Benefícios da Prospecção
Existem várias estratégias para se fazer uma boa venda. Dentre as quais, podemos citar, uma condição básica e essencial, que é o domínio e o conhecimento do produto que será apresentado pelo profissional ao seu cliente.
Leia MaisBenefícios da Prospecção
A prospecção é uma das fases mais importantes do ciclo de vendas por tratar-se de uma ação para aumentar a carteira de clientes e, desta forma, ampliar a atuação da sua empresa no mercado.
Leia MaisPesquisa de Mercado como ferramenta nos processos decisórios comerciais
O mercado, no Brasil, sofreu grandes transformações nos últimos anos. São transformações que impactam diretamente nos hábitos de consumo, tornando o cliente, de forma geral, mais exigente, econômico e resistente.
O sucesso de qualquer produto e/ou serviço está diretamente ligado ao conhecimento adequado do mercado, altamente competitivo, onde atuamos. Cada vez mais, a economia de mercado está baseada na informação amparada por pesquisas e análises mercadológicas.
A pesquisa de mercado é antes de tudo uma ferramenta para tomada de decisões. Você já parou para pensar quantas decisões importantes você tomou nos últimos meses?
Ao lançar novos produtos, aprovar campanhas publicitárias, desenvolver novos distribuidores, definir a contratação de mais pessoas na área comercial, temos exemplos de processos decisórios e de julgamentos que envolvem riscos. A pesquisa de mercado é a ferramenta ideal para reduzir a margem de incertezas que sempre acompanham a tomada de decisões.
Há vários tipos de pesquisas que poderíamos citar aqui, no entanto, iremos nos ater as mais utilizadas:
Como anda o atendimento realizado pelo setor de vendas e pós-vendas de sua empresa, analisando as variáveis que influenciam a venda de produtos e/ou serviços? A Auditoria de Marketing e Vendas, vai ao encontro desta necessidade, avaliando os padrões de atendimento, e verificando se estes são efetivamente realizados ou não. Assim, são identificados pontos de melhoria para aumentar a satisfação dos clientes nas unidades de negócio que compõem a empresa.
Qual o potencial de consumo de um determinado produto e/ou serviço, a ser lançado ou do atual portfólio de produtos de uma empresa, perante o mercado que o cerca? O Índice de Potencial de Consumo norteia dirigentes de empresas na busca de eficiência da área comercial, orientando-os sobre qual o potencial por regiões, faixa de poder aquisitivo, dentre tantos outros tipos de segmentações que podem ser realizados na tomada de decisões.
Como e quem são os consumidores, qual estilo de vida que possuem, que tipo de mídia os atinge, em que faixa etária se concentram e como se dá o impulso para a compra? Todas essas indagações podem ser respondidas por meio de uma Pesquisa do Perfil do Consumidor.No parágrafo anterior, falamos sobre mídia e público alvo. Dependendo do veículo de comunicação, os horários e dias de inserções das peças promocionais são muito importantes. Desta forma é importante saber, qual o tipo de veículo de comunicação que este público lê, ouve ou assiste, seja ele jornal, revista, outdoor, rádio, tv, entre outros.
A Pesquisa de Mídia responde estas perguntas e permite uma maior e melhor racionalização de custos de uma campanha publicitária. Cada vez mais, os consumidores, sacam produtos de gôndolas de supermercados, sem interferência humana direta presencial de terceiros nas suas decisões, ou seja, os produtos passaram a disputar espaços nas gôndolas de auto-serviços há muito tempo. Como é a embalagem do seu produto, tem a cor e o formato adequado, é prático, é econômico, se diferencia dos concorrentes? A Pesquisa de Embalagem, levando em consideração as perguntas aqui descritas, otimiza o consumo deste tipo de produtos.Associar informações da pesquisa aos dados estatísticos do mercado estudado, considerando questões pontuais econômicas, como por exemplo, fornecimento de matéria prima, mão de obra, sazonalidades, entre tantos outros fatores, fazem com que Estudos Econômicos de Mercado, colaborem no resultado efetivo das pesquisas aqui descritas.Quais as diferenças entre o seu produto e o concorrente? Se o seu produto é melhor, por que o concorrente vende mais? Qual a influência da marca na compra de um produto? No Blind Test (Teste Cego), o consumidor avalia o produto sem saber a marca do fabricante. Ali, frente a frente com o produto, o mercado vai dizer o que sente, o que vê de positivo ou negativo, o que percebe como diferente, em seguida a marca poderá ser revelada, ou não, e analisada a sua influência no impulso de compra.O preço é um dos componentes vitais no marketing-mix de qualquer produto ou serviço. Os preços praticados por seus produtos e/ou serviços estão alinhados com o mercado? Como estão os preços dos produtos ou serviços de seus concorrentes? Como fixar preço para uma promoção do seu produto? Só uma Pesquisa de Preços é capaz de fazer uma investigação metódica, estruturada e regular, permitindo, assim, acompanhar a evolução dos preços de seus produtos e os dos concorrentes.
Conclusão: como vimos, utilize, sempre que possível, esta ferramenta essencial para tomada de decisões, pois com ela certamente irá minimizar os riscos de um projeto.Ricardo Dorés
Com formação acadêmica em Direito e especialização em Marketing, ocupou no mercado as posições de Diretor de Unidades de Negócios, Gerente de Unidade de Negócio, Gerente Nacional de Vendas, Gerente de Desenvolvimento de Mercado, Gerente de Treinamento de Vendas, Supervisor de Vendas, em empresas multinacionais e nacionais de grande porte, tais como: 3M, Pfizer, Glaxo, IMB, Itaú Seguros, dentre outras. É, há 10 anos, consultor empresarial e palestrante. É sócio-diretor da SalesResults | Soluções para Mercados Competitivos. www.salesresults.com.br contato [email protected]
Mistery Shopper, um excelente aliado nas suas vendas
Mystery Shopper, cliente oculto, comprador misterioso ou cliente espião, são algumas das denominações usadas pelas empresas para descrever essa poderosa ferramenta, de pesquisa de mercado, que possui a finalidade de melhorar o desempenho de vendas da sua empresa.
Por meio desta tecnologia, empresas do varejo e serviços conseguem aferir a qualidade do atendimento e recolher informações específicas importantes no relacionamento e, ainda, analisar anonimamente, as instalações, o armazenamento do produto, a qualidade percebida no atendimento do cliente ou qualquer outro detalhe que julgar necessário.
Já existe no mercado consultorias que prestam um serviço diferenciado, com os chamados clientes ocultos high tech, que entram nas lojas munidos de gravadores de áudio e vídeo.O Mystery Shopper ou cliente oculto deve ter um perfil específico, com características físicas e comportamentais adequadas a cada tipo de segmento de mercado.
É preciso ser paciente, minucioso e agir com atenção ao se misturar com os demais clientes, para não levantar suspeitas e, assim, ajudar a empresa a avaliar o atendimento do ponto de vendas, aperfeiçoar a qualidade no contato com o cliente e melhorar a performance de vendas e o relacionamento com os clientes.
Suas tarefas são específicas, pois passando-se por um consumidor, ao fazer a compra do produto ou serviços, faz perguntas, registra reclamações ou elogios. Por fim, traduz em respostas as dúvidas dos empresários a respeito da apresentação da equipe de vendas, a forma de abordagem usada, o tom de voz usado pelo vendedor, a limpeza da loja, a sondagem que é feita junto aos clientes no ponto de venda e o processo de fidelização de seus clientes. Pode ser considerado como um analista que indica não apenas se o profissional de vendas ou atendimento cumpriu o que foi orientado, mas o que é melhor para a empresa aumentar as vendas.
É muito importante ressaltar que, esse tipo de recurso se faz mais eficaz quando o profissional, que atua como comprador misterioso, não tem vínculos com a empresa e, desta forma, não possui uma visão viciada. O comprador misterioso é considerado um recurso acessível podendo ser usado, também, pelas pequenas empresas. Serve, também, como uma ferramenta motivacional, onde prêmios podem ser oferecidos aos funcionários que atendam às expectativas e mais se destaquem gerando, desta forma, uma enorme motivação em toda a equipe, além de proporcionar aos clientes um atendimento diferenciado, o que faz toda a diferença.
Concluindo o seu trabalho, o cliente oculto fornece a empresa um relatório detalhado com as experiências que vivenciou, contribuindo, desta forma, para um concreto aumento nas vendas.
O Mystery Shopper ou cliente oculto, também pode ser aplicado com excelentes resultados para empresas que vendem para o varejo, ou seja, alavancar a venda de produtos específicos, ou marcas que são comercializadas para lojas e estas vendem ao consumidor final. Há algum tempo fizemos uma ação para o segundo maior fabricante no mundo, do segmento de mercado que este participa, onde produtos são comercializados para o varejo e posteriormente vendidos para consumidores finais. Geralmente neste tipo de negócio há uma dependência muito grande dos vendedores balconistas, que estão preocupados, normalmente, em vender marcas e produtos que na opinião deles são mais fáceis de comercializar.
Com estratégias simples, de incentivo de baixo custo, associadas ao Mystery Shopper ou cliente oculto, é possível ganhar a predileção dos vendedores balconistas e estes terem na hora da venda um produto ou marca específica como escolha número um na hora de apresentá-lo ao consumidor final. Mas esta estratégia ficará para um próximo artigo.
Ricardo Dorés
Com formação acadêmica em Direito e especialização em Marketing, ocupou no mercado as posições de Diretor de Unidades de Negócios, Gerente de Unidade de Negócio, Gerente Nacional de Vendas, Gerente de Desenvolvimento de Mercado, Gerente de Treinamento de Vendas, Supervisor de Vendas, em empresas multinacionais e nacionais de grande porte, tais como: 3M, Pfizer, Glaxo, IMB, Itaú Seguros, dentre outras. É, há 10 anos, consultor empresarial e palestrante. É sócio-diretor da SalesResults | Soluções para Mercados Competitivos. www.salesresults.com.br contato [email protected]
Auditoria em Marketing e Vendas – Avaliação da Competência Comercial
Este tipo de auditoria tem por finalidade analisar e diagnosticar todo o contexto comercial da empresa cliente. Se bem feito, identifica os pontos fortes e fraquezas operacionais do departamento de marketing e vendas e recomenda mudanças no modo como a empresa apresenta seus produtos ou serviços, com a finalidade de potencializar e implementar programas e ações de marketing mais eficazes.
A auditoria em marketing e vendas é um norteador onde deveremos, numa fase preliminar, verificar com a alta direção da organização os objetivos deste trabalho, o tipo de cobertura, a sua profundidade, o formato do relatório e o período de duração, fazendo uma primeira aproximação.
A referida ação vai para além do simples diagnóstico de um problema. Trata-se de uma operação cujo objetivo é o de identificar erros atuais e potenciais, detectar oportunidades, recomendando um plano de ação, com vista a melhorar as vendas como um todo.Este trabalho deverá incidir sobre a configuração estratégica de marketing, a estrutura formal, funcional e interdepartamental no que diz respeito a organização de marketing e vendas, os sistemas de informação de mercado, o planejamento e o controle de marketing, a sua produtividade e, finalmente, as funções de marketing propriamente ditas.
Relacionamos abaixo alguns tópicos essenciais a serem abordados neste tipo de auditoria:
– Quais os principais pontos que impactaram na empresa no ano anterior, tanto de forma positiva como também negativa? Quais foram às ações da concorrência? A atuação de novos “players” no mercado;
– Alguma lei modificou o cenário mercadológico existente como, por exemplo, medidas “antidumping”, entre outras se for o caso.
– Segmentação dos clientes por tipo de produtos vendidos, por margem de lucro, aferição e controle dos índices de potencial de consumo (cidade, região, tipo de produto, etc.). Quais produtos venderam mais ou menos e porque alteraram o planejamento de marketing?
– Como está o índice de satisfação do consumidor final, norteado por uma pesquisa de mercado? Qual o índice de satisfação e compromisso de seus distribuidores e revendedores? Não adianta gastar milhões em publicidade se estes por alguma razão não estão comprometidos e satisfeitos com as vendas de seus produtos ou serviços. Geralmente a “hora da verdade da venda” está nas mãos de um balconista, atendente comercial ou vendedor, frente ao consumidor final na hora da decisão, portanto leve em conta este sentimento de seus parceiros.- Toda ação de marketing, antes de ir para o mercado, é vendida internamente, tanto para a alta direção como para quem vai operacionalizar estas decisões.
Verifique se esta venda foi realizada adequadamente, caso não, corrija e divulgue as melhorias no planejamento de marketing à todo pessoal interno e externo envolvido.- Para uma análise efetiva das ações de marketing, compare o antes e o depois, objetivando, desta forma, mensurar o sucesso da operação, levando em conta publicidade, canais de distribuição, posicionamento de preço, público alvo, etc. Por meio da análise de desempenho da força de vendas, campanhas de marketing, promoções e outros, identifica-se o sucesso ou não do planejamento de marketing, como também se os objetivos monetários de vendas foram alcançados adequadamente.Posterior a estas etapas realizadas corretamente, serão encontrados o diagnóstico preciso e assim as correções necessárias.
Ricardo Dorés
Com formação acadêmica em Direito e especialização em Marketing, ocupou no mercado as posições de Diretor de Unidades de Negócios, Gerente de Unidade de Negócio, Gerente Nacional de Vendas, Gerente de Desenvolvimento de Mercado, Gerente de Treinamento de Vendas, Supervisor de Vendas, em empresas multinacionais e nacionais de grande porte, tais como: 3M, Pfizer, Glaxo, IMB, Itaú Seguros, dentre outras. É, há 10 anos, consultor empresarial e palestrante. É sócio-diretor da SalesResults | Soluções para Mercados Competitivos.
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Obrigado… Estou apenas dando uma olhadinha!
Obrigado, estou apenas dando uma olhadinha! É muito provável que você já tenha dito esta frase a algum vendedor como resposta a uma solicitude inesperada. A abordagem ao cliente é um dos principais pontos que devemos considerar no processo de comercialização de um produto. Muitas vezes, ao tentarmos ser simpáticos e atenciosos acabamos por assustar o visitante da loja.Sentir-se à vontade é fundamental para nos aproximarmos do objeto de desejo. Seja um sapato, uma carteira ou bolsa, o sentimento de desejo que emana do sujeito para o objeto deve ser natural, e livre de qualquer interferência externa.A aproximação cliente e produto expressa muito daquilo que o cliente é, acredita e deseja exteriorizar.
“Os produtos são manifestações visíveis das nossas carências humanas e sociais” (AURELIANO, 2009).O bom senso é que nos indiciará a melhor forma de aproximação. Ao mesmo tempo em que não podemos intimidar, também não podemos abandonar. Nestes casos, a observação atenta, porém, “disfarçada”, seja a melhor técnica para identificar o que o cliente esta procurando ou espera receber da loja, mesmo que não se concretize a venda naquele momento.Se você vendedor esta ouvindo esta frase com muita freqüência, que tal inovar na forma de abordar?Algumas Dicas:1. Sorria! Sorrir alegra o coração e também abre “mão”!2. Demonstre satisfação pela visita do cliente, e que você está ali para ajudá-lo;3. Ajude quando for solicitado;4. Jamais faça comentários inóspitos, o cliente sempre esta de olho nos vendedores;5. Agradeça sempre independentemente do resultado obtido. A você desejo sucesso!
Marketing Global: “A Bola da Vez!”
Marketing Global: “A Bola da Vez!” – Estamos muito próximos da Copa do Mundo de Futebol em 2010. Desta vez, a sede será um dos países que ao contrário do apartheid, reunirá milhões de pessoas para assistir a um dos esportes mais populares do mundo, O FUTEBOL.
A África do Sul, país integrante do continente africano composto por diversidade lingüística, cultural e religiosa, reflete a complexidade e as dificuldades propostas aos profissionais de marketing que atuarão nesse cenário extremamente competitivo dentro e fora do campo.
Parafraseando Kotler e Keller em Administração de Marketing (2006, p.4) “O marketing envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais […] de modo lucrativo”, nos faz pensar, quais serão as estratégias mercadológicas globais aplicáveis e este grandioso evento?
Do ponto de vista mercadológico e mais especificamente o da comunicação, este evento será uma valiosa oportunidade para ações de branding, incluindo divulgação e promoção de produtos globalizados. O “mundo” estará de olho na África do Sul. Observar o comportamento do consumidor durante o evento, identificar e compreender as preferências do cliente estrangeiro, a cultura competitiva do local, normas e leis, além dos aspectos “multiculturais”, se torna fundamental para que a oportunidade do momento seja proveitosa.
Pois bem, resta pouco tempo. É momento de aquecer o time empresarial para que as atividades de marketing sejam as mais eficazes possíveis e assim vislumbrar quais serão as possibilidades futuras de negócios.A frase, “O importante é competir……”, não é válida para o momento.
Competir, ganhar e sustentar uma vantagem competitiva no mercado global, poderá ser “A BOLA DA VEZ!”
Bola pra frente Brasil!
Abismo comercial: A Distância entre a Loja e o Consumidor
Comprar, se tornou uma ação tão normal como andar, falar, comer ou beber. Na tentativa de suprir essas demandas o número de lojas dos mais diversos segmentos se multiplicam ano a ano.Nota-se, que com o passar do tempo algumas dessas lojas deixam de existir.
Um dos inúmeros motivos pode ser o que chamo de “ABISMO PSICOLÓGICO COMERCIAL”. “É à distância e a altura entre a loja e o cliente que o assusta”.
Essa metáfora serve para apontar um dos aspectos mais importantes na captação de clientes, a imagem comunicada pela disposição e exposição dos produtos e da fachada do local. O alinhamento desses aspectos acima mencionados, acompanhado de uma comunicação adequada, servirá como uma “ponte de ligação entre a loja e o consumidor”, ao invés de assustá-lo.
Desmistificar ou esclarecer para as pessoas que passam na frente da sua loja, qual a sua missão, fornecerá pistas do que será encontrado ao passar pela porta da frente do empreendimento, ou melhor, quais benefícios sua loja tem a oferecer.
Se você é um lojista, faça o seguinte exercício para identificar se esta no caminho certo:
1. Qual é o seu real ramo de negócio? Sua loja vende roupas? ou beleza visual, conforto..etc?
2. A nossa “vitrine” revela o que somos? A nossa missão, visão? e os valores que compartilhamos? Esse aspecto transmitirá ao cliente que ele será respeitado e tratado com seriedade independentemente de sua aparência ou condição financeira.
3. Os nossos vendedores são cordiais, atenciosos e educados? Ou são mais preocupados com o cumprimento da metas do que com a satisfação do consumidor? Mostrar que o cliente é o motivo do empreendimento garantirá maior conforto no momento da compra.
As questões acima mencionadas indicam algumas pistas para aproximar o cliente de sua loja e reduzir o medo e a insegurança causados pelo “abismo comercial psicológico”. Se as vendas não estão indo bem, o problema pode estar na dificuldade do cliente superar esses medos e permanecer do outro lado da rua, enquanto isso, os seus produtos parados e os vendedores desesperados ficam sem saber o que fazer, quando na verdade, bastava somente estender a mão e dizer: Bom dia/tarde – Seja bem vindo! Posso ajudá-lo?
Sucesso a todos e boas vendas!
Marketing Veterinário – Um Segmento “ANIMAL”!
Como se não bastasse às convencionais facetas do marketing, outro setor muito específico tem despertado certa atenção. “Para se ter uma idéia do potencial do mercado pet no País, só no setor de rações o faturamento é de US$ 300 milhões por ano.
Conforme dados do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), o segmento pet representa apenas 2% do bolo total da produção de rações (28,7 milhões de toneladas), apesar de seu crescimento de 31% em 1997”. Os dados apresentados são de 1997, mas reforçam uma excelente oportunidade de negócio no momento atual.
A oportunidade mercadológica no “reino animal” é absolutamente certa. Critérios de segmentação por gênero, idade e raça, dão o tom das estratégias de marketing a serem elaboradas. (AURELIANO, 2009)“ Contudo, para não perder o ‘fio da miada” surge à seguinte questão: De quem (quais) são(serão) as necessidades ou desejos a serem atendidas destes consumidores?
Suprir as necessidades fisiológicas e/ou de segurança destes “consumidores” não seria o suficiente. As roupas coloridas, os arranjos nos pêlos, a variedade de comidas que prometem um corpo saudável e os deixam mais bonitos, apontam as tendências deste segmento. São também hotéis, psicólogos, brinquedos, presentes, e planos de saúde para cães e gatos que reforçam a preocupação com a saúde e status ao mesmo tempo. A onda é ficar bonito e chamar a atenção. Desenvolver produtos que melhorem a qualidade de vida física, psíquica e social dos animais é um nicho de mercado valiosíssimo.
De acordo com estimativa do Sindirações,”Há 20 milhões de cães e gatos no País (alguns levantamentos apontam para 24 milhões), sendo que apenas 20% são alimentados com rações industrializadas”.
O momento é propício para desenvolver soluções de saúde, beleza e glamour para os animais de estimação. A “criação” e o posicionamento correto de produtos que atendam as necessidades básicas destes Pets será uma forma de registrar a marca na mente do criador e geração valor. A saúde do cãozinho ou do gato será conseqüência da qualidade do produto consumido.
Ter “olhos de águia” para enxergarmos quais serão os desafios que esses nossos companheiros tão queridos irão nos impor, é fundamental. Seja cão, ou gato, seja cobra ou papagaio, eles fazem parte da nossa vida, e fazem com a maior facilidade o que deveríamos fazer todos os dias nas nossas empresas: O cliente sorrir, gerar lucro para a empresa e ser mais feliz!
Marketing Societal: Quais Empresas Atenderão o Segmento dos Pobres?
Marketing Societal: Quais Empresas Atenderão o Segmento dos Pobres?
Seja por meio de produtos de baixo custo ou produtos de alto valor agregado com preços elevados e alinhados ao seu glamour, a nova conjuntura econômica impõe uma condição ímpar às organizações: Oferecerem produtos para um grupo específico que talvez não possa pagar.
Bem sabemos que a empresa não existe para fazer caridade, mas o seu caráter social é importantíssimo ao se tratar do desenvolvimento da economia e da sua responsabilidade social, principalmente em momento de crise econômica como a que estamos vivendo.
A base empresarial alicerçada nas necessidades e desejos dos cidadãos nos convida a um novo pensamento mercadológico.
Primeiro: Quantos consumidores deixarão de adquirir o nosso produto por motivo de “aumento de preço”?
Segundo: Quais serão os impactos sociais negativos causados pelas ações da nossa empresa?
É de conhecimento de muitos as ações sociais que empresas de diferentes setores vêem desenvolvendo no intuito de “beneficiar a sociedade”. São fundações, doações, ações sociais direcionadas a saúde e a educação, que mais reforçam a marca da empresa do que provocam uma verdadeira mudança na expectativa de qualidade de vida dos seus cidadãos. Ao observamos com um olhar mais crítico, notamos que as ações de marketing utilizadas de forma irresponsável gera mais necessidades e desejos do que os supre. O apelo à compra, e a promessa de ser mais bem sucedido através deste, ou daquele produto, desperta em muitos o desejo do impossível, pelo menos, em determinado momento.
O impossível passa pelo sentimento de frustração e impotência e se apresenta no pai que não pode comprar um doce para a filha que chora, e na filha adulta que vê o seu pai “derrotado”, e não ter no mínimo um emprego para sentir-se digno.
O verdadeiro marketing societal é aquele que desperta a possibilidade de inclusão e não de exclusão dos seus indivíduos na sociedade a qual pertencem. Propõe e não impõe uma necessidade ou desejo. Ajusta e não se injustiça ao colocar a margem, alguns espectadores de vitrines (AURELIANO, 2009).
Na voz de Georges Canguilhem, filósofo e médico francês, “O homem sadio não foge ante os problemas colocados por rupturas às vezes súbitas de seus hábitos […]” Esta reflexão transferida para o marketing social remete as organizações ao pensamento responsável, medido porque não, através dos fatos sociais positivos e negativos que gera. A empresa faz parte de um sistema maior e, portanto, participa de um “fato social total”.
Se olharmos ao nosso redor, e observarmos cada vez mais o aumento de pessoas excluídas da possibilidade de consumir, como resultado de ações mercadológicas marginalizadoras e ideológicas, parafraseando Canguilhem, poderemos dizer: “A empresa sã, não foge ante os problemas colocados por rupturas às vezes súbitas de suas ações corporativas e mercadológicas inadequadas, mas antes, preocupa-se e responsabiliza-se pela sociedade e seus cidadãos na verdadeira proposta de agregar valor aos seus negócios e melhores oportunidades de trabalho e vida aos seus futuros consumidores, os pobres de hoje”.
Boa reflexão!
Marketing Verde: Tendência, Necessidade ou Modismo?
É possível que o termo marketing verde não seja novidade para muitas pessoas, no entanto, a sua definição ainda permanece obscura entre os acadêmicos e os seus adeptos pragmáticos. Alguns dizem que o marketing verde esta relacionado à sustentabilidade, outros afirmam que é o reconhecimento e a conscientização da empresa como integrante de um ambiente maior, porém com recursos finitos.
Diretamente relacionado com o tema marketing verde, a sustentabilidade, vem sendo alvo de muitas empresas que praticam atividades empresariais de forma responsável.
Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana, consisite em descobrir modos mais equitativos de produzir, consumir e viver. A amplitude do conceito de sustentabilidade, tão usual em marketing verde, permite-nos inferir a partir de então, que a função do markting verde vai além da busca da manutenção dos recursos finitos, para a exigência imediata de conscientização dos responsáveis por esse planeta, TODOS NÓS!
Atribuir à empresa a responsabilidade pela manutenção dos recursos de nosssa planeta é eximir-se da responsabilidade individual. De acordo com Jung “a psicologia do indivíduo corresponde a psicologia da nação”. Essa afirmação também vale para questões de sustentabilidade, sendo assim, “a psicologia de cada nação se manifesta na forma como ela trata o planeta” (AURELIANO, 2009).
Algumas ações emergentes estão sendo realizadas para equilibrar o meio ambiente. A conscientização dos indivíduos será a base para que a prática sustentável faça parte do dia-a-dia, mostrando que a busca pelo equilíbrio entre o homem e o meio ambiente é um processo contínuo, moroso, mas que proporcionará a todos dias melhores, inclusive àqueles que virão.
Sucesso,
Marketing e Vendas – Acenda a luz para o cliente!
Marketing e Vendas – Acenda a luz para o cliente! – Todos nós em algum momento de nossas vidas já tivemos a experiência de permanecer por alguns minutos no escuro.
Seja em um elevador, no trabalho, ou mesmo em casa, a falta de energia nos traz insegurança, medo e apreensão.Essa metáfora serve exatamente para dizer como os nossos clientes chegam até nós. Em busca de benefícios financeiros, funcionais ou psicológicos, se aventuram no meio do desconhecido.O processo de compra é como estarmos numa sala escura. O cliente busca informações na internet, jornais, revistas etc… mas somos nós que iremos acender as luzes da comercialização para que o cliente possa enxergar os benefícios que estão sendo adquiridos.Para que esse processo de compra ocorra de forma tranqüila, o entendimento da essência do produto e o seu benefício central precisam estar “claros”.Já discutido pelo Prof. Theodore Levitt de Harvard, no artigo Miopia em Marketing, muitas empresas não percebem qual é realmente o seu negócio. Ao cometer essa falha, passam a produzir produtos desnecessários aos seus clientes atuais, ou oferecerão produtos que não atenderão as necessidades ou desejos dos consumidores que estarão por vir.
Diante desta reflexão, seguem algumas dicas que poderão ser úteis no dia-a-dia da sua empresa:
- Ouça o cliente e entenda o que ele esta pedindo: benefícios financeiros (descontos), funcionais (características dos produtos), ou benefícios psicológicos (status, segurança, tranqüilidade)?
- Quais são os motivos que o levaram ir até a sua loja? (Indicação? Já comprou na loja? Entrou por “acaso”?
- Se estiver acompanhado, identificar quem é o influenciador e/ou o decisor da compra;
- Discursar sobre o produto baseado nos conceitos anteriormente citados é fundamental.
Além das dicas acima, sempre tenha em mente o seguinte: Seja ético, trate o seu cliente com cortesia, honestidade e simplicidade. Num mercado competitivo onde o lucro é o foco principal, as virtudes anteriormente citadas poderão ser os diferencias do seu produto e agregarão valor aos seus negócios, resultando em mais vendas por meio da satisfação do consumidor e conseqüentemente do ser humano.Pare e pense por um momento: Você já comprou numa loja devido à atenção que recebeu? Qual foi a sua percepção? Ou te deixaram no ESCURO? Acenda a luz e boas vendas!
Descobrir o Objetivo do Cliente é a Chave para Vender com Sucesso
A arte de vender tem acompanhado a humanidade por muito tempo. Já no livro do gênesis, percebe-se o processo de vendas quando a serpente oferece uma maçã para a mulher, e esta ao seu companheiro. Infelizmente o produto não teve o desempenho esperado (de que seriam como deuses), resultando em insatisfação e perda de confiança nestes vendedores.
Se não fossem as constantes mudanças dos mercados atuais e do comportamento dos consumidores, alimentados por informações em tempo real, portanto, sabedores dos seus direitos, poderia ser que essa postura inadequada ainda persistisse.
Prometer o que não pode cumprir é a causa de muitos problemas. É no processo de vendas que a nossa empresa pode se diferenciar dos concorrentes. Tratar o cliente pelo nome, ser atencioso e prestativo, conferirá uma percepção de qualidade superior de desempenho dos produtos. A informação sobre o produto vendido tem que ser clara, precisa e sobre tudo verdadeira.
Com o passar do tempo, “Percebeu-se que o processo de venda é à base de sobrevivência e sucesso de qualquer empresa” (AURELIANO, 2009).
Investimentos em treinamentos e a conscientização da importância deste processo, fizeram com que as empresas adotassem etapas de monitoria, antes, durante e depois da venda. Sistemas de informação e gerenciamento do relacionamento com os clientes, mais conhecidos como CRM – Customer Relationship Management, tornaram-se ferramentas básicas de apoio a gestão de clientes.
Entretanto, vale observar que nenhum sistema de informação por mais tecnologia que possua irá substituir o profissional de vendas. A venda é por si só um tipo de serviço. Na visão de (Lovelock; Wright, 2006) “É um ato ou desempenho oferecido por uma parte à outra” […].
A relação positiva entre comprador e vendedor agrega valor aos produtos e/ou serviços, e se tornar vantagem competitiva (AURELIANO, 2009).
Não há nenhum segredo para ser um excelente vendedor. Se prestarmos atenção, desde quando nascemos “vendemos” algo aos nossos semelhantes, o nosso olhar ou sorriso, a nossa amizade ou imagem, enfim, tudo aquilo que temos de bom. Não seria diferente no meio empresarial, temos que vender aquilo que temos de bom, ou talvez de melhor.
Lembre-se de que a venda não é o objetivo. Vender é a conseqüência de um processo de interação e integração de objetivos financeiros, e materiais que satisfaçam as necessidades humanas e sociais dos consumidores.
Descobrir o objetivo do cliente no momento atual e focar-se nele no processo de vendas, pode ser a “Chave do Paraíso Empresarial”, de satisfação dos clientes e de salvação para muitas empresas.
O que você acha disso?
Boas vendas!
Marketing em Grande Estilo
Comumente ouvimos a expressão “jogada de marketing”. Esta expressão nos remete a dois possíveis pensamentos: primeiro – alguma estratégia de marketing de sucesso, ou segundo – alguma falcatrua utiliza por uma empresa para enganar os clientes.
O termo marketing tem sido usado de forma indiscriminada e muitas vezes confundido com propaganda, ou qualquer outro tipo de ação realizada por uma empresa ao anunciar os seus produtos. O fato é que o próprio marketing tem sido objeto de estudo entre os acadêmicos há muito tempo inclusive pela variedade de áreas do conhecimento que o compõem, o que somente dificulta a possibilidade de uma definição única para o assunto. Considerando o marketing como área do conhecimento, este é composto por conceitos de economia, administração, psicologia, sociologia, antropologia entre outros.
Do ponto de vista prático, o marketing consiste em produzir bens e serviços para serem distribuídos aos clientes.
Para o empresário, acredito que a segunda definição seja a que mais interessa – “produzir bens e serviços para serem distribuídos aos clientes”. Produzir bens e serviços tem as suas implicações, primeiramente, identificar por meio de pesquisa as necessidades dos clientes, segundo realizar o cálculo dos custos fixos e variáveis para a composição do preço, incluindo a margem de lucro que a empresa deseja auferir.
Concluída essa duas etapas deve-se questionar qual local é mais apropriado para a distribuição do produto levando-se em consideração as suas características e o tipo de cliente que a empresa irá atender. E finalmente para reforçar os atributos do produto, define-se o tipo de comunicação que será utilizado para informar ao cliente ou consumidor as características principais do produto e principalmente os benefícios que ele oferece. As etapas mencionadas referem-se à gestão dos 4P´s, ou composto de marketing – produto, preço, ponto de distribuição e promoção. Ressalto ainda ao caro leitor, que apenas a gestão do composto de marketing não é marketing. Parece confuso, não é mesmo?…
O marketing além de ser uma área ampla do conhecimento, como já mencionado, envolve uma filosofia que busca colocar toda a estrutura empresarial, inclusive os funcionários, em busca da satisfação do consumidor, o que conceitualmente aumenta a possibilidade de lucro ao tornar o consumidor satisfeito com os produtos que a empresa oferece.
Estabelecer uma margem de atuação para o marketing é impossível. Marketing, se assim posso dizer, é filosofia de negócio que busca melhores desempenhos por meio da satisfação do consumidor. Propaganda, publicidade ou promoção são peças fundamentais para complementar o pensamento de marketing, mas o marketing em grande estilo acontece com cada cliente, no dia-a-dia, no aperto de mão, na cortesia, nas ações éticas e no respeito ao consumidor.
Sucesso,
O amor faz bem aos negócios?
Todas as nossas atitudes devem estar permeadas por atos de amor.
O amor é capaz de fazer com que “o outro” seja importante, bem querido e respeitado. Atos de amor implicam em não julgar o cliente pela aparência ou mesmo pelo seu jeito modesto de ser. Atos de amor consistem em entender o cliente para melhor atendê-lo…
É explicar cautelosamente a forma de usar o produto, esclarecer as dúvidas quantas vezes forem necessárias, inclusive, as formas de pagamento que mais tragam benefícios ao cliente. Atos de amor nos negócios significa colocar o cliente em primeiro lugar, é recebê-lo de forma especial, única e inesquecível. É colocá-lo no colo quando for preciso, tornar o ambiente aconchegante, agradável….
Atos de amor nos negócios é tratá-lo como um amigo querido…. Como alguém que procura respostas nos produtos que você vende… É torná-lo melhor, mais bonito ou bonita, mais elegante, mais charmoso ou charmosa… Ás vezes, colocar atos de amor nos negócios é fazer parte da vida do cliente… mesmo que seja ao vender um par de meias que ele irá guardar por muito tempo. Atos de amor nos negócios é respeitar o cliente como ser humano que exige, grita, reclama, mas que elogia quando as falhas são corrigidas….
Atos de amor nos negócios é transformar a vida das pessoas por meio de ações concretas, é ser gente para atender gente, é ser humano para olhar ao redor e ver que uma empresa não se resume apenas em números, mas em tornar as pessoas mais felizes, mais satisfeitas e porque não contribuir para uma sociedade melhor e mais justa.
Atos de amor nos negócios é transforma o dia-a-dia da empresa, a vida dos funcionários, clientes e proprietários. Atos de amor nos negócios é transformar a sociedade, o país, e quem sabe um dia o mundo, em um lugar melhor para se viver com muito amor!
Reflita, sucesso!
Produtos – “BBB”- Bom, Bonito e Barato!
Qualidade, beleza e preço baixo são atributos básicos que os consumidores valorizam em suas decisões de compra.
A qualidade final de um produto é resultado da utilização de matérias-primas excelentes, processos produtivos bem realizados e atendimento adequado. Ao considerar um produto “bonito”, estamos atribuindo a ele características que o diferenciam dos demais, mas na essência, estamos dizendo também que a beleza de um determinado produto irá melhorar a imagem de quem o usa.
Esse aspecto de um produto é fundamental já que os consumidores o adquirem para se sentirem melhores e nem sempre estão satisfeitos somente com a sua durabilidade. Pensemos por exemplo em um par de calçados. Este calçado por ter ótima qualidade, mas o seu design e a sua cor não são agradáveis. Possivelmente muitos clientes deixarão de comprar tal produto por não ser “bonito”.
Vemos nesse exemplo, que ser “bom” não é o suficiente! E por último, não menos importante, o produto ter que ser barato. Ser barato pode ser relativo dependendo do tipo de produto com o qual estamos comparando. Falo barato no sentindo de atribuir ao produto um preço competitivo que o cliente esteja disposto a pagar ao perceber que os atributos anteriores como qualidade e beleza estão em maior evidência. Lembre-se: quanto maior for à qualidade e a beleza de um produto, menor será o seu preço.
O cliente está disposto a pagar mais para obter mais, nunca pagar mais para ter um resultado satisfatório baixo. Produtos bons, bonitos e baratos são produtos que se destacam, ganham mercado e geram receitas superiores, pois satisfazem o consumidor de forma completa. São produtos que se perpetuam ao longo do tempo, são indicados pelos consumidores e têm suas marcas gravadas em suas mentes.
Pense e reflita!
A validação estratégica – Um desafio cotidiano
Sabe-se que estratégia empresarial é um plano de ação em busca de objetivos específicos que a empresa almeja alcançar. Para que a estratégia obtenha sucesso, a sua formulação e implementação precisam ser compatíveis com a “mentalidade” organizacional e com a sua estrutura formal.
A estratégia poderosa é aquela que esta em consonância com a realidade interna e externa da empresa validada diariamente (AURELIANO, 2009).
A análise criteriosa do ambiente interno da empresa possibilitará o conhecimento das suas reais forças e o direcionamento das ações estratégicas junto aos funcionários.
Estratégia é uma força mediadora entre a organização e o seu meio envolvente: um padrão no processo de tomada de decisões organizacionais para fazer face ao meio envolvente. (MINTZBERG, 1988).
O equilíbrio entre ambiente interno e externo é resultado da adequação da empresa as mutações das variáveis externas, como exemplo, mudanças políticas e ou econômicas. A validação da estratégia é talvez uma das etapas de maior importância neste processo, além de ser contínua, demanda esforço. Monitorar apenas os ambientes é insuficiente. A empresa ao optar por determinado plano de ação tem por obrigação verificar quais são os resultados positivos conseqüentes da ação estratégica implementada. A determinação do prazo e da freqüência desta monitoração poderá variar de acordo com os objetivos e as metas específicas de cada organização e nunca deverão ser ignorados.
Independentemente do tamanho da empresa, do setor de atuação e do número de funcionários, percebe-se que o pensamento estratégico acabou fazendo parte do dia-a-dia corporativo sendo indispensável para a empresa moderna que busca se destacar melhorando os seus objetivos organizacionais com menores custos, melhores oportunidades e estratégias mais eficazes.
Sucesso.
O Cliente apóstolo
Ouvíamos um prospect que está há décadas trabalhando sem sucesso em um projeto, este nos mostrava tudo o que já tinha feito e tentado, sem êxito. Uma pessoa bem informada, com excelentes conhecimentos teóricos, mas preparada para refutar toda e qualquer sugestão apresentada. Por que razão alguém conversaria com especialistas se a predisposição é de refutação? Uma atitude muito comum onde a frustração é significativa é a busca de apoio emocional. Precisamos encontrar semelhantes que nos tragam conforto. Superada essa fase, podemos então passar à reflexão e investigação de formas e caminhos que gerem resultados. Por que não ir direto ao ponto? A frustração e a insatisfação não estão simplesmente relacionadas ao fracasso de uma ação, mas ao não atendimento de um sonho. Idealistas, empreendedores, costumam sonhar com uma situação – estado mental – vender uma idéia e entregar um produto ou serviço, acreditando significarem a mesma coisa, porém essa avaliação cabe ao consumidor.
Quando isso não ocorre – frequentemente nos deparamos com esses fatos – o desconforto é muito grande e as razões precisam ser entendidas. Ainda que não aceitas pelo sonhador. Estude histórias empresariais e verá que gestores de empreendimentos que faliram têm dificuldades para reconhecer a responsabilidade pelos erros, mesmo que sejam extremamente evidentes. Nessas circunstâncias, os sonhos são impossíveis de serem realizados? Difíceis quase todos são, impossíveis certamente que não. Dizia o prospect:- Estou cansado de tentar realizar meu sonho, acho que não tenho mais idade para isso. Hum, agora sim parece impossível! Como tratar uma entrevista como essa? Fazendo uma pergunta que você já sabe a resposta: – Tivesse eu poder, o que você gostaria que eu fizesse? Ele lhe responde: – Que realizasse meu sonho! Ora, onde os clientes entram nessa história? O máximo de poder que uma terceira pessoa pode ter é gerar aproximação e exposição, quando algo não tem encontrado aceitação. Tenho um plano para isso, vamos usar três palavras com enorme significado: Evangelho, doutrina e apóstolo. Não com foco religioso, mas num sentido amplo.Há um detalhe importante: O envolvimento do sonhador terá que ser total. Antes, vamos à definição das palavras, apanhando seu significado genérico: Evangelho: Coisa tida como certa, norma, doutrina Doutrina: Conjunto de princípios que servem de base a um sistema científico. Apóstolo: Propagador da idéia ou doutrina. O desafio não é ter clientes nem fãs, mas apóstolos. O sonhador, tendo como alicerce suas idéias, projetos e produtos – seu evangelho – desenvolverá sua doutrina e a apresentará aos seus prospects, para que se tornem clientes e com as experiências positivas passem a fãs e, em seguida, apóstolos. Propagando seu sonho! Você diria bobagem, isso é utopia? Para o homem que se comunicava batendo tambor se tivessem lhe falado do celular, antes de atirá-lo no caldeirão, ele gritaria: “Utopia!” Que diriam nossos ancestrais ao observarem os pássaros no céu? Voar, voar como, como voar? Utopia! Levem-no ao caldeirão! Evangelho, doutrina, apóstolo? Utopia! Ao caldeirão! Sendo esta a sua reação você não é um sonhador. Sonhadores são utópicos, pensam e realizam o impossível! Ora, tem certeza que quer saber o que lhe diriam os utópicos? -Ele não é um sonhador, ao caldeirão! Ivan Postigo Diretor de Gestão Empresarial
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendasFree e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios
Postigo Consultoria Comunicação e GestãoFones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
www.postigoconsultoria.com.br
Twitter: @ivanpostigo A melhor maneira de nos prepararmos para o futuro é concentrar toda a imaginação e entusiasmo na execução perfeita do trabalho de hoje. Dale Carnegie
O vendedor evangelista e a fé corporativa.
Aspectos importantes, mas nem sempre tratados com o devido cuidado, são a declaração de missão da empresa e sua propagação. Vender não significa apenas trocar nossos bens, foco de negócios, por dinheiro, afinal o objetivo não é realizar uma única operação. É a repetição que garante o sucesso. Não fosse assim bastaria colocar nossos produtos em consignação ao alcance do público e tudo estaria resolvido. Não faltam exemplos de gestores que se deram mal com essa operação, pois o revendedor ao notar que não teria resultados favoráveis não se interessou em continuar os negócios. Não só a consignação pode ser um desastre, como também a venda forçada. Uma frase que considero que resume bem essa situação é a seguinte: “Todos os cogumelos são comestíveis, alguns uma vez só”. Acredito que, como gestor, esse não é um risco que você está disposto a correr! Seus colaboradores e, principalmente, seus vendedores, precisam de uma visão clara da missão da sua empresa. Esta é a mensagem que eles levarão ao mercado. Disse mensagem, propósito, compromisso, não uma frase afixada em um quadro na parede da empresa, ainda que escrita em letras douradas, que pouca utilidade tem. Uma mensagem que seja incorporada por todos, que não necessite ser decorada para as reuniões de auditoria da ISO. Note que evangelho quer dizer coisa tida como certa, norma, doutrina. Se você a tem, esse será o evangelho da sua empresa. Se não a tem responda: Por que uma pessoa compraria seus produtos com tantas ofertas no mercado?
