiares, o temperamento, o caráter dos pais, o “status” sócio-econômico, o tipo de educação recebida, como o candidato passou a sua infância, sua adolescência e sua juventude.
· Ajustamento Social (20% do tempo): Avalie o candidato face à sua família, à sociedade e à determinados grupos sociais, políticos e religiosos. Avalie sua classe social, sua estabilidade econômica e suas atividades associativas.
Testes Que Podem Ser Aplicados
Além da entrevista, outros recursos ainda podem ser aplicados para ajudar na seleção de pessoal, com vistas à redução do turn-over (rotatividade de mão-de-obra) e melhor aproveitamento do tempo. Veremos abaixo, algumas sugestões:
· Fluência Verbal: solicitar que a pessoa fale, por exemplo, de 1 a 2 minutos sobre determinado assunto.
· Memória: pronunciar umas 20 palavras e verificar quantas a pessoa se lembra. Neste teste a pessoa deve lembrar de 30 a 50 por cento (em média).
· Distinção das Cores: fazer com que ele(a) observe o ambiente por um determinado tempo (2 a 3 minutos) e verificar o maior número possível de objetos com a mesma cor de uma escolhida pelo entrevistador.
· Aptidões Específicas: a pessoa deve saber realizar trabalhos referentes à profissão escolhida; isto é, espera-se de um carpinteiro que, pelo menos, saiba segurar um martelo.
· Capacidade de Concentração na Realização de Tarefas: utilizar, por exemplo, a dinâmica: “Você Sabe Seguir Instruções?”.
· Criatividade: um teste bastante rápido é solicitar que a pessoa veja nas nuvens, algumas formas parecidas com as conhecidas.
OBSERVAÇÃO: Claro que esses testes só devem ser aplicados para certos tipos de cargos, os quais exigirão determinadas habilidades.
A Conduta do Gerente Agindo Como Instrutor
Como Fazer Apresentações? Qual Deve Ser a Postura Corporal de Um Instrutor no Ato do Treinamento?
A responsabilidade do sucesso de um programa de treinamento é quase que integral do Gerente agindo como Instrutor. Ele é o encarregado e a forma de condução de cada parte tem grande influência na reação dos participantes. O Gerente pode induzir interesses e motivações no grupo ou pode desviar e causar tédio e, nesse caso, poderá haverá uma perda geral do interesse. Dessa forma, é total a responsabilidade do Gerente na motivação, na indução do entusiasmo e na transmissão de conhecimentos, habilidades e atitudes adequadas à sua equipe.
Sendo assim, atuando como Instrutor o Gerente deverá observar alguns conceitos para se tornar um Instrutor eficaz:
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A Preparação Para o Treinamento: Agindo como Instrutor o Gerente deve estar completamente preparado para apresentar cada tópico e isso significa pesquisar, ler, estudar manuais, analisar plano de aula; enfim, aumentar seu próprio conhecimento. Também significa a prática, visando apresentações eficazes; a conferência de todo material a ser utilizado, além da familiaridade com os recursos visuais e a esquematização do tempo e do ritmo. Dessa forma, Instrutores de comprovada eficiência costumam afirmar que são necessárias – pelo menos – 3 (três) horas de preparação para cada hora de aula.
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Pontualidade: Deve ser ponto de honra de cada Gerente agindo como Instrutor o rigoroso cumprimento dos horários, sejam de início, de intervalos ou de término das sessões diárias. Isto é importante não apenas para a imagem do Instrutor perante a equipe, mas para os próprios participantes. Início atrasado cria na mente dos participantes a impressão de desinteresse ou desorganização do Instrutor, impressão essa que pode gerar desinteresse da equipe. Com relação aos intervalos, sua duração deve ser de até 15 minutos cada um, após um máximo de 2 (duas) horas de aula, devidamente estipulados no programa. O encerramento das sessões de treinamento também deve seguir o horário determinado no programa, sendo preferível terminar dois minutos antes do que cinco minutos após. Por mais interessante que seja o assunto, uma ultrapassagem de tempo além de indicar falta de habilidade do Instrutor em planejar e controlar o tempo, também cria um clima de insatisfação e desinteresse, que podem destruir os bons resultados até então obtidos.
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Interrupções: Cabem ao Instrutor as providências necessárias – variáveis, conforme os locais das reuniões – para a proibição total de interrupções durante as sessões de treinamento. Além de serem fatores prejudiciais à seqüência da apresentação dos temas, as interrupções quebram a linha de raciocínio do instrutor e prejudica seriamente a assimilação dos participantes.
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Apresentação Pessoal: Sendo o alvo das atenções durante todo processo de treinamento, o Gerente atuando como Instrutor deve ter uma apresentação impecável, devendo ser condizente com a imagem da empresa que representa. Além disso, ele é analisado pelos participantes durante todo o tempo de treinamento.
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Falar em Tom Agradável e Amigável: Um bom Instrutor jamais discursa ou fala em tom oratório. Em vez disso, usa tom de conversa mantendo a atenção pela variação ocasional da modulação (ou entonação) da sua voz e a velocidade de sua fala. Através de sua tonalidade ele transmite amabilidade e, através da palavra “você”, o Gerente conseguirá maior identificação com o grupo, transmitindo a certeza que ambos estão trabalhando juntos e obtendo a harmonia necessária.
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O Contato Visual: Outra maneira de criar e manter uma boa atmosfera é quando o Instrutor fala olhando diretamente para os participantes. Nada pior do que um Instrutor que fala olhando para o chão, para o teto ou para as paredes. O bom contato visual é feito inicialmente quando o instrutor olha a esmo para toda a equipe e, a seguir, fixa o olhar diretamente nos olhos de cada participante, por uma fração de segundos. Há um cuidado a ser tomado para evitar-se um erro muito comum – mesmo em Instrutores experientes – que é falar olhando a maior parte do tempo para um participante em especial, pois o olhar dirigido aos olhos dos participantes, deve ser distribuído igualmente entre todos.
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A Postura: A postura do Instrutor deve ser confortável, natural e adequada Um bom Instrutor sabe que não deve cometer determinadas posturas durante a sua apresentação, tais como: (A) Ficar curvado; (B) Falar sentado; (C) Consultar demoradamente as anotações; (D) Falar lendo; (E) Apoiar-se excessivamente na mesa. A eliminação desses aspectos negativos contribui para maior atenção da equipe. Um excesso de braços cruzados, mãos nos bolsos, perna cruzada ou sentar-se sobre a mesa são fatores prejudiciais à boa apresentação e à imagem do instrutor.
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Gesticulação, Posição e Movimentação: Se o Instrutor quer ser compreendido ele deve ser ouvido por todos, por isso é necessário que fale de forma que todos possam ouvi-lo, principalmente levando em conta os que estão sentados ao fundo da sala. Gestos devem ser usados, quando são naturais e dosados. Gesticulação afetada, teatral ou forçada, em vez de auxiliar prejudica a apresentação. É evidente que o Instrutor não pode ficar imóvel ou inexpressivo; sua apresentação precisa ser sempre descontraída e agradável. A movimentação e a gesticulação naturais surgem como conseqüência do bom domínio do assunto, inclusive do uso adequado das ajudas visuais.
Quando a reunião é realizada em sala plana, sem tablado, o Instrutor deve ficar pelo menos a dois metros de distância dos primeiros participantes e deve dispor de mesa própria para seu material de aula. Isso facilita sua movimentação, evitando que os participantes vejam o material a ser apresentado, coisa que causa irremediáveis prejuízos à atenção e à seqüência do assunto, e, portanto, à assimilação e ao entendimento.