Um dia, em um debate, ouvimos: Nossos produtos têm “estrela”! O presidente pouco satisfeito disse: Ora, então precisamos fazê-la brilhar mais! O mercado para os produtos é como o céu para as estrelas. Quando não há nuvens todas brilhas, poucas se destacam. Quando está encoberto percebemos apenas as de primeira grandeza. Quando o único argumento for a estrela é melhor se certificar quantos vêem o brilho. Não faltam gestores festejando o lançamento de catálogos como panacéias para o aumento de vendas, sem se dar conta de que este ficará junto com outros dez, quinze…Um argumento necessário, mas não suficiente. A proposta de negócios de sua empresa deve ser motivadora para que seu vendedor seja um evangelista, propagando-a. Um dos pontos fundamentais é que ele tenha fé na corporação. Corporação é uma palavra forte e transcende o conceito de empresa e organização. Corporação significa associação de pessoas do mesmo credo. Esta associação se dá ao abraçarem a visão que determinou a missão, e que está alicerçada por crenças e valores. Recebemos há algum tempo um e-mail que nos dizia: Esses assuntos visão, missão são bobagens! O que transforma a visão em missão é a fé e esta não pode ser explicada. Fé é algo que o coração sente e a mente não explica. Uma corporação cresce com: Liderança, aprimoramento do processo de condução e obtenção de novos seguidores; Reflexão para melhoria do processo e dos benefícios oferecidos; Desenvolvimento da capacidade de ouvir para entendimento das necessidades e expectativas; Criação de formas e meios de propagação da visão; Treinamento para alinhamento dos discursos e propagação correta da visão; Renovação de conceitos para atender novas expectativas; Inovação do processo para manter viva a visão e missão. Seguidores crêem o que crêem os seguidores. Esse é o sucesso em muitos campos, inclusive na moda. A perpetuação não está no simples elo, mas na corrente. Transforme sua empresa em uma corporação, divulgue incessantemente sua visão e missão e seus colaboradores se tornarão vendedores evangelistas. O sucesso depende apenas de um pequeno detalhe: Você tem fé?
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios
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Twitter: @ivanpostigo
A comoditização não depende do produto, mas da visão empresarial
É inegável que os avanços tecnológicos têm permitido fabricar produtos cada vez melhores, mais baratos, gerando uma brutal concorrência, dificultando ao consumidor a diferenciação e facilitando-lhes o acesso.
Também é verdade que qualquer produto pode ser diferenciado, basta ir ao mercado e você vai encontrar os que se destacam, tem sua qualidade reconhecida, até por pessoas que nunca os usaram.
Qualidade não significa necessariamente que os materiais e a forma de construção são superiores aos de seus concorrentes, temos que tratá-la como o pacote de benefícios que o produto propõe ou que o consumidor espera que ele ofereça.
Ao adquirir um certo tipo de lápis você pode esperar que ele o diferencie e o destaque no grupo de desenhistas que freqüenta, fazendo isso ele determinará que tem a qualidade esperada.
Por essa razão vamos encontrar muitos produtos que além da efetiva qualidade de seus materiais e de seu design acabam recebendo um reconhecimento maior.
Para diferenciar um produto não basta ser o melhor, tem que parecer o melhor.
O consumidor não o compra e leva à um laboratório de testes para verificar suas propriedades físicas, ele perceberá a durabilidade pelo uso, o design por se sentir bem e receber aprovação e aquele algo mais por ser notado e seguido. Não se engane, a falta de qualidades físicas também é notada quando ocorre.
O produto com esse algo a mais é pedido, procurado, recomendado, faz com que determinados grupos se identifiquem.
Nesse rol existem canetas, bolsas, jeans, jóias, carros, bebidas, refrigerantes, vinhos, e mesmo água.
As empresas de modo geral mantêm o conceito da diferenciação pelos materiais, aspectos físicos, esquecendo-se de um fator importante, a marca.
A marca deve representar algo no mercado e principalmente na mente do consumidor. Para aquela que se destaca tudo que a carrega é considerado de excelente qualidade.
Construir uma marca não é algo fácil, nem sempre barato, nem é possível dizer que colocando somas enormes em campanhas publicitárias esta será um sucesso.
Grandes marcas, de notoriedade mundial, começaram pequenas, foram crescendo com o tempo, apoiadas sempre por uma visão.
Esse é um aspecto fundamental nos negócios, determinar aonde se quer chegar e seguir trabalhando com consistência.
As empresas como são reativas tendem a seguir umas as outras, por que haveria então razão para os consumidores diferenciá-las?
Ao seguir aquilo que o mercado está praticando a empresa está garantido o lugar entre os iguais, nesse caso o que prevalece é o preço, tendo o maior de todos irá para as últimas posições.
Como podemos obter diferenciar se na contratação procuramos profissionais com a mesma identidade da nossa equipe?
Aquele é muito jovem, este é muito velho, outro não tem experiência ou tem demais, este tem cabelos longos, aquele tem tatuagem, é muito baixo, não pode ser homem, ou tem que ser, enfim descartamos toda e qualquer coisa que não atenda nosso padrão mental. Procuramos nos manter na zona de conforto, situação impossível quando se quer diferenciação.
Destacar uma marca é como marcar a fogo, é criar uma personalidade distinta e mostrar ao mundo que ela existe.
Para conseguir diferenciação é preciso ter a disposição de nos expormos às melhores idéias que encontrarmos e tentar trazê-las para nossos negócios.
De onde vêm as novas e boas idéias?
Não são geradas pelas diferenças?
Para isso temos que misturar experiências, culturas e conhecimentos, portanto meu caro a sua commodity é a sua visão quem faz, na hora de contratar procure pela diferença e não pela igualdade.
Não precisa concordar comigo, as pessoas continuarão a comprar os seus produtos, mas pelos menores preços de mercado.
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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“Alerta máximo: A misteriosa morte em massa de colônias abelhas coloca em risco a vida no planeta” Informe-se, divulgue!
A extraordinária capacidade de gerar resultados de nossas empresas
Um volume significativo de empresas não tem conseguido nestes últimos 5 anos melhorar seus resultados e sua posição de caixa, embora encontremos casos de sucesso no mercado.
Imaginar que uma empresa pode acrescentar ao seu caixa, em 5 anos, um valor equivalente a um faturamento mensal livre de qualquer custo ou despesa pode parecer exagerado? Isso representa melhorar os lucros em 2% do faturamento.
Você empresário, executivo, acredita que é possível acrescentar ao lucro líquido sua companhia cerca 2% do seu faturamento, além daquilo que já vêm obtendo normalmente?
Antes de responder pegue seu balanço e faça algumas contas, verá que a possibilidade de responder sim é muito grande.
A questão é quem pode fazer isso e como pode fazer isso ?
A sua equipe pode, desde que você acredite firmemente nisso. A sua crença é determinante para que os resultados sejam obtidos e isso sua equipe precisa saber.
Seus funcionários, na realidade seus colaboradores, conhecem as potencialidades de sua organização, suas fraquezas e sabem exatamente como tirar o melhor proveito delas.
Eu, você, que trabalhamos com gestão sabemos que esse raciocínio é lógico, não há novidade no que estou colocando, contudo um volume significativo de empresas não tem conseguido melhorar seus resultados há anos, embora desenvolvam planos e estabeleçam metas de crescimento .Qual a razão para isso ?
Estudos mostram que 95% das empresas que não conseguem atingir as metas estabelecidas não o fazem porque os planos foram mal desenvolvidos ou pouco fundamentados, mas sim porque faltou acompanhamento, coordenação e principalmente trabalho de equipe.
Nesses mais de 30 anos trabalhando com empresas nacionais e estrangeiras pude ver o reconhecimento e respeito que o mercado externo tem por nossos profissionais, das mais diversas áreas como informática, financeira, nossos técnicos, principalmente voltados à manutenção, porém também criticam a falta de sintonia e a dificuldade que nossos profissionais e nossas empresas tem em trabalhar como um time.
Essa é a mesma imagem que fazemos de nosso futebol, muito talento e uma enorme dificuldade em trabalhar em conjunto.
Um de nossos esportes que nos dá grandes lições de trabalho em equipe é o voley masculino , por isso tem conseguido resultados extraordinários.O trabalho duro e em equipe supera o talento individual e perpetua resultados.
Nas nossas empresa temos que fazer a mesma coisa, trabalhar como um time e ganhar o jogo ponto a ponto, gerando resultados em todas as áreas e tarefas.
A interação entre a área comercial e produtiva conduzirá a lançamentos e melhoria de produtos, abertura de novos mercados, fará com que vendas não sejam perdidas por falta de produtos e ou direcionamentos inadequados , por má qualidade, por atraso nas entregas, e ainda fará com que ganhos possam ser obtidos evitando-se estocagens desnecessárias.
Um bom planejamento de vendas dirá às áreas comerciais e produtivas de onde virão os resultados, de quais clientes, e em que tempo.
Um bom planejamento de vendas permitirá um planejamento adequado do volume de compras, negociações de preços e prazos, adequando o desembolso de caixa às entradas das receitas.Isso permitirá um planejamento dos empréstimos, dos descontos de duplicatas, das negociações das taxas bancárias.
Quantas empresas realmente se preocupam em preparar previsões de caixa para o trimestre e realmente acompanha-los.As previsões não podem ser chutes ou a melhor estimativa, mas sim uma soma de compromissos.
Para que a estimativa da folha de pagamento, por exemplo, seja calculada e compromissada pelo departamento pessoal um compromisso com o quadro de pessoal deve ser firmado com os gestores das áreas , o volume de horas extras pré-estabelecidas, isso tudo fundamentado no plano de vendas e produção.
O controle das despesas departamentais deve ser delegado à pessoas com perfil para acompanhamento e cobrança de compromissos e estas pessoas devem ser investidas de autoridade.
Esse trabalho tem que ser realizado com o firme comprometimento das pessoas, pois sem isso tenha certeza de que a gestão de sua companhia ainda não está voltada para resultados e é disso que as empresas vivem.
Atingir as metas de vendas, de produção, cumprir os planos traçados deve ser a obsessão de todas as empresas que queiram ter sucesso e ser competitivas nesse ambiente globalizado.
Uma única área, uma única atividade, isoladamente, não gerará os resultados que sua empresa precisa.A soma de pequenos ganhos é que fará com que o resultado final seja surpreendente.
Faça pequenos cálculos com a conta de resultado de sua companhia e verá que a soma dos esforços de cada área colocará 2% do seu faturamento no caixa da empresa.Invista uma hora, apenas uma hora, nesse estudo e planificando verá que é possível.
A pergunta é como perpetuar esse trabalho, pois é necessário que a dinâmica seja mantida para que depois de alguns meses não fiquem apenas as boas intenções.
Depois desse estudo se você acredita, se está determinado a desenvolver esse plano, identifique na sua organização quem possa conduzi-lo, caso não o encontre adicione competência.Hoje em dia é possível terceirizar esse trabalho, há no mercado profissionais competentes que podem em parceira ajuda-lo nessa tarefa.
Nossos colaboradores sabem como potencializar nossas empresas, precisam apenas que mostremos que acreditamos neles e que lhes orientemos como trabalhar em equipe.
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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“Alerta máximo: A misteriosa morte em massa de colônias abelhas coloca em risco a vida no planeta” Informe-se, divulgue!
O poder do criador e da criatura na gestão empresarial
Você já se deu conta de quantas obras conhece, admira, sem contudo identificar o criador?
Podemos falar em músicas, poesias, histórias, quadros, esculturas, edifícios, pontes, bens de consumo como sabão, sabonete, pasta de dente, desodorante, computadores, softwares, sistema de gestão e muitos outros.
Podemos dizer que estamos mais encantados com a criatura do que como criador? Não restam dúvidas.
Em muitos casos é mais fácil lembrar-se da criatura que do criador. Lembramos o nome de um romance famoso, mas temos dificuldades de lembrar de quem o escreveu.
Em momentos de grande alvoroço pela obra fixa-se, reforça-se a lembrança do nome do criador , momento em que a criatura cria o criador.
Na gestão empresarial a situação não é diferente, suas obras farão mais por você do que toda força que possa imprimir.
Visitando as cidades mineiras vamos encontrar uma enormidade de obras de Antonio Francisco Lisboa, conhecido como o Aleijadinho, contudo sabemos que muitos detalhes não foram executados diretamente por ele, muitos foram delegados e supervisionados, porém este detém todo o mérito da criação, lembrança e respeito.
Indo a Congonhas (antiga Congonhas do Campo), nos deparamos com os 12 profetas no adro da Igreja do Senhor do Bom Jesus, esculpidas em pedra-sabão, e caso não saiba e lhe informem que é de aleijadinho jamais esquecerá, este é o momento em que a criatura cria o criador .
Sem dúvidas a adição de competência para a realização daquela obra foi enorme, tornando-se esta mais reverenciada que o próprio criador.
Uma antiga frase diz que não importa o que você sabe, mas o que faz com o que sabe e suas obras ratificam isso e lhe dá autoridade.
Poder com autoridade solidifica seu comando, poder sem autoridade o fragiliza, isso suas obras podem fazer por você, sem que seja necessário trabalhar apenas a duas mãos.
Há um programa de televisão chamado American Chopper onde pai e filho constroem motocicletas personalizadas e pode-se ser ver todo o processo de criação. Apesar de toda dureza e imposição do pai no dia-a-dia seu poder vem de sua criatividade e dos produtos que cria e não das ordens que dá .
Um exemplo de conflito que a obra apaga é a pintura dos afrescos da Capela Sistina, executada entre uma briga e outra entre Michelangelo e o Papa Julio II.
Cria-se neste caso uma relação difícil, mas interessante de ser analisada: Um confronto entre a intolerância e aceitação.
É impossível não encontrarmos nas empresas projetos e pessoas que enfrentaram momentos de intolerância e por serem aceitos tiveram sucesso.
Acredito que todos já ouviram a famoso frase : “O cavalo veio para ficar, o automóvel não passa de uma moda passageira “.
Neste caso a obra superou em muito seu criador, dando-lhe um poder enorme .
Estima-se que em dez anos a criação terá tanta importância como o tema da qualidade hoje, daí virá o poder da empresa com inovação e o seu como gestor.
Mais do que nunca um dos aspectos para o sucesso empresarial será a adição de competência que demanda sem nenhuma dúvida experiência.
Alguns aspectos nas administrações começarão a tomar outra conformação, como guerreiro um jovem, como general um sábio.Com isso deixaremos de negligenciar um terma importante neste país e nas nossas empresas: A experiência.
Marketing, esse tema misterioso
Quando você pensa em marketing o que esse termo significa para você?
Muitos dirão que é o mesmo que vendas, outros que se refere a propaganda , alguns que o termo está ligado a colocação de produtos nos revendedores, disponibilização para o consumidor final, preparação dos pontos de venda e controle dos estoques para manter o fluxo de atendimento.
Podemos considerar que o trabalho de marketing inclui essas atividades e muitas outras mais, visto que o objetivo do marketing é atender totalmente as expectativas do consumidor e com isso trazer resultados aos acionistas da empresa.
As atividades do marketing devem criar, comunicar e levar valores aos revendedores e consumidores, estabelecendo, com estes, relações duradouras, gerando benefícios à organização, seus sócios e acionistas.
O processo se desenvolve quando atende algumas premissas:
a) Há pelo menos dois interessados;
b) Cada um tem algo que a outra parte valoriza;
c) Ambos são capazes de desenvolver a comunicação e entrega do produto;
d) Eles tem a capacidade de aceitar ou rejeitar a oferta, e
e) Consideram interessante e desejável a negociação.
Podemos encontrar dentro do processo de marketing quatro filosofias que o influenciam:
1) Orientação para produção
2) Orientação para vendas
3) Orientação para o mercado
Estas filosofias podem ser resumidas da seguinte forma :
Orientação | Foco |
Produção | O que fazemos melhor? |
Vendas | Como podemos vender mais agressivamente? |
Mercado | O que os consumidores desejam e necessitam? |
Orientação para a produção
É a filosofia que tem como foco capacidades e competências internas da empresa do que as necessidades de mercado.
As questões são colocadas da seguinte forma:
a) O que podemos fazer melhor?
b) O que temos competência para desenvolver e criar?
c) O que é mais simples e produtivo fazer com nossos equipamentos?
d) Que produtos e serviços nos é mais conveniente oferecer?
e) Em que somos bons?
Nesse tipo de orientação o foco está na capacidade de produzir e ofertar eficientemente e não no atendimento às necessidades de mercado.
Quando a oferta encontra um mercado comprador a empresa alcança o sucesso.
Orientação para vendas
O conceito neste caso é de que as pessoas comprarão os produtos e serviços se forem usadas técnicas de vendas agressivas e que estas gerarão altos lucros para a organização.
Marketing neste caso é entendido como processo de venda e recebimento das duplicatas.
A orientação para vendas, bem como para a produção, não leva em conta as necessidades e exigências do mercado, mantendo o foco em sua filosofia voltada para dentro da organização.
Orientação para o mercado
O conceito neste caso é de que a justificativa social e econômica da existência da empresa é a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, enquanto atende os objetivos da organização.
Parte-se da premissa que as vendas não dependem de uma equipe agressiva e arrojada, mas da disposição do consumidor de comprar.
A importância não reside no que é produzido e ofertado, mas no valor que o consumidor atribui ao que compra.
Aspectos importantes a serem considerados são:
a) foco nos desejos e necessidades dos consumidores para que a empresa possa destacar seus produtos dos concorrentes;
b) integração de todas as atividades da organização para poder satisfazer os requisitos;
c) atender os requisitos no curto, médio e longo prazos, para sustentação organizacional
A observância a esses aspectos determina que a organização é orientada para o mercado.
O estabelecimento desta filosofia implica em obter informações a respeito dos consumidores e concorrentes , de forma a atender suas expectativas e demandas e criar valores para este.
Ao avaliar as informações mercadológicas os gestores podem gerar o mapa de pontos fortes e fracos de sua organização e de seus concorrentes.
Ao entender o mercado poderão criar o futuro de sua organização .
Como diz um antigo adágio:
A melhor forma de prever o futuro é criá-lo.
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
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Uma velha lição de marketing que gera resultados extraordinários
Dois irmãos, Hércules e Herculano, sócios em uma empresa, não se entendiam. Haviam tentando inúmeras formas de gestão, mas tinham idéias muito diferentes de como administrar o negócio, como viam que os choques acabavam afetando as relações familiares decidiram dividir o patrimônio.
Para evitar problemas decidiram que não falariam de negócios quando se encontrassem.
Dessa forma cada qual teria sua empresa e a administraria da forma que julgasse melhor.
Como ainda achavam que tinham que provar um para o outro quem tinha os melhores conceitos mantiveram a fabricação do mesmo produto com marcas totalmente novas.
Um procurava ser mais criativo que o outro, mantendo sempre a qualidade para satisfação dos consumidores.
Com o tempo as equipes da empresa de Hércules começaram a notar que os produtos de sua empresa eram melhores do que da empresa de Herculano, mas sem que as diferenças fossem significativas. Estas só eram percebidas pelas pessoas que tinham profundo conhecimento do assunto.
Ao mesmo tempo viam que a empresa de Herculano a superava em faturamento, ocupação de mercado, em crescimento e para espanto geral não era a que tinha o melhor produto.
Aquilo, para os puristas em gestão da empresa de Hércules, parecia um grande absurdo, principalmente quando notaram que Herculano conseguia melhores preços no mercado.
Começaram a estudar a situação e à medida que avançavam descobriam coisas surpreendentes.
Os salários da empresa de Herculano eram melhores, sua produtividade maior, as entregas mais rápidas, a satisfação dos revendedores e dos consumidores plenamente atendidas, mas como se eles não tinham os melhores produtos?
Numa pesquisa junto aos consumidores entenderam que essa empresa conhecia as necessidades e expectativas do mercado e procurava atende-las, sem excessos na qualidade, fabricando seus produtos de forma eficiente, eficaz e sem desperdícios.
Esse aspecto objetivo gerava economias substanciais que a permitia investir em comunicação, informando o consumidor, educando, persuadindo e lembrando-os dos benefícios que a empresa oferecia ao mercado e dos produtos que colocava à disposição.
Descobriram também que as pessoas compravam os produtos não só por causa do que estes faziam, mas pelo que significavam conceitualmente em qualidade, status e reputação.
À medida que pesquisavam notavam que também passavam a ter simpatia pelas ações da empresa de Heculano, recomendando muitas vezes copiar algumas de suas ações para desconforto de Hércules.
A marca cada dia mais se consolidava e tornava a equipe de vendedores adversários terríveis, difíceis de serem batidos.
Estes ocupavam cada vez mais espaço no mercado, eram recebidos com interesse pelos revendedores, faziam apresentações mais seguras, eram melhores informados e mostravam interesse e sintonia total com a empresa que representavam.
Rendendo-se as evidências, ainda aborrecido com a falta de sucesso, Hércules procurou Herculano, para conversar e procurar aprender alguns conceitos novos sobre gestão.
Herculano, disposto a ajudar o irmão, o recebeu com grande simpatia e ao ser questionado sobre o segredo do sucesso de sua empresa, lembrou Hércules de uma pequeno segredo de infância, dizendo :
-“Hércules, lembra-se quando vovó nos dizia que os ovos das patas são maiores e famosos por curarem algumas enfermidades, mas os que são procurados e largamente consumidos são os das galinhas?”
-“Quando perguntávamos por que ela nos dizia: Simplesmente porque todos sabem quando uma galinha bota um ovo, ela faz a maior barulheira!”.
– “Refletindo sobre nossa infância e nossas discussões empresariais lembrei-me dessa lição e é o que aplicamos na empresa”.
-“Quando enviamos nossos produtos no mercado fazemos a maior barulheira, isso mostra que vovó estava certa”.
-“As galinhas são especialistas em tornar público seu produto e a propagar a informação”.
-“Aplicamos em nosso negócio, apenas uma velha lição! “
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
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Lojas multimarcas e a complexa relação com os fornecedores
Poucas situações na vida nos ensinam tanto quanto o envolvimento em negociações onde as relações de poder e interesses parecem divergentes, mas não são.
Qual o público a ser alcançado pelos gestores das lojas multimarcas e seus fornecedores?
Analistas descuidados poderiam tratar as lojas multimarcas como clientes finais dos fornecedores e os consumidores como clientes finais das lojas multimarcas.
Pessoas com boa orientação mercadológica, envolvidas no processo comercial das empresas, responderiam rapidamente, ambos tem o mesmo foco, o consumidor!
Para testar essa afirmação basta perguntar ao gestor do fornecedor:
Quantos consumidores compram seus produtos?
O que eles pensam a respeito de sua organização e do que fornecem?
As respostas têm fundamentação na opinião de quantas pessoas?
Essa enquete é suficiente para que qualquer pessoa perceba a distância entre a realidade e o discurso.
Aos gestores das lojas faça as mesmas perguntas. Apesar da maior proximidade com o público verá que estes também terão enormes dificuldades para responder.
Ainda que lhe dêem alguns dados, peça que fundamentem as informações. Terá certeza de que estará tratando com enorme frequencia com a técnica do “achismo”.
Qual o foco teórico?
Ambos têm como objetivo criar e atender os desejos do consumidor final.
Qual o foco prático?
O fornecedor quer vender o máximo que puder aos seus clientes, as lojas multimarcas, para que estas revendam aos consumidores finais.
Muitos dirão: -Você está errado. Isso é um absurdo. Esses são conceitos ultrapassados, nós estamos antenados nos acontecimentos.
Antenados sim, apenas se esqueceram de ajustar as imagens, retirado-as do plano teórico e colocando-as no plano prático!
Por pensar assim empresas estão perdendo espaço, suas marcas envelhecendo e são substituídas. Os gestores vivem em conflito e os vendedores são trocados com uma frequência tão grande que os clientes já não sabem mais a quem recorrer quando necessitam repor ou fazer alguma reclamação.
Bom, eles poderiam telefonar para a empresa é verdade, mas para falar com quem?
Lojas multimarcas e seus fornecedores mantêm uma relação de irmandade conflituosa. Poucos são os que conseguem harmonizar as relações, tornando-as o caminho para o futuro e não a trilha para o campo das vantagens.
As lojas multimarcas precisam dos fornecedores, assim como estes delas.
Produto que não interessa ao consumidor final não serve ao propósito empresarial nem de uma nem da outra.
Ao tornar suas marcas uma grife o fornecedor leva vantagens comerciais às lojas, pois as valoriza e as coloca em condições econômicas diferenciadas, gerando o tão desejado lucro.
Gestores das lojas multimarcas ao tornar seus pontos comerciais atraentes, captando a atenção dos consumidores, transformam seus negócios em vitrines, tão desejadas pelos fornecedores.
Por que as relações se mostram conflituosas se os interesses são coincidentes?
Quando o foco não é o futuro, mas a vantagem imediata, muitos aspectos perdem o significado.
Como fornecedor, se meu produto não encontra o giro esperado na sua loja, meu argumento é que você não sabe vender. O seu é que meu produto não tem preço competitivo, a qualidade não o destaca dos demais e a marca não têm o reconhecimento necessário para despertar desejo.
Como você não vende o volume que eu desejaria não invisto em sua loja, não disponibilizo catálogos, banners, outdoor e outras mídias. Em resposta, sem incentivo, você deixará a loja com uma variedade pouca atrativa do meu produto.
No fundo não sabemos se não tem porque não vende ou não vende porque não tem.
Para o consumidor isso não tem muita importância, ele tem a oportunidade de experimentar outras marcas ou de procurar na loja vizinha.
Poucos são aqueles que ligam desesperadamente para a fábrica para encontrar o produto porque não podem viver sem eles.
Gestores apaixonados dirão: – Eu tenho provas concretas que isso acontece. Todos os anos, Don Pepe, quando visita o Brasil, vem à nossa fábrica e leva uma boa quantidade de produtos para seu próprio consumo e para os parentes e, ainda, nos garante que não há nada melhor no mundo.
Excelente! Agora some as compras de todos os Dons Pepes e veja se estas sustentam sua empresa.
Isso é como chuva no deserto.
Muitos dirão que no deserto não chove. Chove sim, mas é tão quente que os pingos evaporam antes de chegar ao chão.
Assim são as compras do ilustre visitante. Naquele dia, na sua tesouraria, se a única importância que entrar for aquele cheque pouca diferença fará!
Precisamos que Dons, Antonios, Franciscos, Josés, Joãos, Marias, Anas, e todos os Silvas e Costas, seus parentes, amigos e desconhecidos nos considerem sensacionais, como fabricantes ou como lojistas.
É possível como fornecedor não estabelecer nenhuma relação de parceria e agir com preços agressivos, mas quando o seu concorrente pode reduzir o preço tanto ou mais que você, suas chances de sucesso são brutalmente reduzidas.
Ao não posicionar adequadamente seu produto no mercado você não poderá depois se aborrecer com o conceito que lhe derem.
Fabricantes reclamam que seus produtos são comparados com os chineses, ainda que excedam em qualidade. Produtos chineses chegam sem qualquer propaganda, apenas com o conceito de que são baratos e nem sempre são.
Depois de 30 anos no mercado, tendo-o a disposição, o que você fabricante fez ou está fazendo pra evitar ser esquecido ou no mínino lembrando.
Se você está pensando em reserva de mercado vai perder seu tempo, o mundo não tem mais fronteiras.
Vamos falar um pouco sobre os lojistas?
Claro, estes são os que têm as maiores listas de reclamações!
Todos os dias há um novo concorrente, ainda que ostente na fachada os dizeres: Sob Nova direção!
Cada novo gestor, um ataque desconhecido!
Ao concorrer com preços, sem um posicionamento efetivo, diferenciação de atendimento, a loja passa a atuar basicamente com commodities, as quais requerem vendas volumosas para atender os custos operacionais.
Lojas que atuam com altos descontos ou preços baixos compram e vendem oportunidades, não se prendendo a conceitos e marcas.
São interessantes, geram lucro, mas se posicionam em uma linha específica de negócios, assim como as que têm marca própria como fundamento.
Lojas multimarcas têm introduzido suas próprias marcas, mas poucas são as que realmente estão tendo sucesso.
Revender marcas conceituadas e a própria marca no mesmo balcão, para o mesmo consumidor, exige cuidado e atenção.
Grifes destacam o consumidor no mercado, se é isto o que ele procura e sua marca não é conhecida é muito delicado dizer que seu produto é tão bom quanto a grife.
A reação do consumidor pode ser desde “é isto que eu quero” até ”vou pensar depois eu volto” e levar a compra para o concorrente.
Outra questão importante é como os balconistas são orientados e treinados!
Que tipo de informação são capazes de levar aos consumidores.
Eu me lembro de alguns garotos, adolescentes, irritados com o vendedor porque não tinha o tênis que pediram e tentava “empurrar” outro.
Eles não entraram na loja para comprar um calçado porque realmente precisavam. Esperaram ansiosamente e, com certeza, até ajudaram no desgaste dos que usavam para poder comprar o tênis XYZ.
Os vendedores das lojas multimarcas, ao receberem orientação dos fornecedores, estarão mais bem preparados e com a percepção mais aguçada para fazer leituras de interesses.
Fornecedores ao visitar o mercado desenvolvem expertise e trazem experiências impossíveis de serem obtidas em um mercado restrito.
Certa vez, um representante do interior de São Paulo elogiava um produto, dizendo ser um campeão de vendas. Naquele instante entrava na sala o representante do Rio Grande e ao ver o material na mesa, sem ouvir o que dizia o colega, disparou: – Esse produto não tem boa aceitação minha região, lá o que vendo muito bem é o “Z”.
Tínhamos consciência como os consumidores conceituavam os produtos, mas aquilo serviu para reforçássemos ainda mais os pontos de alerta da equipe comercial, prevenido desgastes desnecessários.
Fornecedores e lojistas multimarcas devem atuar como parceiros que exploram a mesma mina de ouro, em consórcio, com segurança, não como duas pessoas que cavam as paredes, sem sustentação, e na ânsia de conseguir maiores vantagens acabam soterradas.
Ivan Postigo
Diretor da Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
www.postigoconsultoria.com.br
Um país se desenvolve com educação para gestão. Educação gera competência; Competência conduz à excelência administrativa; Excelência administrativa à um futuro melhor.
O fracasso das empresas na luta pelo mercado
O modelo de gestão no nosso mercado não tem predileção por manuais, estatísticas, trabalho coordenado e orientado, onde o grupo seja o foco e não o indivíduo.
A relação é o chefe e o vendedor, o atleta e o treinador, o professor e o aluno, o comandante e o comandado, com grande tendência à individualidade.
Uma orquestra de solistas, do piano aos tambores.
Por que isso ocorre?
Simplesmente por que somos assim!
Com tanta teoria sobre o assunto, material disponível e debates, a afirmação sobre nossa individualidade pode parecer exagerada, mas não é.
Quando um comportamento faz parte de nossa cultura não conseguimos enxergar nada de errado nele. Estranharemos o contrário.
Na década de cinquenta homem não usava brinco, isso era coisa de pirata. Hoje está incorporado à nossa cultura.
Você não irá encontrar pessoas com brinco, tapa-olho ou perna de pau, e sim pessoas com ternos e o acessório.
Qual o mal da individualidade?
Apenas o momento em que é aplicada e a capacidade do indivíduo de fazer dela um sucesso que beneficie todos quando este é o requisito.
O homem é um ser social e em grupo obtém melhores resultados.
Vamos a alguns exemplos simples:
É melhor construir uma casa sozinho ou em grupo?
Que tal puxar uma rede no mar sem qualquer colaboração?
Já imaginou fazer o inventário do almoxarifado de sua empresa sem ajuda? Você não acha que seria mais produtivo ter um grupo para isso?
Nesses momentos queremos pessoas à nossa volta, então porque na hora de estabelecer um procedimento, promover uma pessoa, contratar um subordinado, resistimos às interferências?
Ainda parece exagero?
Não precisamos estudar o assunto presos apenas ao nosso país.
Faça uma viagem pela história e veja quantos exércitos foram derrotadas porque seus comandantes se recusarem a ouvir recomendações e conselhos.
O que dizer então de produtos, marcas e campanhas publicitárias.
Ao não ouvir o que está acontecendo não podemos potencializar os resultados positivos, nem evitar fracassos.
Agindo no campo, estamos aplicando uma tática. Sendo positiva, ao levá-la para outras áreas para multiplicação, a necessidade de suporte para sua efetivação se torna maior.
A requisição por maiores e melhores recursos humanos e financeiros é mandatória.
É nesse ponto que muitos planos falham, pois o sucesso pode estar sendo visto apenas por uma pessoa que nem sempre tem informações e argumentos para convencer os responsáveis pelo trabalho estratégico.
A distância do campo, a falta de conhecimento dos detalhes, fez com que o canguru fosse descrito como um animal que andava como os homens, pulava como um sapo e tinha duas cabeças. Por que isso não aconteceria com a análise dos mercados?
Carros e televisores, a princípio, foram considerados produtos sem chances de sucesso.
Vi executivos perderem seus empregos, com um plano engavetado, por não concordarem com ele, defendendo posições contrárias ao bom senso.
A pergunta seria: Bom senso de quem?
Nesse caso dos próprios amigos, que tentavam convencê-los a superar a teimosia, porque os adversários já os queriam fora há muito tempo.
Ainda os encontro, continuam teimosos, convictos que estavam certos.
Não estavam. Os planos implantados trouxeram resultados favoráveis.
Nessa linha observei muitas situações, o fracasso ocorre antes do plano atravessar as portas da empresa.
Alocação deficiente de recursos, aplicação em tempo inadequado, correção tardia, conflitos, falta de treinamento, atrasos de entrega e mais uma série de fatores, coloca a perder a oportunidade de explorar situações favoráveis de mercado.
Ações tardias e descoordenadas podem tornar um bom plano um fracasso.
Uma empresa de vestuário lançou sua coleção com um preço inadequado. Semanas depois, com as vendas baixas, estabeleceu um plano de descontos.
Ainda assim, não sendo suficiente para romper as barreiras, fez uma promoção ainda mais agressiva.
A falta de uma marca forte dificultava a adesão dos revendedores que solicitavam material de apoio visual. Catálogos, displays, cartazes já estavam comprados e foram enviados pelos fornecedores muito tempo depois do lançamento da coleção.
Os materiais de apoio ficaram disponíveis para os lojistas meses depois do lançamento, quando cada revendedor já tinha dado sua negativa pelos menos três ou quatro vezes.
O que isso significa em termos práticos? Que os clientes simplesmente não querem comprar?
Não, que já comprou, mas de outras empresas. Quando fizer reposição certamente será com a marca do concorrente. Aquela que lhe trouxe resultados.
Onde estava a falha?
No campo?
Nas ações no quartel general?
Não, na própria concepção estratégica. Afinal, não basta ter uma idéia brilhante, esta tem que ser concebida para execução no tempo certo.
Uma pequena história conta que dois comandantes, um da infantaria e outro da aviação, não se entendiam. Nunca chegavam aos locais das batalhas nos horários combinados.
Sempre atrasavam, deixando o outro em apuros.
Um dia, acertaram o horário do ataque, então o comandante da infantaria pensou: – Vou adiantar o avanço em meia hora, assim quando a aviação chegar o trabalho estará concluído. -Mostramos a eles quem é que tem competência. -Esperá-los não vai resolver, sempre atrasam.
O comandante da aviação pensou: – Vou chegar no horário, eles sempre atrasam, atacamos, quando chegarem nosso trabalho estará terminado e poderemos descansar mais cedo.
Não é necessário ter muita imaginação para perceber o tamanho do desastre!
Ao ver o movimento lá embaixo, acreditando ser o inimigo, a aviação bombardeou a própria infantaria.
A falta de sintonia entre áreas e ações, devido à individualidade, tem prejudicado mais empresas do que a falta de planos.
A beleza do céu não está no brilho de uma estrela isolada, mas das constelações.
Ivan Postigo
Diretor da Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
www.postigoconsultoria.com.br
Um país se desenvolve com educação para gestão. Educação gera competência; Competência conduz à excelência administrativa; Excelência administrativa à um futuro melhor.
No ritmo da comoditização: Instrumentos musicais
A capacidade do homem de desenvolvimento tecnológico tem superado a sua capacidade de entender os anseios dos consumidores. Na realidade os seus próprios.
Essa afirmação pode ser questionada da seguinte forma: O fato do homem ter criado um produto não quer dizer que ele percebeu necessidades e expectativas a serem atendidas?
Isso é verdade para o criador e não para quem os copia e muitos que o revendem.
Não fosse assim muitos projetos seriam superados rapidamente com idéias novas e não só com aperfeiçoamentos.
O que reforça essa tese é o fato de que catálogos de produtos, de todas as espécies, apresentam características e não benefícios.
Para o consumidor o valor do produto está na percepção do serviço que presta, valorizando e destacando o seu trabalho, colocando-o em evidência como profissional, ou mesmo a sua figura como pessoa física.
O mercado, como forma de oferecer facilidades, tem feito com que ruas e áreas determinadas nas cidades se transformem em locais de vendas especializadas.
Ao mesmo tempo em que facilita a oferta e o acesso dos consumidores aumenta a concorrência que reduz os preços.
A variedade permite ao consumidor ter opções, mas também dificulta a escolha, provocando uma infinidade de questionamentos.
A percepção de valor do consumidor é o que o faz diferenciar produtos. Na compra de iguais a opção será pelo menor preço.
As fronteiras abertas para a importação do mundo todo têm promovido vasta oferta, de forma que o preço cada vez mais tem sido fator de debate e de decisão.
O mercado, para classificar esses produtos, onde o referencial é preço, tomou emprestado o termo commodity.
Commodity, um termo da língua inglesa que significa mercadoria. É utilizado nas transações comerciais de produtos de origem primária nas bolsas de mercadorias.
É usado como referência aos produtos em estado bruto ou com pequeno grau de industrialização, onde a qualidade é quase uniforme e são produzidos em grandes quantidades.
Todos os produtos podem apresentar diferenciação ainda que sejam semelhantes.
Chinelos, carros, canetas, bolsas, aparelhos eletrônicos, aviões, barcos, helicópteros, uma camiseta branca, podem estar associados a marcas lendárias e por isso terem destacada preferência.
Pizzas e lanches atravessam fronteiras e fazem sucesso porque consumidor não se delicia e degusta apenas sabores, mas conceitos, local e projeção de imagem.
Refletindo nesse sentido pensemos na percepção musical.
A música não é captada apenas pelos órgãos auditivos no momento em que nos deparamos com um som que nos agrada, ela é recepcionado por todas nossas “antenas” sensoriais.
Podemos com um tema viajar do passado ao futuro em questão de minutos.
Nesse momento, caso você tenha a felicidade de ter uma veia musical, estará se vendo tocando o instrumento de sua vocação, quer já tenha tido essa experiência ou não.
Um dia você resolve comprar para si ou mesmo para presentear um instrumento de cordas, de teclas ou de sopro, e vai ao mercado observá-lo, com atenção aos preços e as marcas.
Começa, então, a encontrar dificuldades para entendimento e diferenciação entre as alternativas.
Essa é uma compra ou venda, não apenas técnica, mas perceptiva.
Qualidade dos materiais, design, cor, tipo de som, acústica, adequação ao tipo físico em alguns casos, o destaque que lhe dará ao utilizá-lo, são alguns dos aspectos que serão observados.
A área musical apresenta como característica uma substancial experimentação e desistência, criando um mercado não só de seminovos, como um mercado de não usados.
Esse mercado concorre frontalmente com o mercado de produtos novos.
É fato que há interessantes facilidades para a compra de produtos novos, com parcelamentos variados, contudo isso também faz com que os produtos seminovos sejam ofertados a preços mais agressivos, criando novas barreiras para os primeiros.
O consumidor terá mais essa opção enquanto analisa uma variedade de informações que dificultam sua tomada de decisão. Observa dados técnicos, preços enquanto busca a atenção dos vendedores.
Ah, sim temos aqui os vendedores. Preparados onde e por quem?
Quantos são capazes de responder cinco vezes ao “por que” dos consumidores sem se alterar e ainda convencê-los de que estão oferecendo a melhor orientação para compra?
Imagine: O consumidor abre um catálogo, vê cinco características do instrumento e pergunta o que significa cada uma delas e por quê?
Alguns compradores porque dominam o assunto e querem saber mais, outros porque pouco ou nada sabem.
A probabilidade de o vendedor presentear o indeciso cliente com o catálogo para que leia em casa e possa voltar com a decisão tomada, quanto ao tipo de instrumento que vai comprar, é muito grande.
Nesse momento, sem se dar conta, ele o está conduzindo à percepção do menor erro:
Adquirir uma commodity.
Na compra de iguais ou semelhantes, opta-se pelo menor preço.
Há um ponto que merece ser levantado:
Ao não exercitar a venda de qualidade e se concentrar nos instrumentos de preços baixos, o revendedor, com o tempo, deixará de se interessar pelos produtos diferenciados, chamados Premium, cujos preços também acompanham o conceito.
Atenderá um mercado seleto com vendas pontuais e dirigidas e a massa maior de consumidores com produtos mais simples, menos elaborados, ou com aqueles cujas indústrias resolvam oferecer com preços de combate.
Nesse momento há mais uma pergunta: Como ficam as indústrias nesse contexto?
Aquelas que têm vocação mercadológica estão de alguma forma presentes no espaço do revendedor, com sua equipe, com propaganda, com treinamento, orientando e diferenciando seus produtos, atendendo e excedendo as expectativas dos consumidores.
As demais estarão lamentando a perda de mercado, de margens de contribuição e lucros, concorrendo onde há a massificação de ofertas.
Para recuperar uma fatia de mercado oferecerão seus produtos a preços cada vez menores, muitas vezes reduzindo a qualidade de seus instrumentos para fazer frente aos custos.
E o que fazer com a concorrência externa, num mundo globalizado de dura competição?
Um aspecto primordial é competência de gestão, sem isso as primeiras barreiras a serem superadas estarão dentro da própria empresa.
Focando o mercado, é fundamental entender que produtos com marcas reconhecidas são menos afetados pelas commodities.
As marcas desconhecidas ou emergentes são as que sentem mais o efeito da massificação, portanto para ambas é fundamental destaque para diferenciação.
Segmentos fortes desenvolvem conceitos, sua representatividade junto a órgãos governamentais, trabalham no aprimoramento da qualidade e abrem as portas para a exportação.
Muitos instrumentos musicais que chegam ao nosso país não são bem conceituados apenas pela marca, mas também pelo país de origem.
E nós, estamos fazendo o que pelas nossas marcas e pelo Made in Brazil?
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
www.postigoconsultoria.com.br
“Alerta máximo: A misteriosa morte em massa de colônias de abelhas coloca em risco a vida no planeta” Informe-se, divulgue!
Todos os caminhos levam a Roma, nem todos à Cesar
Nas caravanas de comércio, em volta das fogueiras, contava-se a história do homem que enlouqueceu em Roma e não viu Cesar.
Ainda que diminuída e aumentada pela repetição, era mais ou menos assim:
Em uma cidade distante morava um rico comerciante. Seu sucesso com suas caravanas e seus mascates havia lhe conferido fama, prestígio e riqueza.
A única cidade que não lhe dava atenção era Roma. Tentara diversas vezes desenvolver um trabalho com os residentes e donos de tendas locais e não obtivera sucesso.
O fato não o incomodava, as demandas de outras regiões absorveram todo o seu tempo.
Com tanto trabalho para fazer não se dera conta do crescimento daquele mercado e das oportunidades que poderia explorar. Até aquele momento não lhe fizera falta.
Evidentemente que sabia que um dia teria que voltar seus olhos para a região, a fama do poderio da cidade se espalhava.
Seu fiel ajudante e grande amigo, mascate experiente e bem sucedido, o ajudara na construção da fortuna, e começava a lhe causar certa preocupação.
Queria ampliar os negócios, numa atitude que confundia excessiva confiança em sua competência com ambição desmedida.
Já lhe fizera várias críticas, algumas demonstravam uma desagradável prepotência.
Entre muitas alternativas que havia estudado, a única certeza que tinha era de que não queira perder o amigo. Tinha-lhe em grande estima, bem como toda sua família.
Um dia, enquanto verificava a proposta de um artesão, que lhe trazia produtos para venda, viu uma capa bordada em fios de ouro.
Luzes se acenderem e pensou: Digna de Cesar!
Lá estava a chave que lhe abriu as portas da imaginação.
Sabia que Cesar costumava retribuir as pessoas que o encantavam com um anel. Esse anel poderia ser seu passaporte para conquistar a atenção das pessoas na cidade.
Teria então a oportunidade de dar uma missão ao amigo, permitir que desenvolvesse seu plano de crescimento, que exercitasse sua habilidade de conquista, e ambos, ainda, teriam benefícios financeiros.
Conversaram, deu-lhe a capa e uma caravana com muitos suprimentos e se despediram.
Viagem longa e cansativa, mas sem outras dificuldades. Uma vez na região, todos os caminhos levavam a Roma.
Chegando à cidade o experiente mascate não perdeu tempo. Começou as sondagens para encontrar a melhor maneira de visitar o Imperador.
Distribuindo presentes foi abrindo caminho.
Certo do sucesso, queria fazer uma surpresa ao amigo e ainda patrão, então não mandava notícias.
Este, por sua vez, com o coração apertado, não se arriscava a mandar um mensageiro com medo de gerar um conflito.
O tempo passava. A fila para conseguir a senha para a visita andava lentamente.
Não faltavam presentes oferecidos pelos interessados que em romaria seguiam para a cidade.
Oferecer vantagens já não as criava e nem o diferenciava.
O relógio do tempo não para e suas provisões iam diminuindo.
Cesar, sempre ocupado, atendia poucos visitantes que não fossem senhores representantes de estados. Como Imperador, suas atribuições políticas absorviam seu tempo, além de alguns prazeres dos quais não abria mão.
Ao chegar sua vez de obter a senha explicou o motivo da visita e mostrou a rica capa lhe trazia ao Grande Homem.
Para sua surpresa foi informado que Cesar, descontente com as capas que usava, resolvera há algum tempo fazer um concurso entre os artesãos. Aquele que vencesse viveria o resto da vida em uma bela moradia e seria o seu fornecedor oficial.
A notícia se espalhara entre estes, que em segredo as fabricavam, e durante um ano filas enormes se formaram para agradá-lo.
Já satisfeito com o resultado, Cesar havia declarado que não mais receberia visitantes com esse tipo de oferenda.
Orgulhoso e não se dando por vencido o fiel mascate todos os dias fazia sua tentativa. Com o tempo esgotara todos os seus recursos e perambulava pelas ruas murmurando palavras ininteligíveis.
O comerciante não se conteve com a falta de notícias e um dia partiu para Roma.
Lá chegando fora informado que o amigo insistia em ficar na fila, ainda que retirado pelos guardas do palácio.
Ao encontrá-lo aproximou-se. Este bastante envergonhado disse: – Lamento meu senhor, falhei.
O comerciante abraçou o amigo e respondeu: – Não, não falhaste. – Sua jornada ainda não terminou.
– Ao chegar à cidade soube que o Imperador está em busca de um leão branco para sua coleção. – Acabo de trazer um, para nossa sorte os seus guardas o viram e informaram Cesar.
– Seremos recebidos amanhã.
– Somos homens experientes, mas esta tua jornada nos deixou uma grande lição “Todos os caminhos nos trazem a Roma, mas nem todos nos levam à Cesar”.
Diretor de Gestão EmpresarialAutor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios
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Vista a camisa verde amarela de sua empresa Trabalhe com dedicação para a construção do futuro É lá que você viverá todos os dias de sua vida
A mágica da perpetuação de resultados positivos
A história empresarial no mundo pode nos mostrar uma infinidade de empresas e empreendimentos que tiveram um crescimento assustador e geraram lucros fabulosos.
Muitas é verdade por um período muito curto.
As razões de sucesso e fracasso são muitas, desde a chamada sorte até a competência fora do comum de alguns aventureiros que acreditaram no empreendimento, contudo a manutenção do sucesso por décadas seguidas, tornando o empreendimento um sucesso centenário, é uma questão à parte.
Aquele restaurante que surgiu da paixão do vovô, o bar do chopp que hoje é um restaurante centenário, a empresa de secos e molhados que se tornou um supermercado, a lojinha que vendia cortes casimira e chita e hoje se tornou uma rede de lojas, tem algo em comum. A capacidade de atrair apaixonados em busca de um único resultado : A continuidade do sucesso.
Não lhes pergunte por que, provavelmente muitos deles nem se dão conta, mas são atraídos e apaixonados por essa missão.
Quando um espécime encontra um habitat favorável sua tendência é de multiplicação.
Estava lendo sobre sucesso e fracasso e empresarial e me lembrei de um amigo que me disse: – Construí uma sorveteria, ganhei muito dinheiro, levei uma vida maravilhosa durante esse período, hoje estou quebrado e sem um centavo. Sorvete é o pior negócio do mundo, pois embora o lucro seja alto o custo de reposição dos equipamentos supera seus ganhos.
Claro que entramos em debates de custos, formas de reposição dos equipamentos, mas uma coisa ficava muito clara à medida que debatíamos: “ Não havia no meu amigo paixão pelo que fazia “.
É verdade que reuniu à sua volta muita gente no período das vacas gordas, mas todos com paixão pelo retorno e não pelo negócio.
Cuidaram dos ovos, mas se esqueceram de alimentar a galinha.
Outros, seguindo o exemplo de meu amigo, matam a galinha para ao abri-la retirar todos os ovos de uma só vez, descobrindo que naquele momento só havia aquele ovo.
Não importa o tamanho da empresa, não importa que os equipamentos tenham deixado de ser mecânicos e hoje sejam eletrônicos, não importa que a velha máquina de escrever Olivetti ou Reminghton tenha sido substituída por computadores, há algo não pode ser deixado de lado e substituído: A velha paixão pela condução dos negócios.
A velha oficina de carroças precisa evoluir, adequando seus produtos, passando quem sabe a produzir carrocerias de caminhão em madeira ou carrocerias em metal, mas com a mesma paixão de sua criação.
Encontramos negócios que perpetuaram nas mãos de antigos empregados, uma vez que os herdeiros não mostravam entusiasmo com a sua continuidade, pela mesma razão: Paixão.
Uma análise simplista pode nos levar a crer que aquela empresa de sucesso é motivadora e geradora de resultados por si só.
Nada mais falso, há por trás dessa empresa uma paixão que motiva, gera e perpetua resultados.
Não há fórmulas matemáticas, nem regras rígidas, que possam ser usadas para clonagem do modelo, mas é possível perceber e sentir essa força.
Quando encontrar uma empresa com esse perfil faça uma visita, se puder passe um dia inteiro na empresa e verá que o desejo será voltar outras vezes.
Uma pergunta é inevitável : ” As chances de uma empresa com essa capacidade de atração gerar resultados positivos e perpetuá-los são grandes não ?”.
É praticamente impossível dizer não, correto?
Por que então não termos um firme propósito de criar em nossa empresa um ambiente favorável que possibilite ter como recompensa a perpetuação de resultados positivos?
Pense, reflita durante alguns minutos e diga quanto está disposto a investir nessa paixão.
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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“Quando a sorte me procura ela sempre me encontra trabalhando“
Os males da concorrência
Acredito que noventa e nove por cento dos materiais que encontramos a respeito de concorrência dirá que ela é salutar.
Há fortes argumentos para sua defesa, que vão desde o aprimoramento dos produtos com melhoria de qualidade até a redução de preço, permitindo maior acesso aos consumidores.
Artigos, teses, defesas de pontos de vista, não mudam muito de um para outro.
O que há de novo?
A globalização e os produtos descartáveis!
Nesse aspecto não podemos, nem devemos pensar em reserva de mercado como forma de proteção, pois onde a experiência existiu dois problemas se instalaram: Altos preços e brutal atraso tecnológico.
O mercado se move por ondas. Há momentos em que as ofertas de produtos são menores e em outros maiores.
As razões são inúmeras, o fato é que surgindo oportunidades teremos empresários, empreendedores e especuladores agindo para tirar proveito.
Esses movimentos, com o tempo, leva à ofertas que excedem substancialmente a procura, e como forma de desova de estoques os preços são reduzidos.
Os especuladores e alguns empreendedores, ao sentirem que o retorno não será tão vantajoso, se retiram, mas ainda assim a oferta continua substancial para o volume de estoque sem giro.
Com os revendedores estocadas e seletivos a forma de manter a roda girando é via preço, reduzindo-o cada vez mais.
Há um limite para isso e empresas continuam a sair do segmento.
Para as que não têm opção ou querem ficar, a análise das margens de contribuição mostra que estão atuando na faixa de prejuízo, então o caminho é reduzir os custos ainda mais. Trabalho que certamente muitas já vinham fazendo.
Nesse sentido começa ação de simplificação do produto e redução desesperada de custos. Esse é um tópico sobre o qual pouco se escreve.
O que é qualidade?
Algo subjetivo, pois qualidade é o que qualidade faz. É o benefício percebido pelo cliente.
Fabricantes acrescentam a seus produtos predicados que os clientes desconhecem, por isso não valorizam.
E por que fazem isso?
Porque conhecem as vantagens dessas medidas e os fabricam com as melhorias características para que tenham a qualidade física assegurada.
Ao migrarem para materiais mais baratos e procedimentos menos onerosos fragilizam os produtos e os tornam descartáveis.
Onde está o rigor do consumidor exigindo qualidade?
Esse rigor vai diminuindo com a queda de preço.
Chegamos a um ponto, em muitos segmentos, que o produto é tão barato que o consumidor acha que não compensa reclamar, é melhor jogar fora.
Muitas pessoas diriam: “O consumidor que teve essa experiência jamais voltará a comprar algo semelhante!”
Os consumidores são atraídos pelos preços baixos, talvez não comprem mais um guarda-chuva ruim, se essa foi a experiência, mas o farão com uma roupa, um sapato, um aparelho eletrônico, mas a questão é mais delicada.
Quando o processo de degradação do produto atinge o segmento arrasta boa parte dos fabricantes, por que esses sabem que os preços nunca mais serão os mesmos.
Esse é um processo sem reversão?
Não, desde que os avanços tecnológicos permitam a oferta dos produtos com melhorias dentro do novo patamar de preços.
E o tema marcas onde entra? Não garantem os preços?
Neste mundo sem fronteiras, onde a preferência por estas são voláteis, os fabricantes no mundo todo estão em busca de lugares onde possam compensar suas perdas de margens por queda de preços.
Nesses momentos, o esforço da marca é para manter o produto fora das zonas das commodities, caso contrário o impacto nas margens será maior.
Comer é bom, em demasia por pode causar uma congestão.
Andar é bom, exageradamente provoca danos à saúde.
Como tudo na vida, concorrência é boa sem exageros ou ficaremos expostos aos seus males.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão EmpresarialAutor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios
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Vista a camisa verde amarela de sua empresa Trabalhe com dedicação para a construção do futuro É lá que você viverá todos os dias de sua vida
Clínica de vendas
Na nossa vida profissional quantas vezes não nos deparamos com situações complexas e percebemos que há um desempenho irregular na nossa equipe, contudo temos dificuldades de identificar e isolar os problemas?
Com aquecimento do mercado muitas empresas passam por essa situação, pois vêem os concorrentes avançando sem conseguir a mesma reação e resultados semelhantes.
Podemos aplicar a técnica que demonstraremos a seguir na área financeira, na área produtiva, contudo vamos nos concentrar nos aspectos mercadológicos.
Vamos denominá-la: Clínica de vendas
O processo é bastante simples e nos leva a uma análise interessante das questões que impedem um melhor desempenho da companhia.
Leia com atenção, mais de uma vez se necessário, e anote os itens que considera aplicável a atual situação de sua empresa. Cada item selecionado mostra um problema a ser resolvido.
Para cada item que você selecionar deverá buscar respostas para as seguintes perguntas:
Atenção às perguntas:
Por que essa situação se apresenta dessa forma?
Qual a solução proposta?
A quem será delegada a tarefa de solução do problema?
Quando as medidas serão tomadas?
A seguir mostraremos alguns itens que podem ser aplicáveis a sua empresa. Você pode e deve fazer sua lista, de acordo com a realidade da sua companhia.
1) Precisamos encontramos mais clientes;
2) Precisamos realizar um melhor trabalho de vendas junto aos nossos clientes e prospects;
3) Precisamos aprender mais sobre nossos clientes e prospects;
4) Precisamos usar o que sabemos sobre nossos clientes e prospects para melhorar nosso processo de venda;
5) Precisamos reduzir o ciclo de nossas vendas e evitar estocagem;
6) Precisamos vender mais de nossos produtos aos nossos clientes;
7) Poderíamos vender mais se nossos vendedores estivessem mais bem preparados;
8) Poderíamos vender mais se nossos vendedores pudessem contatar as pessoas certas nas empresas;
9) Precisamos aprender mais sobre o mercado para que o potencial de nossa equipe seja mais bem aproveitado;
10) Precisamos aprender mais sobre nossos produtos;
11) Nossos vendedores não estão preparados para fazer previsões de vendas para períodos maiores que 15 dias;
12) Nossos clientes costumam encurralar nossos vendedores com freqüência;
13) Costumamos perder oportunidades de negócios porque nosso time de vendas apresenta falhas na comunicação e coordenação de suas tarefas;
14) Os novos vendedores que contratamos se mostram mais informados e têm apresentado desempenhos superiores aos antigos.
Essa mesma técnica pode ser usada para tratar das objeções de vendas e preparar uma matriz com as características e benefícios de nossos produtos que ajudará nossa equipe de vendas na refutação das objeções.
As maiores objeções que os clientes apresentam para compra, normalmente, são:
15) Seu preço ë muito alto;
16) Não estamos precisando de seus produtos;
17) Não temos orçamento para essa compra;
18) Agora não é uma boa hora para comprar;
19) Seu concorrente tem produtos melhores.
A identificação dos problemas e o encaminhamento das soluções vão fazer com que sua empresa tenha mais determinação na conquista resultados melhores.
Você pode mudar a sua empresa, com atitude, portanto mãos à obra.
Uma vez identificado o problema, delineada a solução, ação.
Esteja preparado para pagar o preço, no mundo dos negócios não há almoço grátis!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão EmpresarialAutor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Clique para acessar: Canal de Vídeos de treinamento da Postigo Consultoria
Vista a camisa verde amarela de sua empresa Trabalhe com dedicação para a construção do futuro É lá que você viverá todos os dias de sua vida
A mágica do estabelecimento dos preços de venda
Esse assunto, formação do preço de venda, dependendo da forma como for tratado, como se diz popularmente, vai longe!
Grosso modo somaríamos todos os custos para obter um produto e deixá-lo em condições de venda, agregaríamos os impostos, o lucro desejado e os custos do frete para entregá-lo, se fosse o caso, pronto ai está o valor, como num passe de mágica!
Uma operação aritmética que pode ser feita num simples papel de rascunho com o lápis retirado de trás da orelha?
Esse tempo já vai longe!
Ao estabelecer seus preços de venda uma empresa pode fazê-lo com base numa série de objetivos:
-Para ter lucros satisfatórios;
-Para maximizar os seus lucros;
-Para obter a taxa (interna) de retorno desejada de seus investimentos;
-Para conseguir maior participação em volume no mercado;
-Para ter maior participação monetária de faturamento no mercado;
Ou pode, ainda, acompanhar o preço da concorrência para manter seus status no mercado, contudo há que se perguntar sempre:
“Isso é tão simples assim, então porque há tanto debate sobre preço?”
Você já parou para pensar que normalmente numa empresa quem produz não é quem estabelece o preço e quem estabelece o preço não é quem vende?
Numa ponta um diz: – Você gasta muito para produzir!
Na outra, vem a resposta: – Você é que não se esforça para vender!
Que debate produtivo e sadio não?
Não é tão exagerado assim, mas é quase isso!
Preço, o que é preço?
Preço é aquilo que se dá em troca de um bem ou serviço. Normalmente consideramos a troca de bens por dinheiro, mas não precisa necessariamente ser dessa forma.
Poderia ser a troca de um bem por outro, mas não vamos complicar, sigamos o caminho tradicional.
Preço está relacionado com valor, por isso preço quer dizer uma coisa para vendedor e outra para comprador.
Para o vendedor é uma receita, para o comprador um custo.
Os consumidores querem sempre obter preços razoáveis, então preços significam percepções razoáveis de valores.
Filosoficamente? É, pode ser!
Os preços para serem aceitos têm que estar alinhados com os objetivos de consumo e os valores percebidos pelos consumidores.
Vendo essa questão dessa forma nota-se que em muitos casos há mais a influência de fatores psicológicos que aritméticos, matemáticos e financeiros.
Quer um exemplo?
Obras de arte, jóias, produtos de grife, e por ai vai!
Ao analisar as formas de estabelecer os preços de seus produtos não deixe de pesquisar os valores que os consumidores atribuem a eles.
Não adianta ficar reclamando que seus produtos são melhores que os dos concorrentes, mas vendem menos.
Você precisa trabalhar a imagem, a visibilidade destes no mercado e estabelecer preços que vendam e tragam lucros.
Ainda não sabe como?
Fale com um especialista!
Um minuto, vamos colocar esta questão da forma correta: “Ouça um especialista!”.
Falar, certamente você já falou bastante, mas os resultados não estão aparecendo!
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
www.postigoconsultoria.com.br
“Quando a sorte me procura ela sempre me encontra trabalhando“
Aprendendo com o aprendiz
Nunca sabemos tudo, sempre há algo que desconhecemos. Percebo que minha ignorância aumenta com o aprendizado.
Quando me ouviu dizer essa frase, um amigo me olhou muito sério e disparou: – Bebeu? E, claro, tive que aguentar as provocações, pois me dizia, sem parar: – conhecimento deixa culto e não “curto”.
Hoje eu rio, quando me telefona contente com novos aprendizados e diz: – Fiquei um pouco mais ignorante esta semana!
Qual a origem desse nosso conceito ou dessa maluquice, se preferir?
A ignorância, enquanto não percebida e reconhecida, não é ignorância.
Ignorar é não ter conhecimento, não saber. Ora, se não sei que não sei, como posso ser ignorante?
Conceito certo ou errado, contestado ou não, é brincando que tratamos essa questão. Não dizemos vou aprender, mas vou aumentar minha ignorância, pois quanto mais descobrimos, mais nos damos conta que menos sabemos.
Há poucos dias o encontrei e vi que íamos conversar bastante. Estava eufórico e me perguntava se estava com tempo.
Gosto de vê-lo assim, entre as boas coisas da vida, uma delas é curtir o sucesso dos amigos.
Saiba que os filhos dos amigos serão amigos de seus filhos e o ajudarão a educá-los. Ainda que você não perceba.
Vamos abrir um parêntesis, pois essa é uma questão importante.
A relação pais-filhos, sempre é complicada, mesmo que você deposite ali todo amor do mundo. Não é sempre que suas recomendações serão ouvidas e aceitas, naquele momento. Às vezes, é necessário um tempo para que sejam recebidas, ruminadas e absorvidas. Você, se me disser que nunca contestou seus pais, ou se reprimiu ou mentiu!
Rebeldia sempre fez parte do desenvolvimento do jovem, levar nossos conhecimentos e experiências a eles requer sabedoria.
Uma delas é que você deve ser amigo do melhor amigo dos seus filhos. Todo conselho que der a ele certamente chegará aos rebentos. Pronto, fecha parêntesis. Voltemos ao nosso assunto.
De onde vinha a empolgação?
Eu sabia que eles haviam passado por um período de muito trabalho reorganizando a empresa, e que depois sempre vem a ressaca. Algumas pessoas diriam bobagem! Agora você está tranquilo, pode tirar umas férias, sair mais cedo, mas não é assim que as coisas funcionam para algumas pessoas. A falta de um exercício intelectual um pouco mais dinâmico deixa a sensação de vazio. Isso passa, basta estruturar um novo projeto. Esse meu amigo é assim e eu o entendo.
Qual era a novidade? Um aprendiz. Havia contratado um jovem que, como dizia ele, estava na fase dos por quês?
Ora, uma pessoa perguntando o tempo todo irrita, diriam muitos. Depende, diria ele.
Quando a pergunta o leva a descobertas, principalmente em que as soluções implantadas são tidas como certas e definitivas é muito interessante. Afirmava, entre uma história e outra: – Esta pessoa está me levando a entender a arte de fazer perguntas.
Com isso estou descobrindo que perguntas certas são mais importantes que as respostas. Estas saem naturalmente. Isso não é novidade para mim, já li muito a respeito, mas ainda não tinha experimentado esse fato.
Adicionamos à nossa organização uma competência muito interessante que jamais tinha imaginado: Aprender com o aprendiz!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
www.postigoconsultoria.com.br
Cálculo do preço de venda – Um assunto negligenciado
O desenvolvimento das profissões e a qualidade dos profissionais estão na razão direta de seu exercício e aplicação. Não há mistério, nem novidade nessa afirmação, correto?
Temos lido matérias que tratam da carência de profissionais de contabilidade experientes. Isso já era esperado. A queda da inflação e o desenvolvimento dos ERP –
Sistemas de gestão integrados – já sinalizava para a consolidação dos fatos.
As empresas multinacionais sempre foram grandes formadoras de profissionais nessa área, com seus controllers e auditores. Treinamentos intensivos eram oferecidos para que o correto tratamento fosse dado aos balanços com suas correções monetárias, conversões para moeda estrangeira, exercício do custo-padrão e adequação à legislação local.
Com a evolução do ERP e mudanças nos conceitos de conversão de balanços, os dados podem ser digitados no sistema de gestão e as análises e fechamentos mensais podem ser preparados na matriz. Já não há necessidade de entendimento de uma cultura altamente inflacionária que dominávamos com maestria.
Quando os sinais de redução da nefasta inflação eram evidentes, líamos que agora sim poderíamos desenvolver nossos sistemas de cálculos de custos e acompanhar os resultados das empresas de forma efetiva, sem a nebulosidade causada pelas variações nos índices de preços. Aos mais atentos essa questão tomaria outro caminho.
A raiz de gestão das empresas nacionais é o fluxo de caixa e não os balanços. A nossa cultura, assustada com o débito e crédito, aspecto que ainda coloca uma negra nuvem sobre o assunto, não motiva o uso dessa extraordinária ferramenta de condução dos negócios.
Tenho visto que mesmo as projeções de caixa, como ferramenta de gestão, têm sido negligenciadas. Felizmente as folhas, preenchidas a mão, com muitas colunas e linhas, que demandavam somas cruzadas para termos certeza que “batiam”, foram substituídas pelas planilhas eletrônicas. Infelizmente os planejadores foram substituídos pelos planilhadores. O trabalho ganha velocidade e perde em essência e substância.
Custo padrão, sistema de custeio por absorção, sistema de custeio variável e todas suas variantes, análise das margens de contribuição, como ferramentas para estabelecimento de preços de venda, são assuntos que não recebem a devida atenção.
Temos uma máxima em gestão: “O preço é estabelecido pelo mercado”. É verdade que a oferta e procura determinam seu balizamento? Sim, contudo há alguns aspectos a considerar.
Estamos falando de produtos tratados como commodities ou de produtos exclusivos, cuja marca é altamente valorizada? Ora, quem quer uma Ferrari não encontra concorrente! A procura não é por semelhantes, mas pelo produto original. Assim vamos encontrar muitos exemplos.
Por outro lado, há os produtos que podem ser substituídos, ponto em que a concorrência é mais feroz e os preços sofrem maior impacto.
Qual o valor das técnicas para determinação do preço de venda se estamos falando de mercado?
No mínimo, saber até que ponto a empresa pode elevar ou reduzir os preços sem prejudicar o resultado ou, quem sabe, alavancá-lo!
A relação maior volume menor custo é indiscutível, portanto esse é um exercício que precisa ser feito.
Vejo produtos nos estoques da empresas amarelando, cobertos de pó, e quando pergunto por que já não se livraram destes, a resposta é que o mercado pagaria muito pouco. Ora, muitos no estado que estão já não valem nada.
Tivessem elaborado alguns cálculos teriam percebido que se ganhos não pudessem ser obtidos, as perdas pelo menos seriam minimizadas.
Vou dar um exemplo ao qual você dirá: – Não é possível, você está enganado!
Essa foi minha conclusão quando me deparei com o material no estoque, por isso procurei confirmação de várias formas.
Os produtos estavam mal acondicionados e sem qualquer possibilidade de venda há muito tempo. Sua data de fabricação constava como há 14 anos. Um dos gestores ainda tinha esperança de vendê-lo, pois na época fora um produto muito caro para fabricar.
Voltemos ao nosso assunto. É importante destacar que o custo fixo estará sempre lá. Venda você ou não, produza ou não. Entender o que é e como pode ser pago é uma das grandes contribuições que o exercício de cálculo das margens de contribuição oferece.
Em um mundo onde a concorrência é massificante e as ofertas são cobertas em “leilões diários”, é necessário saber nossos limites.
Quando o profissional de vendas pergunta ao seu gerente e este ao gestor responsável pela de formação de preços qual o menor valor que pode ser praticado para não perder o pedido, o tema vira dilema. O “homem dos preços” nunca foi ao mercado e o gerente de vendas nunca analisou os custos.
O foco do debate, nesse momento, não são os valores numéricos, mas os valores da razão.
Um diz “vá ao mercado e veja o que a concorrência está fazendo”, o outro responde “sente aqui na minha mesa e veja se consegue reduzir os custos”.
Isso poderia e deveria ter sido dito antes daquela visita do vendedor. Com ambos os gestores visitando o mercado e envolvidos nos cálculos de custos e margens, com as questões estudadas à exaustão.
Quando as coisas não funcionam e vendas são perdidas precisamos de um culpado.
Seria o vendedor que não teve competência para convencer o cliente, ou o gerente que se mostrou fraco na negociação interna, ou quem sabe o gestor responsável pelo cálculo dos preços que se mostra insensível aos apelos?
Nem um nem outro. A culpa é de todos nós que alimentamos uma cultura que não prima pela investigação, estudo e análise de uma questão fundamental que é a formação do preço de venda.
Ora, diriam alguns, esse é um problema da contabilidade! Não, isso é um problema dos gestores. A contabilidade é um recurso que oferece ferramentas para ajudá-los a entender essa questão e tomar decisões.
Imagine se você fosse extrair um dente e por alguma razão percebesse que teria uma parada cardíaca e o dentista lhe dissesse:- Isso é com o cardiologista, meu negócio é a extração. Caso saísse vivo dessa aventura ainda voltaria a esse consultório?
Certamente que não e ainda recomendaria uma série de treinamentos ao profissional.
Caro gestor, sua empresa também pode ter uma parada cardíaca se o fluxo de recursos, que passa pela determinação das margens de contribuição, não for suficiente para mantê-la funcionando.
Lembre-se que Margem de Contribuição não é um conceito isolado, mas um dos componentes dos sistemas ou métodos de cálculo do preço de venda.
Eu acho que esse assunto está merecendo um pouco mais de atenção, e você o que pensa?
Ivan Postigo
Diretor de Gestão EmpresarialAutor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
www.postigoconsultoria.com.br
Análise do preço de venda e da margem de contribuição – A continha que preserva e gera empregos
O estabelecimento do preço de venda é uma decisão estratégica para conquista de mercado e geração de margens que permitam a sobrevivência da empresa e seu crescimento.
Quando esta frase foi aprovada pelo grupo que debatia a questão e queria uma definição para abrir a apresentação da próxima reunião, eis que um dos integrantes, sempre crítico e pouco a vontade nesse tipo de reflexão, disparou: – Descobrimos a pólvora!
O coordenador da reunião olhou-o durante algum tempo e quando percebeu que este havia ficado sem jeito perguntou: – Sendo esta uma questão óbvia e fundamental no processo de condução empresarial, porque nossos gestores encontram dificuldades para estabelecê-lo?
Depois de várias explicações, às quais ninguém comentava e contestava, o critico calou-se. Nesse momento, o coordenador falou: – Porque nossa pólvora, por mais que tentemos, não está pegando fogo. Preço tem que gerar resultado e não barreira.
O processo custos–preços é dinâmico, portanto não pode ser resolvido por simples equação aritmética.
É necessário conhecer as técnicas contábeis, o processo produtivo e suas interações de valor, o potencial de mercado e barreiras levantadas pelos concorrentes, a aceitação ou rejeição de ações promocionais, o ponto de equilíbrio empresarial, entre outros detalhes estratégicos.
São aspectos que dificilmente são dominados por um só profissional, demandando o desenvolvimento do trabalho em equipe. Situação poucas vezes vista.
O debate, depois de estabelecido os preços, coloca como opositores gestores comerciais e financeiros que não conseguem chegar a um denominador comum nas operações diárias. Isso, quando não gera reflexos para os gestores industriais.
Um aspecto importante, nem sempre observado, são as margens de contribuição. A margem de contribuição total, que leva em conta a margem de contribuição unitária e o volume vendido, é mais importante no processo de análise do que a unitária, mas a unitária é que recebe maior atenção. Quando e se for analisada.
Com certa frequência, os custos fixos, rateados de forma inapropriada, provocam distorções no estabelecimento dos preços, fato que leva à perda de mercado.
Surge então uma pergunta: Por que nosso concorrente consegue vender os produtos por preços menores que os nossos se temos empresas semelhantes?
Essa pergunta alguns, assim, respondem: – Porque não sabem o que estão fazendo.
Ora, um olhar crítico nos leva a observar que essa ação não é recente e mais, estão investindo e não há sinais de problema. No mínimo escolheram caminhos que permitiram assertividade nas ações.
Frequentemente constatamos que de fato haviam entendido o processo, e a eficácia permitiu que melhorassem a eficiência, com isso estabeleceram preços extremamente competitivos. Não porque as continhas fizeram milagres, mas por que estas os orientaram na implantação de uma política comercial que levou a empresa abocanhar uma fatia maior de mercado.
O processo de estabelecimento do preço de venda é sempre acalorado. Em desses momentos uma pessoa nos dizia: – Façam as contas que quiserem, mas o preço final tem que ser justo. Interessante esse conceito, afinal todos nós queremos ser recompensados pelos nossos trabalhos e disposição de correr riscos.
Depois que já tínhamos chegado a um bom termo o sócio lhe perguntou: – Você acha esse preço justo?
Ele olhou, fez alguns cálculos e respondeu: – Creio que sim.
Ouviu em seguida:- Comparado a que? A mim não agrada, mas é o preço que nossas especulações apontam ser possível vender um bom volume de produto e que deixará uma margem, se não excelente, interessante. Não tivéssemos capacidade ociosa eu não investiria em equipamentos para produzi-lo!
É fundamental ter em mente que mais importante que o preço justo é o preço certo.
Certo de que é um modo justo de ser competitivo e permanecer no mercado!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
www.postigoconsultoria.com.br
Não adianta dar descontos se o preço não for certo
Gestores, quantas vezes me dizem que concederam descontos e mesmo assim não venderem mais. Há aqueles que conseguiram aumento de volume, mas afirmam que estes não foram suficientes para compensar as perdas no faturamento devido a redução no preço.
Uma vez questionados como o desconto foi concedido, a resposta mostra que se aplicou uma redução na tabela. Tabelas. Famosas e discutidas tabelas, tão necessárias e debatidas.
Próxima pergunta: Por que os descontos foram aplicados, ou por que a tabela de preços foi reduzida?
Ora, para vender mais!
Claro, lógico, mas quem e quanto as pessoas comprariam mais com essa redução?
A expectativa era de que todos os clientes comprassem!
E quem disse que a redução seria um incentivo?
Nós pensamos, imaginamos, acreditamos… E por ai vão as explicações.
Você já ouviu esse diálogo? Com certeza, a não ser que não tenha qualquer envolvimento com resultados, vendas ou formação de preços.
Como formamos nossos preços? Com base nos custos, acrescentado um percentual de lucro, uma margem ou um markup.
Quando comparamos nossos preços com o mercado que referências usamos? Concorrentes e principais competidores, nos locais de maior representatividade ou clientes mais importantes.
Quando seu produto é líder e tem a marca reconhecida, seu poder de manobra com descontos é significativo, mas e quando ele é apenas a quinta marca?
Usamos quinta marca dentro do seguinte conceito: As empresas cotam e compram com frequência três marcas. A quarta é um substituto eventual, sendo escolhida por oportunidade, preço reduzido, como complemento de um processo, como alternativa. E a quinta?
A quinta surge como opção bastante remota, como teste, como produto em observação.
O desconto nesses casos, ainda que necessários, não são determinantes.
Há uma expressão difícil de digerir, mas que precisa ser aceita e cuidados devem ser tomados para que nossos produtos não caiam nessa classificação: De graça é caro!
A primeira vez que a ouvi confesso que a ruminei durante muito tempo.
Estava no campo com um vendedor, há muitos anos, e fomos recebidos por um senhor que nem lhe permitiu iniciar a conversa e disparou a frase. Confesso que refleti muito e demorei para retirar o peso das palavras e ficar apenas com os fatos. Assim pude entender.
Recentemente, pensando que não mais iria ouvi-la, eis que um dos vendedores que me acompanhava recebeu-a como resposta à sua proposta de aplicação de descontos.
Vamos aos fatos.
O sócio da empresa, “atravessando” o trabalho do vendedor, foi ao mercado e com o atrativo dos descontos despejou no estoque do cliente um volume absurdo de produtos.
Aquela quantidade de produtos jamais seria vendida, pelo revendedor, antes do vencimento das duplicatas.
O resultado seria o mais óbvio que se possa imaginar: Estoque abarrotado, duplicata vencida e protestada.
Os defensores da esperteza diziam ao vendedor que me acompanhava, quando ele telefonou para informar o que estava acontecendo: – Por que o cliente comprou se sabia que não venderia a tempo?
Ora, qualquer pessoa com um pouco de conhecimento sabia que aquilo não daria certo.
No jogo da esperteza vendeu-se e compraram-se descontos, não produtos, volumes, negócios.
Voltemos ao nosso assunto.
É importante estar atento as razões do desconto, pois podemos estar falando de mercados novos, lançamentos, combate à concorrência, obtenção de maior fatia de mercado, promoção da marca, experimentação, entre outras questões.
O desconto não é ferramenta para empurrar produto, embora exerça bem esse papel.
Reflita comigo: Você dividiu o estado em duas áreas. No leste tem bons clientes que revendem bem seu produto, no oeste a coisa não vai bem. Outras marcas se firmaram e não lhe dão espaço. Onde você precisa aplicar os descontos, nas vendas do leste ou do Oeste?
Outra questão:
O norte do país não tem o mesmo poder de compra do sul, mas mesmo assim é lá que você tem conseguido seus melhores resultados. Onde deveria aplicar os descontos no norte ou no Sul?
Uma resposta rápida seria no sul. A pergunta seria por quê? Certamente ouviríamos para poder entrar nesse mercado e também vender mais.
Um estudo cuidadoso poderia nos mostrar que um investimento em mídia, para dar maior visibilidade e consolidar a marca, nos permitiria vender com preços maiores e, consequentemente, melhores margens no sul, e mais, uma política de descontos para o norte levaria a um aumento de volume. As margens unitárias seriam reduzidas no norte, mas a margem total seria beneficiada.
Descontos não devem ser concedidos sem negociação e cuidadosa observação dos objetivos a serem alcançados, estes também são elementos estratégicos de venda.
Um amigo pechinchava na compra da tralha para pesca, achando os preços caros, e o vendedor disse: Pense um pouco, veja com carinho o material que está levando e vai concordar comigo que o preço está muito bom.
Ele olhou para o vendedor e perguntou: Sinceramente, se você estivesse deste lado, você pagaria esse preço
Ele riu e respondeu: – O peixe escolhe a isca, mas cabe a você decidir que peixe quer pescar.
No fundo ele sabia que o material era excelente e também não estava disposto a fazer mais pesquisas do que já tinha feito. Comprou e saiu feliz.
Meu amigo, rindo, me disse: – O vendedor sabia exatamente que peixe estava na ponta da linha e que tinha a isca certa.
Aprendi mais sobre preços e descontos do que sobre tralha. Pesca em alto-mar não é meu forte.
Um aspecto importante em vendas não é apenas quem você quer conquistar, mas o que quer conquistar.
Algumas conquistas dependem de descontos, outras de investimento em vitrines, expositores, mídias, e se estes forem aplicados indiscriminadamente suas chances de ter recursos para investir em visibilidade serão reduzidas.
Antes de pensar em descontos pense no preço certo, ainda que para isso tenha que aplicá-lo!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão EmpresarialAutor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios
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Uma lição sobre concorrência: O vagalume e o lampião
Perguntava o presidente da empresa ao gerente comercial: – Quem são nossos concorrentes?
Este respondia: – São os Demolidores S.A. e os Esmagadores Ltda.
– Quem mais? Insistia o presidente.
O gerente pensou, pensou , murmurou nomes e voltou a destacar as duas empresas.
O presidente disse, vou lhe fazer uma nova pergunta: – Quando visitamos nossos clientes e essas empresas também o fazem, os clientes olham os nossos produtos e os deles para tomar uma decisão, ou compram primeiro os deles?
Continuava: – Caso os contatemos para marcar uma visita eles nos receberão antes ou os atenderão e depois nos darão atenção?
O gerente um tanto constrangido respondeu: – Certamente eles terão prioridade, pois têm maior penetração no mercado.
Ora, disse o chefe, quem sabe um dia, mas neste momento nossa preocupação deve ser com aqueles que são nossos adversários diretos e que podem nos tomar espaço. Estando no meio do pelotão em uma maratona pouco me importa quem está na ponta, preciso superar aqueles que me cercam.
Sabia ele que o prestígio dessas renomadas organizações fazia com que todos no mercado as tivessem como um exemplo a ser seguido, copiando-as em todas as ações, fato que não as destacava.
Por que lançar produtos semelhantes e, ainda, tentar cobrar o mesmo preço se ninguém compra uma cópia pelo preço do original?
Conversando sobre esse assunto no jantar, no dia anterior, com os familiares, ouviu de um tio já aposentado, que fora educador, a seguinte história:
Numa pequena cidade, uma família mantinha um sítio para passar as férias. As crianças à medida que cresciam desbravam as áreas em volta, até que descobriram um vagalume.
O bichinho muito esperto notou que era alvo de atenção e voava por todos os lados, levando consigo as crianças que se maravilhavam com sua luz e peripécias.
Notou o vagalume que ao seguirem para o campo para vê-lo as crianças carregavam uma forte luz, a qual o incomodava, por ter um brilho maior que o seu. A princípio lutou contra aquele sentimento, afinal ao encontrá-lo a garotada abandonava a luz e o seguia. Este fazia o que podia para afastá-las daquele indesejado “ser” luminoso, mas sempre que se distanciavam estas o carregam consigo até encontrá-lo novamente.
Evitando que suas luzes fossem comparadas não se aproximava e preferia ficar em lugares onde seu brilho pudesse ser notado. Sempre arquitetando um jeito de por um fim naquela situação.
Para sua ira, a petizada sempre voltava para casa levando consigo seu desafeto. E pior, o carregavam para dentro, enquanto ele se sentia abandonado do lado de fora.
Quando iam dormir, apagando todas as luzes, rodeava a casa, esperando uma oportunidade para atacar o rival desprevenido.
Imaginava que este tivesse medo e percebendo sua aproximação se escondesse, afinal jamais vira a luz brilhando lá dentro.
Uma noite, céu limpo e estrelado, ao voltarem para casa, as crianças encontraram os pais na porta. O casal disse para irem para a cama, pois já era tarde, e pediram o lampião emprestado.
Caminharam alguns passos, sentaram em um banco e ficaram observando um céu que jamais haviam imaginado existir.
Depois de longo tempo, corações e almas em paz, com aquela benção, caminharam lentamente em direção a casa falando sobre cada detalhe que tinham observado e se esqueceram do lampião no banco ao lado.
O vagalume não perdeu a oportunidade, talvez não tivesse outra.
Lançou-se contra a luz para mostrar quem mandava naquele “pedaço”.
Pela manhã, o combustível tinha acabado e com ele se fora a chama.
Uma leve brisa devagar empurrava, pouco a pouco, o vagalume sem vida para o gramado.
O pai ao se levantar lembrou-se do lampião e preocupado com algum acidente foi apanhá-lo. Ao ver o vagalume caído ao lado pensou: – Que pena, deve ter sido atraído pela luz e maravilhado aproximou-se, queimando-se.
Após contar a história nos disse o presidente: – Ao ouvir com insistência que essas empresas são nossas concorrentes me senti como o vagalume me atirando nas chamas do lampião. Precisamos aprender a atrair as pessoas também com nossas luzes.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão EmpresarialAutor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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Marketing Emocional: Um resgate dos valores do homem
Depois de anos de propaganda afirmando que os homens seriam substituídos pelos computadores, nos voltamos às nossas origens e percebemos que tudo pode ficar obsoleto, menos o homem e seus sentimentos. Reflexões nos têm levado ao resgate de valores.
Talvez umas das profissões mais ameaçadas, conceitualmente, fosse a de vendedor.
É verdade que muitos produtos hoje são comprados pela internet, mas passada a febre do automatismo, percebemos que do outro lado da linha, em um fone ou telinha, está o homem.
A grande prova dessa necessidade de contato está nas mídias sociais. A princípio como forma de divulgação, mas cada vez mais como recurso de aproximação.
Não precisamos da proximidade física para ter amigos. Aceitos ou rejeitados num clicar de tecla. Sem magoas, rancor, explicações.
Ah, se gosto passo horas conversando, teclando, descobrindo, aprendendo…
Neste louco mundo o carinho vem sendo resgatado. A busca e o oferecimento de atenção desafiam a velha lógica e cria um novo ambiente. Papel e tinta trocados pela tela não reduzem a expressão de afetividade. A velocidade e facilidade da internet estreita as relações, ainda que não aproxime as pessoas. Interessante, estranho e impensado não?
Intrépidos e curiosos desenvolvemos a confiança, muitas vezes sem imagens, rostos e toques.
Quem nos aproxima? Uma fera já domada, a sempre misteriosa e inovadora internet com suas mídias sociais.
Novo mundo, mundo novo. Criando relações que conduzem a descobertas, revelam segredos, escondem e espalham notícias. Como viver neste plural ambiente? Ensinado, aprendendo a desaprender e se renovando!
Relações sociais criam campos férteis. Abrem caminhos, preparam trilhas, oferecem oportunidades.
Com boas relações plantamos. Com boas relações colhemos os frutos de uma vida de sucesso!
Boas relações estabelecem referências, consolidam amizades, proporcionam oportunidades de trabalho, lançam marcas, dão brilho às estrelas.
As relações entrelaçam os elos das correntes, trazem segurança, criam pontes
As relações sociais dão um colorido à vida, afastam as sombras…
Boas relações oferecem mãos que batem e abrem portas
Os desafios da vida podem apresentar barreiras aparentemente intransponíveis. Questões fáceis de perceber, mas difíceis de resolver.
Lembre-se que você é único, seu potencial infinito, desenvolve-lo uma grande missão. Associado aos demais das relações sociais poderá obter milhares de possibilidades de soluções.
Quaisquer que sejam as dificuldades podemos superá-las com interação social. A palavra “só” se torna mútua e o sucesso só depende de todos nós.
Três perguntas podem ajudá-lo a romper barreiras:
1) O que o destaca no mercado e nas suas relações sociais que é valorizado? Potencialize!
2) O que precisa ser entendido e você ainda não percebeu? Ouça as pessoas e aprenda!
3) Como você pode contribuir para o sucesso da sua empresa e carreira? Não procrastine!
Sucesso sempre traz riqueza e esta bem estar!
Dinheiro, quando não traz felicidade diminui , sobremaneira, a infelicidade.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão EmpresarialAutor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios
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Faça suas projeções com o Simulador de resultados econômicos
Você está analisando o resultado de sua empresa. Seu Mark Up é 2,5, paga comissões de 8% aos seus vendedores e tem um lucro final de 5%.
Num dado momento entra em sua sala um colega de trabalho, com o qual você sempre debate os resultados, e lhe diz:
– Fiquei sabendo que nosso concorrente vende um volume 60% maior que o nosso. O programa de controle fabril que implantaram permitiu que reduzissem os custos dos produtos em 6%. Suas despesas fixas, pelos meus cálculos, superam as nossas em 15%, e, para atrair os melhores vendedores, pagam comissão de 12%. Eles estão obtendo um lucro de 10% sobre o faturamento, o dobro do que temos conseguido.
– Precisamos entender esses números e fazer algumas simulações. Seus preços pelo que tenho pesquisado são menores que os nossos, será isso possível? – continua – Sei que, apesar de terem custos menores, aplicam um Mark Up menor que o nosso também!
– Como podemos desenvolver esses cálculos para comparar com nossos demonstrativos de resultados? – pergunta.
Um diálogo comum no dia-a-dia de um gestor. Este, muitas vezes, não encontra tempo para desenvolver uma planilha para rápidas simulações.
Pensando nisso, a Postigo Consultoria coloca a sua disposição um simulador simplificado, que lhe permitirá fazer alguns estudos e projeção de cenários.
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Ivan Postigo
Diretor de Gestão EmpresarialAutor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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Você tem dificuldades para calcular metas e cotas de vendas?
Cálculo de Prospecção de Clientes para Metas e Cotas de Vendas
Dois obstáculos precisam ser superados pelas empresas no processo de crescimento: volume e valor de faturamento.
Essa tarefa, necessariamente, leva em conta o trabalho dos vendedores e, consequentemente, suas metas de vendas. Cada profissional, de acordo com sua área de trabalho, está encarregado de uma cota.
A complexidade está exatamente na divisão das responsabilidades de forma que possam ser alcançadas. O objetivo deve ser factível e motivador, e a base é o potencial ainda não explorado da área.
Metas impossíveis de serem atingidas desmotivam, provocam descontentamentos e perda de profissionais.
Para estudo desse assunto a Postigo Consultoria coloca à sua disposição a planilha de Cálculo de Prospecção de Clientes para Metas e Cotas de Vendas.
Para estudo desse assunto a Postigo Consultoria coloca à sua disposição a planilha de Cálculo de Prospecção de Clientes para Metas e Cotas de Vendas.
Veja imagem e link de acesso http://www.postigoconsultoria.com.br/produtos.asp?id=11&si=0&ola=0
Quando você sabe em que negócio está o sucesso não é resultado do acaso.
Sucesso sempre!
Ivan Postigo
Diretor da Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendasFree e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
www.postigoconsultoria.com.br Um país se desenvolve com educação para gestão. Educação gera competência; Competência conduz à excelência administrativa; Excelência administrativa à um futuro melhor.
O sucesso é reservado à marca que marca
Nosso sangue ainda não ferve quando falamos em marcas. Matérias sobre o valor econômico das estrelas evidentemente que chamam nossa atenção, mas não são suficientes para que tracemos planos para repeti-las.
Será que é por que nosso mercado não teria potencial para sustentá-las? O público consumidor não lhes daria a devida atenção? Não pagariam seu preço?
Quem sabe não desenvolvemos essa cultura e por isso não trabalhamos o conceito!
Conclusões à parte, o fato é que, como diz um amigo sobre esse assunto: Só marca o que marca! No mundo, está mais do que provado que Marca é poder, gerado simplesmente pelo poder da marca.
Qualidade de produto é um fator indiscutível, mas há que se reconhecer que o mercado está saturado e identidade reconhecida tem, efetivamente, gerado diferenciação.
Algumas marcas valem, efetivamente, mais do que todo ativo tangível – bens físicos – da empresa.
Esta, de acordo com o status obtido, presta alguns serviços aos negócios, mas quais seriam eles?
Status alcançados Marcas reconhecidas
Posicionam empresas e produtos acima do limite de saturação de mercado e de mídia, induzindo o consumidor à sua escolha. Nesse estágio as empresas ainda têm muito trabalho a fazer para a consolidação.
Marcas respeitadas
Contam com a preferência do consumidor. Ao se deparar com opções estes tendem a escolhê-las.
Marcas exigidas
Nenhuma outra marca atende as necessidades do consumidor. Há a fidelização e serão procuradas, ainda que opções sejam apresentadas. Esta chegou ao nível de excelência.
As pessoas as procuram, dependem e nelas se apóiam.
Serviços prestados
• Atração de novos clientes
• Recuperação de clientes inativos
• Fidelização, amplitude de negócios com os já existentes
• Facilidade para introdução de novos produtos
• Maiores preços de venda
• Vendas complementares
• Referências positivas
• Propaganda boca a boca
• Criação de barreiras e afastamento dos concorrentes
Sendo algo tão importante, provavelmente, construir uma marca não deve ser algo simples? Efetivamente não!
Há a fase de construção da identidade, que é aquilo que a empresa pretende que ela seja com as mensagens que envia aos clientes.
Do outro lado há a percepção dos clientes, com a imagem criada, fruto da interpretação das mensagens.
A confiança, preferência ocorre quando há interação entre a identidade projetada e a imagem formada.
Minha opinião é que melhores resultados colhem as empresas que são capazes de fazer com que suas mensagens criem um espaço na mente e um lugar no coração.
Um espaço na mente permitirá que sejam lembradas, um lugar no coração que jamais sejam esquecidas.
A construção das marcas é um processo carregado de emoção, aspecto que realmente toca as pessoas.
A sutileza é que a racionalidade está no reconhecimento da motivação pela emoção.
Que desejos a marca deve criar e que necessidades deve atender?
Marcas precisam de cuidados, estas também envelhecem e são superadas, contudo enquanto estiverem em evidência terão sucesso reservado!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão EmpresarialAutor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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Vista a camisa verde amarela de sua empresa Trabalhe com dedicação para a construção do futuro É lá que você viverá todos os dias de sua vida
Sua empresa já iniciou os debates para desenvolvimento dos projetos para 2.011?
O cenário mostra que em muitas organizações diretores, gerentes, supervisores e os demais membros da equipe estão trabalhando neste momento para que os resultados possam, pelo menos, se aproximar das metas no último trimestre, uma vez que os objetivos globais não poderão ser atingidos.
Os questionamentos seguem duas vertentes: O desempenho foi ruim ou as metas é que foram exageradas?
Para entender como foram traçados os planos não é necessário muito tempo. Todos preparados no apagar das luzes de 2.009, sem debates e pro-forma. Ocorre que ao observarem reais oportunidades no decorrer do ano investiram, mas sem que a exploração tivesse sido adequadamente planejada.
Uma entrevista com os gestores mostra que todos os anos a situação é a mesma. Entraram em um círculo vicioso que não conseguem romper.
Para muita delas, setembro é um mês importante para reflexões e debates. Um momento para a direção da empresa definir os rumos da organização, avaliar os resultados, observar criticamente o mercado e desenhar cenários mercadológicos.
São as definições globais que permitirão aos gerentes refletirem sobre seus objetivos, estabelecerem seus compromissos e analisarem os recursos que necessitarão para exploração dos novos cenários. O mês de outubro deve ser dedicado a essa tarefa.
Em novembro prepara-se o plano anual com todos os demonstrativos econômico-financeiros que são colocados para análise crítica e tomada de decisão.
Dezembro é o mês para divulgação e preparação para o lançamento. Feiras já deverão estar programadas e os materiais e stands definidos.
Todos os cenários merecem uma rigorosa avaliação, pois demandam investimentos, disponibilização de recursos, importações, compra de equipamentos e preparação do plano de contratação e treinamento.
Janeiro de 2.011 não é um mês para debates, mas para ações efetivas, com o planejamento estruturado e as táticas entendidas. É o mês para implementação.
Iniciar os debates em setembro permite, no mínimo, desenvolver contatos para contratação de profissionais e cotações de equipamentos e materiais que poderão integrar a expansão da organização.
Adiar essas tarefas é a garantir a manutenção do círculo vicioso. Rompê-lo não é tarefa simples.
Estudiosos afirmam que nas empresas não faltam planos, mas efetivas ações de implementação. Por que isso ocorre?
Simplesmente porque dedicamos pouco tempo para reflexão e desenvolvimento das táticas. Planos devem ser mais do que um pacote de boas intenções.
Neste momento, vendedores que completam o ciclo de giro em suas áreas em 45 dias terão mais duas oportunidades para obter resultados. Aqueles que não atingiram suas metas deverão repensar suas ações e buscar apoio e orientação para o próximo ano. Seus gerentes devem se concentrar nas avaliações para que possam ajudá-los nas correções.
Reflexão é fundamental para corrigir erros e potencializar os acertos. Organizações são reativas, copiam a acompanham as vencedoras, dessa forma ações que geraram resultados este ano poderão não contribuir da mesma forma em 2.011.
Em mercados altamente competitivos a manutenção do sucesso está na capacidade de seus gestores tornarem suas próprias organizações obsoletas e no desenvolvimento de trabalhos de prospecção de clientes e oportunidades de negócios.
Esteja certo de que se você não o fizer alguém o fará.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão EmpresarialPostigo Consultoria Comunicação e Gestão
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Vida de palhaço
Você conseguiria viver sempre desempregado?
Saiba que em algumas profissões esse fator é constante. Todas em que os trabalhos forem cobertos por um contrato a fase operativa terá começo e fim.
Uma em especial, na classe dos atores, eternos desempregados, merece nossa reverência: a do palhaço.
A nobreza não reside apenas na profissão, mas, principalmente, na escolha.
Por que alguém escolheria esse caminho difícil, sem garantia de futuro, onde o circo como organização sequer é mencionado como carreira e exemplos em escola de administração?
Algumas escolhas não dependem da racionalidade da mente, nem do bater mais forte do coração, mas do apelo da alma.
Que força maior é essa que leva o homem a abraçar essa missão, sem que dela se afaste, ainda que o dinheiro pouco veja?
Alma de artista!
O doce veneno da arte envenena o sangue e o faz ouvir e ver o que outros não podem.
Para o palhaço o aplauso é importante, mas o riso…ah, o riso! Fundamental e necessário!
Fazer chorar não é difícil, mas com que mágica nos arranca sonoras gargalhas?
Olhe, veja, o público ri enquanto o palhaço chora e apanha!
O ator palhaço, homem empresário, carrega consigo sua empresa, instalando-a onde encontrar um terreno baldio. Inicia sua propaganda e faz sua prospecção.
Lonas estendidas, tendas armadas? Respeitável público…
Viva, hoje teremos espetáculo!
Muitas cores, músicas e risos. A casa não está cheia, mas que tal um pesquisa?
Que público é esse que o circo atraiu? Ora, crianças de todas as idades, de alguns dias até aquelas que têm mais de cem!
Encerrado a última sessão hora de fazer as contas. Alguém ai viu a planilha de custos?
Planilha de custos? Interessante, como se faz o controle do circo?
Fluxo de caixa? O palhaço vai fazer isso? Vai ser engraçado, não vai?
Nossa, o palhaço tem cartão de crédito e talão de cheques?
Tem, mas só quando as coisas vão bem!
Hum, mas se o circo não tem clientes fiéis que compram todos os meses, como o palhaço faz as projeções de vendas?
Fácil, ele deixa essa tarefa para o homem da corda bamba!
O controle financeiro é atribuição do trapezista, quando precisa de dinheiro ele dá um pulo nos bancos.
A área de recursos humanos é trabalho dos bailarinos. Errou, dançou!
Que piada sem graça!
Um mundo dividido entre a magia da fantasia e a dura realidade empresarial.
Sorocaba, bela cidade, sempre acolhedora, recebeu sempre com carinho a arte circense.
No nosso bairro, a vila Hortência, durante anos, no mesmo local, lá estava Pedro Osório, o palhaço nhoc-nhoc e índio Ordep, proprietário do Circo Ordep, fazendo a alegria do lugar.
A garotada? Esta corria para, em desfile, sair pelas ruas vestindo os cabeções, ajudando a fazer a divulgação!
Assim como Pedro, outras tantas famílias circenses, pelo que sei, que fazem parte da história do circo no Brasil vivem hoje em Sorocaba e cidades da região.
Quem bom, uma oportunidade para reuni-los e criar a escola da alegria!
Palhaço e empresário, gestor e artista, do escritório ao palco, do caixa às caixas. Risos?
Começou o espetáculo?
Sim, mas para ele nunca termina!
Obrigado Pedro Osório por tantas alegrias!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão EmpresarialPostigo Consultoria Comunicação e Gestão
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Um bando de bravos, um grupo de tolos
Na vida, é difícil dizer quando devemos ser sensatos ou quando podemos ser heróis. Conhecimento, cultura, adição de competências, debates podem nos auxiliar na formação de opiniões, mas nem sempre asseguram a assertividade.
Grandes homens, titãs reconhecemos nos grandes conflitos e nas resistências, assim que fazem história. Servem como exemplos e alertas. E as derrotas?
Bom, essas muitas vezes são esquecidas e os esforços sequer lembrados. A poeira do tempo, que apaga traços do passado e os reais feitos, deixa espaço também para que a imaginação crie lendas que instigarão as mentes dos gênios.
A mente de um homem imaginou Ícaro, este jamais voou. Não sabemos, também, que não tenha tentado.
Insensatos, inconstantes, inconformados, irresponsáveis, quaisquer que sejam as designações, pessoas descontentes com o equilíbrio e a ordem natural provocam o desconforto.
Desconforto que traz desconfiança, medo, crítica e revolução quando se torna óbvio. O obvio é invisível às mentes e olhos despreparados, por isso recurso dos mágicos. Criadores das ilusões, alimentadores das fantasias tão negligenciadas e necessárias.
O incauto com um pouco de gás, calor e tecidos subiu aos céus. Um cilindro com ar o levou às profundezas dos oceanos. Com sutileza desafiou as leis da física com hélices e motores a jato.
Não só rompeu fronteiras como as eliminou. Uns porque muito sabem, outros porque totalmente desconhecem.
O mundo está globalizado.
Enquanto alguns vêem coisas que existem e perguntam por que, eu sonho com coisas que não existem e pergunto por que não? – dizia George Bernard Shaw.
A roda, a luz elétrica, o moinho, o pilão, o sabão, o clip, a cadeira, o talher, pequenas e grandes invenções são resultados de horas de trabalho e reflexões para acomodar o incômodo. Conta a lenda que o fecho eclair ou zíper, como conhecemos, foi imaginado quando a preguiça de amarrar as botas, todos os dias, levou o homem a buscar uma saída mais prática.
Verdade ou mentira, não faltam exemplos nesse sentido.
Estranho, o progresso está no desequilíbrio?
Uma questão interessante para o administrador que busca exatamente dar ordem e equilíbrio às empresas, criando modelos de gestão.
A revolução do pensamento está na capacidade de questionar a coerência, a unidade, provocando a diversidade?
É possível programar a desordem, investir na inconstância, contratar incoerentes e irresponsáveis?
Não, gestão é um processo racional. Sejamos coerentes!
Hum, e se forem gênios e tiverem projetos inovadores permitindo às nossas empresas obter a tão desejada diferenciação e vantagem competitiva?
Que loucura, como apoiar pessoas como essas? Seria um ato de incoerência!
Nesse caso, as idéias e os projetos dando certo e gerando resultados seremos um bando de bravos, ocorrendo o contrário seremos um grupo de tolos.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Autor dos simuladores Simulador de resultados adotando premissas Cálculo de Prospecção de Clientes para Metas e Cotas de Vendas
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Conheça o Programa de Superação de Obstáculos de Crescimento – PSOC
Um país se desenvolve com educação para gestão. Educação gera competência; Competência conduz à excelência administrativa; Excelência administrativa à um futuro melhor.
Produtos e o contágio das emoções
O velho e desgastado jeans, o roto tênis, a camiseta branca com um pequeno furo, o saudoso Chevette com volante Fórmula Um, rodas talas largas e tocafitas Rodstar já não existem mais fisicamente, mas deixaram marcas profundas e maravilhosas lembranças.
Cada um deles um produto, uma referência que caminhos fizeram e marcas deixaram.
Os lugares em que foram, me acompanharam ou me levaram, não são mais os mesmos, e não serão sem eles.’
Aquelas fitas, tocadas em outros aparelhos, não trazem cheiro do mar, o som do bater das ondas, o vento frio das montanhas, o estridente riso dos amigos, o abraço caloroso da turma.
Acabaram as emoções? Não!
O presente novamente se fará passado e se tornará lembrança com o novo carro, a mochila vermelha, o par de tênis esfolado pelas viagens, montanhas e ruas mineiras, marcado pelo sol e areias de Paraty, encharcado pelas águas de Cananéia e Brotas.
As maravilhas da tecnologia nos permitem registrar esses momentos de viva forma em forma viva para que sempre possamos resgatar um pedacinho de nossa história.
Canoa Quebrada, Jericoacoara, Maragogi, Ponta Negra, Bonito, Blumenau, Canela e tantas outras cidades e lembranças estão logo ali naquelas vitrines.
Os amigos diriam:- Você está maluco, onde está vendo isso, não há nenhuma agência de turismo?
Estão nas roupas, máquinas fotografias, barracas de camping, sacos de dormir, bicicletas, motos, varas de pescar e suas tralhas, em cada objeto capaz de parar o tempo e reter o passado.
Uma letra, um quadrado, um círculo, um triângulo, um retângulo, uma cor, um desenho, uma frase, um som, que marca a marca que se guarda na lembrança.
Bons tempos se foram, bons tempos virão, e, marcas, marcas deixarão.
Hoje uso Excel para fazer planilhas, mas jamais esquecerei o Visicalc e o Calcstar. Seus recursos eram limitados, mas foram eles que me abriram as portas e me incentivaram a aprender um pouco sobre o mundo da informática.
Durante alguns anos dirigi uma empresa onde pudemos reunir um grupo de pessoas determinadas e idéias fantásticas. Foram tempos difíceis não só devido à alta inflação, mas aos congelamentos de preços e logo depois a invasão absurda de produtos chineses de baixo preço e péssima qualidade. Essa segunda condição é que nos permitiu resgatar parte do mercado. Eles também mudaram e aprimoraram o trabalho.
Esse tempo marcou um grande amigo que quando me encontra diz:- Eu os visitava sempre que podia, era extremamente agradável vê-los trabalhando e sentir a energia do lugar, por isso me tornei fã dos produtos. Jamais vou esquecer o sorriso da Carla que sempre nos recebia na recepção. O ícone da empresa deveria ser sua expressão de felicidade ao encontrar as pessoas.
Cada produto tem uma história, cada marca uma aventura, são esses aspectos que as pessoas valorizam e celebram.
São esses detalhes que precisam ser colhidos, consolidados e propagados, para que seus produtos encontrem aconchego e se tornem referências nas mãos e mentes de seus consumidores.
O que tornará sua marca inesquecível e memorável são as experiências e o contágio das emoções.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Conheça o Programa de Superação de Obstáculos de Crescimento – PSOC
O sono dos justos e dos apertados
A noite estava quente, nem mesmo a fina e insistente chuva que trazia uma fresca brisa era suficiente para gerar conforto.
Não queria ler mais. Naquele momento tinha apanhado informações demais e comecei a refletir sobre aquilo que chamamos de oportunidade.
A questão ficava entre aquelas que nos são apresentadas e as que criamos. Peguei no sono.
Não dormi muito, mas o suficiente para sonhar e voltar à época de garoto, que, como minha mãe costumava dizer, “vivia fazendo estripulia!”
Um dos aspectos gostosos da infância é relembrar palavras que hoje pouco são usadas. Parece que dão um tom mais colorido às inocentes peraltices.
Nasci em uma cidade de muita água. Rios, córregos e minas, fartos. Um dos divertimentos era pescar.
Isso, eu fazia todos os dias, depois da aula. A vara, a garrafa de champagne, a lata de minhoca, a caixa com grilos, gafanhotos e iças, o saco de estopa, a peneira para mariscar, estavam sempre no jeito.
No rio, apanhávamos acarás, tilápias, pirambóias, cágados, às vezes. Nos córregos, uma quantidade enorme de lambaris, não com varas, mas mariscando.
Os inseparáveis, meu irmão Ivo, nosso grande amigo Fran, um japonesinho topa-tudo, e eu, nos arrastávamos de córrego a córrego, rio a rio, como nativos em busca de alimento. Conhecíamos cada ponto bom de pesca.
Quando resolvíamos pescar com as varas, lançávamos nossa garrafa de champagne, com o fundo cuidadosamente retirado, perfeito covo, cheia de água e farinha de milho, para capturar lambaris que seriam usados em armadilhas noturnas para fisgar traíras, que seriam recolhidas no dia seguinte.
A garrafa lançada em pontos estratégicos capturava peixes e liberava farinha que transformava os locais em cevas.
Dessa forma não só aproveitávamos as oportunidades como as criávamos.
A diversão se transformou em enorme compromisso, pois minha mãe, dona Alcida, já saturada de limpar lambaris, não era pouco o que trazíamos, resolveu declarar guerra e disse: – Eu frito, mas não limpo mais esses peixes!
Cá entre nós: – Já comeu lambari frito? Uma delícia não?
-Já limpou? Não?
-Não se meta! Dá um trabalhão!
Para isso tínhamos nosso macete. Uma tesourinha facilitava a tarefa, mas ainda assim era dureza.
A outra bronca era que chegávamos cheirando peixe e ninguém sabia porquê. Simples, desaparecíamos no meio do taboal para ver se encontrávamos preás, com isso as roupas ficavam encardidas. Essa é outra palavra bem própria da infância.
Nem o banho de rio, com roupa e tudo, antes de voltar, resolvia a questão. Na verdade piorava!
Ora, mas o que isso tudo tem a ver com oportunidade? Tudo!
Se você quer pegar o peixe tem que descobrir onde está ou atraí-lo. Assim é a vida, transforme seus objetivos em peixes e saia para capturá-los. Antes, aprenda tudo sobre os recursos que o ajudarão a ter sucesso.
Ah, mesmo depois de capturado saiba que para desfrutá-lo, terá que limpar, temperar e fritar.
Exausto com a empreitada poderá à noite dormir o sono dos justos?
Nem sempre quando se pesca, pois não há garantia permanente de sucesso, apenas a certeza de muito trabalho.
Para o pescador, que tem que lutar pelo sucesso diário, não importa quão justo ele é, mas quão apertado está!
Seu poder de superação está na sua origem: Assim como Pedro, nasceu pescador!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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O pneu é do carro, o coração é do homem
Alguns produtos como aparelhos de som, instrumentos musicais, equipamentos para a prática de esportes, provocam paixões. No topo da lista estão os carros.
É inegável a identidade do homem com essa fabulosa invenção.
Esse amor ao veículo cria um paradoxo: É exatamente nesse segmento que, em todas as partes do mundo, os clientes reclamam um melhor atendimento. No segmento de novos, atenção, no segmento de usados, confiança.
Uma vez superada a fase de aquisição, o consumidor explorará o segmento de acessórios e peças de reposição, no qual as queixas são bem menores.
Ora, o consumidor, porque os empresários do segmento não deixam de mencionar a dura concorrência.
Que estratégias ou táticas usar para se destacar e obter a preferência? Neste, como em qualquer outro, a primeira menção será preços!
É verdade que com a farta oferta e a facilidade da internet, pesquisar, cotar e encontrar opções mais baratas ficou mais fácil, mas será esta a única e determinante forma de decisão usada pelo homem?
Há pouco tempo instalei um “som” no meu carro, substituindo o antigo que vinha apresentando defeitos. Fico horas nas estradas e no trânsito por conta de meu trabalho. Com isso carrego uma série de CD. Cursos de línguas, audiolivros, músicas, tudo que me permita reduzir o stress e aproveitar o tempo. Fui muito bem atendido, a pessoa que me vendeu o aparelho e o instalador foram gentis. Estavam motivados para fazer o trabalho e ficaram felizes com o resultado.
Na semana seguinte voltei porque havia me interessado por um produto que estava em falta na loja. Assim que os abordei vi que eles não se lembravam quem eu era e que solicitação havia feito.
Simples, para recuperar a memória bastou mencionar o carro e o aparelho de som. Durante a instalação os testes foram feitos com rock pesado, em nenhum momento me perguntaram e dificilmente saberão que tipo de músicas eu gosto de ouvir.
Comentando esse detalhe em um treinamento de prospecção de clientes para gerar um debate recebi uma enxurrada de exemplos.
Um participante dizia ir sempre ao mesmo lava rápido. Estando lá batia longos papos com o proprietário, e afirmava: – Ele lembra detalhes dos serviços que efetuou, tem enorme atenção e cuidado com o veículo, mas não lembra meu nome.
Este é um segmento que vem experimentando grandes mudanças. Frotas de empresas têm crescido, há mais jovens dirigindo e com a maior independência das mulheres o mercado tem apresentado outras exigências.
Nos últimos anos a habilitação de mulheres ao volante cresceu mais de 40%. Mulheres motociclistas o crescimento é mais significativo ainda e chega à casa de 50%. Estas também levam seus veículos para colocar acessórios e trocar pneus e certamente a paixão pelo “possante” é menor que a dos homens. Poderíamos considerar que há um atendimento diferenciado?
Já fiz essa abordagem e pesquisa e digo que não!
Um aspecto interessante, a abordagem é da pessoa, mas o atendimento é ao carro.
Quando pensar em estratégia de negócios no segmento de veículos é bom ter em mente o lema: “Somos apaixonados por carro”.
O pneu é do carro, mas o coração é do homem!
Publicado na revista Pneus & Cia. No. 17 set/out. 2.010
Ivan Postigo
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Caos para criação, ordem para execução
A criação e a invenção são manifestações do desconforto.
Por que verde?
Porque era azul!
Baixo?
Sim, antes era alto!
Eletrônico?
Porque não? Não quero mais mecânico!
Curta desta vez?
Claro, chega de comprida!
Agora também com asas?
Sim, antes só tinha rodas!
Ufa, cansa…
Deus nos ouve. Todos os dias, a cada minuto, a cada segundo, milhares de pedidos. Desesperados, assustados, gananciosos, temerosos, culpados, arrependidos.
Só um pirulito.
Convence meu pai a me dar a bicicleta.
Faça com que ela olhe para mim.
Ah, se ele voltasse!
Uma casa, ainda que pequena.
Um carro zero, só desta vez.
E, assim, aos céus sobem as súplicas…
Ele, Soberano, atende uns e não outros.
E nós?
Confundimos sonhos com fé.
Sonho é acreditar que Deus nos dará aquilo que pedimos. Fé, que receberemos aquilo que merecemos.
Parece a gestão do mundo, não?
É verdade!
E Deus não cansa?
Não.
Nunca?
Sim, já cansou. Na criação!
No caos Criou, no sétimo dia Descansou.
Por que é necessário o caos para a criação?
A criação tem como aliada a contestação. Ao aceitar a ordem instalada, estabelecemos a acomodação.
A força das águas, em constante movimento, rompendo barreiras, movimentando as turbinas, que impedem sua passagem, é que gera a energia.
Agindo assim, faremos do caos a criação e da criação o caos. Onde está a lógica?
No equilíbrio.
O caos é uma manifestação em busca de ordem. Como as turbulentas águas de um rio em busca de um ponto para descanso, enquanto no caminho mata a sede e sustenta a geração de vidas.
O caos é a força que dá ao homem o poder da criação e da obsolescência. Que cria modos e modas. Estabelece condutas e formas de vida.
Carros puxados por boi?
Sim, cavalos não tenho.
Interessante, não tinha pensado nisso!
Minha criação.
E como era antes?
Um caos.
E agora?
Tudo em ordem.
Essa é a dinâmica da vida que leva a questionamentos e experimentações, que provocam sucessos e decepções.
Fracassos para os desistentes, oportunidades para os persistentes, apatia para os negligentes e desconforto para os resistentes.
E os negócios?
Um caos com seus sinônimos. O interesse na coisa leva à transação do trem ou do troço cujo tráfico cria o mercado e o torna um negócio.
Criação e execução demandam talentos e situações. Encontrar pessoas e colocá-las em ambientes favoráveis é o nosso papel como gestores e patrocinadores dos avanços nas organizações.
O patrocínio da criação é a capacidade de reunir potencial humano e capital intelectual, despojado de orgulho e individualismo, para questionamento das verdades e certezas.
O início do processo, para o homem comum, é a proposta do absurdo.
Ir á lua? Como? Tá louco?
Um dia o homem foi e ouvimos maravilhados quando Neil Armstrong, deixando o módulo lunar da Apolo 11, tocando com o pé o solo do prateado astro disse: “Um pequeno passo para o homem, um gigantesco salto para a humanidade”.
Assim, o caos do desenvolvimento do projeto Apolo encontrava a ordem ao pousar o modulo lunar, Eagle, no Mar da Tranquilidade. Uma região lunar, de lava basáltica solidificada, localizada na face visível da Lua.
Quando queremos inovadores somos, favorecendo e incentivando o caos para a criação, estabelecendo a ordem para a execução.
Ivan Postigo
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Produto não é marca
A evolução tecnológica deixou para trás as máquinas a vapor, as correias, as engrenagens e hoje se concentra nos chips.
É verdade que os aspectos mecânicos dificilmente serão descartados definitivamente, mas seu uso hoje é mais racional, os equipamentos estão menores, mais leves, mais práticos.
A troca do desenho de um vestuário, em um tear, que levava dez dias, faz-se em menos de dez minutos.
Podemos perguntar: – Os produtos hoje estão melhores?
Dá para responder sem hesitação: – Infinitamente.
Existem os defensores saudosistas, como o avô de um amigo, que afirma: – Não fabricam mais produtos como antigamente!
Ao mesmo tempo nos mostra algumas peças que restaram de um velho caminhão que já não existe mais.
Seu neto sempre o provoca: – Vô, como faço para descer a serra só com essas peças?
Há algum tempo, muitas empresas não têm mais fábricas, terceirizam tudo: No prédio vizinho e no outro lado do mundo.
A produção, feita aqui ou em uma empresa localizada a 20.000 quilômetros, mantêm qualidades equivalentes.
Que valor esses produtos teriam para o consumidor, o mesmo?
Sabe aquela afirmação irritante: – Depende? Pois é, neste caso depende!
Depende da importância que o consumidor atribuir a estes.
O que os diferençaria? Algo que cada dia ganha maior importância: A marca!
Marca atende sonhos, expectativas, integra pessoas a grupos, dá destaque, gera conforto psicológico, dá segurança, é objeto de desejo.
Ao estar abrigada por uma marca com prestígio, a qualidade física do bem raramente é questionada. Pressupõe-se que o detentor da marca jamais aceitaria ter sua qualidade questionada.
O sucesso de uma marca é gerado por inúmeros e inusitados fatores. Um fato, uma fala, um slogan, um acidente, uma imagem, um desejo, uma expectativa, não há receita definitiva.
É possível provocá-lo? Sim, alguns demoram mais que outros, mas sempre há meios.
Como diz um amigo: – Criar uma marca de sucesso é um negócio complexo, senão todos nós teríamos uma.
Quem tem um produto com qualidade precisa ter uma marca reconhecida?
Uma resposta rápida seria: Sim.
Poucas são as empresas que têm produtos sem concorrência no mercado, então a marca é o fator que os diferencia, que os investe de importância, lhes atribui valor.
O consumidor muda sua percepção de “ quanto custa “ para “quanto vale”!
Reconheço que para muitos empresários que primam pela qualidade de seus produtos vê-los sendo substituído por outros similares é difícil, mas essa é a dinâmica de mercado. Eles mesmos, se fizerem uma boa reflexão, verão que também agem por percepção e preferência.
Ainda que experimentem períodos de glória marcas também envelhecem e são substituídas.
Não raro, recebemos e-mails com apresentações saudosistas que nos lembram de produtos e marcas que já não existem mais.
Nesse sentido o mercado é cruel? Talvez não, apenas prático.
Há uma superprodução mundial sendo oferecida de norte a sul, de leste a oeste. Para os iguais prevalece o preço, para os que se destacam o valor.
A mais valia é o premio pela competência de sair do lugar comum.
Por essa razão há defensores da tese: “Torne a sua empresa obsoleta, antes que alguém o faça”.
Temos que ter consciência que produto não é marca e mesmo esta deve representar algo na mente do consumidor para conduzi-lo a sua escolha.
Como gestor, sem dúvidas, você vai perguntar: – Devo, então, entender de produto ou de gente?
Entendendo de gente apresentará o produto correto. Simples não?
Akio Morita, co-fundador da Sony, dizia com propriedade: “ Eu não atendo mercados, eu os crio “.
O produto criado hoje terá amanhã inúmeros concorrentes, sua única garantia de destaque será a marca!
É fundamental entender que marca cria um espaço na mente e um lugar no coração.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negóciospara Metas e Cotas de Vendas
Branding Made in Brazil
Como vão nossos talentos mercantis?
Pensava nisso, quando me veio uma resposta: Regionais!
Minas Gerais tem grandes lições sobre distribuição de mercadorias, pouco conhecida de nossos profissionais e escolas de negócios. Não citarei nenhuma, mas recomendo uma viagem e pesquisa pela internet, pelo menos, pois garanto, vale a pena.
Daí podem sair grandes dicas para atravessarmos fronteiras.
Em um mundo dominado por poucos poderes, não importa quem exporta – apenas alguns produzem-, importa quem importa. Assim nações criavam suas colônias e abriam novos mercados.
No mundo globalizado, onde a capacidade e a competência para produção estão disseminadas, a forte concorrência privilegia quem se destaca. Esse destaque é obtido pela qualidade, pela marca e, principalmente, pela a forte referência da origem.
É bom porque o café é brasileiro; tem qualidade reconhecida. Estes são fatores de conquista de mercado, passaporte para as fronteiras.
E a marca, que papel exerce? Esta é o fator de preferência do consumidor!
Quando um empresário, sua empresa, produtos e marcas, lutam, isoladamente, para conquistar um mercado, enfrentam enormes barreiras pela diferença de poder na concorrência.
Pense comigo:
Quem tem maior probabilidade de conquista de mercado, a marca A de vinho – ainda que Francês – ou a ação em conjunto de vinhos Franceses?
A marca B de charuto – ainda que Cubano – ou a ação em conjunto de charutos Cubanos?
A marca C de eletrônicos – ainda que Japonês- ou a ação em conjunto de eletrônicos Japoneses?
Se lhe disserem que o relógio XYZ é de excelente qualidade – não sendo você um especialista – como o conceituará?
Ora, a informação que lhe deram não foi essa: “Este é um relógio da marca XYZ, Suíço!”
Faz muita diferença, não?
Pouco provável que tenha a qualidade questionada.
Marcas, mundialmente famosas, atravessam fronteiras e dificultam nossa percepção. Quando acontecer, volte na origem.
Verá que estas são as que permaneceram por terem conquistado a preferência do consumidor, entre muitas que conquistaram o mercado.
Nesse sentido precisamos aprender muito. Não são as grandes equipes, apenas, que dão destaque aos nossos jogadores. É o futebol brasileiro.
A família Gracie tem grande destaque no consagrado ambiente do Brazilian Jiu-Jitsu, que congrega atletas de diferentes “Escolas”.
Claro que profissionais reverenciados atraem os olhares e atenção ao nosso mercado, mas a continuidade não se dá pela relevância de um, mas pelo conjunto da obra de uma fonte.
Que grande lição nos deixam o voleibol e o automobilismo nesse aspecto!
Esse é um detalhe que ainda não nos demos conta, suficientemente, para levarmos a sério. Desconhecemos esse fato? Claro que não! É Obvio demais!
Regiões selvagens jamais seriam conquistadas por apenas meia dúzia de isolados pioneiros. A ação conjunta é que permitiu que tivessem sucesso.
Simples? Sim, mas conhecimento não serve para nada se não o aplicarmos.
Para isso é que servem as associações entre os homens: ações cooperadas.
Cooperando derrubamos barreiras e conquistamos o direito de estar presente em novos mercados; competindo conquistamos a preferência do consumidor.
Uma fantástica ação de coopetição – competir, cooperando – que precisamos reconhecer e incentivar.
Branding é o trabalho de construção e gerenciamento de uma marca junto ao mercado. Esta precisa urgentemente de nossa união para destaque, em busca de relevância e visibilidade em muitas áreas: Made in Brazil.
Sem relevância não importa o que façamos, pouco iremos exportar.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
No mundo de iguais, ser parecido é diferente
As empresas costumam agir de forma reativa, umas acompanham as outras.
Empregam o discurso da diferenciação, enquanto copiam modos, formas e modelos. Um aspecto que, como nos dizia nosso amigo Elias, “em termos líquidos gruda, mas não cola”.
Refrescos com os mesmo sabores, cores e padrões, mudam as caixas e latas.
A rua dos restaurantes, das picanhas nas chapas, alterna as cores das paredes e dos logos, apenas.
Jeans, cujas diferenças em tonalidades confundem os próprios criadores e dificultam identificá-los, não só entre os competidores, mas eventuais concorrentes.
Carros? Quadrados ou quase redondos. Todos!
Está se esquecendo das tribos, hoje são muitas?
Não, não me esqueci. As amarelas são amarelas, as verdes, verdes. Quando não iguais, precisam se parecer.
No mundo de iguais, os parecidos pensam ser diferentes!
O mundo das zebras, entre listras brancas sob fundo negro ou seriam listas negras sob fundo branco?
Talvez estas se reconheçam, ou quem sabe não…
E o consumidor, em busca de alternativas, com as vêm?
Iguais, se marcas não as destacarem!
O homem estaria carente de criatividade, por essa razão estaria clonando?
Não, jamais subestime sua criatividade e poder renovação, mas questione sua imaginação. Esta, conduzida por desejos prementes, bloqueia sua disposição para desenvolver a inventividade.
A cópia é mais rápida, barata e promete retorno imediato.
E o futuro? O futuro é o futuro…
Para o condenado, o futuro é passado no presente. O amanhã é reservado ao carrasco…
E para aquele que tem a pena comutada?
Resta cometer novo ato, seu comportamento é vicioso e viciado.
A luta para sair do vício é complexa quando o retorno parece fácil.
Todos têm 100 páginas, acompanhemos!
Entregam em dois dias, façamos como eles?
Ora, porque não em um?
Simples, se fosse bom já teria gente fazendo!
Façamos nós!
Melhor não arriscar. Não vamos mexer no que está dando certo.
Está sabendo que a moda é rosa e está fazendo o maior sucesso?
Aguardemos, prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
Quem chega antes bebe água limpa, sabia?
É, mas e se não tiver? Morre de sede?
Inovação, renovação revolução, mais do que idéias, dependem de comportamento.
Pudéssemos ler mentes veríamos que aquelas que revolucionaram momentos na história, passaram por muitas cabeças, mas alcançaram poucos braços.
O motivo é um segredo que só pode ser revelado pelos sonhadores.
Estes, como portadores da Pedra Filosofal, sonham e transformam materiais inferiores em ouro, cunhando suas marcas como testemunho.
Lá vem um alquimista procurando pessoas que o ajudem a materializar seus sonhos!
Bobagem, só mais um louco!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Comunicação, onde menos é mais
Comunicação: ciência, arte ou magia?
O homem distraído é impactado, atento, transformado.
Quando perguntaram a Michelangelo sobre sua genialidade por ter criado Pietá, ele respondeu: – Estava tudo lá, apenas retirei o excesso.
A arte na comunicação estava em esculpi-la, a magia, vê-la na pedra bruta!
Cada momento uma surpresa, assim nos comunicamos com traços, cores, movimentos, sons e palavras.
Aceitos, aplaudidos, reverenciados, vaiados, odiados.
Ora, nos comunicamos…
Rebuscados, clássicos, pop…
Ver, tocar, cheirar, ouvir, experimentar. Pimenta!
Hum, vermelha, nesse tom? Não precisa dizer, arde!
Desse tamanho, feito de ferro? Pesa!
Uma flauta? Ah, doce som…
Não precisa nem tocar, vê-la é ouvi-la!
E as palavras?
Que poder possuem!
Ditas, lidas, imaginadas…
Poucas, contam longas histórias.
Da arte de fazer do menos mais, encontramos os microcontos. Um “achado” para o twitter, com sua limitação de 140 caracteres. Um extraordinário recurso para o apressado mundo globalizado.
Augusto Monterroso é considerado autor do mais famoso microconto, escrito com apenas trinta e sete letras:
O Dinossauro
Quando acordou o dinossauro ainda estava lá.
E que tal Franz Kafka?
Há uma anotação em seu diário, feita em 1914, de exatas 52 letras:
“2 de agosto:
a Alemanha declarou guerra à Rússia.
Natação à tarde.”
Uma descrição do dia, sem delongas.
Já em 1906, o Frances Félix Fénéon, escrevia seus microntos, hoje no seu livro Nouvelles em trois lignes.
O Sr. Frachet, de Lyon, mordido por um cachorrinho, e considerado são, quis morder sua mulher e morreu de raiva.
Ernest Hemingway também deu sua contribuição.
Vende-se: sapatos de bebê, sem uso.
Quase sem palavras para apresentar Lygia Fagundes Teles!
Fui me confessar ao mar. O que ele disse: nada.
Gravando nosso vídeo “Estratégia ou tática- A busca pelo início do circulo”, achávamos o texto longo e não víamos como reduzi-lo naquele momento. Quando tratávamos de uma passagem sobre a guerra de Tróia, comentamos que, sobre Helena, pivô do conflito, pouco se falava na história.
Então, por sua mencionada beleza, surgiu nosso microconto;
Helena
A viu, amou, casou!
Entusiasmados, rimos e dissemos , vamos criar!
Façamos um conto sobre ontem…
Ontem
Chovia…
Que tal sobre sucesso, já esse é nosso negócio.
Sucesso
Com trabalho, sucedeu!
Nossa! E sobre fracasso?
Fracasso
Sem dinheiro, faliu.
Será que conseguimos criar um sobre mistério?
A dama
Desconhecida, logo que chegou, morreu.
Que belo exercício, voltamos, reduzimos nosso texto e gravamos.
Dividindo as tarefas, multiplicamos os resultados.
O material ficou interessante, aprendemos um pouco mais, um com o outro e que a magia na comunicação se dá quando o menos é mais!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Oferenda aos deuses
O reconhecimento é fator importante na vida do homem.
Como o artista que precisa das palmas, deixando o palco ovacionado e, orgulhoso, volta para o bis, assim também anseiam os homens comuns e os governantes.
Aceitação, visibilidade, reconhecimento, gratificação.
Na outra face da moeda está a obscuridade. A dor de não significar algo para muitos.
Não raro, encontramos situações em que o enorme amor de uma pessoa por outra não é suficiente para apagar a realidade do ostracismo ou da falta de reconhecimento.
A peça de teatro sem público, a música não cantada, o quadro não admirado, a beleza não notada, o esforço não observado, o ser humano não notado.
Passa a moça, ninguém olha. Fala o rapaz, ninguém ouve.
A moça com seu melhor discurso, não observada. O Rapaz, em seu melhor terno, indiferença!
Como um dos melhores exemplos de ser humano, temos Madre Teresa de Calcutá. Em sua imensa sabedoria e conhecimento de nossas carências disse, certa vez, que “o mais miserável, o mais trágico da pobreza, não é a falta de pão e de teto, mas a sensação de sentir-se nada”.
A contundência de suas palavras provoca ecos.
Doloroso para o homem, trágico para o artista e para a arte.
A carência de identificação, de estima pública, expõe toda fragilidade humana.
Por outro lado, seu destaque, sua relevância propalada, torna o ser comum um semideus.
Um palco, um artista, uma guitarra, cem mil pessoas, um só canto, a glória!
Seguidores, imitadores, covers, bebem da fonte que os satisfazem.
Jovens? Não! Juventude…
Alexandre O Grande, carregando sempre a Ilíada, dizendo-se parente e o novo Aquiles, visitou seu túmulo passando por Tróia. A herança pelo DNA, ainda que utópica.
Ah, Homero, seus contos, seus registros…
Criam-se deuses, fazem-se lendas.
Lendas de homens, lendas de fatos.
O jeans roto, a velha estrada, a viagem imaginária. Histórias contadas, escritas, tocadas. Nas letras em uma folha, no som de uma voz, na estridência de uma corda, no toque de uma tecla.
Marcas que marcas deixam. Marcas que marcas criam.
Lembranças de um passado, registro do presente, promessas de futuro.
Marcas que destacam feitos, que valorizam produtos. Ícones elevados ao Olimpo, morada dos deuses.
Marcas que visionários deixam para o homem comum que as ostentam em busca de reconhecimento, identificação e diferenciação.
Tê-las é pertencer a um grupo, integrar uma tribo, ser abençoado com a insígnia.
Nos pés, no corpo, na cabeça. O traço, a estrela, a cor.
Uma conquista para a qual a homem não mede esforços, nem discute sua perenidade.
Toda dedicação é pouca, todo esforço é merecido. A recompensa? Ostentar a marca que marca!
Marcada a tinta no produto, a fogo na memória.
Sábios que as criam, poderoso quem as domina.
Nas vitrines expô-las é mandatório.
Nesse altar serão feitas as oferendas aos deuses.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
A embalagem que sorri
Você já parou para pensar na importância do sorriso?
Claro que sim. Nós todos exaltamos o efeito do sorriso no atendimento, quando encontramos uma criança, mas será que todos nos convencem?
Não me lembro que tenha cores variadas, mas um deles em particular é estranho: o sorriso amarelo!
Do outro lado do sorriso há o receptor, que pode ser ou não atingido por este, positiva ou negativamente.
Eu aguardava para ser atendido em uma loja de perfumes, enquanto a vendedora dirigia sua atenção a um casal. Simpática, prestativa, os abordou sorrindo.
Deu à senhora, que olhava a vitrine, uma série de explicações e veio em minha direção. Ao meu lado estava o marido, que ficara para trás, e começava a puxar conversa, dizendo ser muito exigente e usar uma ou duas colônias apenas.
A garota se aproximou, com o mesmo sorriso, e se prontificou a nos ajudar.
No mesmo instante, este lhe perguntou: – Você está bem?
Ela, assustada, disse: – Nossa, será que esqueci de sorrir?
Ele respondeu: – Não, o sorriso está em seus lábios e não em seus olhos.
A garota o parabenizou pela percepção, disse estar com uma terrível enxaqueca, e que passar o dia entre as fragrâncias seria complicado.
Alguns minutos de conversa, ele já descobrira que remédio ela costumava tomar, que havia se esquecido de comprar, que naquele shopping havia uma farmácia, que esta esperava que alguma colega pudesse ficar uns minutos na loja ou que fosse lhe buscar o medicamento.
Sem pestanejar respondeu: – Vou buscar para você.
Num piscar de olhos estava de volta para constrangimento da menina que não tivera tempo sequer de lhe dar o dinheiro.
Assim que chegou, eu estava com uma série de amostras tentando escolher um produto para presente.
Ele começou a olhar as caixas e discorrer sobre a apresentação. Notando que este tinha um olhar aguçado, a vendedora o elogiou, principalmente pela frase do sorriso.
Explicou, então, que sua vida estivera voltada para a área de comunicação e trabalhara durante anos no desenvolvimento de embalagens. Uma de suas maiores preocupações era se assegurar que as embalagens sorrissem para os consumidores.
Dizia que a embalagem também precisa conversar, mas sem atrair o consumidor jamais conseguiriam desenvolver um diálogo.
Para ele, as embalagens eram como pessoas, como o melhor amigo.
Uma frase me chamou bastante atenção: – Quando você encontra o seu melhor amigo e este não lhe sorri, o que você pensa? Fiz alguma coisa errada, não?
E continuava: – Quando você está em algum lugar, ao lado de um desconhecido, muito sério, você puxa conversa? Claro que não! Agora, imagine que ele se vira e lhe sorri, o que acontece? No mínimo você fará uma saudação. Pronto, primeiro passo para um diálogo. Vejam, não nos conhecíamos e já estamos aqui descontraídos. Assim são as embalagens!
Antes de deixarem a loja, a esposa nos chamou e disse: – Vou lhes contar uma história sobre o sorriso.
Um menino queria se encontrar com Deus. Ele sabia que o caminho seria longo, então colocou na mochila um bom lanche, um refrigerante e saiu para a caminhada. No percurso, encontrou um velhinho sentado no banco de uma praça, observando os pássaros.
Assim que se sentou ao seu lado e abriu a mochila para tomar um pouco da bebida, viu que o velhinho estava com fome.
Sem demora, deu-lhe um pedaço do lanche que trazia.
O velhinho aceitou e sorriu agradecido. Em seguida, o menino ofereceu-lhe a bebida.
Este aceitou e sorriu novamente.
O menino estava encantado, nunca tinha visto sorriso igual.
Comeram, beberam, sequer se falaram, apenas sorriam quando se olhavam.
O menino não via a hora de voltar para casa para contar para a mãe. Antes de partir, olhou para o velhinho com um sorriso, que com a ternura o fitava e sorria.
A mãe, ao vê-lo entrando em casa radiante, perguntou: – Qual o motivo dessa felicidade?
O menino respondeu: – Estive com Deus, ele tem o sorriso mais bonito do mundo!
O velhinho ao chegar em casa tinha um semblante renovado e as pessoas estavam curiosas para saber o motivo daquela alegria.
Ele foi logo falando: – Deus esteve comigo no parque. Trouxe o mais saboroso lanche que já comi e o mais belo sorriso que já encontrei, e, ao contrário do que dizem, é tão novo!
Terminada a história, se foram. Ficamos sem palavras, vendo-os se afastarem, então a vendedora rompeu o silêncio dizendo: – É verdade, embalagens precisam sorrir para que nos aproximemos e façamos contato, principalmente quando não conhecemos o produto muito bem.
Tenho que concordar, afinal ainda que você seja fã do produto e da marca, se a embalagem esta estiver amarrotada, riscada, rasgada, com má apresentação, certamente o afastará.
Embalagens podem nos afastar, simplesmente por esboçarem um sorriso amarelo.
Ora, quando pensar em produtos, marcas, relações, embalagens, sorria!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
O visível produto invisível
A invisibilidade é um sonho do homem. Não faltam histórias em quadrinhos e filmes expressando esse desejo, repletos da mais pura imaginação.
Quando falamos de invisibilidade, logo nos vêm à mente os ninjas e seus truques para surpreender os oponentes. Com ou sem suas bombas de fumaça.
Sabendo que o foco em um determinado ponto reduz a visão periférica, criavam artimanhas para chamar a atenção e se tornarem “invisíveis”. Um recurso habilidosamente usado também pelos mágicos.
As descobertas, alimentadas pela imaginação, provocam novos delírios. E o homem está prestes a conseguir a invisibilidade.
Não com transferência de matéria como apresentado nas séries e filmes Jornada nas Estrelas -Star Trek – sob o comando do Capitão Kirk, auxiliado pelo vulcaniano Senhor Spok, que se juntou à Frota Estelar no USS Enterprise.
As descobertas são de que as luz precisa refletir para que o olho humano capte a imagem. Caso esta mude seu trajeto, ao redor do objeto, este se torna invisível. Fantástico, ficção?
Não, realidade!
O homem, com toda sua inventividade, já fabrica “metametais” e consegue essa proeza com objetos minúsculos. Testes apresentam resultados positivos, também com câmeras, no desenvolvimento da capa da invisibilidade.
Você deve estar curioso e se perguntando: qual será a aplicação?
Vou deixar por conta da sua imaginação, mas antes falarei da questão com um pouco de tristeza. As aplicações que vi, em sua maioria, têm destino bélico.
É estranho, o homem, desde que surgiu no planeta, tem procurado um meio de extinção. Pelo pouco que sei, tivemos em toda nossa existência apenas 300 anos de paz absoluta e, não faz muito tempo, temíamos a chegada do ano 2.000, agora nos apavoramos com 2.012 por causa dão calendário Maia!
Se você está achando que esse assunto tem foco limitado, enganou-se.
Vivendo agora em um mundo globalizado, o homem não tolera o anonimato e se debate pela visibilidade.
Duvida? Responda então: – O que faz esse mundaréu de gente nas redes sociais, postando idéias, fatos e fotos?
A questão se torna complexa quando, para conseguir visibilidade, procuramos nos assemelhar.
Ou, para dar destaque aos nossos produtos, copiamos embalagens e rótulos campeões.
Por que não ser totalmente diferente, como um ponto vermelho em um mundo azul?
Experts em visibilidade nos diriam: – O azul, agora, é quem faz sucesso! Vermelho? Quem sabe um dia!
E assim nos tornamos azuis!
Isso não é um ”paradoxo”? Vestimos a capa da invisibilidade para sermos notados e no meio de milhares gritamos em busca de atenção?
Talvez em outros campos, mas no mercadológico se chama “paradigma”, há um padrão a ser seguido.
Quando notado, aceito e aclamado, meu azul não é um azul comum. Meu azul é mais azul que os demais, ainda que semelhante!
E, moda que é moda é “paratodos”.
Você acha que fui?
Não!
To invisível.
Epa, duvida não…
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Prospecção de clientes ou de oportunidades de negócios?
Imaginar que uma empresa desenvolve relações no mercado para captação de clientes revendedores, mas ao mesmo tempo perde outros, devido a um atendimento inadequado, pode soar um pouco estranho não?
Uma resposta rápida a essa pergunta seria sim, mas isso é um fato tão comum que profissionais que trabalham com gestão comercial já tem números referenciais para essa questão.
Um dos referenciais diz que 70% dos clientes, que trocam seus fornecedores, o fazem porque consideram que a empresa não se importa com eles.
Outra referência é que, dos clientes que figuram no cadastro das empresas, apenas 35% fazem reposições com freqüência, e os gestores pouco conhecimento têm dos motivos que levam os outros clientes a não efetuarem compras.
Temos, ainda, uma veia industrial que se sobressai à mercadológica. Organizações são administradas com os olhos de seus gestores voltados para dentro e as costas para o mercado.
Hoje, não importa onde o produto é fabricado e por quem, mas onde é vendido, como é vendido, quem compra, por que compra.
Qualidade excedente, aquela exigida pelo fabricante, mas não identificada e reconhecida pelo consumidor, não tem valor comercial.
A imagem, a marca, o atendimento à moda, às necessidades imediatas, são muito mais importantes, num mercado em constante mutação, que torna produtos, recursos e serviços obsoletos do dia para a noite.
Entender e dar respostas rápidas a essas necessidades é que faz toda a diferença.
Cada dia mais, com os avanços tecnológicos, os produtos estão mais parecidos e suas diferenças estruturais imperceptíveis.
Um amigo, gestor de recursos humanos, ao ter como incumbência a contratação de um gerente comercial, pediu-me que o ajudasse a entender o que estava acontecendo com a área mercadológica da empresa.
Dessa forma poderia formatar melhor o perfil do profissional a ser procurado.
Já desenvolvemos vários trabalhos e ele se identifica com os conceitos que defendo; em diversas oportunidades pudemos testar os referenciais que comentei acima e sempre chegamos a números bem próximos.
Nessa análise, constatamos que a empresa, há cinco anos, estava trabalhando naquilo que definimos como “área de conforto”:
A mesma quantidade de clientes ativos, preços médios bem próximos, pequenas variações de mix de produtos e volume médio por ponto de venda praticamente inalterado.
Algumas mudanças ocorreram na organização e as vendas tiveram uma queda importante, com isso os gestores iniciaram um processo de reestruturação e estão em busca de um gestor para dinamizar o trabalho comercial.
A primeira reação é de se fazer forte prospecção no mercado, contatando novos revendedores, afinal se as vendas caíram é porque os clientes estão comprando menos.
Um minuto para reflexão:
Antes de qualquer ação é importante entender porque as vendas caíram, procurando respostas para perguntas óbvias.
Quais revendedores continuam comprando e quais deixaram de comprar?
O volume por ponto de revenda, daqueles que fizeram reposição, é o mesmo?
Que mudanças aconteceram e porque, no perfil das vendas?
Fizemos mais 5 perguntas, bastante simples, e rapidamente pudemos identificar que da carteira de clientes “cadastrados” 50% haviam comprado nos últimos 5 anos, observando os dados do ano imediatamente anterior.
No ano corrente, apenas 59% dos clientes que compraram nos anos anteriores fizeram reposição.
Para quem gosta de matemática, isso significa pouco menos de 30% da carteira de clientes cadastrados.
Ao tomar o preço médio, o numero médio de peças por ponto de revenda, multiplicando-os pela quantidade de pontos que não fizeram reposição chegamos ao volume perdido de faturamento.
Não vamos nos aprofundar nas demais análises efetuadas, este ponto já e suficiente para colocação de uma pergunta:
Prospectar mais revendedores para que, se há um volume significativo que deixou de comprar e não há ciência do fato?
Nossas empresas, mais do que sair oferecendo seus produtos no mercado, atendendo de forma inadequada seus revendedores, precisam aprender a prospectar oportunidades de negócios e sustentá-las, o que não quer dizer abertura de novos clientes.
O revendedor abriu um negócio para vender e não para comprar produtos, portanto quando não se sente confortável ou não observa rentabilidade redireciona seus esforços e atenção.
Como diz a velha máxima: Ao descobrir ouro, escave a montanha.
Só após realizar essa tarefa procure oportunidades em outros lugares.
Sem isso estaremos apenas espalhando a nossa gestão inadequada e abrindo espaço para os concorrentes.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Gestão comercial como ela é…
A vida, como consultora e educadora, costuma cobrar antecipadamente os honorários e aplicar as provas antes dos ensinamentos.
De vez em quando, ela nos permite algumas lições grátis, mas não costuma avisar o momento em que está ministrando. Quando tratamos de empresas, temos que estar atentos para o fato que um plano comercial carrega muitos aspectos da sua cultura organizacional.
É verdade que esta muda com o tempo, mas se não observada no curto prazo, os choques com novas idéias serão acentuados.Empresas, de modo geral, têm necessidade premente de venda e nisso se concentram, sem cuidar adequadamente dos demais aspectos das relações comerciais que as perpetuam.Por essa razão, vemos organizações, com grande visibilidade e marcas até então consagradas, serem superadas com enorme facilidade. Não é a necessidade que as empresas sentem de prospectar que leva às vendas, e sim o inverso.
É a necessidade de vender que leva à prospecção. Esse é um aspecto importante da cultura organizacional, por isso, quando necessitam, não sabem onde encontrar potenciais clientes.Analisemos porque algumas empresas realizam essa tarefa melhor que outras:Aquelas com cultura empreendedora não buscam apenas clientes, mas também oportunidades de negócios, e têm um olhar atento e crítico com relação ao mercado.
Vale a pensa reforçar: Prospectar e vender não são ações, mas cultura empresarial. Entender essa diferença e incuti-la na cultura da empresa permite desenvolver soluções para superação dos obstáculos de crescimento.
A questão que precisa ser entendida é: O modelo comercial da empresa, hoje, a levará para onde?Poderíamos pensar: Basta encontrar mais clientes para alavancarmos os negócios.Durante um curto espaço de tempo sim, mas sem gerenciamento a organização poderá, inclusive, sofrer um revés. No mercado, não faltam exemplos.
É importante refletir um pouco, antes de tomar a decisão de desenvolver um plano comercial de alavancagem. Os gestores das empresas que têm os seus “produtos comprados”, o que é um grande patrimônio, e estão pensando em assumir o “desconfortável direcionamento” de partir para o processo ativo de vendas, que tantas questões e choques provoca, devem estar cientes das mudanças que serão necessárias. Ratificando: “Prospectar clientes e oportunidades de negócios, para a ação “ativa de venda”, estão muito mais ligados a comportamento do que ação, portanto é importante avaliar o impacto na cultura da empresa”.
Não é necessário nos estendermos para explicar porque o gerenciamento da área comercial de uma organização dita sua continuidade, não é verdade?
Esta é a área onde se concentram as maiores tensões, por uma razão muito simples: o sucesso da empresa está atrelado ao sucesso da área comercial. Óbvio, não? É mesmo? Ora, porque, então, muitas empresas não dão a devida atenção a essa questão? Pensemos: A vocação de uma empresa está na sua origem: na visão de seu criador.
Esta visão estabelece a missão e cria a cultura, sem que seja necessário colocá-la em um belo quadro, com moldura, para fixação nos corredores. O gerenciamento das vendas deve seguir um método para que tarefas fundamentais não deixem de ser executadas.As tarefas certamente seguirão os critérios estabelecidos por cada empresa de acordo com a sua cultura, estrutura organizacional, definição e atribuição de responsabilidades.
Você já deve ter ouvido gestores dizerem: “Eu sei o que tem que ser feito, mas não tenho tempo”.Em gestão empresarial, há uma máxima: “Quem não tem a informação nada pode fazer, quem tem não pode se omitir”.Não tem tempo? Delegue! Em gestão, oportunidades não podem ser perdidas. Uso sempre como exemplo as companhias aéreas: Em um avião, o embarque de passageiros se faz no solo. Depois que este alça vôo, assento vazio é venda perdida. Pelo menos por enquanto…
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Indicação comercial com precisão: Procure nas boas casas do ramo de sua cidade!
Há alguns anos, quando meus filhos eram pequenos e morávamos numa casa , usei um aparelho para eliminar insetos voadores, evitando produtos químicos, prevenindo qualquer reação à rinite de um deles. Hoje moro em um apartamento e sou menos atacado pelos bichinhos voadores .
Bom, achei que era, pois eles me descobriram e agora fazem algumas visitas. Fico imaginando se estão subindo pelo elevador, pois pelas janelas, devido a altura, não entravam.
Com boas lembranças do aparelho pesquisei na internet e a princípio encontrei um produto fabricado na China, como não recebi informações seguras sobre a assistência técnica, resolvi investir um pouco mais de tempo e procurar algo produzido na nossa terra.
Umas horas a mais dedicadas à pesquisa, vi alguma indicação de um possível fabricante nacional. Como não havia conseguido qualquer informação no mercado resolvi perguntar à empresa se fabricavam e onde poderia encontrá-lo.
A resposta não foi rápida, achei que não tivessem recebido meu e-mail, mas eis que uma tarde estou checando a correspondência e lá está o retorno do SAC, Serviço de Atendimento ao Consumidor.
Todas as descrições do produto, forma de operação, foto e uma indicação onde poderia comprar. Exatamente como recebi: “você pode encontrar nas melhores casas do ramo de sua cidade”.
Isso me fez lembrar a época em que eu trabalhava bem distante de minha residência, viajava com amigos e no caminho ouvíamos um programa de rádio que fazia propagandas de uma fábrica de velas. O locutor dizia mais ou menos assim: – Peça pelas velas marca X nas boas casas do ramo.
Todo santo dia havia, como dizia um dos companheiros de viagem, uma “perguntação”: – Onde em nossa cidade havia uma boa casa do ramo.
Eu já havia procurado pelo aparelho na cidade onde tenho residência. Por onde passei ninguém conhecia. Já havia visitado uma boa casa do ramo no centro da cidade de São Paulo, que havia me indicado o aparelho chinês e não conheciam nenhuma outra marca.
O produto é muito interessante, já o usei, mas como me chamou a atenção o fato de que muitas pessoas ainda o desconhecem resolvi fazer uma pesquisa ou uma “perguntação” como diria meu amigo.
Perguntei a cem pessoas sobre o aparelho, pelos mais diversos nomes, ninguém tem lembranças de tê-lo visto ou ouvido falar. Fiz uma descrição do aparelho, obtive o mesmo resultado.
Comercialmente há duas questões a serem tratadas pelo fabricante, caso queira ter mais sucesso com o produto, não quer dizer que não tenha:
A primeira é redefinir o que nos dias de hoje podemos considerar “boas casas do ramo”. A segunda é tornar o aparelho conhecido, pois este faz o que se propõe.
Um caso interessante para quem estuda e trabalha com propaganda, pois o grande foco hoje em dia é estabelecer a diferenciação entre produtos e as vantagens de um sobre outro.
Neste caso voltamos àquilo que ela se propunha há alguns anos: Divulgar a existência de um produto e estabelecer pontos de venda.
O produto que encontrei, importado da China, vem em quantidade limitada e mesmo não sendo tão conhecido apresenta escassez, o que mostra que se as boas casas de ramo fizerem alguma divulgação todos terão resultados bem satisfatórios .
Você que é fabricante deve ser o maior incentivador da demanda dos seus produtos e precisa ter grande domínio sobre a distribuição destes, uma vez que pode estar deixando de explorar um enorme potencial de vendas.
Logo após a primeira resposta do SAC pedi que me informassem quais lojas de minha cidade eram clientes e poderiam ter o aparelho. Surpresa!
Nenhuma boa casa do ramo tinha o que eu precisava. Recebi duas indicações, uma a 40 quilômetros da cidade em que resido que conta com 355.000 habitantes, e outra a 45 quilômetros.
A aglomeração urbana nesse raio ultrapassa 2,5 milhões de habitantes e as boas casas do ramo contam apenas duas.
Muito trabalho comercial a executar. Que bom!
Realmente, se for feito.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
“Quando a sorte me procura ela sempre me encontra trabalhando”
Mudar e evoluir, adaptar-se e sobreviver, resistir e perecer
A economia este ano também se mostrará bastante favorável, a despeito de algumas carências que possam surgir.
Profissionais qualificados e a qualificação de profissionais será tema recorrente, porém é importante alertar que há mais discursos do que prática. É necessário incentivar a cultura da qualificação para que não paguemos um alto preço pelo retrocesso.
Este é um momento importante para conquista de mercado, pelas oportunidades que são oferecidas, contudo a concorrência também se mostra muito mais agressiva.
Novos concorrentes surgem a cada dia, com novas marcas, produtos substitutos, propostas e preços diferenciados, tomando espaço das empresas tradicionais.
Em muitos segmentos, fornecedores e suas marcas são substituídos pelas Private Labels, sofrendo duros golpes em seus resultados, e não se vêem preparados para prospectar novos clientes e oportunidades comerciais.
Prospecção de clientes e oportunidades comerciais, mais do que ação, é cultura empresarial, por essa razão a reação se mostra complexa.
Concorrer em uma economia globalizada exige a aplicação intensiva de capital intelectual. Muitas empresas, por falta experiência na aplicação desse fabuloso recurso, não os utilizam adequadamente. Ainda que não lhes faltem!
A invasão de produtos importados – as importações serão cada vez mais acentuadas – mostra que muitas empresas não estão perdendo apenas espaço no mercado interno, mas perdendo a batalha pelo futuro, que é travada no campo intelectual, em busca de excelência no modelo de gestão empresarial. Um modelo que deve permitir que exportemos mais também.
Nossa participação na economia mundial vem caindo. Situação que não deve ser confundida com nosso desempenho no BRIC.
O conjunto de fatores a serem trabalhados inicia-se no campo, com prospecção de clientes e oportunidades de negócios para a busca de novos horizontes, e alcança o chão de fábrica e a forma como as operações são financiadas.
Um trabalho que estabelece escala de produção, preço competitivo e destino.
A recuperação de clientes – consumidores ou revendedores- além de cara está se tornando cada vez mais difícil. Quando se mostra possível.
Avisos sempre antecedem as substituições, por essa razão, com tantas ofertas, os clientes ao trocarem fornecedores não mostram motivação para rever a posição.
Um fornecedor substituído se depara com enormes barreiras, ainda que apresente novos produtos.
É importante ressaltar que a motivação para troca, em sua maioria, é gerada pela insatisfação. Lembre-se que 70% dos clientes que trocam seus fornecedores o faz porque considera que estes não se importam com eles. Um cliente satisfeito é reativo a contatos e experimentações. Um cliente insatisfeito não só aceita fazer todas as experiências como sai em busca de solução.
O consumidor quer satisfação plena e o revendedor lucro máximo. Todo resto é especulação e amenidades.
Ao fornecedor substituído resta a enorme barreira a ser superada, ao fornecedor substituto o trabalho de consolidação para fidelização.
Não importa qual seja a posição da empresa, esta sempre terá grandes desafios para se manter competitiva. Em tempos de mudanças, a mudança é a única constante. A certeza que resta!
Empresas mudam e evoluem. Empresas se adaptam e sobrevivem. Empresas resistem e perecem.
A questão já não é mais poder escolher, mas agir em tempo!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Jogue Empreendedorismo, vinte e quatro horas por dia de adrenalina pura
Jovem gosta de emoção, desafio, barreira que mereça ser superada. Por que no singular?
Pela pluralidade de comportamento e pela singularidade com que faz as coisas.
Uma a cada tempo, até que se canse e parta para outra. Não sem antes obter uma “estrondosa vitória!”
Todos? Não, há aqueles que desistem, claro! Pode usar a gíria que quiser para o fato, de amarelar à…
Bom, sei lá, você escolhe.
Saltam de paraquedas, asa-delta, mergulham entre os tubarões, pilotam em alta velocidade, arriscando a vida nas estradas, fogem com o carro dos pais, fogem de casa, faça sua lista, certamente não será pequena.
Qual é a duração dessas empreitadas?
De alguns segundos a alguns meses. Só adrenalina!
Tenho aqui uma idéia: Que tal vinte e quatro horas por dia, a vida toda, de adrenalina pura?
Risco? Total!
Recompensa? Inimaginável!
Penalidades? Pode ir da volta à estaca zero, quem sabe uma pontuação negativa, à cadeia, se você fizer algo fora da lei.
Perigoso? Depende de seu ponto de vista, eu particularmente acho.
Tira o sono?
Quando dá certo não, mas quando dá errado você dorme como um bebe: acorda aos gritos!
Há um aspecto interessante: você será dono do seu nariz, poderá fazer o quiser, a hora que quiser, como quiser.
O detalhe é o seguinte: começou não tem como amarelar, terá que aguentar as consequências. E elas não são virtuais.
O sucesso poderá realizar todos os seus sonhos. Casas, carros, champagne em Paris, viagens, as melhores e sonhadas companhias, e, veja, nada virtual, tudo real.
Poderá perder dinheiro?
Muito.
E ganhar?
Claro, mais ainda.
Onde encontrar esse jogo?
Em qualquer lugar, basta criar uma empresa.
O que vender?
O que você quiser, desde que lícito.
Como começar?
Pois é, chegamos ao primeiro ponto de descarga de adrenalina.
Você terá que usar seus conhecimentos sobre negócios e caso não os tenha terá que usar o instinto de detetive e se mexer.
Vai descobrir que o processo é muito mais complexo e exigirá muito mais habilidades e coragem do que se atirar de um barranco arriscando uma sorte calculada.
E, atenção: quem tem que amarrar bem as duas pontas da corda é você. Errou, danou-se.
Adrenalina!
Quer algumas pistas?
Claro! Amigos, desconhecidos que têm empresas similares, escolas, escritórios de contabilidade…
Você não gostou da indicação dos desconhecidos porque podem não atendê-lo ou quem sabe tratá-lo mal?
Ora, faz parte do jogo. Adrenalina!
Tem que procurar fornecedores? Sim, lógico. Adrenalina!
Clientes também? Evidente, quer moleza. Regra do jogo. Adrenalina!
Implorar para conseguir empréstimos no banco? Se faltar dinheiro não vai ter jeito. Vai ter que usar sua capacidade de convencimento. Adrenalina!
Meu caro, aqui a adrenalina não está na pedra de crack, mas em ser craque, pois você vai ralar certas partes na pedra. Adrenalina!
Vida de Flintstone: quebrando pedras todos os dias.
Sabe que gosto mais do nome dessa série em espanhol: Los Picapiedra!
E ai, vamos em frente ou vai amarelar e dizer que isso não é para você?
Meu amigo Ademir diria: “Cuidado, há perigo na esquina!”
Meu filho já seria indagador: “Se não aguenta, por que veio?”
Relaxa, eu acredito no seu potencial e disposição.
Percebeu que a coisa aqui não acontece no singular, mas tudo no plural: Coisas para fazer, e muitas! Adrenalina!
Empreendedorismo é um belo jogo, cheio de riscos, estratégias, muita emoção, que pode ser jogado a vida toda.
Eu to nessa e você?
Adrenalina pura!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Homens criativos e suas empresas criadoras
Ao ser humano idéias não faltam, materializá-las é que é a questão.
A lista de dificuldades pode ser encabeçada pelo dinheiro e terminar com a individualidade.
Não é comum encontrarmos pessoas com capacidade criativa e competência criadora. Por essa razão a sabedoria em uma organização está em adicioná-las.
Os locais onde o magnetismo da realização se mostra presente costumam reunir essas forças.
O estudo das organizações nos mostrará que há nascedouros de idéias e nascedouro de produtos.
Algumas empresas, por não permitirem a germinação, são como árvores que lançam sementes ao vento. Vêem nascerem novos competidores, agressivos concorrentes ou exploradores de segmentos que não puderam perceber, com idéias ali geradas.
Por outro lado, há organizações que sem mostram como campos férteis, propícios para receber novas e variadas sementes. Chegam a vender parte de seus negócios e continuam criando outros.
De onde vem essa energia criadora, se o seu idealizador, muitas vezes, não tem uma história pessoal que o destaque, mas sim a sua organização?
Qual é o segredo desse poder catalisador?
Podemos considerá-lo como um talento pessoal e de grupo. Algo inato, mas também desenvolvido. Uma habilidade que deveríamos ter aprendido há muito tempo, quando iniciávamos nossos primeiros passos na aprendizagem.
Naqueles encontros em que um amigo ensinava uma mágica, outro um truque com a bola, outro como fazer sombras em um desenho, havia aquele que ensinava como imitar, como cantar, alguns acordes em um instrumento, informações que alguma forma poderiam compor um trabalho ou auxiliar na formação do perfil de um estudante.
Assim são as empresas que aprendem.
Por que não dizer o homem e sim a empresa?
Pela razão fundamental: resultado da aplicação. O produto não será resultado da ação de um, mas de muitos. Como em um jogo de voleibol: Um recebe, outro levanta para que um terceiro corte.
Por que razão as empresas, todas, não são assim?
Por que no jogo do empreendedorismo as regras são livres. Cada um faz a sua e nem sempre são aceitas pelos próprios companheiros.
Modelos de gestão aceitos têm muito a ver com comportamentos. E estes têm seus capilares criativos e criadores, os quais costumam ter predominância.
Organizações com ambientes propícios à alta criatividade e baixa materialização enfrentam elevados turnover. Talentos chegam e partem com suas idéias.
Reunir os colaboradores para debates sobre criação e materialização é determinante para a criação do futuro.
Quem somos, onde estamos, para onde queremos ir, o que somos capazes de criar, qual nosso potencial materializador, que competências necessitamos adicionar, quais não podemos perder, são questões primordiais que determinam o rumo dos negócios.
Um olhar atento vai nos mostrar que no mercado os competidores são muitos, mas concorrentes em posições lucrativas poucos e todos prontos para inovação e renovação.
Não são momentos fortuitos que consolidam o modelo criativo- criador, mas a competência de desenvolvimento de relações.
É necessário aceitar e incentivar o homem a serviço do homem. Para criar, para materializar.
A fantasia tem que dar lugar à realidade na execução.
A riqueza da cultura criativa – criadora está na simbiose, se assim pudermos ou quisermos tratar.
Simbiose é a associação de dois ou mais seres de espécies diferentes, que lhes permite viver com vantagens recíprocas e os caracteriza como um só organismo. Neste caso a empresa inovadora.
Apenas a concretude sustenta e pode dar vida longa à fantasia por sua perenidade. E sem a fantasia a concretude não tem razão de existir.
Uma viagem pelas reflexões de Domenico de Masi sobre fantasia e concretude e a abordagem sobre grupos criativos e criatividade é recomendável.
Uma idéia sem materialização é só uma reflexão, sem consequências, e rapidamente estará sob domínio de outra organização.
Em um mundo competitivo, onde a vantagem está com aquele que é capaz de tornar as próprias idéias obsoletas, este conhecimento não pode ser novidade.
Não reconhecê-lo é atraso, desconhecê-lo a falência.
Por ser óbvio é invisível para muitos, como tudo que é óbvio.
O óbvio ao óbvio: Sucesso aos homens criativos e suas empresas criadoras!
Os que não forem juntem-se, organizem-se e aprendam!
Ou pereçam…
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
(11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
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Twitter: @ivanpostigo
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Coração de artista, cabeça de sonhador
Sempre é tempo de reflexão, mas um novo ano cria motivações adicionais.
Aquecimento global, sustentabilidade, incertezas nos levam a uma série de questionamentos.
Vivêssemos mil anos o que veríamos?
Como será o consumidor do futuro?
Ainda se encantará com o velho jeans e a camiseta branca ou usará roupas futuristas?
Que expectativas terá que precisarão ser atendidas, e quais serão criadas ou despertadas?
O homem está de volta à caverna em busca de segurança e proteção. Com muito mais conforto, afinal esta se tornou eletrônica. Não bate mais tambores, simples toques nas teclas o colocam em contato com o mundo.
Sem cabo, nem fios, mas simples ondas atravessam mares e oceanos.
Como será o homem do futuro?
A magia da bola de cristal foi substituída pela telas de cristal líquido, que lhe permitem com muitos megabytes fazer suas previsões.
Como será o homem do futuro?
Altruísta, solidário, espiritualista ou egocêntrico e materialista?
Como será o homem do futuro?
Sociável ou solitário?
Resgatará o prazer de conviver com o as tribos ou será um errante pensador?
Como será o homem do futuro?
Preocupado e engajado com o destino das próximas gerações ou um voraz consumidor?
Como será o homem do futuro?
Entendê-los, para alguns uma ficção, para muitos uma necessidade.
Como será o empresário do futuro?
Óbvio produtor ou mágico criador?
Como será o empresário do futuro?
Cuidará do nosso planeta ou nos levará em suas naves para Marte?
Como será o empresário do futuro?
Atenderá nossos apelos ou despertará emoções?
Como será o empresário do futuro?
Individualista ou coletivista?
Como será o empresário do futuro procurando atender os homens com seus produtos e marcas, enquanto tenta superar os próprios limites de seu coração de artista e cabeça sonhador?
Perguntas não me faltam, respostas encontro poucas.
Como será o futuro do futuro homem empresário?
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Um país se desenvolve com educação para gestão.
Educação gera competência;
Competência conduz à excelência administrativa;
Excelência administrativa à um futuro melhor.
Onipotência na gestão – O dilema de João
Little Big João trabalhou muitos anos administrando empresas de terceiros. Tem perfil arrojado, não ouve muito as pessoas, trabalhou duro, chegou à gerência e acredita na sua capacidade empresarial.
Juntou algum dinheiro, montou uma empresa em sociedade com amigos, mas pela contundência de suas colocações acabou os afastando e com um pouco de esforço comprou suas cotas. Agora é o comandante do navio.
Nosso pequeno grande homem agora tem uma empresa só sua e determinou que as coisas serão feitas à sua maneira, sem intromissões, palpites ou interferências.
Os projetos e desenvolvimentos de produtos deverão estar prontos em 48 horas, o ciclo de produção que era de 70 dias agora será de 45 dias, nenhum pedido será recusado por causa de preço e prazo de entrega. Chegou a hora de mostrar aos concorrentes o poder de João.
Uma ação forte em vendas e rapidamente a carteira está explodindo com pedidos a entregar. O lema é : Tragam os pedidos e nós os atenderemos.
O volume de trabalho é tanto que a equipe de engenharia e desenvolvimento criou algumas categorias para os projetos, mas já não sabe o que classificar como prioritário, urgente e urgentíssimo. Não importa quantas horas tenham que trabalhar, para João tudo é possível !
Os fornecedores, sob o mesmo incentivo, aceitaram os pedidos de matérias-primas com prazos mais apertados, mas como não conseguem atender as datas de entrega vivem em reuniões com a equipe de produção e compras de João.
As equipes da fábrica, sob constante pressão, mudam os programas de fabricação a cada telefonema e abordagem dos clientes ameaçando cancelar os pedidos.
Os vendedores já não visitam mais os clientes, evitando cobranças dos pedidos não atendidos, e dedicam o tempo a reclamar e cobrar os gerentes de produção.
João tenta se multiplicar analisando o mau resultado da carteira dos próximos meses, cobrando a equipe de vendas, questionando seus gerentes, ligando para os fornecedores cobrando entrega de materiais, avaliando os custos que considera altos e precisa ser reduzido, preferencialmente com corte de pessoal, liberando horas extras para atender pedidos atrasados, correndo na fábrica para evitar perda de pedidos, assumindo responsabilidades por eventuais problemas com outros clientes e aprovando novos empréstimos para equacionar o caixa.
As reuniões, quando possíveis, para avaliação dos pedidos e encaminhamento de problemas, começam com discussões e terminam em lamentações e recordações dos bons tempos em que cada um dos presentes podia trabalhar com racionalidade.
Reduzir o volume de pedidos é proposição inaceitável, não se deve perder espaço para os concorrentes. Aumentar o prazo de entrega está fora de cogitação, não importa quantos argumentos sejam apresentados. João tem convicção que o prazo de 45 dias é suficiente.
Vender mais, atendendo as necessidades dos próximos meses, é factível na visão de João. Até lá a maioria dos pedidos atrasados estarão nas mãos dos clientes, acredita nosso gestor.
Os bancos? Ah, sim os bancos! Eles continuarão a conceder crédito, afinal estão tendo lucro!
João tem uma equipe dedicada com quem às vezes almoça, lamenta-se, conta suas histórias de sucesso, critica as opiniões, irrita-se, mas não os ouve, afinal nenhum deles tem sua visão e determinação.
Empresas como a de João aparecem e desaparecem todos os dias, algumas ainda resistem algum tempo.
João, quer sua empresa sobreviva ou não, continuará acreditando na sua enorme capacidade administrativa, não dividindo a gestão com ninguém.
Um dia quem sabe, num segmento de negócios sem muita concorrência, sua onipotência até poderá dar certo.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Um país se desenvolve com educação para gestão.
Educação gera competência;
Competência conduz à excelência administrativa;
Excelência administrativa à um futuro melhor.
Um gestor no MMA
Quando os lutadores de full-contact passaram a ser observados com interesse, e os confrontos começaram a atrair fãs e possibilidades de negócios, empreendedores viram no processo uma mina de ouro.
O romantismo dos lutadores de rua ou de campeões de algumas modalidades foi logo substituído por ações concretas de geração de um novo esporte. Adorado por alguns, criticado por outros e visto, com curiosidade e espanto, por muitos.
O amadorismo deu lugar ao profissionalismo. O homem forte cedeu seu espaço ao superatleta. A sofrida busca por apoio foi substituída por patrocínios milionários, que dão visibilidade a pessoas e produtos.
Alguns poucos abnegados receberam o apoio de uma máquina de geração de resultados e dinheiro e começaram efetivamente a estruturar um negócio.
Não há uma técnica que tenha predominância em um mundo em que o desafio é desafiar. Desafiar o oponente e a frágil supremacia de uma arte.
Brasileiros, com muito trabalho e determinação, estão deixando sua marca nesse mundo. Preparadores físicos, atletas, mestres em artes marciais e empresários se envolveram em um modelo de negócio que gera oportunidades e fontes interessantes de renda.
Do amadorismo das academias ao profissionalismo, estrelato e explosão de notícias e imagens nas mídias.
Um mundo em que não basta ser “bom”, um atleta de qualidade, é necessário ser sempre o melhor. The Best Athlete in The World. The Champion. Nada menos é aceitável.
Ter uma carreira com 99 vitórias e uma derrota pode ser fatal! O público rapidamente substitui o derrotado e levanta bandeiras ao novo campeão.
Vencedor e vencido precisam convencer no combate, não basta um esforço não reconhecido. Definitivamente um negócio que envolve sangue e suor, de fato.
Podemos ver o MMA – Mixed Martial Arts- com a visão do espetáculo, do confronto, das lutas, dos combates, do circo romano, da crítica. Mas, em um mundo de negócios não podemos negligenciar a visão de seu criador e de seus incentivadores.
Estes, nos bastidores, também praticam o MMA, com uma visão gerencial, da qual podemos tirar grandes lições.
Nesse sentido, faço outra leitura da sigla MMA – Maximum Management Action.
Esse espetáculo, como tantos outros, demanda Medidas Máximas de Administração ou MMA para seu sucesso.
Como gestores, devemos nos perguntar que lições podemos tirar dos grandes espetáculos para aplicarmos em nossas organizações.
Vivemos também de bilheteria. Talvez não tenhamos que entrar nos palcos, quadras, gramados, ringues ou octógonos, mas para muitos a vitrine é seu lugar de exposição, aguardando a aceitação.
No mercado de consumo de bens tangíveis e intangíveis o aplauso é reservado à amadora commodity que se torna o profissional superproduto. Reconhecido por sua reverenciada marca.
Uma ação, resultado da aplicação das melhores técnicas em todas as áreas da empresa, evitando o nocaute que pode ser provocado pelo concorrente.
Atenção, pois seu espetáculo já começou: você também é um gestor no MMA.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Ouvir o cliente ainda é o melhor remédio
Quando pensamos na importância da voz do cliente ecoando nas nossas empresas, a imagem nos remete às roupas, aparelhos eletrônicos, automóveis, matérias-primas, e que tal a farmácia?
Compras costumam ser relacionadas a sonhos e desejos, mas será que é isso que o cliente leva a esse estabelecimento?
Atuando nesse segmento, se você perguntar aos consumidores “como pode ajudá-los” qual será a resposta?
Alguns, imediatamente, mostrarão uma receita médica, outros poderão estar em busca de material de higiene e beleza.
E se perguntarmos: – Como você se sente?
Ah, certamente deverá estar preparado para ouvir longas histórias de preocupações, medos, expectativas, apreensões, ansiedades, desconfortos.
Mesmo que o cliente esteja procurando apenas um creme de beleza? Principalmente!
Aquele que solicita um remédio passou por uma consulta e foi orientado. Nesse caso, o profissional da farmácia tem seu trabalho facilitado, importante é o reforço quanto ao uso correto do medicamento, mas o que dizer sobre os que buscam orientações em outras áreas?
Dizia um dos gênios na área dos cosméticos: “Não vendemos beleza, vendemos ilusão!”
Como profissional, não lhe cabe a responsabilidade por venda desta, mas orientar o cliente para que faça a escolha que lhe traga a maior satisfação e os melhores resultados. Ainda que seja apenas o conforto da decisão.
Temos uma pessoa na família cujas mãos realizam pequenos milagres quando aplicam uma injeção. Como ela desenvolveu a técnica não sabemos, o fato é que não dói!
A filha, farmacêutica, seguiu o gosto da mãe pela área da saúde, e não lhe faltam pessoas em busca de orientação.
Ao mesmo tempo em que a farmácia tem como foco o bem-estar das pessoas tem como objetivo os lucros. Isso seria um paradoxo? De forma nenhuma.
Bons profissionais precisam ser bem remunerados, essa é a única forma de atender o público com excelência. Para isso é necessário gerar receitas de vendas.
Receitas que permitam formar excedentes para reinvestimentos em instalações, equipamentos, atualizações e treinamentos para atendimentos adequados.
Quantas vezes você não foi apenas comprar um remédio para dor de cabeça ou gripe e saiu com a cestinha cheia. Com escovas de dentes, cremes para as mãos, shampoos, quem sabe alguns produtos de beleza, por que o excepcional atendimento lhe manteve algum tempo mais circulando entre os expositores e a voz do subconsciente lhe fazia lembrar pedidos dos familiares?
Os profissionais de atendimento, atentos às necessidades, também devem facilitar a compra, a forma de divulgação, o acesso, quando possível , o contato ou experimentação quando permitidos, às opiniões sempre que manifestadas, de forma que o ambiente se torne convidativo. Há melhor local para exercitar o papel de consultor e orientador do que uma farmácia?
Estas atitudes permitem duas ações: Cross Selling e Up Selling.
Como Cross Selling consideremos vender outros produtos além dos já solicitados;
Como Up Selling vender produtos de maior valor.
Estudando empresas voltadas aos clientes e não apenas aos produtos, percebemos que estas se dedicam a aprender tudo o que podem sobre consumidores e necessidades.
Farmácias, como qualquer outro negócio, precisam de bons produtos e marcas consolidadas para atrair o público.
Quem classifica e qualifica marcas e produtos dentro de um estabelecimento?
O cliente!
Ao conhecê-los combinam Up Selling e Cross Selling para aumentar o valor que podem oferecer.
Isso não só maximiza o lucro que a empresa pode obter com cada um deles, mas também assegura que o relacionamento não seja interrompido.
Meu dentista, quando se trata de especialização, costuma brincar: “Comprar uma escova de dente e fácil, adequada nem sempre!”
Ouvir o cliente é fundamental, mas qual é o segredo para fazê-lo bem?
Gostar de gente.
Você não acha que esse detalhe facilita muito a implantação de qualquer programa de treinamento para atendimento e toda condução do processo de venda?
Ora, então contrate apenas pessoas com disposição e prazer para desenvolver relacionamentos, e adote o lema “Aqui só trabalhamos com gente que gosta de gente”. Verá como será muito mais prazeroso e lucrativo trabalhar com essa equipe.
Não importa se a busca do cliente é específica ou genérica, ouvi-lo ainda é o melhor remédio!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Marketing emocional: O único caminho para a fidelidade é o relacionamento verdadeiro
O homem tem desenvolvido meios para divulgar e propagar suas mensagens, contudo a excessiva objetividade tem feito com que perca a essência.
Claro que ao lançarem produtos estes devem ser apresentados ao público consumidor. É a única forma de torná-los conhecidos, ocorre que a massificação não permite destaque.
Produtos e mensagens sem grandes diferenciais não retém a atenção de quem os vê e não incentiva a experimentação.
Inovar nessa área tem sido um dos grandes desafios dos gestores.
Há um detalhe, entretanto, que precisa ser realmente trabalhado e não tem recebido a devida atenção das empresas: O relacionamento com o mercado.
Não é difícil defender que estamos comprometidos com esse aspecto, apresentando nossos trabalhos de registro de informações e reclamações do mercado, o programa para gerenciamento de relações com o cliente (CRM), trocas efetuadas, e uma série de respostas às cartas e telefonemas.
Ora, você já notou que grande parte dos assuntos tratados quem tomou a iniciativa do contato foi o cliente?
É interessante que quanto mais informações temos e atenção dedicamos à análise, com maior clareza percebemos quão distante estamos realmente dos clientes.
Gerentes comerciais nos dizem sempre: Não temos tempo para dar atenção a todos os clientes. Os problemas a serem resolvidos são muitos e diversos e precisamos prospectar continuamente.
Essa frase dita por um gestor de uma empresa nova, com produtos que necessitam maior visibilidade tem sentido, mas em uma organização com mais de vinte anos no mercado, com produtos sem mudanças significativas, atendendo estações ou pequenas melhorias tecnológicas?
Essa afirmação merece ser avaliada!
Especialistas, depois de horas de estudos, observaram que entre sessenta e setenta por cento dos clientes trocam os fornecedores porque consideram que estes não se importam com eles.
Intrigados analisaram pesquisas de empresas que se mostraram interessadas ou que tinham softwares de gestão de relações (CRM), os resultados não mudaram significativamente.
Um olhar atento mostra que a coleta de informações serve para indicar oportunidades, não para gerenciar e estabelecer modos de relacionamento.
O mercado se apropriou da palavra “parceria” como uma forma de diferenciar a relação fornecedor – cliente. O resultado foi um enorme desgaste, justamente por não fazer o adequado uso a que se propunha.
Rolf Jensen, Diretor do The Copenhagen Institute for future studies, disse: “Os futuros produtos terão que apelar aos nossos corações e não às nossas mentes”, pois a sociedade da informação está migrando para a sociedade dos sonhos.
Defende ainda que a hora de agregar valor emocional a produtos e serviços é agora, contudo cabe um alerta: O foco continua sendo o produto e não o consumidor e nossos parceiros comerciais.
Isso pode, é interessante que seja feito, mas será apenas mais uma nova onda. Ainda assim, os gestores permanecerão tratando de problemas e prospecção.
A contínua atenção e preferência por nossas empresas e produtos dependem de um fator: Fidelidade.
Fidelidade é resultado do verdadeiro relacionamento que tem como base o carinho.
Carinho que não só aproxima gestores, mas desenvolve afeição.
Como gestor lembre-se sempre: As pessoas compram de quem gostam e confiam.
Despertar e desenvolver esse atributo em seus colaboradores não só melhora as relações internas e externas, como é uma questão de sabedoria para gestão!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Vista a camisa verde amarela de sua empresa
Trabalhe com dedicação para a construção do futuro
É lá que você viverá todos os dias de sua vida
A negligência com a competição cria a concorrência
O automóvel substituiu o cavalo, ainda que na época algumas pessoas não acreditassem que o faria. Acha estranho?
Contam que o Presidente do Michigan Savings Bank , em 1903, recomendou que Horace Rackham, advogado de Henry Ford, não investisse na Ford Motor.
Teria dito: “O automóvel não passa de uma moda passageira, o cavalo veio para ficar.”
Rackham ignorou o conselho, comprou 5.000 dólares de ações que vendeu, anos depois, por 12,5 milhões de dólares.
Quando a TV surgiu, o rádio já fazia enorme sucesso. Muitos diziam que as pessoas não se interessariam por aquele produto, afinal quem quisesse ver imagens sairia às ruas. Você já sabe o resultado.
Quem imaginaria a máquina de escrever como peça de museu? Há algum tempo poucos, não?
Apenas o filho de um amigo quando a viu achou a última invenção.
Com menos de cinco anos, acostumado a mexer nos computadores do pai, um dia ao entrar no escritório do avô o viu datilografando um documento. Correu para perguntar à mãe se tinha visto o computador do avô que imprimia assim que este digitava!
A velocidade em datilografia, exaltada no passado, pouco importa hoje se não tivermos conhecimentos de informática, não é verdade?
Onde estão produtos como o carburador, o telex, o fax, o mimeógrafo, as gelatinas usadas nos livros contábeis, discos flexíveis para computador, aparelhos de TV preto e branco, toca-fitas de carros e tantos outros? A lista é imensa.
O surgimento de alguns produtos provocou enorme impacto no mercado, deixando fábricas inteiras obsoletas e uma multidão de pessoas sem qualificação para novas atividades.
Nasceram do dia para a noite? Claro que não, mas muitos cresceram no espaço deixado pelo descrédito.
Ainda que antenados no mercado, um pequeno descuido pode nos trazer grandes estragos.
Nesse sentido, vale a pena ler os relatos de Andy Grove, co-fundador e ex-CEO da Intel, na tumultuada jornada para construção da que seria a maior fábrica de chips do mundo.
Em 1985, enquanto se debatiam para encontrar soluções para os problemas que estavam destruindo a organização, Grove perguntou à Moore, então CEO: “Se nos chutassem e o conselho colocasse outro CEO no comando, o que ele faria?”
Gordon disparou: “Acabaria com o negócio de memórias.”
Grove, ainda perplexo, lhe disse: “Por que você e eu não saímos por aquela porta, voltamos e fazemos isso por nossa conta?“
Naquele momento os japoneses não apenas competiam, mas concorriam de forma tão intensa que iriam tirá-los dos negócios.
Foi o que fizeram, partindo para a fabricação de microprocessadores.
Suas reflexões sobre liderança estão em seu livro “Só os paranóicos sobrevivem”.
Todos os dias, em algum lugar, algum produto ou empresa, é superado pela falta de atenção de seus gestores.
Como diz Vitor Orlandi: “Cheguei onde ninguém acreditava, permaneci onde alguns nunca foram, estou indo para um lugar onde poucos conhecerão.”
A prevenção é obtida quando o cliente é o foco e não o produto. Veja o que diz Michael Dell, da Dell computadores:
“Desde o início, toda nossa empresa, desde a criação, passando pela produção, até as vendas, foi orientada para a atenção ao cliente”.
Isso basta? Digo que não!
A organização precisa aprender para reagir. Desta linha de raciocínio vem a lição de Jack Welch, na oportunidade CEO da GE:
“Nosso comportamento é guiado por uma crença básica fundamental: o desejo e a capacidade de uma organização para aprender continuamente com qualquer um, em qualquer lugar, e converter rapidamente tais ensinamentos em ação, para obter vantagem competitiva máxima”.
Aprendamos então com o conselho de Marcelo de Souza Bastos:
“Aproveite as idéias que as pessoas te apresentam, pois até mesmo um relógio parado está certo duas vezes por dia”.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Twitter: @ivanpostigo Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
A visão holística e os modelos de gestão do futuro
Holística, bonita palavra, não?
Ela lhe traz uma idéia esotérica, como costuma sempre mencionar um amigo?
Neste momento vamos tratá-la de forma prática, racional, e com todo seu poder de agregação.
A palavra “holos” tem sua origem no grego e significa inteiro, todo.
Ao inseri-la na gestão empresarial passaremos a ver empresa como um todo, não como uma entidade “departamentalizada”.
Você deve estar pensando qual a importância disso.
Mais uma onda?
Não, uma necessidade.
Modelos de gestão estão sendo questionados e abandonados, no mundo todo, por uma razão muito simples: não trouxeram às empresas os resultados esperados, de acordo com os investimentos efetuados. Culpa dos modelos? Não!
Onde as falhas têm ocorrido? Na “implementabilidade”.
Quer um exemplo?
Ocidentais loiros, de olhos azuis, não se sentiram tão samurais quanto nossos irmãos orientais. Nem os métodos aplicados pelo outro, ensinados ao um, surtiram os mesmos efeitos.
Ainda que as qualidades se equivalessem, os círculos não eram os mesmos.
Em um momento da febre de trabalhos em células, ao iniciar um projeto, recebi algumas equipes que a empresa enviara ao Japão para que aprendessem a técnica.
Maria, uma brava, brava paraibana, me dizia sobre sua experiência: – Tivéssemos uma espada botaríamos todo mundo para correr. Isso é negócio para eles. Precisamos, antes, desenvolver aquilo que eles chamam de paciência oriental. Por que não nos mandaram antes podar arvorezinhas com tesoura?
É verdade que Maria era engraçada, às vezes, e em outros momentos irritada e irritante, mas há sabedoria em sua simplicidade.
Saber “o que” não é suficiente, é fundamental saber “por quê?”.
Uma espiada atenta nas relações, na nossa empresa, nos mostrará um quadro assim:
O gerente de fábrica critica o gerente de vendas porque este só quer vender o que é mais fácil, enquanto ele tem que se desdobrar na produção.
O gerente de vendas, por sua vez, critica o gerente da fábrica porque este só quer produzir o que é mais fácil.
O gerente financeiro critica ambos, porque esse desencontro impede o faturamento esperado, com isso passa um “aperto danado” para equacionar o caixa e pagar as contas.
O presidente critica todos e roga a Deus para que se entendam.
Os concorrentes, apesar de todos os discursos de liderança e diferenciação, não perdem ninguém de vista e copiam acertos e erros.
Você me perguntaria: – Erros também?
Com toda segurança lhe respondo: – Sim e muitos!
A questão é bastante simples: que modelo de gestão é esse?
Que visão de negócios é essa?
Lia esta semana um artigo onde havia um forte ataque aos conceitos de visão e missão. É verdade que por conta do modismo praticam-se alguns exageros, mas é fundamental saber “quem somos” e “para onde vamos”, para que não nos apresentemos como hábeis espadachins depois de dez horas de curso.
Você navegaria pelos mares do mundo, em um pequeno barco, sem uma equipe experiente, reciclada, adaptada aos equipamentos modernos de navegação, motivada e unida?
Ora, se você realmente sabe o que pode enfrentar em alto-mar a resposta será: – De jeito nenhum!
Diga, então, como gostaria que a turma agisse?
Certamente dirá:- Como um time coeso, como uma corrente, com elos fortes, como se fossem um só!
Uns diriam “Eureka”, outros “Caramba”, outros… deixa pra lá. Como se fossem um só?
Isso é visão holística!
Percebeu, não dá para ignorar o conceito, por isso este determinará os novos modelos de gestão, adequados a cada cultura.
Estava pensando: Maria vai ficar contente!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
O complexo processo de contratação de representantes comerciais
Qual é a referência usada pela maioria das empresas para contratar um representante comercial?
Entres tantas respostas que possam ser dadas, a questão se resume a que este seja o “melhor do mercado”.
Você gostaria de ter em sua empresa, para uma determinada área, o melhor representante?
Quando levanto essa questão as respostas vão além: gostaria de ter em todas!
Será que o melhor representante da região lhe traria os melhores resultados?
Temos que considerar, naturalmente, que as empresas que este já representa atenda os mesmos clientes que você gostaria de ter em sua carteira. Evidentemente que não estamos falando de alguém lotado no segmento alimentício pretendido para o comércio de peças de automóveis. Não seria lógico tratar a questão dessa forma.
Na escolha do profissional temos que estar atento a sua identificação com o produto. Alguns aspectos merecem atenção especial como detalhamento técnico, moda, relevância da grife, tipo de cliente, exposição, entre tantas outras questões.
Alguns profissionais se sentem bem atendendo o pequeno varejo, mas encontram dificuldades no trato com grandes organizações.
Nas pequenas lojas não há necessidade de agendamento de visitas, ao passo que nas grandes superfícies há um processo a ser seguido. O trato com as indústrias também tem suas particularidades, e assim cada segmento.
Outro aspecto a ser observado é a composição de mostruários que este carrega. Considere que ele trabalha com outras três empresas e os mostruários são volumosos e pesados. Cada apresentação demanda que vá ao veículo buscar as malas para nova abordagem. Caso a representatividade de seu produto, no volume de negócios deste profissional, não seja substancial, ele acabará não recebendo a atenção que precisa. Depois de algumas horas de conversa, o próprio comprador poderá sugerir vê-lo em outra oportunidade.
O profissional cansado poderá protelar a apresentação ou, mediante a solicitação para que deixe o material e o apanhe outro dia, poderá não se animar em fazer mais uma “viagem” ao veículo.
A não coincidência de áreas de representação é fator inibidor. Você decidiu lhe entregar a representação de todo o estado, mas as demais só lhe permitem trabalhar em cinquenta por cento deste. A probabilidade que seu produto seja apresentado aos clientes da outra metade uma vez por mês ou a cada dois meses são bastante grandes.
A representatividade de algumas marcas e o período de captação de pedidos pode levar seu representante a abandonar suas vendas por um determinado tempo.
Lançada uma coleção, a empresa “AXY”, que ele também representa, lhe diz: Você tem quarenta dias para fazer o mercado, depois não aceitaremos mais pedidos. Só reposições”.
Dá para imaginar o que vai acontecer com seu mostruário? Se ocupar muito espaço ficará em casa, e se ficar no porta-malas, pouco provável que de lá saia!
Os recursos usados para emissão dos pedidos, que são oferecidos pelas representadas, também têm influência na condução dos trabalhos. Adiantamentos para viagens, premiação por antecipação de compras, frequência com que os gerentes vão a campo e observam seus representantes, logicamente que estabelecem o modus operandi do profissional.
Na contratação de um representante comercial há inúmeros aspectos a serem observados, não apenas a competência reconhecida por sua história e disposição para o trabalho.
É fundamental avaliar sua disponibilidade. Quanto tempo, efetivamente, ele poderá dedicar à sua empresa, representado-a em seus clientes.
Como descobrir?
Visitando o mercado, conversando com os clientes, e, usando o bom “português de campo”, batendo mala!
Não basta você escolher o representante, ele também precisa escolher sua empresa e seus produtos!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
www.postigoconsultoria.com.br
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
A vantagem competitiva está com quem erra menos
Ainda encontramos adeptos do velho ditado “quem tem a informação tem o poder”, mas cada vez menos.
Fico feliz quando em alguns projetos damos saltos tecnológicos, mas também atento para que os gestores tenham consciência que aquela vantagem competitiva não será duradoura.
Todos os avanços tecnológicos serão repassados ao mercado, rapidamente, pois constituem os diferenciais competitivos dos fornecedores.
Empresas, cujas culturas estão voltadas ao aprendizado e evolução, sabem que o mercado é sábio e encontra usos inimagináveis para seus materiais e máquinas.
Gosto da complexidade da palavra serendipty, pois nos alerta para o óbvio: atenção aos fatos!
Ainda que a palavra defina as descobertas ao acaso, na realidade estas ocorrem por observação, pois a análise de algo inesperado é que leva ao seu aproveitamento.
Um pequeno exemplo de grande efeito, com alguma história e um pouco de lenda:
Em 1894, o médico John Harvey Kellogg era superintendente do Battle Creek, hospital para tratamento de doenças crônicas em Michigan.
Ele e seu irmão, Will Keith Kellogg, adventistas do sétimo dia, estavam procurando alimentos saudáveis para dar aos pacientes, que também respeitassem a dieta vegetariana.
Will ao preparar a massa de trigo para fazer granola deixou uma quantidade descansando. Quando foi utilizá-la viu que estava ressecada. Poderia tê-la jogado fora, mas não o fez.
Aqui está o primeiro diferencial.
O que você teria feito?
John e Will resolveram afiná-la nos cilindros para fazer folhas para massa de pão. O resultado foram flocos. Novamente não a jogaram fora.
Segundo diferencial.
O que você teria feito?
Assaram os flocos e estes foram muito bem aceitos pelos pacientes. Tiveram a coragem de fazer a experimentação. Terceiro diferencial.
O que você teria feito?
Patentearam o produto com o nome de Granose. Acreditaram no futuro da descoberta. Quarto diferencial.
O que você teria feito?
Experimentaram, então, fazer os flocos com vários grãos, inclusive milho, e em 1906, Will criou a empresa Kellogg’s para vender os corn flakes. Apostaram na idéia! Quinto diferencial.
O que você teria feito?
John recusava-se a continuar na sociedade porque Will ao adicionar açúcar à massa reduzira os benefícios do cereal à saúde. Apesar do descontentamento continuou. Sexto diferencial.
E você, o que teria feito?
Bom, não é necessário falar sobre o sucesso da idéia, não é verdade?
Ora, mas hoje não estão sozinhos no mercado, outra verdade não?
Este é apenas um exemplo, entre tantos outros. Algumas idéias foram superadas, outras caíram em desuso, apesar de terem gerado fortunas.
É a velha história da manteiga ou margarina. Você encontrará defensores e acusadores para os dois produtos. A questão não se resume a quem tem razão, mas a quem tem os melhores argumentos.
Assim é feito o julgamento no mercado e se desenvolve a motivação para compra.
Quando produtos similares e substitutos concorrem para conseguir a atenção dos consumidores, a vantagem está com quem erra menos.
Neste momento, quem errar menos na exposição dos argumentos conseguirá nos vender uma esteira.
Ocorre que todos são muito parecidos, por isso temos protelado a compra!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
www.postigoconsultoria.com.br
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Os cinco degraus da ruína empresarial
Tenho abordado a questão da derrocada empresarial com mais freqüência do que costumo fazer, por duas razões:
a) As consultas de empresas em sérias dificuldades têm aumentado;
b) Quando escrevo sobre um determinado assunto é comum que surjam mais perguntas.
Nesses momentos, em que a crise assola a empresa, a primeira conversa com os gestores é bastante longa e truncada.
Envolvem debates sobre o futuro, algumas abordagens sobre o presente, que é o que importa, e relatos de intranquilidade.
Ao usar esses termos me perguntaram: “Você sempre fala do futuro, este é que devemos planejar, o presente já se tornou operacional, então porque você nesse caso está com o foco nele?”
Ora, é simples, quando algo não tem futuro o que é que importa? O presente!
Uma atenção especial no presente quem sabe não abre novamente as portas do futuro?
Isso é cruel? Sim, mas porque essa situação se apresenta dessa forma?
Não responda, não precisa, coloco a seguinte situação: uma pessoa lhe diz que não tem mais crédito com os fornecedores e nem com os bancos, pois esgotou todas as linhas, e sem matéria-prima a fábrica irá parar no dia seguinte.
Como você qualifica essa situação?
Que recomendações sobre o futuro do empreendimento pode dar a ela?
Calma, não vale lhe perguntar por que não o procurou antes e por que deixou a situação chegar nesse ponto!
Tudo o que ela precisa nesse momento é que você a ajude a pensar como sair dessa situação.
Você pensa, pensa, pensa, e não vê saída.
Ah, vende a empresa!
Ok, quando? Lembre-se que a fábrica vai parar amanhã e as despesas continuam “correndo”.
Dá para sentir o tamanho do problema?
Como a conversa é entre nós e não com o gestor que está com o “pepino” ou o “abacaxi para descascar”, vá lá, faça a pergunta: “Por que deixaram a situação chegar nesse estágio?”
A lista de motivos é enorme, desde a invasão de produtos estrangeiros até as barreiras criadas pelo ego.
Estava tratando de algumas questões financeiras esta semana quando um amigo me lembrou uma frase, que ele considera sensacional, para ser usada quando nos achamos maiores que os desafios e não aceitamos e não queremos ajuda.
Temos uma pessoa nos nossos contatos, hoje felizmente bem sucedida, que já passou por enormes apertos, que nos disse certa vez: “Aprendam com os erros dos outros, até então é grátis. Pagar o preço por puro orgulho é estupidez. Digo isso porque a minha empresa “arrebentou” bem antes do que meu ego, e se não tivesse acordado teria levado esta também pro buraco.”
Evidentemente que a situação de uma empresa em crise não dá para ser avaliada numa tabelinha e nem os vários estágios são nítidos, mas dá para considerar que o processo de deterioração tem cerca de 5 degraus.
Primeiro: Orientação
Os gestores deveriam buscar orientação, os erros estão evidentes e algumas ações podem rapidamente recolocar a empresa nos eixos.
Vaidade, política, teimosia, medo das mudanças criam barreiras que impedem a incorporação e ação de “agentes externos”.
Segundo: Correção
Entramos numa fase um pouco mais delicada e a empresa começa a sentir o impacto financeiro dos problemas.
As linhas de crédito se aproximam de limites perigosos e as garantias começam exaurir.
Terceiro: Socorro
Pronto, cheques especiais esgotados. Todas as linhas tomadas.
Os gestores já não administram os negócios, a ordem é arrumar dinheiro.
A folha de pagamento começa a atrasar, os fornecedores se recusam a entregar material sem pagamento de parte dos valores pendentes, pagamentos em cartório viraram uma constante.
Quarto: Salvação
A situação ficou tão complicada que nem vendendo uma parte do patrimônio a situação mostra possibilidade de reversão.
Já especularam uma possível venda da empresa, mas uma pessoa se interessa só pela marca, outras por algumas máquinas e equipamentos, mas ninguém está disposto a comprar o problema.
As propostas são encaradas como ofensas e os atritos estão a “mil”.
A notícia já é de conhecimento geral e o valor da empresa, se é que ainda tinha algum, despencou.
Quinto: Falência
Por que não tratar a situação em uma concordata?
Quer dar uma sobrevida ao negócio? Pode colocar essa medida no estágio de salvação.
Quando o fato que levou a empresa ao processo concordatário é uma questão mercadológica e não problema de gestão costuma ser mais fácil a superação. A empresa precisa de algum tempo para ganhar fôlego, mas quando a questão é dificuldade de gestão é pouco provável que a situação se resolva.
Valores pessoais e convicções se sobrepõem a questões técnicas.
Nesses casos as pessoas decidem mais para ter razão do que para gerar resultados.
São momentos em que a procura por orientação costuma ocorrer: a crise no último degrau.
A esperança de reversão ficou lá entre o terceiro e quarto passos.
É sempre bom ter desafios profissionais, mas cá entre nós, é bem melhor quando são para superar as barreiras de crescimento.
Muitos gestores quando chegam próximos da meta e não a superam, suspiram e dizem desanimados: – O mercado ta complicado!
Complicado?
Complicado é o quinto estágio que acabamos de ver. Isso sim é complicado!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
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Vista a camisa verde amarela de sua empresa
Trabalhe com dedicação para a construção do futuro
É lá que você viverá todos os dias de sua vida
Supremacia das marcas: Marcas líderes cada vez mais líderes
Em alguns segmentos de negócios a força da marca é fundamentalmente a chave para o sucesso.
No mercado já não há espaço para todo mundo, pois o avanço tecnológico cada dia mais elimina as possíveis diferenças técnicas. Isso é um fato incontestável, mas ainda há muitos gestores que negligenciam o fato.
Marcas se sobressaem por atenderem a princípio os interesses globais e posteriormente as diferenças. Isso é que as torna únicas, não ficando presas ao lugar comum.
O que diferencia as marcas líderes das semelhantes, das cópias, das covers é justamente sua identidade.
Marcas carregam a história de seu nascedouro e da sua trajetória que também fez história. Marcas mudam comportamentos e se inserem na cultura de uma nação.
No valor de mercado de muitas organizações está o ativo intangível, representado também pelo valor econômico de sua marca, que muitas vezes significa mais cinquenta por cento.
É fácil notar que única diferença entre as empresas concorrentes tem se estabelecido na gestão das marcas. A liderança das marcas faz de suas detentoras líderes de mercado, tornado-as fortes concorrentes onde quer que atuem.
Esse patrimônio é obtido com o desenvolvimento da cultura do sucesso.
A cultura do sucesso é mantida com resultados econômicos e financeiros favoráveis que permitem atrair e reter o capital intelectual.
O capital intelectual carrega valores excepcionais, pois está sob o domínio de pessoas competentes, confiáveis, saudáveis, e eficientes que tornam a empresa criativa e produtiva.
Os concorrentes não se deparam apenas com uma empresa, uma marca, mas com um conceito reverenciado, uma cultura aceita, admirada e, muitas vezes, amada.
Uma marca não se faz com um risco, um traço, um logo, uma cor, mas com criatividade, conhecimento de mercado, atendimento a desejos e ansiedades, relacionamentos, interação, aprendizado contínuo, visão de futuro, respeito a crenças e valores e adição de competência.
Uma empresa que cultiva e se dedica ao sucesso da marca desenvolve forte trabalho na área de recursos humanos para ter uma organização com um ambiente estável e seguro, onde a eficiência e a eficácia reinem.
A diversidade que internamente cria se torna a unidade que externamente concorre.
Ainda que sem perceber, pela própria cultura, seus gestores procuram meios para atrair, motivar talentos, encorajar a participação, e manter a paixão e aderência aos valores e crenças da organização.
Por essas razões, que não são poucas e muitas vezes difíceis de entender, afinal há muita subjetividade no processo, marcas líderes se apresentam cada vez mais líderes.
É verdade que alguns estudiosos podem não concordar com este ponto de vista, afinal há defensores que um dia o mundo não terá marcas, nem logos, mas é fácil obter uma boa dose de realidade: basta ir ao mercado competir.
Veja que disse competir, pois poucos terão a oportunidade de concorrer!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
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Futebol empresa limitada
Você já parou para pensar na riqueza que cerca o futebol no Brasil?
Não estou falando nas transações milionárias, não!
Pode considerar o pipoqueiro, o sorveteiro, o cortador de grama, os bilheteiros, o pessoal da manutenção, os médicos, comentaristas, equipes de TV, empresas ligadas à moda, atletas, técnicos, preparadores físicos, nutricionistas, agências de propaganda, lojas de material esportivo e toda a indústria e prestadores de serviços que atende esse segmento.
Sim, agora podemos falar em dinheiro. Pensemos no futebol como indústria e espetáculo.
Quanto vale isso?
O bebê nasce, pronto, lá está ele na foto, ostentando o símbolo do clube do pai, da mãe, do tio como provocação e tentativa de adição de mais um futuro torcedor.
Considere que num passe de mágica, a partir de amanhã, isso deixasse de existir. Qual seria o impacto no mercado?
Quantas pessoas seriam postas na rua, por conta do desaparecimento do segmento?
O assunto está desagradável? Que tal dar um tom mais colorido?
Vamos, então, organizar o segmento. A partir de agora chega de amadorismo, vamos tratar o assunto como merece. Gestão total, como se fosse uma empresa com ações na bolsa de valores. Caiu a cotação, caem os gestores!
Qual seria a riqueza gerada e principalmente empregos?
Gostou da idéia?
Eu também, mas fica uma pergunta: por que não fazemos isso?
Cultura, nosso jeitão, futebol sempre foi assim, falta qualificação, não temos expertise?
Se quiser pode ajudar na lista. Isso só contribui para a reflexão!
Hoje, com tantas transmissões ao vivo e com a qualidade das imagens, ficamos, literalmente, babando com os estádios e a organização que vemos no exterior, não é verdade?
Compramos camisas de times estrangeiros! Brasileiros, não poucos, não só torcem, mas são capazes de falar, sem qualquer erro, a escalação do seu time do coração, que está no além, mas muito além mar.
Seriam eles, lá fora, capazes de fazer o mesmo, com a mesma empolgação? – Lembrando sempre que nossos atletas são respeitados pela arte que desenvolvem.
Não, com certeza não contamos com esse privilégio.
Pois é, a próxima copa do mundo será no Brasil. Que ganhos teremos com isso?
Ah, queremos ganhar o “caneco”!
Ta, e depois?
Isso nos ajudará a exportar mais?
Passada a copa, o fluxo do turismo aumentará?
Tivessem que responder essa pergunta, muitos diriam: Claro!
E que tal, tentar responder estas três: o quê, onde e por quê?
Dois aspectos são fundamentais para que um país ganhe visibilidade: sua arte e sua cultura precisam ser absorvidas além de suas fronteiras.
O rock é brasileiro? Não, mas como o absorvemos, o consumimos e tudo que o cerca.
E que tal o café brasileiro? Olha lá, esse leva nossa cultura e nossa arte. Grande representante!
E a tequila? Essa consumimos.
Vem com cultura e arte? Lógico!
É verdade que alguns produtos já incorporamos, e nem nos damos conta que a palavra que o denomina é estrangeira. Ora, mas vá lá na raiz e veja se quando chegou não trouxe arte e cultura.
Quem sabe um dia mudamos o modelo de gestão do futebol, para que ele, como empresa, não tenha tantas limitações e possam gerar mais lucros e, claro, substanciais excedentes de caixa.
Nesse ínterim, só podemos lamentar ao ver o futebol como uma empresa limitada.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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A conquista de mercado se faz com inteligência, não com produtos
Uma pesquisa sobre o assunto “conquista de mercado” nos permitiria levantar milhares de opiniões. Encontraremos sensatas, fantasiosas, incoerentes, engraçadas, interessantes, duvidosas, e outras tantas que poderíamos classificar de várias maneiras.
Opiniões emitidas por especialistas, empreendedores, profissionais de gestão, estudantes, amadores, curiosos, humoristas, enfim a série também é grande.
Não faltam pessoas que ainda acreditam que qualquer que seja o mercado este pode ser conquistado com um bom produto e preço competitivo.
Os amigos só vêm no churrasco se a cerveja for a “X”. Pode ser outra? De jeito nenhum. Não importa que esteja mais barata.
E a criançada, já arriscou não levá-los para comer “aquele hambúrguer”, “aquele lanche”? Você até que tentou convencê-los a ir à lanchonete do amigo. Lá o preço é menor, o lanche é muito maior e você acha mais gostoso!
Quer evitar a pirraça? Desista, atenda aos pedidos.
Refrigerante? Em casa todos sabem a preferência.
Aproveitou a promoção, comprou do outro? Reclamação a semana toda!
Lâmina de barbear, qualquer uma? De jeito nenhum, você alérgico, os pelos encravam, tem que ser “aquela”!
Perfumes? Se não for o “Z” nem precisa comprar.
Por quê? Preferência, mil razões.
Por quê? Questões pessoais, mas deixa pra lá…
Por quê?
Pô, não enche!
Na comida sempre o que for melhor, então só temperos marcas “AB”.
Cosméticos?
Sempre “BA”. Claro, “todo mundo” gosta.
Fez alguma pesquisa para saber?
Se “todo mundo” diz é porque “todo mundo” gosta. Reto e direto, não?
E quem é todo mundo? – poderia ser o questionamento.
Todo mundo, ora!- Seria a resposta.
E como prova: tem propaganda falando isso aqui, na Espanha, na Itália, na Inglaterra, nos Estados Unidos, sei lá no mundo todo…
Todo mundo, no mundo todo, não me inclui! Gosto de uma promoção, você pensa…
Mudam os amigos e os amigos dos amigos, pronto mudam as influências. Mudam as influências, mudam as preferências. Mudam as preferências, mudam os produtos.
Quando o ciclo recomeça, as questões seguem: naquela lanchonete?
Não, prefiro outro lanche.
Esse refrigerante?
Não, agora só tomo esta marca!
Lâminas e perfumes?
Chegou algo novo. Você viu, ta “todo mundo” falando!
Temperos?
Ah, prefiro aquele da caixinha verde, que aparece na propaganda da novela.
Pois é, só agora me falaram que é o mesmo da vermelha. Só mudaram a embalagem!
E tem mais, descobri outra coisa. Aquele da caixinha amarela é feito pelo mesmo fabricante, apenas é vendido com a marca do supermercado e um pouco mais barato.
Produto é produto, marca é marca, impressão…
Bom, essa decide!
Hum, pensemos: como ocorre a escolha do produto?
Depende da razão. Da razão da emoção.
Vou tentar explicar. A relação fica mais ou menos assim: a razão é minha, pois forneço o produto. A emoção é sua, pois compra.
Se encontro razão para que você tenha emoção você compra, não compra?
Preste atenção: tenho aqui um belo produto, um cosmético com um preço muito interessante, você não pode perder a oportunidade!
Não ta interessado, usa sempre a mesma marca?
E agora que ouviu todas essas pessoas indicando, o que acha?
Viu, ta “todo mundo” falando!
Tinha certeza que me daria razão e compraria!
Garanto, você vai ficar satisfeito e um cliente fiel.
Por essas e mais outras, simples produtos atravessam mares e oceanos para conquistar mercados, ainda que fartamente ofertados e por preços competitivos.
Qual a chave do sucesso?
Obvia: “Emoções despertadas com a inteligência da razão!”
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Copa do mundo no Brasil, do papel ao papelão?
Qual é o propósito da copa do mundo no Brasil?
Seria legal vencer mais uma vez, colocar mais uma taça na estante, mas esse é o propósito maior do anfitrião no torneio?
Nada como poder dizer a todo mundo:- Olha só quantas vezes já ganhamos a copa, e claro, deixar “los hermanos” com inveja!
Valorizar nossos jogadores poderia ser um objetivo tão importante, a ponto de investirmos nesse empreendimento?
Uma boa oportunidade, mas perai! Não vivem criticando que nossos craques deixam o país muito cedo e, afinal, a maioria dos jogadores da seleção já não está lá fora? Então, qual é a idéia?
Mostrar que temos o melhor futebol do mundo, que a magia está nos pés dos nossos craques desde sempre?
Poderia ser uma forma de valorizar esse patrimônio, uma vez que já tem muita gente duvidando que somos os melhores?
Como tudo na vida, as pessoas aprendem e nesse esporte já não tem mais nenhum bobo.
Nosso povo, dedicado, esperançoso, teria a oportunidade de realizar e participar de uma grande festa, o que não deixa de ser interessante, não é verdade?
Ah, gostamos de festas!Festa é conosco. Samba, pagode e cerveja. Esse poderia ser motivo suficiente para uma empreitada desse porte?
Cara, sei não! Não vejo liderança no “scratch canarinho”, e as exibições do “esquadrão brasileiro” sempre são criticadas.
To achando que vamos ficar com a ressaca e a conta para pagar. É melhor pensar um pouco sobre esse projeto e encontrar razões mais interessantes. Será que realmente sabemos a importância de um evento dessa magnitude em nosso país?
Com ele vêm as oportunidades e os riscos. Caso não tenhamos nos dado conta das oportunidades, o foco será a minimização dos riscos. O que é uma questão bastante complexa.
Parece que no fim será tudo meio às pressas para estabelecer condições mínimas de realização, afinal a atenção estará voltada para o centro do estádio e para tão famosa taça!
Hum, falando em estádio, como estamos nesse quesito, afinal os nossos não são nenhuma maravilha? Comprar ingresso será fácil? Bom, talvez na copa, com bilheterias espalhadas, vendas antecipadas e prevenção contra cambistas.
Agora me lembrei de um detalhe que não agrada muita gente: onde vamos estacionar nossos carros, afinal o transporte público não é sinônimo de eficiência? Haverá vaga para todo mundo?
E se bater aquela fome no estádio? Teremos serviços de qualidade, com higiene, ou será que o cachorro-quente “frio” será disputado no empurra-empurra?
Em um evento dessa magnitude, os estádios estarão lotados e repletos de famílias, com crianças. Banheiros limpos e organizados é questão fundamental, e tem gente pensando nisso. Você acredita, não é verdade?
Epa, e se o lanche ou a cerveja não caírem bem, estádio cheio, alguém pode passar mal? Nós teremos a excelência em atendimento em primeiros socorros? O atendimento estará no jeito, ligeiro, acessos fáceis e profissionais treinados?
Muita calma nessa hora, o carro está na frente dos bois, que tal voltarmos um pouco e começarmos pelo começo?
E os aeroportos? Como será conduzida essa questão, a lebre já foi levanta ou pousando está bom?
E os Hotéis? Temos muitos, mas será que as acomodações e os serviços estarão adequados para receber pessoas de todas as partes do mundo, ou vamos naquela do “jeitinho brasileiro”?
E o trânsito nas capitais? Só fechar algumas ruas, o povo já está acostumado com congestionamentos e com a alegria da copa nem vai reclamar muito? Um pouco de propaganda sobre o evento e ninguém notará os problemas de organização?
E a segurança? Aqui é como qualquer lugar no mundo? Não precisamos exagerar, reforçamos um pouquinho o policiamento e tudo bem, afinal é só uma festa e logo acaba?
Ah, mas para as indústrias será uma oportunidade de vender mais. Uniformes, bandeirinhas, faixas, salgadinhos, bebidas…
Durante o evento, e depois? Será que pelo fato da copa ser no Brasil venderemos muito mais?
A resposta poderá ser:- Sim, porque teremos um contingente maior aqui por conta do turismo. A questão é por quanto tempo e depois voltarão porque se encantaram com o país?
Com aeroportos preparados às pressas, com hotéis mais ou menos, com trânsito infernal e problemas de segurança será que não estamos matando a galinha dos ovos de ouro, antes mesmo de botar?
Isso poderá ser esquecido por alguns de nós depois que ganharmos a taça, mas não por aqueles que vieram por essa e muitas outras razões.
Bom, mas para que mesmo queremos a copa no Brasil?
Se o objetivo for muito além de só ganhar a taça é melhor tratarmos de responder essa pergunta e começarmos a tirar o projeto do papel, antes que este termine no papelão!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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O mundo obsoleto
O conceito da obsolescência na era da mecânica tinha maior contundência nos vestuários, onde a moda encontrava expressão e renovação no marketing da obsolescência.
Avanços tecnológicos levavam vinte anos ou mais para saírem dos laboratórios e alcançarem as ruas. Hoje, apenas meses. Na era da eletrônica e robótica as mudanças são extremamente rápidas e significativas.
Não temos mais uma grande moda em vestuários, observamos ao mesmo tempo todas as modas aceitas. Tribos se formam e atraem fãs.
A onda se estendeu a todos os produtos, pela quantidade de opções e adeptos que encontra.
O marketing da obsolescência ocorre não apenas como incentivo às compras, mas também pela evolução tecnológica que moderniza, simplifica e reduz custos.
Não são mais os tamanhos das telas e alguns poucos recursos que atraem compradores de televisores, mas sua total redefinição.
Telefones móveis deixaram ser objetos de conforto e se tornaram equipamentos de trabalho. Quem hoje, em atividade, seria capaz de jurar que jamais terá um.
Não precisamos carregar computadores em malas e mochilas, os Pen Drives já nos permitem transportar apenas arquivos e oferecem facilidades de manuseio.
O automóvel virou carro e estaciona sozinho.
Não é necessário interromper meu trabalho para me comunicar com outra pessoa, onde quer que esteja. Há recursos para que fiquemos conectados com nossos computadores o tempo todo, digitando ou usando os recursos de voz e imagem. Que economia de tempo e redução de gastos!
Costuma dizer uma pessoa, de nosso convívio, já com idade avançada: “ As pessoas já não escrevem cartas com a frequência de antigamente”.
Na realidade escrevemos muito mais. Basta ver as redes sociais.
Os avanços são tão significativos que somos capazes de revolucionar: trancados em um quarto tornarmos a solidão obsoleta. Criativos, levamos a alegria e o bom humor às redes sociais. Rabugentos, lá nos desentendemos.
Por que uma pessoa ingressa em uma rede social, aceita convites para trocar informações, criar amizades e mostra enormes rabugices nos contatos?
Esse estado de ânimo é sua válvula de escape, então aproveita a tecnologia para exercitar o comportamento. O mundo novo provocará a obsolescência do divã e levará nossos analistas e conselheiros espirituais às redes?
Em algumas áreas a velocidade das mudanças é tão significativa que em um debate sobre a obsolescência uma observação mereceu destaque: – Não sei se sei o que sei.
Não levamos décadas discutindo se a terra é redonda. Quando uma questão é levantada, em algum lugar o fato rapidamente será confirmado ou contestado.
Na área médica, todos os dias, ouvimos novidades. Confirmando teses às quais ainda nem tivemos tempo de nos acostumar e também refutando-as.
E nas nossas empresas, como a obsolescência afeta o pensamento gerencial?
As redes sociais aproximam internamente nossos gestores ou os afastam cada vez mais?
Estaremos integrados nas redes, explorando sua potencialidade, ou nos fragilizaremos até que estas nos tornem obsoletos?
Orientações e manuais completos de muitos produtos não estão mais nas caixas e devem ser obtidos diretamente nos sites dos fornecedores. Sem essa habilidade seus conhecimentos já se tornaram obsoletos.
Você prefere ficar pendurado em telefone para comprar uma passagem área, reservar um hotel, ou fazê-la por e-mail ou no próprio site?
Fazer mala direta para cotação com empresas com as quais você ainda não tem relacionamento é spam?
Enviar seu currículum para empresas nas quais tem interesse em trabalhar é spam?
Mandar um e-mail com um invento que gostaria de apresentar aos gestores e que revolucionaria a organização é spam?
Estaria o spam a caminho da obsolescência?
Há alguns anos o escritório do futuro se apresentava como home office. Nos escritórios e fabricas das organizações ficariam as pessoas estritamente necessárias, as demais executariam todas as tarefas em seus lares.
O conceito se tornou obsoleto, o homem não!
A informática tem como força a capacidade de agilizar e eliminar tarefas, aspecto que o homem continuar a desafiar, pois passa, hoje, mais horas conectado que no passado.
O grande desafio dos gestores é tornar suas empresas e produtos obsoletos, antes alguém o faça. E eles?
Interessante é que esta é uma válida e velha idéia para um mundo novo e obsoleto.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Overdose de realidade em gestão
Você realmente conhece o consumidor de seus produtos?
Seria capaz de desenhar sua pirâmide de necessidades, sem copiar Maslow? Lembra-se quais são?
Maslow estabeleceu um conjunto de cinco necessidades, e as dispos em uma pirâmide, que devem ser satisfeitas da base para o topo:
• necessidades fisiológicas : fome, sede, sono, sexo, abrigo;
• necessidades de segurança: sentir-se seguro dentro de uma casa, emprego estável, plano de saúde e seguro de vida;
• necessidades sociais: amor, afeto, afeição, integrar um grupo;
• necessidades de estima: reconhecimento;
• necessidades de auto-realização: sucesso, tornando-nos aquilo que pretendemos.
Se fizesse uma pesquisa perguntando aos seus clientes qual seria a próxima compra, se tivessem dinheiro, acertaria o resultado?
Se eu lhe dissesse que a maioria responderia que trocaria seus celulares ficaria surpreso? Sim, a troca de celulares figura, prioritariamente, na pirâmide!
Seus clientes estão dispostos a pagar um pouco mais pela qualidade dos produtos ou a diferença de preços já não garante a fidelidade?
Para o gestor, a sua sala é uma cadeia e os muros da empresa uma prisão. Empresa que não surpreende no campo das idéias, poucas chances terá no campo da materialização.
Para surpreender o consumidor é necessário inovar. Para inovar nos deparamos com o paradigma: ser todo dia igual, sendo diferente.
Inovação não tem a ver com tecnologia e processos o tempo todo, mas com o aproveitamento de oportunidades para criar impacto e valor ao consumidor.
O excesso de qualidade de seus produtos que não são percebidos pelo consumidor nada representa.
Quantos botões do controle remoto você não usa? Abriria mão deles por um desconto?
Quantas funções de seu ERP você não usa? Abriria mão delas por um desconto?
Consumidores não querem produtos e serviços, mas solução, então pergunte a você mesmo: quais meus clientes valorizam? Quais gostariam e eu desconheço?
O que a palavra inovação representa para seus colaboradores?
Para você e sua equipe, o que guia os esforços para inovação?
O que faz com que o espírito da inovação irradie na sua organização?
Inovação como conceito de melhoria contínua gera o fanático foco de ser cada dia melhor. Nada é bom suficiente que não permita aperfeiçoamento.
Para muitos é a incessante busca pelo Santo Graal. A perfeição não reside no resultado, mas no incentivo à continuidade.
Essa abordagem pode parecer exagerada, mas é justamente seu efeito prático que leva consumidores a colocar o celular no topo da lista.
É esse contínuo aperfeiçoamento e inovação que o torna diferente, melhor, fácil de usar, mais barato, acrescenta valor e provoca distinção.
Há uma velha anedota sobre inovação:
Um pesquisador quebrava a cabeça para encontrar uma tinta que pudesse ser usada para escrever em um pequeno quadro branco embaixo d’água, quando o avô, sentado no quintal, observando o que fazia, disse: Por que você não usa carvão?
Nossa visão costuma ser ofuscada quando o foco é o produto e não a solução. Por essa razão a história empresarial é repleta de exemplos de produtos que fracassaram, ainda que tecnicamente fossem superiores.
Converse com seus revendedores, ouça os consumidores, reúna formadores de opinião, abra as portas para os críticos, libere seus fãs, promova a overdose de realidade, a droga da insensatez só tem como antídoto a sabedoria, e neste caso é a popular!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Rodrigo Postigo, Editor chefe e apresentador, traz o maravilhoso mundo da engenharia até você na TV FACENS.
Veja os vídeos no site www.tvfacens.com.br
Assista, envie suas dúvidas, participe.
Top of Heart, a reinvenção do consumidor
Empreendedores e empresários, focados em resultados, procuram a diferenciação como recurso para criar vantagens competitivas e vencer a concorrência, e a clonagem como meio para entrar na competição.
Enquanto reflito sobre o assunto, insistentemente, meu subconsciente cantarola os versos da música composta por Lulu Santos e Nelson Motta, Como Uma Onda:
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará…
E assim mudam supermercados, lojas de discos, livrarias, postos de gasolina, lojas de roupas e a própria internet…
A carteira no bolso da calça, a pochete na cintura, o celular no cinto, deixam de ser práticas novidades, moda, onda, e se tornam bokomoko, quadrado, por fora, sem sintonia, ultrapassado. A referência é o momento.
Em um instante, a moda muda o modo que muda a moda. Esta, influente, é vítima de seu próprio poder.
Jogar basquete com meias pretas era horrível, até que a Nike tornou fashion com o surgimento dos Fab Five – apelido dos garotos do time de basquete da Universidade de Michigan em 1.991.
Nesse mundo de negócios e comportamentos, reina soberano o jeans.
Mais do que um produto, um jeito de ser. Uma idéia que fez seu caminho literalmente pelas pedras e tornou o produto Stone Washed. Esfolado e roto é íntegro e universal. Quem imaginaria que uma roupa rasgada e desfiada integraria pessoas a grupos!
Há décadas, imaginava-se a vestimenta do futuro justa e prateada. Com o poder de se reinventar, o jeans pouco muda, mas reinventa o consumidor mais pelo conceito do que pelo produto.
Ao consumidor, chamar só a atenção não é suficiente, é necessário mudá-lo para conquistá-lo. Frívolo ou dispersivo, não garante a fidelidade.
Por essa razão, mesmo tintas para as paredes têm nomes chamativos, de acordo com suas cores, expressando sentimentos, emoções e sabores.
A cerveja que não se toma no bar ou na lanchonete, mas em postos de gasolina ou estacionamentos de supermercados, mata outra sede, a da atitude. Estranha, mas compartilhada.
O cowboy das cidades com suas botas, chapéus, fivelas e som alto, dificilmente convenceriam nas pradarias do oeste americano, onde John Wayne na tela grande foi soberano, mas aqui se encontram e se multiplicam. Nem na época áurea do cinema, com seus filmes de Far West, se consumiu tanto esse mercado e essa moda.
O consumidor se faz pelo gosto, interesse, manias e curiosidade. A moda pela inovação, renovação e provocação. Nesse trajeto deve-se conquistar espaços nas mentes e lugares nos corações.
Empresários e gestores se esforçam pelo Market Share – parcela de mercado-, Mind Share – parte da mente ou lembrança -, Top of Mind – topo da mente, mas se esquecem do Top of Heart, o lugar exclusivo no topo do coração.
A mensagem do consumidor para empresas, produtos e marcas é bastante significativa: “Conquiste minha mente e lembrarei de ti, conquiste meu coração e não te esquecerei!”
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
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Um país se desenvolve com educação para gestão.
Educação gera competência;
Competência conduz a excelência administrativa;
Excelência administrativa a um futuro melhor.
Overdose de realidade em gestão
Você realmente conhece o consumidor de seus produtos?
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Maslow estabeleceu um conjunto de cinco necessidades, e as dispos em uma pirâmide, que devem ser satisfeitas da base para o topo:
• necessidades fisiológicas : fome, sede, sono, sexo, abrigo;
• necessidades de segurança: sentir-se seguro dentro de uma casa, emprego estável, plano de saúde e seguro de vida;
• necessidades sociais: amor, afeto, afeição, integrar um grupo;
• necessidades de estima: reconhecimento;
• necessidades de auto-realização: sucesso, tornando-nos aquilo que pretendemos.
Se fizesse uma pesquisa perguntando aos seus clientes qual seria a próxima compra, se tivessem dinheiro, acertaria o resultado?
Se eu lhe dissesse que a maioria responderia que trocaria seus celulares ficaria surpreso? Sim, a troca de celulares figura, prioritariamente, na pirâmide!
Seus clientes estão dispostos a pagar um pouco mais pela qualidade dos produtos ou a diferença de preços já não garante a fidelidade?
Para o gestor, a sua sala é uma cadeia e os muros da empresa uma prisão. Empresa que não surpreende no campo das idéias, poucas chances terá no campo da materialização.
Para surpreender o consumidor é necessário inovar. Para inovar nos deparamos com o paradigma: ser todo dia igual, sendo diferente.
Inovação não tem a ver com tecnologia e processos o tempo todo, mas com o aproveitamento de oportunidades para criar impacto e valor ao consumidor.
O excesso de qualidade de seus produtos que não são percebidos pelo consumidor nada representa.
Quantos botões do controle remoto você não usa? Abriria mão deles por um desconto?
Quantas funções de seu ERP você não usa? Abriria mão delas por um desconto?
Consumidores não querem produtos e serviços, mas solução, então pergunte a você mesmo: quais meus clientes valorizam? Quais gostariam e eu desconheço?
O que a palavra inovação representa para seus colaboradores?
Para você e sua equipe, o que guia os esforços para inovação?
O que faz com que o espírito da inovação irradie na sua organização?
Inovação como conceito de melhoria contínua gera o fanático foco de ser cada dia melhor. Nada é bom suficiente que não permita aperfeiçoamento.
Para muitos é a incessante busca pelo Santo Graal. A perfeição não reside no resultado, mas no incentivo à continuidade.
Essa abordagem pode parecer exagerada, mas é justamente seu efeito prático que leva consumidores a colocar o celular no topo da lista.
É esse contínuo aperfeiçoamento e inovação que o torna diferente, melhor, fácil de usar, mais barato, acrescenta valor e provoca distinção.
Há uma velha anedota sobre inovação:
Um pesquisador quebrava a cabeça para encontrar uma tinta que pudesse ser usada para escrever em um pequeno quadro branco embaixo d’água, quando o avô, sentado no quintal, observando o que fazia, disse: Por que você não usa carvão?
Nossa visão costuma ser ofuscada quando o foco é o produto e não a solução. Por essa razão a história empresarial é repleta de exemplos de produtos que fracassaram, ainda que tecnicamente fossem superiores.
Converse com seus revendedores, ouça os consumidores, reúna formadores de opinião, abra as portas para os críticos, libere seus fãs, promova a overdose de realidade, a droga da insensatez só tem como antídoto a sabedoria, e neste caso é a popular!
Ivan Postigo
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Rodrigo Postigo, Editor chefe e apresentador, traz o maravilhoso mundo da engenharia até você na TV FACENS.
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Schlock, um jeito novo de viver?
Será possível que um dia as pessoas passem a comprar produtos com funções as quais sequer sabem sua utilidade, sem idéia como usá-las, ainda que o objetivo principal da compra não seja atendido?
Parece loucura? Não na opinião de Mattew E. May que nos lembra: “Nosso celular tira fotos, manda mensagens, grava vídeos, toca músicas, mas quando se trata de sua principal função que são as ligações…”
E reforça que a questão se torna perturbadora por tolerarmos o fato, aguardarmos novos modelos, comprando, descartando o antigo, ainda que o novo não seja melhor, apenas mais barato e complexo.
Os debates e discursos sobre excelência em qualidade destacam que esta gera vantagens competitivas, e separa os líderes de seus seguidores, incentivando empresas e empresários a abandonarem a mediocridade – a insignificância -, mas estará o consumidor, realmente, interessado nisso?
A inundação de mercados com produtos ruins tem mostrado outra realidade: a de que empresas estão lucrando com péssima qualidade!
Diziam meus avós, quando nos pegavam com comportamentos desleixados, que fazer bem feito e mal feito leva o mesmo tempo. Parece que os conceitos estão mudando: dois mal feitos superam um bem feito, desde que o objeto requerido para a troca seja menor. É ruim? Sim, mas é barato!
Estaria a excelência em qualidade ingressando na lista das virtudes a caminho da extinção? Deixaremos, um dia, a caixa de pandora escancarada, para que a única coisa que ali ainda resta, a esperança, escape de vez?
Nossas empresas estão, realmente, voltadas à constante busca da melhoria, do aperfeiçoamento ou consideram isto demasiadamente trabalhoso e sem valor? Quantas, definitivamente, podem contar com o comprometimento de seus gestores, com trabalho duro, demorado, exaustivo, assumindo riscos?
É importante que o avaliador esteja atento à regra estabelecida pelo avaliado: “Diga como serei avaliado e agirei como tal.” Por que razão alguém correria riscos, arriscaria a carreira, se é mais fácil seguir?
O que determina a recompensa dos gestores na sua empresa, o lucro imediato ou a construção do futuro?
Criativo o homem sempre foi, arrojado às vezes, sensato nem sempre!
Romântico, determinado, Collins P. Huntington, fundador da Newport News Shipbuilding and Company Drydock, que se tornou o maior estaleiro de propriedade privada nos Estados Unidos, disse: “Construiremos aqui bons navios, com prejuízo se necessário, mas sempre bons navios”.
No outro lado da moeda temos a praticidade, alimentada pela chama da pressa, que cria um novo conceito: Schlock!
Schlock é uma palavra inglesa, com origem no iídiche, que pode ser traduzida como algo inferior, de má qualidade, barato.
Este conceito o vejo mais forte e com maior amplitude do que descartável, pois não estamos falando apenas de produto, mas de um jeito ver, de ser, de estar conectado com tudo que nos cerca, provocando atitudes, atraindo seguidores.
Contraditório, o homem nos provoca:
O paradigma é a sustentabilidade!
O paradoxo é como ser Schlock com sustentabilidade?
Um conceito que veio para ficar ou também será descartável?
Ivan Postigo
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O Brasil não exportará produtos, se não exportar conceitos acabados
Quais são os pontos que integram os discursos quando falamos em supremacia de produtos?
Excelência em qualidade e relevância de marca, correto? Estes são os aspectos que dão substância aos produtos chamados Premium.
Ora, por serem Premium merecem uma recompensa. Esta ocorre quando o consumidor se dispõe a pagar por esses produtos preços Premium. Correto, novamente?
O mundo está aberto a essa classe de produtos? Você, certamente, responderia que sim e ainda seria capaz de elaborar uma lista com exemplos.
Pensemos um pouco: isso ocorre por alguma razão especial, não apenas ligada a uma empresa, mas sim a regiões e países.
É importante bater nessa tecla, e se gastar ou quebrar colocaremos outra para continuar batendo. Se isto não for entendido, nunca teremos sucesso em exportação que não seja de matéria bruta!
Quando pensamos em produtos nobres, não nos vêm à mente apenas marcas, mas origens.
Faça uma pequena pesquisa. Para não ficar preso aos seus próprios conceitos, peça a opinião dos amigos. Escolha pelo menos uns dez. Quanto mais, melhor.
Esse raciocínio é interessante e você pode fazê-lo com três colunas: na primeira coloque os produtos, na segunda o país de origem e na terceira a marca.
Experimente com:
- Bacalhau
- Vinhos
- Champagne
- Queijos
- Chocolate
- Calçados
- Perfumes
- Whisky
- Cognac
- Jeans
- Câmeras fotográficas
- Ferramentas
- Relógios
Bom, estes são apenas alguns itens, elabore sua lista de acordo com seus interesses e curiosidade.
Você notará que as pessoas dão grande valor à origem. Não apenas porque determinados locais são mais ou menos propícios àquela produção, mas porque há um glamour.
Você prefere uma cachaça brasileira ou suíça?
Um café brasileiro ou do Alaska?
E que tal um guaraná chinês? Muitos diriam que na China não tem guaraná!
Acredite, já fiz esse teste e as pessoas dizem: prefiro o nosso. E, muitos que experimentaram, sem ter visto o rótulo, acharam estranho o sabor. Mesmo depois de lhes ter mostrado que o guaraná que tomaram era nacional se mostraram incrédulos, e insistiam que tinha alguma coisa diferente.
Por que razão a origem é importante?
A origem tem como testemunha a história!
Esse é um aspecto que as pessoas que buscam produtos Premium valorizam. Estas não são consumidoras, mas fãs.
A degustação, o uso, a exposição de seus Premiums seguem um ritual. O assunto não se restringe ao aroma, ao sabor, ao toque, ao visual, mas ao prazer.
Produtos Premium extrapolam a arte da fabricação porque são prêmios pelo sucesso.
Produtos Premium são símbolos de riqueza, de poder, de metas alcançadas.
Não devemos pensar na riqueza em sentido pejorativo, afinal riqueza é abundância na sociedade em que se vive.
Note, então, que a origem não exporta produtos, mas conceitos. Conceitos acabados, frutos de experiências registradas e contadas com glamour.
A imagem é tão valiosa que a referência, muitas vezes, não se conecta a prédios modernos, mas à fotos amareladas de velhos pioneiros, em galpões precários, ao lado de tonéis desgastados, descalços, pés no chão.
Ali começavam a se formar os conceitos. Hoje, acabados, recebem marcas e são exportadas sob bandeiras de grifes.
E, antes que me esqueça, produto Premium, tem preço Premium e, consequentemente, margem Premium.
E, assim, ou aprendemos ou importamos.
A história, sempre inacabada, ao futuro dirá o que o presente registrou!
Ivan Postigo
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O nome do jogo é lucro
Não importa quão frio ou duro possa parecer, o propósito fundamental da gestão empresarial é o lucro.
Certamente, não faltam frases românticas que procuram desviar um pouco o foco para outras questões, contudo um empreendimento não sobrevive sem este.
No curto prazo, o lucro concorre em importância com a liquidez, mas a médio e longo prazo é este que permite a fluidez daquela.
Não podemos mais pensar em centros de custos, temos que olhar cada departamento, setor, área, colaborador como gerador de resultados, que levam ao esperado e necessário lucro.
Os caminhos para tornar isso uma realidade têm tomado conta da mente dos pensadores de gestão empresarial.
Nesse jogo é necessário mais do que envolvimento, o requisito é comprometimento. Seria fácil distingui-los?
Diria que em algumas situações sim, em outras nem tanto. À Ken Matjeka, advogado californiano, é atribuída a seguinte reflexão: “O piloto kamikaze, saindo para sua quadragésima nova missão, está envolvido, mas não comprometido com ela”.
O comprometimento precisa ter reflexo, sem reconhecimento e recompensa ele se dissipa. Nesse sentido dizia Franklin Jones, político americano: “O problema da pontualidade é que nunca tem ninguém para testemunhar”. Por outro lado, temos que lembrar que alguém sempre será o primeiro, e este, indiscutivelmente, é o líder. Se você lidera, esse é o seu papel: chegar e abrir as portas!
A geração de lucro não é trabalho para um, mas para todos. Em alguns momentos, almejá-lo pode parecer impossível, nessas horas precisamos ouvir quem fez deste uma realidade. Que tal Henry Ford?
Ford dizia: “Nada é particularmente difícil, se for dividido em pequenas partes”. Olhe para sua empresa e veja que esta tarefa está encaminhada, basta dividir a caça ao lucro em pequenas tarefas.
Esteja certo que nós e nossas empresas realizamos menos do que poderíamos, por uma simples razão: estamos sempre meio acordados, como diria o psicólogo e filósofo William James. O trabalho em grupo tem a virtude de promover o entusiasmo, que sacode e desperta a outra metade.
O trabalho em grupo permite a multiplicação da crítica, que evita a insistência em erros absurdos. Afinal, nos alerta Alex McEachern, político canadense, não importa o quanto você gosta de vegetais, nunca tente alimentar o gato com uma cenoura.
Individualidade não significa individualismo, portanto, é a soma dos pequenos ganhos que superam todos os gastos e, no final, o saldo positivo chamamos de lucro.
O pintor e poeta Francis Piaçaba é extremamente feliz ao nos lembrar que a cabeça é redonda para permitir ao pensamento mudar de direção!
O lucro, muitas vezes, só parece impossível por causa das barreiras não superadas. Isso, consequentemente, exige a adição de novas competências.
Como diz Peter Drucker: “As únicas coisas que evoluem por si só nas organizações são o desordem, o conflito e o baixo desempenho”. Portanto, pense, delegue, envolva, só assim conseguirá o comprometimento que conduz aos resultados esperados.
Observe que no mercado alguém sempre tem lucro, pois como disse Albert Einstein: “Algo só é impossível até que alguém duvide e acabe provando o contrário”.
Neste dinâmico mundo globalizado, não adie em pôr em prática uma boa idéia, pois é muito provável que outras pessoas já estejam pensando a mesma coisa e o sucesso é de quem age primeiro. Lembre-se que quem chega à fonte antes, sempre bebe água limpa.
O caminho do lucro se mostra em “Estar pronto para, a qualquer momento, sacrificar o que somos pelo que poderíamos vir a ser”, usando as palavras do naturalista belga Charles Du Bois.
No final acabamos concluindo, sempre, que o problema dos lucros são os problemas, como a árvore que observa com tristeza, quando está sendo cortada, que o cabo do machado é de madeira.
Ivan Postigo
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Gerenciamento de vendas: Um dos pilares do sucesso das empresas
O sucesso na gestão de uma empresa se obtém harmonizando todas as áreas , financeira , produtiva e comercial, contudo a acirrada concorrência neste mundo globalizado nos leva a olhar a área comercial com atenção redobrada .
O gerenciamento da área comercial das empresas que sempre foi uma das tarefas mais importantes de uma organização, hoje dita sua continuidade.
A gerência de vendas é a área onde se concentram as maiores tensões, pois o sucesso da empresa está atrelado ao seu sucesso comercial.
O gerente de vendas uma vez tendo consensado com a direção o objetivo de vendas para o período terá que desenvolver planos e meios de atingi-lo.
A execução do plano exigirá do profissional entusiasmo, motivação e muita disciplina.
O profissional terá , ainda, que administrar as expectativas e ansiedades de sua equipe de campo e também da alta direção da companhia.
Ao gerente de vendas cabe atuar como facilitador do processo , administrando as contingências das vendas.
Muitas empresas não tem em seu quadro um funcionário e ou colaborador com um cargo com essa denominação, mas certamente alguém realiza essa função , a função de gerenciamento das vendas, do gerenciamento dos esforços comerciais.
Quando tratamos do gerenciamento das vendas focalizamos a pessoa que, independente da sua posição hierárquica, realiza essa função.
É importante para o gerenciamento adequado das vendas a distinção entre marketing e vendas. A venda se concentra nas necessidades do vendedor e o marketing nas necessidades do comprador.
A venda se preocupa com a necessidade do vendedor em converter seu produto em dinheiro; o marketing , com a idéia de satisfazer as necessidades dos clientes por meio do produto e de todo o conjunto de coisas ligadas à sua fabricação e ou aquisição , à sua entrega e, finalmente, ao seu consumo.
Com isso o gerente de vendas , e muitos agregam a função de marketing, tem que estar atento ao mercado oferecendo e ou gerando necessidades com a criação de produtos.
Essas informações e necessidades são declaradas diariamente e podem ser percebidas com sua visita ao campo, acompanhando seus vendedores ou através de contatos frequentes com sua equipe.
É função da gerência de vendas fazer com que a voz do cliente ecoe por todos os cantos da empresa, não só para que as necessidades sejam percebidas e produtos sejam criados e disponibilizados, mas também para que seja dado a cada cliente um atendimento que diferencie sua empresa das concorrentes.
A voz do cliente estimulará as pessoas a agirem de encontro a um único objetivo:
Proporcionar satisfações que angariam clientes.
O gerente de vendas junto com a alta direção deve trabalhar no sentido de tornar a empresa orientada para o mercado
A vocação de uma empresa direcionada ao mercado ou à produção, na maioria das vezes, está em sua própria origem, na visão de seu criador, contudo uma companhia pode se voltar ao mercado aprendendo a considerar sua função, não a produção de bens e serviços, mas a aquisição de clientes, a realização de coisas que levarão pessoas a querer trabalhar com ela.
Criar este ambiente, consolidá-lo, é uma das tarefas do gerente de vendas , propagando sempre a voz do cliente.
Um dos aspectos fundamentais para o sucesso do profissional voltado ao gerenciamento de vendas é a iniciativa. Só com iniciativa o gerente de vendas e sua equipe poderão alavancar os resultados de sua empresa, gerando novos negócios e saindo do lugar comum.
Esta mesma iniciativa fará com que a equipe perceba as necessidades do mercado, procurando supri-las com ações de marketing.
Uma empresa sem iniciativa estará sempre correndo atrás de seus concorrentes, ao passo que esta poderá inverter o processo estando sempre um passo à frente com um modelo diferenciado de gerenciamento .
Não há dúvidas que existem empreendedores e gerentes de vendas geniais , que muitas vezes vencem com lances espetaculares, mas o que tem determinado o sucesso de muitas companhias é a ação constante, a iniciativa.
Quando a iniciativa encontra a oportunidade o sucesso é inevitável. O encontro da iniciativa com a oportunidade para muitos é considerado sorte, para outros , genialidade.
Método de gerenciamento
Para um bom gerenciamento das vendas é necessário método, sem isso algumas tarefas primordiais deixarão de ser executadas.
As tarefas dependerão dos critérios estabelecidos por cada empresa, em função de sua cultura, estrutura organizacional e da própria atribuição de responsabilidades, porém a um gerente de vendas e sua equipe cabem:
• Consensar os objetivos de venda para o exercício e estabelecer as metas de venda para cada vendedor ou representante comercial;
• Assegurar o atendimento à carteira de clientes, cobertura de área ou região , dificultando as ações da concorrência;
• Acompanhar a apresentação de propostas de negócios e seus resultados, administrando as contingências de cada processo;
• Administrar das margens de contribuição dos produtos e as geradas por cada vendedor;
• Administrar o prazo médio das vendas e seus preços médios ;
• Administrar o volume de mercadorias em estoque, evitando o excesso de produtos morosos e de produtos que possam se tornar obsoletos;
• Motivar e treinar sua equipe ;
• Controlar os gastos sob sua responsabilidade
• Controlar os custos com distribuição dos produtos ;
• Desenvolver e implantar sistemas de incentivos para seus vendedores ;
• Acompanhar as ações da concorrência;
• Apoiar a prospecção de clientes ;
• Apoiar o trabalho de pós-venda;
• Administrar o sistema de informações;
• Preparar relatórios sobre desempenho, debatendo resultados ;
• Desenvolver de sugestões e planos de ação sobre produtos ;
• Desenvolver scripts para apresentação dos produtos e para refutação das objeções, aprimorando-os sempre através das experiências de campo;
• Contratar vendedores e representantes comerciais;
• Treinar seus novos comandados;
• Abrir novas regiões de trabalho;
• Estabelecer alianças comerciais;
• Propor de novos negócios a empresa e aos clientes ;.
A estas tarefas podemos acrescentar outras , geradas pelas próprias características do negócio.
O sucesso do método de gerenciamento não está apenas em definir o que deve ser feito, mas principalmente:
• Quem realizará a tarefa ??
• Como realizará a tarefa?
• Quando realizará a tarefa?
É comum quando um trabalho não é bem sucedido ouvirmos comentários como:
“Nós sabíamos o que tinha que ser feito, porém não conseguimos realizar “.
A fórmula do sucesso está na delegação e nas respostas às três perguntas acima.
O gerenciamento de vendas tem sem dúvidas como objetivo o crescimento sustentado. As empresas crescem em função do talento e capacidade administrativa de seus integrantes.
À medida que cresce, a empresa se torna mais complexa e seus problemas se multiplicam. Isso exige capacidade de delegação, mais disciplina administrativa e mais treinamento e reciclagem.
Sem isso a capacidade individual de seus talentos será direcionada a administração de problemas e não à geração de novos negócios, que foi a razão de seu sucesso.
Numa administração em crise, o gerente de vendas, ocupado em resolver problemas, pouca atenção poderá dar à sua equipe , deixando com isso de perceber oportunidades que o mercado apresenta todos os dias.
Além disso, problemas poderão ocupar boa parte do tempo de seus dirigentes que tem como função básica:
Criar o futuro de sua organização.
Mais sucesso terá uma empresa, quanto mais capacidade tiver para perceber oportunidades e agir , no tempo certo, tendo seu gerente de vendas como a mola propulsora dos negócios.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Rodrigo Postigo, Editor chefe e apresentador, traz o maravilhoso mundo da engenharia até você na TV FACENS.
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Quem inventou a primeira roda era um idiota
O mundo está repleto de pessoas incomodadas, corajosas e determinadas, por isso o homem voa, vai ao espaço e explora as profundezas do mar.
Nesse processo revolucionário, transformador, a invenção revolucionando, inovando, modificando, está sempre presente.
É verdade que muita coisa foi criada sem qualquer finalidade.
Fosse você um homem pré-histórico, o que faria com uma roda?
Imagine entrar no acampamento ou na caverna virando aquele “troço”. E tentar encontrar um uso…
O que diriam as pessoas ou pensariam?
Acha estranho esse raciocínio? Pois saiba que o mouse, quando criado, não tinha utilidade, por isso ninguém lhe deu atenção!
Toda nova idéia encontra resistência até que se torne óbvia e sua rejeição pareça insensatez.
O carro, o rádio, o televisor, o avião, e muitas outras criações extraordinárias, sofreram ataques e rejeições.
Mulher jogando futebol? Sim, e não faz muito tempo que o fato causava espanto.
Há algumas décadas o homem comprava gelo, depois com os refrigeradores o fato se tornou estranho, mas hoje é comum.
A estranheza na criação se torna sensatez na aplicação.
Nikola Tesla, nascido na Croácia em 1856, homem de mente brilhante, faleceu em New York em 1943, aos 87 anos, literalmente quebrado, vivendo no hotel New Yorker, em uma sala que dividia com um bando de pássaros, que ele considerava seus únicos amigos.
A comunidade científica sempre o ignorou, bem como às suas idéias excêntricas.
Para o público em geral, ele era não só desconhecido como considerado ridículo. Não passava de um lunático cujos devaneios eram usados pelos tablóides sensacionalistas.
Nos quadrinhos do “Superman”, já em 1.940, desenhavam o homem de aço lutando contra raios da morte e terrores eletromagnéticos criados por um cientista louco chamado Tesla.
A história está mudando e será mudada. O verdadeiro legado de Tesla está sendo lentamente reconhecido.
Tesla já foi reconhecido como o inventor da lâmpada fluorescente, do tubo amplificador a vácuo, da máquina de raios X e, também, como o verdadeiro inventor do rádio, não Marconi.
Tesla, sua roda e uma atitude idiota:
Tesla tentou ajudar seu país na guerra em 1917.
Ele criou uma estação que emitiria ondas exploratórias de energia, permitindo que operadores determinassem com precisão a localização dos veículos inimigos, ainda distantes.
Todos no departamento de guerra riram e rejeitaram o “raio explorador” de Tesla.
Não demorou para a verdade vir à tona. A geração seguinte usou essa invenção para ajudar os aliados a vencer a segunda guerra mundial.
Aquilo que na época era considerado uma insanidade hoje se chama RADAR.
Assim é o homem, criativo e incrédulo.
Por essa razão, com tantos recursos para processamento, as empresas ainda se debatem e realizam muitos trabalhos manuais.
A falta de qualificação profissional não esbarra apenas no interesse, mas no descrédito. Treinar funcionários para quê, para que treinar?
Ao lúcido, ao expert, ao sábio não basta insistir e levar conhecimentos às empresas. É importante ter consciência que a arrogância nos impede aprender e a ignorância mudar.
Antes de se tornar óbvio, tudo é ridículo.
Sid Ceasar, ator, comediante, escritor, músico, atento aos fatos disse: “O cara que inventou a primeira roda era um idiota. O cara que inventou as outras três, esse sim era um gênio”.
Quando tentar mudar algumas coisas na sua empresa, dê uma boa olhada se está levando todas ou apenas uma roda!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Empresas copiam dos concorrentes as habilidades e não os conhecimentos
É impossível falar do futuro da empresa sem tratar da empresa do futuro.
O que somos e o que teremos que ser para nos mantermos competitivos são questões fundamentais para a continuidade dos negócios.
Um plano para cinco anos não é somente estratégico, mas a linha divisória entre estar ou não no mercado em curto espaço de tempo. Hoje, já não é mais possível dirigir a empresa apenas olhando pelo retrovisor.
Ano após ano, grande parte das universidades pouco evolui, repetindo ensinamentos básicos, sem que provoquem mudanças significativas no mercado. Por essa razão, teses e monografias amarelam nas prateleiras sem que alcancem o público.
As empresas, na sua maioria, são uma repetição das necessidades mínimas de sobrevivência. Os movimentos mais intensos são observados na área de tecnologia de ponta, onde o mercado joga uma pá de cal sobre as empresas defasadas.
Falar sobre evolução, futuro, atrai, destaca pessoas, mas há uma brutal diferença entre discursar sobre evolução e trabalhar por ela.
Não é fácil nem barato ser uma empresa de vanguarda, nem desenvolver marcas Premium. Em muitas situações, seguir e copiar modelos é que mantém o negócio ativo, contudo há muitas “administrações sofridas”. Sobrevivem levadas pelos bons ventos do mercado.
A tecnologia não faz o futuro, este é produto da inteligência.
A natureza fornece todos os recursos e conhecimentos que o homem precisa. Ao homem ligado à ciência cabe descobri-los, àqueles ligados às técnicas investi-los, e aos ligados aos processos utilizá-los. Dessa forma as organizações constituem seu capital intelectual. Perecível, depreciável, sujeito à obsolescência, tanto quanto seu ativo fixo.
Não acredita? Aprendi a usar régua de cálculo em projetos e aplicar a tabela “a n cantoneira i” em operações financeiras. Já ouviu falar?
Pois é! Só restaram vagas lembranças, “não tenho a menor idéia do que fazia com isso”!
Com tantos discursos sobre qualificação, é interessante observar os dois lados da mesa em um processo seletivo.
O que busca uma empresa e o que oferece?
O que busca o candidato e o que oferece?
A empresa expressa suas necessidades no anúncio e o candidato procura apresentar seus conhecimentos no “cv”.
O recrutador, de modo geral, na seletiva, procura identificar habilidades para suprir as necessidades. Caso não encontre, o currículum será deixado de lado. Ora, e todos os demais predicados?
Com frequência, naquele momento, não costumam ser avaliados.
Nas empresas temos um mar de necessidades, onde flutuam icebergs de conhecimentos. Sabemos mais das habilidades dos colaboradores do que de suas áreas de domínio.
Com todo iceberg, este também é divido em duas partes. A parte visível, acima da linha d’água, será chamada conhecimentos declarados e abaixo da linha d’água conhecimentos não declarados.
Ainda que os gestores não se dêem conta, muitos problemas nas empresas são resolvidos abaixo da linha d’água e jamais o fato vem à tona.
Áreas onde a especialização é requisito fundamental costumam registrar com maior frequência essa questão. Poderia mencionar processos fabris, contabilidade, a ciência dos custos, testes laboratoriais, entre outras, pois uma vez a questão encaminhada, a solução e as recomendações ficam restritas àquele espaço.
Para o leigo, no processo de recrutamento e seleção, o conhecimento necessário precisa estar muito bem detalhado na descrição da função, caso contrário não será identificado.
Quantas vezes em uma entrevista alguém procurou saber um pouco mais da sua experiência, além daquilo que o cargo foco estava pedindo?
No início da minha carreira, trabalhando na área de planejamento e controle de produção de uma grande organização, por acidente, os conhecimentos bastante sólidos que eu tinha de formação de custo padrão vieram à tona. Isso me permitiu suprir as necessidades da organização e aprender a divulgar as áreas e assuntos que dominava. Muitas portas se abriram e pude trabalhar em praticamente todas as áreas das empresas onde passei.
Com isso aprendi como tratar os curriculuns e as entrevistas de seleção, garimpando além dos conhecimentos expressos, em busca dos tácitos.
Conhecimento tácito é aquele que adquirimos ao longo da vida, que contribui na formação da nossa experiência e é difícil de ser formalizado. Subjetivo, é inerente às nossas habilidades. Fica, portanto, subentendido ou implícito.
Do outro lado encontra-se o conhecimento expresso, que pode ser formalizado em textos, desenhos, diagramas, publicações, discursos e palestras.
Em um processo seletivo, onde um headhunter contou com minha colaboração na condução, no fim do dia, ele um pouco espantado me disse: – Fizemos oito entrevistas e você conseguiu fazer uma diferente da outra! Que técnica você usa?
Não sei se isso é uma técnica, se for, diria que é observação ampla.
Gestores usam filtros demais, com isso acabam não percebendo áreas potenciais do candidato.
O grande problema na área do conhecimento é a mesmice. Para obter algo que nunca teve, a pessoa precisa fazer algo que nunca fez.
Você usa a mesma roupa, lê sempre as mesmas coisas, faz o mesmo caminho e quer fazer a diferença?
Como diz o velho ditado: “Fazer a mesma coisa esperando resultados diferentes é sinal de loucura!”
Confundir habilidade com conhecimento impede a exploração do capital intelectual da organização, essa é grande barreira na criação do seu futuro.
Gestores não se dão conta, mas quando copiam os concorrentes, copiam suas habilidades e não seus conhecimentos.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Produtos nobres, marcas pobres
Para ter sucesso empresarial é necessário ter uma marca com relevância?
Em um mercado onde o consumidor procura marca evidentemente que sim, onde a busca é por preço, serve como diferencial. Por isso, foco em negócios é determinante. Não é possível servir à deusa Marca e a Mamón.
Na antiguidade muitos deuses eram cultuados e mamón não era uma das divindades, mas uma palavra em aramaico que significava dinheiro e riqueza.
Quando muitos falam em um mundo sem logo, porque deveríamos nos importar com isso se tivermos, tecnicamente, os melhores produtos do mercado?
O consumidor, mais do que qualidade física, está sempre em busca de destaque.
Marca não carrega apenas atributos físicos, mas uma gama enorme de serviços.
É verdade que muitos empreendedores teimam em vencer sem marcas consagradas, em mercados onde o conceito “Premium” é requisito. Isso ultrapassa a teimosia e perseverança e encontra a ingenuidade.
O consumidor tem a palavra final, este é quem dirá sempre se aceita ou não a proposta do empreendedor.
Quando um produto revolucionário chega ao mercado e muda conceitos e costumes, dirá o criador: – o consumidor não sabe o que quer, nós criadores e inovadores é que ditamos as regras.
É importante lembrar que na fila em busca do sucesso muitos o antecederam e fracassaram e este pode ser passageiro, uma miragem.
A moda cria o modo, assim como o modo cria a moda.
Marcas são símbolos de liberdade, de integração, resgate de estima, busca da personalidade, identidade, valor, ideologia.
A Marca, o Logo tem um significado profundo, pois destaca a pessoa e evidência seu sucesso, que não precisa ser necessariamente financeiro. Por essa razão têm fãs, seguidores, propagadores, partidários.
Marcas reinam pelo conceito de nobreza.
No processo de resgate ou valorização, as marcas têm efeito imediato, por essa razão propagandas com ícones populares fazem sucesso.
A tatuagem, gostem uns, critiquem outros, abre um enorme campo de estudo para a busca de significados.
A grande ambição do homem é a busca pela essência da vida, e a escolha pode ser com sucesso financeiro, que fornece bens, ou total desapego.
O produto da liberdade cria a liberdade do produto, onde a máxima da sua propaganda pode ser defender seu direito de ser contra a qualquer espécie de propaganda.
Difícil imaginar? Pense em uma letra como símbolo dessa rejeição e todo um grupo ostentando a marca como protesto.
A própria defesa do mundo sem logo estabelece uma marca e reconhecimento público, ainda que por rejeição a esse conceito.
Pense: Marca pode se tornar um dogma?
Não se prenda ao seu significado religioso, mas ao seu conceito amplo como crença, opinião, suposição, imaginação.
O cavalo de raça que torna o homem da cidade grande em cowboy ou a moto que transforma o executivo no “homem sem destino”, não serão trocados por similares e semelhantes, ainda que os aspectos físicos sejam indiscutíveis.
Ao empreendedor não cabe apenas entender o produto, mas os desejos e as intenções. Marcas, Logo, têm a ver com a genética das organizações, por isso são assuntos complexos.
Organizações empresariais são produtos do homem, não apenas como meio de sustento, mas de sua expressão. Quando não presente na visão, informações implantadas no genoma das organizações podem lhes dar essa funcionalidade em marketing.
A questão é quantos gestores aceitarão que suas organizações sejam geneticamente alteradas.
Essa é a razão fundamental para encontrarmos tantos produtos nobres com marcas pobres.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Vozes do mercado
Todo empreendimento apresenta em uma ponta produtos ou serviços oferecidos e na outra possíveis interessados.
Por que não dizer consumidores, de uma vez, ao invés de considerá-los potenciais interessados?
Por uma razão muito simples, nem tudo interessa a todos, em todos os momentos.
Pense comigo: um caiaque, uma lancha, um avião, um helicóptero, um tênis azul, um vestido roxo, um smoking, uma bengala, um chapéu, e por ai vai, não importa o preço, algumas pessoas não terão interesse.
A questão mágica é aproximar produtos e interessados. Por essa razão fidelização tem valor incalculável.
Um empresário se lamentava que o volume de venda de um determinado tecido, hoje, não representa dez por cento do que vendia no passado.
Para saber o que está acontecendo só há um caminho: ouvir vozes!
Parece assustador? Dependendo do que se espera ouvir, pode ser mesmo.
As vozes do mercado lhe dirão o que você precisa saber, mas vai uma dica: saiba o que perguntar.
Nesse caso, a voz disse: – Alguns consumidores ainda pedem!
– Se alguns ainda pedem, porque as vendas caíram tanto- queria saber o empresário.
Alguns, uma vez quantificados, não chegavam a quatro clientes por mês.
– E no passado? – era a nova questão.
– Muita gente. Mas, muita gente mesmo! – foi a resposta.
Sim, mas quanto significava muita gente? Olhando com atenção, foi possível ver que, seguramente, era mais de cinqüenta.
Veja que o mercado, prático, lhe dirá: – Por que você espera receber todas as respostas, se sequer tem todas as perguntas.
Outro, que não havia conseguido renovar a licença de uso de uma marca e resolvera lançar a própria, fez uma pesquisa com os revendedores.
A questão fundamental era: – Os consumidores rejeitarão a nova marca?
Grande parte dos revendedores respondeu: – Não!
A euforia tomou conta de todos, mas acabou tão logo os produtos não mostraram giro nas lojas e as reposições não aconteceram.
– Onde estava a falha? – era a pergunta.
Simples, perguntaram para quem? Na verdade que respondeu foi o revendedor. Por acaso eles levaram as perguntas aos consumidores?
Não, não o fizeram. Ora, quem é, efetivamente, o tomador de decisão?
Refletindo, perguntas levam a perguntas, que provocam respostas. Neste caso, vale a pena lembrar a velha regrinha: para chegar ao cerne de uma questão, basta perguntar sete vezes “por quê”?
Um dos sócios arriscou: – Eles conhecem seus clientes ou não conhecem?
Não, não conhecem. Não nesse caso!
Marca não é produto, ainda que a estrutura física seja a mesma. Marca presta um serviço que o produto não consegue.
É importante observar que os consumidores não rejeitaram a marca, mas na escala de preferência ficaram com outras.
Quando não encontravam opções, compravam aquela, mas isso raramente acontecia, uma vez que os revendedores não trabalhavam com exclusividade.
Há um viés na análise de muitos gestores: tratam seus revendedores com clientes finais. Produto parado em estoque é bomba com pavio aceso. Ela vai explodir, é só uma questão de tempo.
Duplicata vencida, de produto estocado, incomoda muito!
As vozes do mercado é que dizem ao revendedor para repor. Estas são valiosíssimas quando são emitidas pelos vendedores dos revendedores, que dizem aos seus chefes: – Tá acabando, precisa comprar. Se faltar, os clientes vão reclamar!
Existe aquela que incomoda também: – Não! Não precisa, não! O estoque tá lotado, o giro desse produto é baixo. Pouca gente procura!
Nesse caso a sensação é uma só: Que medo!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Cliente interno, fonte de lucros ou prejuízos
Cliente interno, fonte de lucros ou prejuízos
No processo de gestão, ondas vêm e vão! Ora fala-se muito do cliente interno, ora a vida segue como se ele não existisse, pois sequer é lembrado ou tratado com esse título. Fato é que, nas nossas empresas, recebemos resultados e entregamos resultados.
Você já parou para pensar que embora as pessoas, atendidas por você, levem para casa ou para suas empresas produtos em caixas, carros, sacolas, na mente estão levando resultados?
O produto que foi vendido pode atender todas as expectativas do seu cliente, mas, ainda assim, você pode perdê-lo.
Há dois pontos importantes que precisam ser observados:
• Quando você é o fabricante ou prestador do serviço;
• Quando você é o revendedor ou empresa autorizada a prestar serviços.
Na primeira situação não há como não responder por todo processo, uma vez que não há alternativas de fornecimento.
Na segunda situação, se o descontentamento ou a desconfiança é em relação a produto ou marca, você talvez tenha opções.
Isso não o eximirá de chamar seus fornecedores para uma conversa, afinal o seu negócio também corre riscos.
Relação comercial envolve gente, não apenas produtos e serviços. Não importa quão eletrônica ela possa ser. Quando surgir um problema, alguém do outro lado da linha, do balcão, da portaria terá que resolver.
O uso da nomenclatura clientes internos e externos pode causar alguma confusão, então é melhor definir cliente:
“Cliente é todo aquele que é impactado por seus produtos, processos e serviços” – Uma definição clara estabelecida por Juran, consultor de negócios, famoso por seus trabalhos de gerenciamento da qualidade.
Pensemos na qualidade não apenas do produto, mas de tudo o que é feito na empresa, incluindo o atendimento.
Umas das questões que tem sido debatidas é a dificuldade para contratação de pessoal qualificado, isso nos leva ao seguinte ponto: talvez, por uma série de circustâncias, o cliente final não possa ser atendido da forma que ele gostaria, mas é determinanate que seja atendido naquilo que é fundamental, necessário, determinante.
Lembre-se sempre: “As pessoas se aborrecem mais com a falta de atenção do que de explicação”.
A grande dúvida é como treinar e motivar pessoas para dar o atendimento adequado?
Um aspecto importante reside no recrutamento e seleção, e isso costuma ser negligenciado: pessoas que vão tratar com pessoas, precisam gostar de pessoas.
Dessa forma, faço uma recomendação para iniciar o processo de melhoria de comunicação de seus clientes e fornecedores internos e externos: coloque no lugar mais vísivel da empresa a seguinte frase:
“Aqui só trabalhamos com gente que gosta de gente”.
Isso resolveria todas as questões? Claro que não, mas contribui muito para alinhar pensamentos e comportamentos.
Há um segredo que precisa ser revelado: você precisa acreditar nisso, não basta só o alarde. As pessoas sabem quando há verdade ou não no discurso. Pode demorar, mas a verdade sempre aparece. Quem divulga tem que ser o primeiro a se comprometer com a declaração!
Quando falamos em gente e desempenho, é importante saber o que faz com que brilhem os olhos.
Há diferença entre entusiasmo e motivação. A motivação é provocada por fatores externos como recompensas, treinamentos, palestras, enquanto que o entusiasmo é ligado a fatores internos, principalmente valores.
Quando os valores do contratante e do contratado se identificam, a união para desenvolvimento dos trabalhos é praticamente certa.
O que os gestores precisam se dar conta é que as portas psicológicas que permitem a influência da motivação só abrem por dentro, portanto antes de qualquer ação nesse sentido é necessário estudo e reflexão.
O seu colaborador , que é fornecedor e cliente interno, em ações para ajuste de comportamento pode se sentir:
• Aborrecido – um fato que com uma boa conversa pode ser remediado
• Prejudicado – não bastará conversa, há uma reparação pendente.
Algumas estatísticas mostram que de modo geral 30% dos clientes estão bastante insatisfeitos com o atendimento e mais de 90 % sequer registra uma reclamação.
A razão é muito simples: “Não acreditam que a opinião deles tenha qualquer valor”.
Ocorrendo conflitos, o cliente externo procura outro fornecedor, contudo o cliente interno deixa de se importar com os acontecimentos. Nesse momento, ele que era um fonte de lucro se torna uma fonte de prejuízo. Para a empresa e para ele mesmo!
O processo toma essa dimensão porque envolve um aspecto complexo que afeta o ser humano: emoções.
Entre as emoções está o sentimento de significar alguma coisa, além de lucro e vantagens.
O cliente interno é um fornecedor que a todo momento causa impacto positivo ou negativo no cliente externo e pode não se dar conta.
A tampinha da garrafa d’água, que deixa todos na mesa do restaurante constrangidos porque não sai depois de uma série de tentativas e troca de garrafas, pode ter como origem a falta de atenção do mecânico que regulou a máquina.
Certamente quem levará o bronca será o garçon, que não tentou abrir ou sequer perguntou aos seus clientes se deveria abri-la ou não. Há pessoas que preferem, elas mesmas, abrirem as próprias garrafas.
Como, então, motivar seus colaboradores, que são ao mesmo tempo clientes e fornecedores?
Eles necessitam saber qual é sua visão de negócios, qual a missão da empresa e como isso os beneficia. É verdade que esses temas, pela aplicações inadequadas, podem ser criticados, mas porque alguém abraçaria sua causa, se não sabe para onde você está indo?
Pelo salário, benefícios, assistência médica, transporte, refeições, cestá básica?
Pode ser, mas aqui temos que tratar de dois pontos:
• Por quanto tempo ficarão?
• Por quanto tempo você os manterá?
A alta rotatividade nas empresas é uma resposta à essas perguntas. A atual dificuldade para contratação também.
Plano de carreira, programa de incentivos em vendas e desempenho são fundamentais para retenção de talentos, mas como desenvolvê-los sem comprometer os resultados?
Uma empresa vive de lucro e superávit de caixa, na falta destes, todo o resto é poesia.
Aqui retomamos os conceitos de visão e missão, não como discurso para envolvimento, mas como alicerces para a construção do futuro.
Empresas precisam prospectar, conquistar clientes e mantê-los. Prospectar oportunidades de negócios e desenvolvê-las com produtos e processos. Recuperar clientes insatisfeitos. Essa dinâmica se dá com a entrega contínua de resultados.
O construção do futuro é pautada por metas, que atingidas gerarão lucro e superávit de caixa para reinvestimento e distribuição de lucro.
A distribuição de lucro precisa ser compensadora para o empreendedor que corre riscos e para o colaborador que investe seu tempo e conhecimentos.
Planos de incentivo e premiação falham por falta de metas claras, pelo imediatismo de empreendedores e colaboradores, por ganância, por falta de conhecimento.
A motivação de um colaborador tem como alicerce:
• Reconhecimento – sua valorização por atuação e comprometimento
• Recompensas – premiação por desempenho individual e ou em equipe
• Perspectiva de crescimento – visão de seu futuro na empresa
• Autonomia – liberdade para tomada de decisão
• Apoio – treinamento e orientação para sucesso e satisfação com seu desempenho
• Remuneração – os ganhos devem ser compatíveis com o mercado
Sam Walton, fundador do Wal-Mart, dizia que é mais fácil contratar pessoas simpáticas e treiná-las para atender o público do que contratar pessoas experientes e com treinamentos torná-las simpáticas.
Dessa forma, como desenvolver um plano de incentivo ao seu cliente interno, para que se mantenha motivado?
Ora, motivação precisa de motivo!
Convide-o para, juntos, construirem o futuro da sua organização, da qual será parte importante por reconhecimento.
Ficará surpreso com as soluções que serão encontradas e os resultados que serão obtidos.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Um problema de gestão: Negligência ao óbvio
Um problema de gestão: Negligência ao óbvio
Quantas vezes não dizemos a nós mesmos, quando sofremos algum prejuízo, que nos faltou disciplina?
Deixamos de pagar uma conta, perdemos o horário do médico, do dentista, o vôo para atender uma reunião, o prazo para entrega de algum documento, o vestibular. E por ai segue a lista.
Algumas pessoas poderão dizer: “Você está exagerando!”
Estou? Então, veja a loucura no último dia para entrega do imposto de renda!
O mesmo ocorre com a inscrição para concursos e qualquer coisa que tenha uma data limite.
Fazemos isso todos os dias. Criamos situações que nos causam dificuldades, por pura falta de disciplina, sem nos darmos conta de quanto isso nos custa.
Levamos, também, essa atitude às nossas empresas, como colaboradores ou mesmo empresários.
Falar sobre isso pode parecer uma grande bobagem, mas que tal fazer uma avaliação?
Apanhamos um papel e desenhamos cinco colunas. Se você souber usar planilha eletrônica, o controle ficará melhor ainda:
• Problema a ser resolvido
• Data em que foi detectado
• Data programada para resolução
• Motivos da procrastinação
• Data da efetiva conclusão
• Consequências do atraso
Ficará assustado com o que vai observar.
Questões simples como a compra de caneta ou complexas como renovação de licenças ambientais poderão ser tratadas da mesma forma.
Ficará pasmo ao descobrir que a autorização ou a negativa para a compra da tal caneta poderá demandar uma semana ou mais para ser obtida.
A expectativa de solução gera um custo difícil de calcular, mas esteja certo de que não é baixo. Para cada dia pendente, haverá pelo menos uma reunião ao lado da garrafa de café para tratar do inconformismo.
Problema na mesa demanda solução, se está em dúvida, chame pessoas que possam ajudá-lo e trate-o imediatamente.
Competência quer dizer faculdade concedida para apreciar, julgar pleitos e questões, ou ainda, capacidade ou aptidão, portanto, se lhe falta competência, adicione-a. Essa é a razão pela qual trabalhar em equipe é fundamental.
Aja rapidamente, as pessoas ao seu redor percebem quando lhe falta competência e por isso você procrastina. Não duvide!
É melhor ser reconhecido como uma pessoa que percebe as próprias limitações e as elimina com a ajuda da equipe, do que ouvir “se não consegue resolver, por que não chama alguém que saiba?”
Como gestor, sua função é encaminhar o problema para solução, sem que, necessariamente, seja o seu criador desta.
Não devemos confundir solução com procrastinação, pois nesse caso teremos mais um problema: nossas atitudes.
Quando a questão é complexa, as perdas podem tomar proporções extremamente preocupantes.
Não é raro encontrar empresas incapazes de elaborar uma previsão de caixa para 30 dias. Outras tantas têm dificuldades de enxergar o que devem pagar na própria semana.
Uma empresa pode pagar juros de 10% ao ano ou 40 %%, basicamente porque não está organizada para pode obter das instituições financeiras recursos de fontes menos onerosas.
Grande parte das dificuldades é gerada pela falta de organização, simplesmente por negligenciar o óbvio.
Diz a velha sabedoria: “As coisas devem ser feitas no momento em que devem ser feitas”.
A conta paga com atraso poderá ter multa. Juros, terá certamente. A venda que deveria ter sido efetivada hoje, talvez não se concretize amanhã.
O produto em fabricação que não foi concluído hoje, amanhã terá custos adicionais.
Saber disso não é suficiente, Importante é nos perguntarmos no momento em que nos deparamos com a possível negligência: “Vou tomar uma atitude agora ou vou procrastinar aquilo que é óbvio?”
A decisão e os encargos serão somente seus, portanto, se não sabe, não consegue resolver a questão, delegue.
Você está sendo observado, não negligencie o óbvio.
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
www.postigoconsultoria.com.br
“Alerta máximo: A misteriosa morte em massa de colônias abelhas coloca em risco a vida no planeta”
Informe-se, divulgue!
Um rastro de desorganização
Um rastro de desorganização
O mercado aquecido gerou resultados positivos, inflou a estrutura das empresas, mas agora com o desaquecimento começa a cobrar seu preço.
De uma forma bastante interessante, um empresário nos perguntava em um encontro: – Como desmonto esse circo, demito o palhaço ou vendo o elefante?
Gosto dessa imagem, porque também já usei o circo como exemplo de gestão algumas vezes.
Como vício de raciocínio, estamos atentos ao palhaço e ao elefante, mas poucas vezes ao circo como um todo, até que a lona venha ao chão!
O crescimento empresarial sempre deixa um traço de desorganização. Os motivos são muitos, como a falta de foco operacional, a fragilidade na qualificação da equipe, o impacto da velocidade do crescimento, a falta de domínio técnico para a gestão dos novos produtos, canais e clientes, o choque provocado pela necessidade de desenvolvimento de novos modelos mentais em função de uma nova cultura que se estabelece. Assim, o assunto se mostra complexo.
Não basta crescer em um período, é preciso consolidar posições. Em momentos de desaquecimento de mercado, o encolhimento gera novos conflitos na gestão.
A nova cultura, quando não mantida, não consegue ser substituída pela velha cultura que já não mais existe. Há, com isso, um estado desconhecido que precisa ser administrado.
A estrutura inflada, necessariamente, no momento de aquecimento, tem um custo nem sempre suportável com a queda dos negócios, e reduzi-la representa risco para a retomada.
Esses são aspectos que envolvem todas as áreas, comercial, produtiva, administrativa e financeira.
Manter a qualidade da gestão, com redução de custos, implica na necessidade de melhoria da produtividade em todos os setores, realizando mais com menos, aspecto que o mercado aquecido nem sempre permite realizar, visto que o foco é vendas e geração de caixa.
O paradoxo se apresenta quando vemos que nos momentos de dificuldade e falta de recursos é que soluções são criadas, mantendo no mercado as organizações criativas e eliminado aquelas sem grande talento para gestão de crises.
Organizações bem sucedidas são aquelas capazes de criar, inovar, explorando novos canais e segmentos de negócios, reduzindo sua dependência de alguns poucos clientes.
A observação de oportunidades de mercado tem levado gestores a manter o foco nos produtos e não nas empresas e suas marcas, com isso, quando há retração, a fragilidade do empreendimento se faz presente.
Grande parte das empresas brasileiras não tem seu valor avaliado pelo mercado, com isso o conceito de gestão limita-se a lucro e geração de caixa, mostrando-se satisfatório quando positivo, sem uma visão de futuro. Quer para investimento planejado, fusão ou mesmo venda.
Essa questão abordei no artigo: Competência em gestão não é conceito é cultura.
A busca do ponto de equilíbrio, que demanda a adequação da estrutura operacional, poucas vezes ocorre com ações planejadas, costuma ser mais emocional.
Isso ratifica o fato que nossas empresas crescem mais por movimentos de mercado do que por ações estratégicas, aspecto que dificulta a busca de rentabilidade em momentos de queda das vendas.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Vantagens das Exposições Promocionais Nas Lojas Varejistas
Vantagens das Exposições Promocionais Nas Lojas Varejistas
Uma das mais eficazes técnicas de Merchandising é a exposição maciça de produtos nos pontos de vendas e uma adequada exposição de mercadorias pode exercer um papel muito importante nas vendas no varejo.
À medida que o auto-serviço foi se desenvolvendo em número de lojas e tráfego de consumidores, mais produtos se tornaram desejosos de obter um lugar de destaque. O aumento da concorrência obrigou as organizações a trabalharem mais profissionalmente na defesa de seus mercados e na atração de novos consumidores. Vejamos então o que uma adequada exposição promocional pode fazer pela marca, pelos consumidores e pelos intermediários (lojas de varejo):
A) Vantagens da Exposição Promocional Para a Marca:
- A EXPOSIÇÃO REFORÇA A FIDELIDADE DE MARCA: Todos nós temos nossas preferências, nossas marcas prediletas mesmo quando negamos qualquer fidelidade às marcas, quando queremos nos apresentar imunes aos apelos da propaganda. Entretanto, ao vermos nossas marcas prediletas expostas com destaque nas lojas onde compramos ficamos mais convencidos da nossa fidelidade. Conseqüentemente, há necessidade de expor essas marcas com destaque, de modo que os consumidores fiéis localizem facilmente suas marcas preferidas.
- A EXPOSIÇÃO QUEBRA A MONOTONIA DA COMPRA: Uma loja de auto-serviço sem exposições promocionais torna-se um sistema físico linear e simétrico. Esse aspecto é tanto mais intenso quanto maior for a loja. Sendo assim, uma exposição colorida quebra a monotonia e transforma o ambiente em algo mais vivo e dinâmico, transformando assim o ato de comprar em algo mais agradável.
- DIMINUI O IMPACTO DOS ESFORÇOS DA CONCORRÊNCIA: Se uma empresa tem o seu produto muito bem exposto, limpo e com ótima aparência, ela conseguirá distrair a atenção dos consumidores para o seu produto, fazendo com que até haja uma troca de outro produto pelo dela, além de diminuir o impacto da concorrência.
- EXPOR AUMENTA AS VENDAS: Segundo pesquisas, o Merchandising é responsável por cerca de 70 % das compras não planejadas. Portanto, quanto maior a exposição, maiores serão as possibilidades de vendas de produtos.
- A EXPOSIÇÃO TRANSFORMA A PROPAGANDA EM VENDAS: a Propaganda é uma das mais importantes ferramentas do Marketing. Porém, como se trata de um processo de comunicação que se utiliza de veículos apropriados, não consegue completar a venda porque não põe o consumidor e o produto frente a frente. Sendo assim, pode-se concluir que é a exposição que completa essa tarefa, pois ela é o elo final de todo o processo de venda.
B) Vantagens da Exposição Promocional Para o Consumidor:
- EXPOR ESTIMULA A COMPRA POR IMPULSO: O sucesso do sistema de venda pelo auto-serviço provém do fato de que esta técnica faz o consumidor levar o produto que não estava em sua intenção de compras.
- EXPOSIÇÃO PROVOCA IDÉIAS: Hoje, devido a permanência cada vez mais fora de seus lares, os consumidores costumam não utilizar listas de compras, dependendo cada vez mais de lembretes nos pontos de vendas. Realizando uma adequada exposição, a empresa lembrará ao consumidor sobre sua marca.
- A EXPOSIÇÃO TORNA A COMPRA MAIS FÁCIL: A exposição bem feita deixa o produto fácil de ser encontrado e mais acessível ao consumidor. E também evita falta de estoque.
- A EXPOSIÇÃO DÁ MAIS VELOCIDADE ÀS COMPRAS: Com a falta de tempo dos consumidores para as compras, o produto que está visível em exposições especiais possibilita que o consumidor não perca tempo e nem escolha entre vários concorrentes, tornando-se mais rápida sua decisão.
C) Vantagens da Exposição Promocional Para os Intermediários (Lojas Varejistas):
- A EXPOSIÇÃO AUMENTA A MÉDIA DE VENDAS: Uma vez que a exposição bem feita estimula a compra por impulso, automaticamente os consumidores tendem a comprar mais, aumentando assim o ticket médio de compras na loja.
- A EXPOSIÇÃO DESENVOLVE A FIDELIDADE À LOJA: A loja que expõe seus produtos de forma ordenada, limpos e atraentes chama mais atenção dos seus consumidores e, conseqüentemente, cria fidelidade de compras à loja.
- A EXPOSIÇÃO ATRAI NOVOS CONSUMIDORES: Elaborando uma exposição bem colocada e visível, o varejista atrai novos consumidores para a loja, além de ser recomendado pelos seus consumidores fiéis.
- A EXPOSIÇÃO AUMENTA O LUCRO DOS PRODUTOS: Uma vez que a exposição aumenta a venda e a venda aumenta o giro dos produtos, logo o varejista aumenta sua rentabilidade.
Técnicas de Promoção de Vendas
Técnicas de Promoção de Vendas
A Promoção de Vendas é um Acontecimento Capaz de Despertar a Atenção de Consumidores nos Pontos de Vendas? Que Premissas Devem Ser Consideradas Para Uma Boa Exposição de Produtos? Uma Boa Exposição Será Capaz de Atrair o Consumidor e Levá-lo a Compra?
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Nos últimos anos temos observado que o setor de promoção de vendas nas empresas brasileiras vem experimentando um expressivo crescimento, catalisando para si muitas verbas que antes eram destinadas à outras atividades. Observamos também que muitas promoções não tiveram sucesso porque não se preocupavam com a realidade sócio-econômica do seu público-alvo ou não consideravam as características regionais decisivas desse público. Podemos citar algumas ações promocionais muito freqüentes como:
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Brindes
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Ofertas;
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Brindes anexos aos produtos
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Sorteios
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Amostras Grátis
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Degustações
Porém, a Promoção de Vendas não é o único remédio para aumento das vendas de todos os produtos de consumo, pois se a promoção não for bem planejada, executada e controlada pode ser apenas um grande desperdício de dinheiro. Daí podemos entender a importância de uma decisão nessa área e o significado da ação no ponto de vendas para o bom uso desses recursos na obtenção de resultados.
A Promoção de Vendas pode despertar o interesse do consumidor para determinados produtos, embora também existam outras ferramentas de marketing com essa finalidade. Dessa forma, pode-se afirmar que a Promoção de Vendas é uma boa ferramenta utilizada para aumentar as vendas e não especificamente para vender.
Pois, promover ou aumentar as vendas está diretamente ligado a nossa capacidade de motivar as pessoas. E nesse contexto fica é fácil perceber a relevância de uma boa interação entre o promotor de vendas e os varejistas visitados por ele.
Por isso, o promotor de vendas deve tentar descobrir os desejos e as necessidades de seus clientes, bem como em que medida seus recursos estão adequadas à satisfação desses desejos. Portanto, o campo de atuação da Promoção de Vendas é quase tão vasto quanto o número de desejos e necessidades que se possa identificar nos varejistas e nos consumidores. Dessa forma, existem algumas técnicas de exposição que devem ser consideradas, tais como:
· Imagem da Marca: nenhuma Promoção de Vendas deve se desvincular do curso, da linguagem e dos padrões para a marca e seu público-alvo.
· Chamar a atenção e ser aceito: nesse caso o nome do jogo é “ganhar ou ganhar”. Não se pode dar a chance para uma rejeição. Tudo deve ser planejado e executado para dar certo – vender mais, expor mais, consolidar a imagem da marca, agir com economia e eficiência.
· Simplicidade: isso não é fácil, mas para que a Promoção de Vendas tenha sucesso ela deve ser simples, clara e objetiva. Na etapa da venda da Promoção, a informação de seus benefícios e vantagens é muito mais importante do que o produto em si.
· Emoção + Razão: atacar os dois centros decisórios com argumentos consistentes.
· Criatividade: não se deve checar com a simplicidade, mas a Promoção de Vendas deve ser especial, exclusiva e sempre que possível, inédita.
· Credibilidade: a Promoção de Vendas deve ser inquestionável, tanto na sua comunicação quanto na sua realização. Nada pode ficar vago, omisso ou improvisado.
· Limites: é importante saber enxergar o próprio limite da Promoção. Como dissemos anteriormente, ela não é um santo remédio para todos os problemas de vendas.
· A melhor opção: a Promoção de Vendas trata diretamente com os desejos e necessidades das pessoas e, por isso mesmo, para ser bem sucedida ela deve ser importante no momento e no local escolhidos.
· Uma equipe: nenhuma idéia brilhante pode se transformar numa grande Promoção se não houver o envolvimento daqueles que o apoiarão no atingimento de um objetivo.
· Um acontecimento: a Promoção de Vendas deve ter a cara de sua marca, da sua personalidade, da sua empresa e da sua equipe. Não pode ser apenas promover melhores resultados à sua própria vida.
· Resultado: é de suma importância pensar e medir o efeito esperado e o custo projetado.
Merchandising: (Conceitos, Definições e Aplicações)
Merchandising: (Conceitos, Definições e Aplicações)
O Que é Merchandising? Qual a Influência do Merchandising no Ponto de Vendas? Onde os Consumidores Procuram os Produtos?
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As técnicas de Merchandising não foram criadas por nenhum especialista do setor, mas através da capacidade de observação e julgamento das pessoas que analisavam seus problemas do cotidiano e procuravam resolvê-los.
Após a Revolução Industrial houve um aumento considerável do poder de compra de todas as sociedades e a urbanização acelerada exigiu a distribuição de bens de consumo a populações – cada vez maiores e mais concentradas. Essa é, basicamente, a origem da distribuição em massa do auto-serviço e o Merchandising nasceu com o auto-serviço, como forma de “falar” com os consumidores através das próprias embalagens e produtos. Dessa forma, alguns autores conceituam o Merchandising como sendo as atividades que visam basicamente o ponto de vendas, embora outros se preocupem apenas com suas mercadorias.
Merchandising é o tempo do verbo merchandise, o qual pode ser traduzido por mercadoria. Sendo assim, Merchandising pode significar operar mercadorias, administrar mercadorias ou usar mercadorias para operar sua própria venda.
Analisando-se a definição acima se pode afirmar que trata-se de uma atividade mercadológica, a qual se insere no contexto das operações destinadas a fazer fluir os bens de consumo, através dos canais de marketing. Mas, o Merchandising ampliou suas aplicações para fora do comércio varejista – como é o caso do Merchandising Televisivo – embora nesse caso falte-lhe o ato da compra por impulso.
Porém, para muitos estudiosos do assunto, Merchandising é o conjunto de todos os meios usados nas lojas varejistas com o objetivo de dar ênfase a todas as atividades do complexo mercadológico – embalagem, preço, propaganda, etc. – a fim de aumentar as vendas aos consumidores. Ou seja, Merchandising seria o conjunto de todas as atividades comerciais e econômicas realizadas nas lojas, com o objetivo de fazer com que os próprios produtos exerçam ações de vendas sobre os consumidores. Portanto, para Phillip Kotler, Merchandising é toda atividade que ocorre na área de vendas das empresas varejistas, iniciada pelos fornecedores a fim de aumentar – com rentabilidade – o fluxo de bens do comércio para o consumidor final.
Nos auto-serviços, as gôndolas (prateleiras) são os principais pontos de venda de um produto. O hábito de comprar em uma determinada loja varejista faz com que o consumidor saiba – com o tempo – onde se encontram os diversos produtos. Por essa razão, há uma tendência a procurá-los sempre nas gôndolas habituais, sendo, portanto, pouco recomendável o remanejamento constante de posições no ponto de venda. Por isso, obter uma boa situação das marcas nas gôndolas é o primeiro passo para um trabalho de Merchandising bem sucedido.
Uma História Interessante
Uma História Interessante
Em 1976, eu era vendedor de varejo de uma indústria multinacional de produtos alimentícios (NESTLÉ) no interior norte do RJ. e no sul do estado do ES. O meu território de vendas era bastante extenso e isso me obrigava a passar vários fins de semana em Campos (RJ) ou em Cachoeiro do Itapemirim (ES).
Existiam algumas pequenas cidades no interior do Espírito Santo em que o comércio local funcionava razoavelmente bem durante o verão, mas no inverno vários clientes passavam sérias dificuldades financeiras e, muitos, até nem abriam suas lojas.
Diante disso, a empresa decidiu que eu os visitasse somente durante quatro meses por ano (uma vez por mês) e, conseqüentemente, minhas visitas não poderiam ser tão demoradas, pois o foco das vendas demandava maior atenção da minha parte.
Como essas cidades eram muito distantes, nem sempre eu podia retornar se um determinado cliente não estivesse presente no ato da minha visita.
Existia um determinado supermercado (na cidade de Muqui – ES) no qual eu jamais consegui encontrar o dono (comprador) durante as minhas visitas regulares; e nem mesmo o conhecia pessoalmente, já que eu tinha sido promovido a vendedor recentemente.
Mas, como a linha da NESTLÉ era muito requisitada naquela época – e a maioria dos clientes exigia receber pelo menos uma pequena quantidade de leites infantis – eu arriscava enviar a este cliente (o qual jamais conhecera) um pouco de leite infantil (Ninho e outros), um pouco de bebida achocolatada (Nescau), um pouco de Farinha Láctea e Neston.
Embora a empresa considerasse falta grave o “tiro” de mercadoria (mandar sem o cliente pedir), o referido supermercado jamais devolveu sequer uma lata de produto. Ao contrário; na visita seguinte seus funcionários avisavam que “o patrão gostara da amostra” e que podia continuar mandando aquele mix de produtos e “aquela mesma quantidade”. É importante ressaltar que o cliente jamais atrasava o pagamento de títulos da NESTLÉ, ou qualquer outro fornecedor, uma vez que se tratava de um bom pagador.
Esse “arranjo” durou mais de dois anos. Ou seja, eu mandava o “tiro” e o cliente “segurava” (é claro que, dessa forma, o vendedor sempre vendia abaixo das necessidades do cliente, pois existe uma certa confiança no vendedor e este, normalmente, não abusa dessa confiança).
No terceiro ano de atuação nessa zona, eu finalmente conheci o comprador dessa loja, pois ele mudara seus hábitos e passou a trabalhar durante o dia. Foi em uma campanha de vendas de produtos MAGGI (sopas, caldos, temperos, etc) e NESCAFÉ (café solúvel), com prêmios para o melhor vendedor de cada região.
Eu estava muito bem colocado na campanha e provavelmente ganharia um bom prêmio – um faqueiro de prata – quando fui finalmente apresentado ao sr. Antonio. Houve uma grande afinidade entre nós, pois o povo daquela cidade era muito gentil e atencioso. Na nossa entrevista, utilizei várias técnicas de vendas e saí de lá com um bom pedido, incluindo também os produtos da campanha e outros, que ele jamais “comprara”.
Imaginem vocês que na semana seguinte, ao entregar o pedido, a transportadora – que era terceirizada – me avisou que o Sr. Antonio devolvera todo o pedido, já que ele “não havia comprado tudo aquilo”. Pedi à transportadora que não avisasse a empresa, pois eu iria até lá resolver com ele.
Depois de dirigir mais de quatro horas, cheguei à cidade de Muqui e dirigi-me ao cliente, quando, então ele me disse :
– “Óia aqui seu NESTLÉ, o sr. abusou da minha confiança, afinal eu não sei nem p’ra que serve esse tal de Nescafé”.
MORAL DA HISTÓRIA : Mesmo que você acredite saber as reais necessidades de seu cliente, não custa nada pesquisar um pouco mais.
As Etapas da Venda
As Etapas da Venda
Quais são as etapas de uma venda? Por que um vendedor deve saber despertar a atenção de um cliente? Como persuadir alguém?
Vários estudiosos de venda já afirmaram que as etapas de uma venda podem ser divididas em quatro partes: _ (A) Atenção; (B) Interesse; (C) Convicção; (D) Desejo; e (E) Conclusão (ou Fechamento). Entretanto, outros autores têm rotulado as etapas de uma venda com a sigla AIDA (Atenção, Interesse, Desejo e Ação).
Porém, a venda de qualquer artigo mais importante do que uma caixa de chicletes ou um maço de cigarros deve passar por algumas etapas para ser concretizada. Talvez você até conheça outras denominações para tais etapas, mas realmente os nomes não têm tanta importância assim, pois existem alguns processos que devem ser considerados:
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Se o vendedor não conseguiu despertar a atenção de seu Cliente e nem conseguiu que ele o escutasse, então por que ele não desiste logo da entrevista?
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O vendedor deseja que seu Cliente continue a ouvi-lo e, por isso, ele deve despertar seu interesse. Se o Cliente estiver realmente persuadido de que o produto lhe trará benefícios, de qualquer modo ele ouvirá o Cliente de boa vontade.
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Em seguida o profissional de vendas deve persuadi-lo de que ele fará um gesto sensato se comprar o produto ofertado. (Uma coisa inteligente porque ele terá vantagens em possuir esses produtos).
-
O Cliente poderá estar interessado nos produtos e talvez até esteja convencido de que se trata de um bom artigo. Entretanto, ainda não foi atingido na “carteira”. Sendo assim, depois de interessar seu Cliente pelo produto, e depois de tê-lo persuadido de suas vantagens, o vendedor deverá fazer com que ele deseje possuí-lo, antes de concluir a venda. Isto é, deve despertar o desejo do cliente.
-
Mas, mesmo que o Cliente esteja convencido de que o produto é tão bom quanto o vendedor afirma, e mesmo que ele deseje possuir o tal produto, ele poderá não assinar o pedido. Portanto, a etapa seguinte é a Conclusão ou – como dizem alguns – o Fechamento da Venda.
Freqüentemente, haverá ocasiões em que deverá combinar duas etapas em uma só – principalmente as etapas da ATENÇÃO e do INTERESSE. Pois, o vendedor não é obrigado a seguir as etapas na ordem apresentada, uma vez que um vendedor experiente poderá tentar a CONCLUSÃO várias vezes, na etapa CONVICÇÃO. Ele não precisará atravessar sempre as cinco etapas. Exemplo: se o Cliente conhece bem seu produto e o considerar o melhor da praça. E neste caso a etapa CONVICÇÃO poderá será omitida.
Portanto, quando falamos como o vendedor deve proceder para aumentar suas vendas, nossa suposição é de que uma venda se desenvolva em 5 (cinco) etapas: Atenção, Interesse, Convicção, Desejo e Conclusão. Sendo assim, essas “Etapas da Venda” serão desmembradas em outros cinco (5) artigos que serão escritos e divulgados nesse site.
Como Satisfazer Necessidades do Cliente no Varejo
Como Satisfazer Necessidades do Cliente no Varejo
Como Descobrir as Necessidades do Cliente no Ato da Compra? Por Que Sondar? O Que é Uma Sondagem Aberta?
Sondagem: a Principal “Arma” do Profissional de Vendas Para Descobrir Necessidades
Já que é indispensável que o vendedor compreenda as necessidades do seu Cliente, ele deverá ser capaz de obter deste as informações de que necessita. Talvez a técnica mais importante na venda profissional seja a sondagem. E um profissional de vendas bem sucedido deve usar essa técnica em praticamente todos os contatos de vendas, a fim de descobrir as necessidades e as atitudes do seu cliente que podem ser satisfeitas pelos benefícios de seu produto (ou serviço).
A Sondagem atende à função de extrema importância, que é guiar o cliente para que ele revele suas verdadeiras necessidades e informações úteis. Quando o vendedor utiliza técnicas eficazes de sondagem ele dirige a entrevista de venda no sentido de um fechamento bem sucedido.
Existem 2 (dois) tipos de Sondagens:
- Sondagem Aberta: este tipo de pergunta permite que o cliente diga com suas próprias palavras o que ele julga importante. Expressões abertas como “Ah, é?” ou “Por quê?” estimulam o cliente a falar mais sobre suas reais necessidades.
- Sondagem Fechada: dirige a conversa para um tópico escolhido pelo vendedor e restringe a resposta do cliente àquele tópico. Algumas vezes as sondagens fechadas podem ser respondidas apenas com um “sim” ou “não” Elas são usadas quando as sondagens abertas não revelaram as informações que o vendedor necessita ou quando o cliente não reagiu positivamente às sondagens abertas.
Existem muitos casos em que o vendedor vai querer sondar, como:
- Para determinar a atitude real do cliente a respeito de seu produto (ou serviço), a fim de que você possa formular sua abordagem.
- Para esclarecer objeções, de modo que possam ser contornadas.
- Para descobrir áreas de satisfação com algum produto que o cliente esteja usando atualmente.
- Para verificar a reação do cliente a uma declaração de prova.
- Para determinar porque não foi aceito o fechamento da vendas.
Sendo assim, sabendo quando e como sondar de forma eficaz o vendedor será capaz de dirigir e controlar a entrevista em direção a um fechamento bem sucedido.
Exemplos de Sondagens Abertas :
- “Qual a sua opinião sobre….?”
- “Por favor, fale mais sobre isso”
- “Ah, é?”
- “Que tipo de problemas o Sr. (ou a Sra.) tem tido….?”
- “É mesmo?”
- “O que o Sr. (ou a Sra.) quer dizer com isso?”
Exemplos de Sondagens Fechadas :
- “O Sr. (ou a Sra.) tem tido problemas com …….?”
- “Será que entendi bem….?”
- “Concorda comigo sobre este…..?”
- “Seria vantajoso para o(a) Sr. (ou a Sra.) se pudesse…..?”
- “A seu ver isso poderia ser melhorado?”
- “Já pensou em usar outro…..?”
Como Conquistar a Atenção do Cliente
Como Conquistar a Atenção do Cliente
Que Informações São Úteis Para Chamar a Atenção de um Cliente? Onde Buscar Informações Sobre o Cliente? Que Atitudes Devem Ser Evitadas?
à Informações fornecidas por sua empresa.
à Publicações de indústria, comércio ou segmento especializado.
à Conversas entre vendedores amigos e/ou concorrentes.
à Matérias sobre finanças e economia nos jornais e tele-jornais
Alguns Cuidados Que Devem Ser Cuidadosamente Observados:
- Cuide de sua aparência pessoal e apresente-se como um profissional digno de ser atendido.
- Jamais comece com uma “desculpa”.
- Obtenha o “SIM” do seu Cliente com perguntas fáceis de responder.
- Seu sintonizador da atenção deve ser rápido. Não estique muito sua “história”; isso pode dispersar a atenção do Cliente.
- Nunca force um aperto de mão. Se ele espera por isso aperte-lhe a mão, mas caso contrário não o obrigue.
- Sente-se a distância razoável para não impedir seus movimentos.
- Não se espreguice nem se espiche na cadeira. Você deve ser o portador de importante mensagem para seu Cliente, devendo portar-se de acordo. Conserve a posição ereta.
- Evite conversar com seu Cliente na presença de outras pessoas, principalmente as desinteressadas. Se uma terceira pessoa estiver presente, desculpe-se, informando não saber que ele tinha outro compromisso. Isto, às vezes, faz com que a terceira pessoa se retire. Mas, se você for obrigado a falar em presença de outros espectadores, dirija-se a todos e não somente a um deles.
- Sorria com eficácia, pois isso sempre dá bons resultados. Por outro lado, não sorria perpetuamente. Depois de um sorriso amável, enverede para o assunto do negócio e mantenha uma aparência de “homem de negócios”.
- Não procure ser muito esperto logo de início. Uma boa observação cordial será menos arriscada que soltar um rojão.
- Saiba o nome exato de seu Cliente e não hesite em soletrá-lo, se for um nome incomum, pois este interesse o agrada.
O Que Não se Deve Fazer na Conquista da Atenção:
- Não minta nem engane para despertar a atenção.
- Não inicie com uma pilhéria (a menos que seja à sua própria custa).
- Não seja barulhento nem impetuoso.
- Não fale sobre seus contratempos, seus problemas, nem de sua saúde, pois os clientes estão interessados apenas em seus próprios problemas. Não os entretenha com más notícias, coisas fúnebres ou boatos. Traga novidades agradáveis ou, então, não conte nada.
- Não se exceda falando sobre um “hobby”. É difícil passar do assunto “futebol” para um assunto profissional como o seu produto, por exemplo.
Como Despertar o Desejo de Compra no Cliente?
Como Despertar o Desejo de Compra no Cliente?
O Que é um “Motivo de Compra”? Como Descobrir os Motivos do Cliente? Qual a Importância das perguntas Nessa Etapa da Venda?
Após ter terminado a terceira etapa (o Ato de Convencer) do seu argumento de vendas imagina-se que o vendedor tenha despertado a atenção do seu cliente, conseguido fazer com que ele se interessasse em ouvi-lo e convenceu-o de que seu produto corresponde ao que ele afirmou. Neste momento alguns vendedores menos treinados podem sacar seu talão de pedidos e se surpreenderem em não tê-lo obtido.
Perguntamos a esses vendedores por que os clientes compram seus produtos e muitos deles responderam: _ “Porque o produto é bom, ora.”. Mas, a resposta correta deveria ser: “Porque eles o desejavam”.
Um vendedor pouco treinado pode convencer um cliente – por exemplo – de que o ampliador de som para surdez que ele vende é o melhor do Brasil. No entanto, o cliente não o compraria, pois talvez ele não necessite nem deseje um aparelho de surdez.
Dessa forma, antes de iniciar a etapa de Despertar o Desejo, um profissional de vendas deverá ter em mente o motivo dominante de compra do seu Cliente. Todo o motivo de compra é um movimento íntimo, um impulso ou uma intenção que nos leva a comprar. Um motivo dominante é aquele que tem a influência controladora de nosso movimento. Sendo assim, veremos a seguir os mais importantes motivos de compra demonstrados por muitos clientes:
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O desejo de continuar vivo e com saúde (auto conservação).
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O desejo de ganhar dinheiro (avareza ou ambição).
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O desejo de se sentir importante (orgulho, prestígio).
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Amor à família (o desejo de prover e proteger esposa, filhos e parentes).
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Atração sexual (o desejo da boa aparência diante das pessoas, de sexo oposto).
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O desejo de progredir e de se tornar alguém (ambição).
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O instinto de negociar (economia – o desejo de obter lucro).
Mas, como descobrir o motivo de compra predominante do cliente? Se o profissional de vendas está vendendo algo com preço muito elevado – por exemplo – ele deve procurar saber o motivo predominante de compra do seu cliente, antes de visitá-lo. Se ele não conseguir, deve procurar descobri-los durante o processo de venda, fazendo perguntas abertas e escutando com atenção.
Há 300 anos, Hobbes escreveu: “Desejar é querer alguma coisa que ainda não se possui.”. Dessa forma, todo desejo é baseado na sensação da falta, numa necessidade ainda não satisfeita ou numa determinada aspiração. Portanto, a missão do profissional de vendas consiste em apontar a carência a ser suprida ou em intensificar a sensação de falta de um produto específico.
Como Segmentar o Mercado Infantil
Como Segmentar o Mercado Infantil
O Que é Uma Marca Para as Crianças? Como Segmentar Esse Público-Alvo? A Idade Influencia Sua Relação Com a Marca?
Sob o ponto de vista de uma marca a população infantil é bastante heterogênea e, para as empresas, não existe uma criança, mas uma multidão de crianças que se constituem num mercado em franco desenvolvimento, o qual é digno de toda atenção. Porém, uma das maiores dificuldades encontradas pelos profissionais de Marketing em relação a esse mercado é saber como diferenciar esse público-alvo, a fim de encontrar as necessidades que poderão ser satisfeitas com seus produtos ou suas marcas.
A segmentação desse mercado é muito importante porque mais do que qualquer outro consumidor, a criança tem necessidade de uma comunicação adaptada para ela. Dessa forma, essa tarefa permitiria simplificar essa realidade tão complexa, repartindo essa população em subpartes mais homogêneas.
A fim de estabelecer um critério que sirva de base à segmentação desse importante mercado, é necessário considerar aquilo que é mais fácil de identificar por qualquer observador e o que explica melhor o relacionamento entre a criança e a marca. Ou seja, a idade. Entre todos os envolvidos pra descrever acriança, a idade é – sem dúvida – a mais preponderante e mais fácil de identificar. Ela delimita as capacidades psíquicas da criança, seu nível de desenvolvimento fisiológico e sua capacidade cognitiva e intelectual.
Dessa forma, pode-se afirmar que a idade da criança influenciará sua relação com as marcas através do desenvolvimento das suas capacidades cognitivas. Os modos de representação da marca e as competências da criança ao tratar a informação que a marca lhe envia têm considerável importância sobre o nível de conhecimento das marcas. Sendo assim, analisaremos três (3) níveis de idade procurando observar a maneira como a criança avalia a marca ou o produto.
A) Entre zero a 2 anos: O egocentrismo da criança a impede de representar qualquer objeto sob diferentes ângulos. O produto não é entendido conforme seus atributos físicos, mas a partir das experiências sensoriais da criança. A criança observa aquilo que o objeto faz e ela entenderá o produto se puder tocá-lo, manipulá-lo e se tiver um relacionamento sensorial com ele.
B) Entre 2 a 7 anos: Até os quatro anos o aprendizado da marca e do produto se processa de forma sensorial (aquilo que ela vê ou troca) e na base de atributos físicos. Os produtos – ou as representações por imagens das marcas – são entendidos através das suas formas (redondas, angulosas, etc.), cores e textura (liso, áspero, etc.). Para comparar dois produtos, a criança não considera mais de um critério por vez e, partir dos cinco anos, a comparação entre vários produtos se processa por atributos mais abstratos (gosto) ou funcionais (o uso que ela faz do produto).
Mas, pelos 4 ou 5 anos, as crianças já são capazes de identificar um nome de marca a partir de seus elementos figurados como o logotipo, a forma geral da palavra ou a presença de uma determinada letra conhecida que permitirá à criança reconstruir o nome da marca (o “M” de McDonald’s é um bom exemplo).
A partir dos seis (6) anos as crianças são capazes de citar pelo menos um nome de marca por cada categoria de produto. O valor semântico ou simbólico ligado ao nome lhe escapam freqüentemente, seja porque a criança ainda não sabe ler corretamente ou porque o sentido apresentado pela marca faz apelo a conceitos ainda não dominados.
C) A faixa dos sete (7) anos: Estudos demonstram () que nessa faixa etária a criança tem um bom conhecimento sobre as marcas e entende sua finalidade comercial. Entre os 7 e 8 anos elas estabelecem as categorias nas quais geralmente uma só marca constitui a sua representante ideal. Para elas existe a marca e “o resto”; ou seja, as marcas delas e as dos adultos.
A seus olhos, as marcas passam a gozar de uma confiança real em matéria de qualidade e essa confiança deverá ser retribuída por verdadeira satisfação, pois caso contrário a marca será excluída de seu sistema de marcas. Nessa faixa, as crianças não apenas conhecem o conjunto de sinais constitutivos da marca como são capazes de decodificá-los e hierarquizá-los. Elas identificam os sinais que legitimam e dão credibilidade qualquer marca.
D) Entre os 7 e os 11 anos: Acima dos sete anos com o domínio da reflexão, o raciocínio toma conta e a criança se torna capaz de hierarquizar, sintetizar e conceitualizar as aparências. Ela não apenas toma conhecimento do produto ou da marca sob as aparências externas, mas é capaz de formular julgamento que integra dimensões mais abstratas. Além disso, as primeiras experiências de consumo permitem à criança enriquecer sua percepção dos produtos e das marcas.
() BRISSY O. “Alice au Pays des Marques. Sens, Fonctions et La Marque chez lês Enfants de 7 / 8 Ans”. DEA Sorbonne, Paris IV, Celsa, 1996.